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A chapa “Farinho” ganhou em 99 cidades

O pesquisador Renan Pessoa fez um levantamento que apontou que a chapa “Farinho”, uma denominação que mistura água e óleo na política juntando adversários ferrenhos da política potiguar como a governadora Fátima Bezerra (PT) e o senador eleito Rogério Marinho (PL), venceu em 99 das 167 cidades do Rio Grande do Norte.

A governadora, que tinha dois aliados disputando a cadeira de senador, casou votos com Rafael Motta (PSB) em 35 cidades e em 24 com Carlos Eduardo Alves (PDT).

O candidato aliado Rogério na disputa pelo Governo do Estado, Fábio Dantas (SD), casou votos com o senador eleito em apenas oito cidades. Foram justamente as únicas cidades onde Fátima não foi a mais votada.

Fátima foi a mais votada em 158 cidades, Fábio Dantas em 9. Já Rogério foi o mais votado em 108 cidades, Motta em 35 e Carlos em 24.

Para Renan, a tentativa de transferir votos do lulismo para Carlos Eduardo falhou. “Fracassou a transferência de voto de Fátima e Lula para Carlos Eduardo. Em todos os municípios onde Carlos ganhou junto com Fátima, o ex-prefeito teve menor percentual que a Governadora”, analisou.

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Qual o tamanho da chapa “Farinho” nestas eleições?

Um dos fenômenos destas eleições foi a chapa “Farinho” que misturou a governadora Fátima Bezerra (PT) e o senador eleito Rogério Marinho (PL), duas figuras idelogicamente antagônicas.

É uma chapa que prosperou sobretudo entre os prefeitos e lideranças políticas.

O Blog do Barreto cruzou dados das eleições para estimar quantos eleitores votaram “Farinho”.

Numa eleição polarizada é preciso lembrar que Marinho colou a imagem dele, e com sucesso, na do presidente Jair Bolsonaro (PL), fidelizando o eleitorado do presidente.

Rogério teve 85.351 votos a mais que Bolsonaro. O que significa que pelo menos esta quantidade de eleitores votou em outros nomes para Governo e presidente. Aí é preciso levar em conta soma dos votos de Styvenson Valentim (PODE) e Fábio Dantas (SD) que foi 713.791, desconte os 10 mil votos de Geraldo Pinho (PODE), do partido de Styvenson e sobram 703.791.

Sobram 4.560 votos em Rogério que podem ter cruzado com o de Fátima.

Outra fórmula

Por outro lado, o campo da governadora Fátima Bezerra (PT) teve dois candidatos ao Senado que juntos somaram 950.510 votos. Fátima teve 115.986 a mais que a soma dos votos dos candidatos votados pela base lulista (Carlos Eduardo Alves e Rafael Motta).

Diminua os 115.986 votos que Fátima teve a mais que os seus aliados e cruze com os 85.351 votos que Marinho teve a mais que Bolsonaro e o resultado será 30.635.

Comparando as duas fórmulas dá para estimar algo entre 4.560 e 30.635 votos “Farinho”.

Esse seria o tamanho da chapa “Farinho”, um inusitado cruzamento ideológico. Claro é só uma estimativa e alguém pode ter uma fórmula diferente e pode contribuir para o debate.

No meu entendimento foi um fenômeno mais restrito as lideranças políticas do que um efeito político de massa.

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“Chapa farinho” pode se desmanchar com movimentos ensaiados de abandono da campanha de Rogério

A reta final de uma campanha eleitoral reúne uma série de fatores que transformam essa semana em mais do que decisiva. Aliás, dizer que é uma semana decisiva é até óbvio.

Essa semana começou movimentando o psicológico de alguns candidatos e seus apoios.

Estes últimos, é importante frisar, estão ouriçados com a possibilidade de derrota que se avizinha para alguns e o sentimento de paquera ou “vira-casaca” com os possíveis vencedores.

Uma campanha em especial está deixando todo mundo tenso, sobressaltado: Rogério Marinho.

Da capital do Estado vêm notícias de correligionários que estão temerosos ante uma derrota confirmada a cada pesquisa divulgada.

Prefeitos preocupados com o desgaste desta derrocada, candidatos a deputado lamentando o “peso” que se carrega com a marca Rogério Marinho e Bolsonaro.

Os 30% que seguem Bolsonaro, parte deles conhecidos como “bolsonarista raiz”, por defendem incondicionalmente o presidente, votam em Rogério por lealdade canina.

Mas ter o peso nas costas e não ter a capacidade de transferência do voto tem deixado alguns aliados, sobretudo os que são candidatos, preocupados e sinalizando abandonar o barco.

O que resta? Resta aguardar as cenas dos próximos capítulos e acompanhar o desempenho das pesquisas para ver o que alguns prefeitos e deputados do chamado “Farinho” irão fazer. Vão colocar na sua conta a marca da derrota ou deixar fluir? Vão aderir e ficar pertinho de Fátima e Lula de vez?

Aguardemos os próximos dias… Mas que tem, tem!

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“Sou adepta da chapa ‘farinho’”, diz prefeita

Portal 98 FM

A prefeita de Pau dos Ferros, Marianna Almeida (PSD), afirmou nesta terça-feira (23), em entrevista à 98 FM, que é adepta da “chapa farinho” nas eleições deste ano no Rio Grande do Norte.

O apelido vem sendo dado ao palanque de lideranças políticas que apoiam, simultaneamente, a reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT) e a candidatura de Rogério Marinho (PL) ao Senado. Os dois são adversários políticos.

“Sou adepta da chapa farinho. Isso é uma coisa que já acontecia. Estou em busca do melhor para o nosso município”, destacou a prefeita, em entrevista ao programa “12 em Ponto 98”.

Sobre a governadora, Marianna afirmou que espera que Fátima seja reeleita no 1º turno. “A nossa governadora é Fátima Bezerra. Se Deus quiser, será eleita no 1º turno. A gente trabalha com fortes perspectivas nesse sentido”, enfatizou.

A respeito de Rogério, ela destacou que obras em execução em Pau dos Ferros foram viabilizadas por Rogério enquanto ministro do Desenvolvimento Regional. “Esse asfalto que está passando na lateral da nossa praça de eventos foi fruto de convênio do Ministério do Desenvolvimento Regional enquanto ele foi ministro. A gente tem muita gratidão por tudo que ele fez por Pau dos Ferros”, acrescentou.

Na entrevista, a prefeita ressaltou, ainda, seu apoio às candidaturas de Dr. Pio (MDB) a deputado federal, Galeno Torquato (PSDB) para deputado estadual e Lula (PT) para presidente.

 

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Prefeita vai com a chapa “Farinho”

A prefeita de Pau dos Ferros Marianna Almeida (PSD) anunciou a chapa de candidatos dela nas eleições deste ano. Ela misturou em seus apoios a reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT) e para o Senado o ex-ministro do desenvolvimento regional Rogério Marinho (PL), que estão em campos opostos na política nacional e estadual.

É a chapa “Farinho”.

Para deputado estadual ela reafirmou o compromisso com a reeleição de Galeno Torquato (PSDB) e para deputado federal o médio Pio X (MDB).

“Seguimos juntos, com as melhores perspectivas futuras para a nossa cidade, nosso Estado, e nossa representação à nível Federal!”!, escreveu nas redes sociais.

Para presidente ela não se posicionou, mas julgar pela postura dela na visita de Jair Bolsonaro (PL) a Pau dos Ferros no ano passado, a tendência é que ela vote no ex-presidente Lula.

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Classe política do RN vai marcando um duplo com a chapa “Farinho”

A maior parte da classe política do Rio Grande do Norte está marcando um duplo nas eleições deste ano: bota um pé na canoa bolsonarista apoiando Rogério Marinho (PL) para o Senado e outro no petismo fechando com a governadora Fátima Bezerra (PT).

Este vai sendo o voto mais comum entre deputados e prefeitos Rio Grande do Norte adentro.

A estratégia é simples: com Rogério garante-se acesso aos recursos do orçamento secreto, tratoraço e outras gambiarras que ex-ministro ajudou o presidente Jair Bolsonaro (PL) a forjar.

Com Fátima é a perspectiva de futuro em se aproximar do ex-presidente Lula, favorito na corrida presidencial deste ano, além de buscar alguma parceria no parco orçamento para investimentos do Governo do Estado.

Assim se constrói informalmente a chapa “Farinho”.