A Polícia Militar enviou reforços para conter a rebelião na Penitenciária Mário Negócio em Mossoró. Quem está ao redor relata que ouviu muitos tiros no local.
A ambulância alfa do Samu, que só desloca em casos graves, foi acionada para ir ao local atender possíveis vítimas.
Nota do Blog: em menos de uma semana tivemos chacina (cinco mortos e vários feridos), delegacia incendiada, carro forte explodido… sem contar os PM assassinado lá em Natal.
Foto: Francileno Góis.
Na próxima quinta-feira, 16, a Câmara Municipal de Mossoró realiza audiência pública para discutir a violência na cidade e buscar soluções para o problema. A solicitação da audiência é da vereadora Izabel Montenegro (PMDB), presidente da Casa Legislativa. A discussão acontecerá a partir das 14h.
“Com a crescente onda de violência que assombra a nossa cidade, é dever de cada cidadão participar desse processo, dessa discussão, para sugerirmos, se não uma solução definitiva, melhorias que garantam mais tranquilidade à população”, destaca a vereadora Izabel Montenegro, reforçando que, mesmo a segurança pública sendo uma responsabilidade do Governo do Estado, os vereadores entendem a importância de se somarem à causa. “Precisamos unir forças. Um esforço coletivo em prol da nossa cidade”, afirma.
Para a realização da audiência, a Câmara convoca representantes do Poder Executivo, Poder Judiciário, representantes das forças de segurança, igrejas, universidades, entidades de classe e todos os segmentos organizados, políticos e a sociedade civil.
Nota do Blog: reunião também foi articulada pela bancada de oposição.
Criada na curtíssima gestão da ex-prefeita Cláudia Regina (DEM) a Base Integrada Cidadã pintou como a solução de todos os problemas de violência em nossa cidade.
O projeto bem-intencionado mostrou-se com o tema apenas uma peça de marketing político. Com BIC a violência explodiu levando Mossoró a ultrapassar a marca de 200 homicídios em um único ano em 2016.
A tentativa não deu certo. O Ronda Cidadão sugerido pelo governador Robinson Faria (PSD) não deu certo no Ceará e não está dando certo onde foi timidamente instalado pela atual gestão.
Não tem um único dia em 2017 que eu não acompanhe uma postagem de uma pessoa no Facebook relatando ter sofrido um assalto. Sem BIC os homicídios ironicamente diminuíram, mas não se trata de algo que sirva de comemoração.
Ontem um grupo de jovens decidiu fazer um baile funk num buffet no Boa Vista. O evento terminou com cinco mortos e vários feridos. Mossoró virou praça de guerra onde um grupo de bandidos pode entrar num imóvel privado e disparar tiros contra cidadãos que se juntaram para se divertir.
Vivemos em uma cidade onde os mais abastados se encastelam em condomínios fechados, onde os comerciantes trabalham de portas fechadas, onde as cadeiras nas calçadas sumiram e qualquer dupla numa moto é suspeita até que se prove o contrário.
O nosso povo está em pânico e as soluções propostas pelo poder público oscilam entre as ineficientes boas intenções (criação das BICs) e a falácia (insistência num projeto fracassado).
O que nos resta? Aos religiosos é rezar. À todos se prevenir o máximo para eliminar as oportunidades que os bandidos buscam.
Há exatos seis meses a estudante Valéria Patrícia desapareceu. Quatro dias depois o corpo dela foi encontrado nas margens da BR 110 que liga Mossoró a Upanema.
O caso segue sem um desfecho. Até alguns suspeitos foram descartados, outros tiveram a imagem ligada ao crime injustamente. O fato é que o caso segue sendo um mistério não desvendado.
Ela foi a 162º vítima de homicídio de um total de 217 crimes de morte na cidade, mas foi disparado o mais chocante e por consequência o de maior repercussão.
Bandidos tocaram fogo na sede da Base Integrada Cidadão (BIC) que deixou de funcionar com ascensão da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) ao poder.
O contêiner era novo e poderia ser reaproveitado em um projeto futuro.
A polícia investiga para saber a motivação e os autores da ação criminosa.
Confira o vídeo abaixo:
Nota do Blog: o Estado segue sendo desmoralizado pela bandidagem.
O vereador de Natal Luiz Almir (PV), que já foi deputado estadual, soltou o verbo em um programa de rádio que apresenta na capital. Mostrando-se indignado ao falar da violência que assola o Rio Grande do Norte ele classificou o Congresso Nacional como “chibata”, para citar o impropério mais leve desferido pelo parlamentar.
Luiz Almir seguiu criticando a classe política numa sequência quase interminável de palavrões (ver vídeo abaixo) em que ele aponta falta de vontade política para conter os bandidos do PCC e Sindicato do RN.
Nota do Blog: na última sexta-feira o vereador e ex-deputado foi condenado por corrupção ao lado do ex-governador Fernando Freire no conhecido “escândalo dos gafanhotos” (ver AQUI).
O final de semana foi marcado por pelo menos quatro arrastões em residências e mais um em empresa na cidade de Mossoró.
Os criminosos estavam fortemente armados ao invadirem os imóveis fazendo reféns, levando objetos e veículos. “Além dos registrados tivemos notícias que houve outros, porém vítimas ainda não compareceram”, explica um policial que pediu para não ser identificado.
Tanto faz o horário para os bandidos. Os arrastões aconteceram tanto no pingo do meio-dia como no silêncio da madrugada. Os criminosos usaram coletes, rádios na frequência da polícia e armas de grosso calibre.
Em um dos arrastões eles pilotavam uma AMAROK provavelmente roubada em outra residência.
Os bandidos estão cada vez mais bem equipados e em condições melhores que a polícia.
Nota do blog: como um policial vai sair para interceder numa ocorrência sabendo que os bandidos estão tão ou mais equipados que eles?
Na madrugada desta segunda-feira (27), Fernanda Soares, jornalista do Sindsaúde, e seu namorado, Felipe Nunes, foram agredidos por seguranças da empresa Certa, contratada pelo evento Grandes Carnavais, em Petrópolis. Após assistirem os shows no pólo Atheneu, o casal, parentes e amigos tentaram lanchar na Praça Cívica. Ao insistirem em passar por uma barreira, foram agredidos por seguranças, que deram chutes, socos e empurrões.
Fernanda caiu e foi atendida em um hospital. Ela registrou Boletim de Ocorrência e pretende processar a empresa e a organização do evento. Mais cedo, seguranças do evento portavam bastões de madeira com pregos.
Para o Sindsaúde, o episódio revela a privatização e a segregação no carnaval. O evento Grandes Carnavais é financiado com recursos da Lei Djalma Maranhão, e cobra entrada. Realizado com recursos públicos, o evento interdita o espaço público, ignorando inclusive determinação do Procon Natal. No dia 22 de fevereiro, o órgão publicou a Portaria 08/2017 no Diário Oficial, proibindo o isolamento em áreas vips e a cobrança de entrada em blocos e eventos no carnaval.
O Sindsaúde repudia a atitude dos seguranças e da empresa que o contratou e exige o fim da segregação e da privatização do carnaval de Natal.
Texto e foto: Assessoria Sindsaúde
Nota do Blog: lamentável que um profissional pago para garantir segurança dos foliões termine agredindo quem deveria ser protegido. Minha solidariedade à colega jornalista.
O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) saiu em defesa do Projeto de Lei 3.722/12, de autoria do deputado Rogério Peninha Mendonça, que revoga o Estatuto do Desarmamento. A posição do parlamentar foi divulgada por meio de um artigo publicado neste final de semana, no Novo Jornal.
Segundo o texto, o tucano considera que o estatuto do desarmamento votado em 2003 “demonstrou ser um completo e irreversível fracasso. Desarmou o cidadão honesto e não conseguiu retirar armas de bandidos”. Ainda de acordo com o deputado, os que defendiam desarmar a população tinham a expectativa de que os crimes iriam diminuir. “Aconteceu exatamente o inverso”, completa.
Na opinião de Rogério Marinho, “não se pode aceitar a tola visão de que arma mata, pois quem mata são as pessoas; armas podem inclusive ajudar a salvar vidas quando estão em mãos corretas”. Leia o artigo completo abaixo.
Direito sagrado de autodefesa
Deputado Federal Rogério Marinho
Na prática, o estatuto de desarmamento votado em 2003, cara bandeira da esquerda, demonstrou ser um completo e irreversível fracasso. Desarmou o cidadão honesto e não conseguiu retirar armas de bandidos, pois, por definição, eles não cumprem leis.
A expectativa dos que defenderam desarmar a população era de que os crimes iriam diminuir. Aconteceu exatamente o inverso. O país, por inúmeros motivos, vive uma verdadeira explosão da criminalidade jamais vista. Chegamos, em 2014, à cifra lamentável de 60 mil assassinatos por ano. Em números absolutos, lideramos o macabro ranking mundial. Em termos percentuais, são, em média, 29,1 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes. Os números são do último Mapa da Violência (IPEA e FPSP), publicado ano passado.
Como contraponto, pode-se observar que nos EUA, um dos países mais armados do mundo, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes não chega a cinco. O Estatuto do desarmamento é uma falácia completa e jamais interferiu positivamente na Segurança Pública. O Brasil, neste período de vigência do Estatuto, alçou índices de violência assustadores e o ritmo do crescimento do crime nunca esteve tão intenso.
Nós, potiguares, sabemos muito bem como é conviver com o medo constante de assaltos, estupros, sequestros relâmpagos e de assassinatos. O levantamento citado mostra que o Nordeste foi a região em que a intensidade do crime fez-se mais presente entre 2004 e 2014. Todos os estados nordestinos tiveram, no período, aumentos de mais de 100% no número de homicídios. O Rio Grande do Norte experimentou crescimento de 308% na taxa de homicídios, chegando a 46,2 assassinatos em cada grupo de 100 mil habitantes.
As evidências demonstram que o Estatuto do Desarmamento restringiu dramaticamente a possibilidade de acesso às armas por parte dos cidadãos cumpridores da lei e, na melhor das hipóteses, não contribuiu para diminuir a criminalidade. Em outros termos, apenas limitou e usurpou o direito natural e sagrado do indivíduo se defender e proteger seus entes queridos.
Portanto, apoiamos o Projeto de Lei 3.722/12, de autoria do deputado Rogério Peninha Mendonça, que revoga o inapropriado Estatuto do Desarmamento. Em 2015, o projeto de Lei foi aprovado em comissão especial da Câmara dos Deputados e será apreciado no plenário da casa. Após a apreciação dos deputados, seguirá para o Senado da República.
Em 2005, 63% dos brasileiros votaram em referendo a favor do comércio de armas. De forma eloquente, a população não aceita a restrição do direito de autodefesa. Como representantes do povo, temos que trabalhar com energia para devolver em plenitude esse direito aos indivíduos.
Mas, não basta revogar o Estatuto, é preciso construir políticas consistentes de segurança para o país. Eis algumas providências urgentes: reformar todo sistema prisional, aumentar o rigor nas execuções penais, vigiar as imensas fronteiras nacionais, endurecer as leis, abaixar a maioridade penal, findar com a impunidade (somente 8% dos casos de assassinatos são solucionados) e não tolerar ou passar a mão na cabeça de bandidos.
Por fim, não se pode aceitar a tola visão de que arma mata, pois quem mata são as pessoas; armas podem inclusive ajudar a salvar vidas quando estão em mãos corretas.
