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Deputado que manda você tomar ivermectina “profilática” se vacina

Deputado defende que ivermectina previne covid-19, mas foi se vacinar (Foto: cedida)

O deputado estadual Albert Dickson (PROS), um dos principais defensores do “tratamento precoce” no Rio Grande do Norte, não resistiu a tentação de se proteger de verdade da covid-19 e foi se vacinar hoje pela manhã em Natal.

Em fevereiro, o parlamentar dizia que o uso “profilático” da ivermectina protegia mais do que as vacinas (confira no vídeo abaixo) coronavac e astrazenica.

Em setembro ele dizia, em outro pronunciamento na Assembleia Legislativa, não ter nada contra as vacinas, mas que considerava preocupante a cláusula contratual em que os laboratórios não se responsabilizam sobre eventuais efeitos colaterais, ignorando que isso é recorrente em contratos desse tipo. “Eu queria falar também sobre a cláusula que diz que se algum paciente brasileiro tiver qualquer problema, como aconteceu nos testes primários, em que uma pessoa teve mielite e problemas neurológicos, a responsabilidade não será da AstraZeneca nem da universidade de Oxford. Isso é um grande problema, já que a empresa, que é uma grande produtora mundial, está vendendo as vacinas por R$ 1 bilhão e não vai se responsabilizar pelos possíveis efeitos colaterais”, frisou.

Vacina para ele, ivermectina para você (Foto: reprodução)

Albert teve 12 vídeos removidos por fazer pregação do “tratamento precoce” cuja comprovação científica não existe e é acusado em duas reportagens de trocar consultas por likes e usar grupos de WhatsApp para divulgar suas soluções para a covid-19.

Diferentemente de outros políticos, Albert Dickson não colocou nas redes sociais que se vacinou.

Nota do Blog: depois dessa, essa página vergonhosa tem que ser virada. Espero que as autoridades acordem e tomem providências porque muita gente morreu enganada.

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CRMs abrem sindicâncias contra 43 médicos propagadores do “tratamento precoce”. Nenhuma no RN

Uso da Ivermectina contra a covid-19 tem muitos defensores no RN

Os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) abriu 43 sindicâncias para apurar a atuação profissional de médicos propagadores da tese do “tratamento precoce” contra a covid-19.

São profissionais que defendem o uso de ivemerctina e hidroxicloroquina para tratar a doença mesmo sem qualquer comprovação científica.

A informação é fruto de levantamento do Jornal O Estado de S. Paulo.

O Blog do Barreto entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CREMERN) que informou não ter recebido qualquer denúncia a respeito da quebra da ética médica com a prescrição dos medicamentos sem comprovação científica.

A informação surpreende tendo em vista que é recorrente a presença de médicos potiguares em veículos de comunicação, sobretudo de Natal, defendendo o “kit covid” e, principalmente, a ivermectina como eficazes contra a doença.

Saiba mais sobre as sindicâncias abertas pelos CRMs AQUI.