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O outdoor derrubado teve mais impacto no chão do que em pé e prova mais uma vez como toda censura é burra

A derrubada de outdoor mostra mais uma vez como toda censura é burra (Foto: cedida)

Não adianta apelar para legalismos. Os outdoors derrubados na noite de ontem em Pau dos Ferros faziam parte da paisagem da entrada da entrada da cidade há anos. De repente, na véspera da visita do presidente Jair Bolsonaro e quando estampavam protestos contra o mandatário nacional o superintendente do Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNIT) Daniel de Almeida Dantas descobriu que eles estavam em situação irregular.

A censura é clara.

Não precisa nem citar nomes, mas não é de hoje que o bolsonarismo potiguar se irrita com outdoors críticos ao “mito”.

A ideia de mandar derrubar os outdoors na entrada de Pau dos Ferros por si só já era estúpida e se tornou ainda pior porque poucos metros dali mantiveram outro de apoio ao presidente.

Toda censura é burra, reforço.

Os outdoors derrubados falam mais no chão do que em pé. Todo mundo está comentando sobre eles nas redes sociais. O autoritarismo do bolsonarismo está mais uma vez à mostra. A prática de aparelhamento do Estado tão denunciada nos governos petistas está sendo escancarada sem o menor constrangimento.

A necessidade de censurar os críticos é típica dos que possuem deficiências cognitivas. Na época da ditadura militar, tão agradável aos bolsonaristas, os censores eram constantemente driblados por compositores geniais como Chico Buarque que fez o representante do regime pensar que a música “Apesar de Você” se referia a uma mulher e não aos milicos que estavam no poder sem a legitimidade do voto.

Quem mandou o superintendente do DNIT derrubar os outdoors agiu com o mesmo nível de déficit cognitivo do censor driblado por Chico.

Por fim deixo o leitor com Chico Buarque que completou 77 anos no último sábado.