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Entidades feministas fazem ato unificado no 8 de março

Em Mossoró, o Dia Internacional da Mulher é tradicionalmente celebrado pelos movimentos de mulheres da cidade como uma data de luta. Neste ano, o ato do 8 de março tem como tema: “Pela vida das mulheres e em defesa da democracia”. Acontecerá a partir das 8h em frente à sede do Centro Feminista 8 de Março (na Praça da igreja do Perpétuo Socorro). Após café da manhã coletivo, as mulheres seguirão em marcha pelas ruas do centro.

O ato unificado do 8 de março é articulado entre os movimentos Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Núcleo de Estudos da Mulher (NEM), Coletiva Motim Feminista, Casa de Acolhimento às Mulheres Vítimas de Violência e Centro Feminista, além de sindicatos, movimento estudantil e demais movimentos sociais. Estima-se a participação de 200 mulheres de Mossoró e região – Caraúbas, Apodi, Tibau, Governador Dix Sept Rosado e Assu.

Larissa Ellem, do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), ressalta a importância da participação de todas para a realização de um ato potente pela reconstrução do país.

“Com a eleição de Lula, nós mulheres, precisamos fortalecer as organizações e continuar na luta pelos nossos direitos para reconstruir o país. E, nós, mulheres camponesas, em toda nossa diversidade, demarcaremos nas ruas a importância do campo, da organização de mulheres e da luta pelos nossos direitos, dentre eles, a nossa soberania alimentar”.

De acordo com a representante da Marcha Mundial das Mulheres, Plúvia Oliveira, o 8 de março deste ano não poderia não defender a democracia: “Nós dissemos não ao golpe na presidenta Dilma, ecoamos os #elenão, resistimos com o Fora Bolsonaro e elegemos Lula presidente. Agora que temos nossa democracia de volta, precisamos fortalecê-la e que isso se traduza em um Brasil sem fome, sem violência e do bem viver pra todas nós”.

A luta em defesa dos direitos das mulheres acontece o ano todo, todos os dias. No entanto, o 8M é um momento de grande enfrentamento. Para Telma Gurgel, da Articulação de Mulheres do Brasil (AMB) e militante da Motim Feminista “o ato do 8M representa força política das mulheres em defesa de uma vida sem violência, com mais emprego, com acesso a saúde de qualidade. Neste ano em particular, estamos comemorando a retomada da democracia no Brasil. Será portanto um ato especial.”

Dentro da programação do ato será realizado o lançamento da preparação para a 7ª edição da Marcha das Margaridas: a maior ação de mulheres do campo da América Latina que, desde os anos 2000, reúne mulheres do campo, das águas e florestas de todo o Brasil em Brasília para reivindicar políticas públicas e igualdade e este ano se realizará em agosto.

Evento cultural

Na parte da tarde as mobilizações em torno do 8 de março seguirão a partir das 15:50h na Praça do Pax com feira e apresentações culturais de mulheres artistas de Mossoró.

Segue a programação cultural:

15h50 – Toré (Motim Feminista)

16h15 – Marília Kardenally

16h40 – Cabocla de Jurema

16h55 – Corde e apresentação de bonecas com Sammy Tenório

17h05 – Odara Júlia

17h25 – Nida Lira e Kelly Lira

17h40- Poesia com Elayne e Joriana

17h45- Vitória Fernandes

17h55- Coisa Luz

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Movimentos de defesa dos direitos das mulheres realiza ato no sábado

O aumento da violência contra mulher, do preço dos alimentos, que tem atingido de forma mais intensa a vida das mulheres negras e suas famílias. O racismo, o machismo e todos os retrocessos que têm consequências maiores sobre a vida das mulheres, são motivos para a construção do grande ato que acontecerá em todo o país no próximo sábado (13/08).

O chamado vem do Comitê Popular de Luta Nacional, “Mulheres com Lula”, o composto por diversas organizações feministas, como o Movimentos de Mulheres Camponesas (MMC), Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), GT de Mulheres da Associação Nacional de Agroecologia (ANA), e mulheres dos partidos que compõe a coligação da chapa Lula/Alckmin (PT, PSOL, PSB, PV, Rede), e outros movimentos sociais populares, como o Movimento Negro Unificado e do Movimento de Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), grupo que juntas construíram as propostas que farão parte do programa da chapa Lula/Alckmin.

A mobilização vai ser realizada em todas os estados brasileiros, e no Rio Grande do Norte, as mulheres das várias regiões do Estado se unirão em Natal, no calçadão da João Pessoa, às 9:30 para saírem em ato pelas ruas dialogando sobre como reconstruir o país a partir do protagonismo das mulheres.

Segundo Michela Calaça, do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), o motivo principal de irem às ruas é para dialogar sobre um programa de governo que, de fato, responda aos diversos desafios que a sociedade brasileira tem enfrentado, a partir da necessidade das mulheres e do entendimento de que esse programa está expresso na chapa encabeçada pelo Lula.

“O ato é uma realização de uma diversidade de organizações de mulheres que estão apostando no programa e na candidatura de Lula para colocar a vida das mulheres numa realidade mais digna. Um programa que aponta para o enfrentamento da violência contra mulher, que aponta como resolver a questão da carestia e da fome que tem atingido majoritariamente as mulheres negras no Brasil”, destaca.

Eliane Bandeira, presidenta da CUT, licenciada e pré-candidata a Deputada Estadual, diz que “só ganharemos essa eleição nas urnas, se tivermos durante toda campanha ações e lutas de rua. Por isso é muito importante fortalecer o 13”.

Telma Gurgel, da Coletiva Motim Feminista, afirma que o momento é de ocupar as ruas mais uma vez para dizer não aos retrocessos do atual governo “que está condenando mais de vinte milhões de mulheres a viver na extrema pobreza e sujeitas ao aumento da violência, tanto a doméstica quando a violência das ruas. Em particular, a violência de gênero que tem sido recorrente em todos os espaços em nosso país. Neste sábado é dia das mulheres dizerem nas ruas que estamos com Lula, que vamos virar essa parte da história do Brasil, que vamos radicalizar nessa próxima conjuntura e que vamos garantir a vitória de uma proposta política que representa o interesse das mulheres e os interesses da maioria da classe trabalhadora”, ressaltou.

Isolda Dantas, Deputada Estadual e militante da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), também chama atenção para importância do ato. “Fomos nós, mulheres, que estivemos nas trincheiras dizendo Ele Não. Sabemos o quanto o nosso país retrocedeu e que essa é a eleição da esperança do povo brasileiro. Temos um papel fundamental nessa disputa para reconstruir nosso país para a classe trabalhadora, sem fome, sem machismo, sem racismo, sem lgbtifobia. Neste 13 de agosto vamos mostrar que estamos prontas e somos muitas. Vamos sem medo!”

O chamado oficial do ato estende-se a todas as mulheres brasileiras. “Nós mulheres trabalhadoras dos campos, nas águas, florestas e cidades, de todos os recantos do país, que sempre estivemos na linha de frente das lutas populares por direitos e por melhores condições de vida e pela construção de outra relação entre os seres humanos e a natureza, convidamos todas a estarem conosco nas ruas no dia 13 de agosto de 22, para mostrar o Brasil que queremos, um Brasil sem machismo, racismo, violência, desigualdades e exclusões sociais”, chamado oficial do ato.