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Situação do Hospital São Camilo é desesperadora

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Sob o controle da Prefeitura de Mossoró há alguns anos, o Hospital São Camilo agoniza. Os relatos recebidos pelo Blog do Barreto são preocupantes.
Os servidores contratados ainda não receberam os salários de setembro e a feira foi suspensa pelos fornecedores por falta de pagamento da Prefeitura. “Para os pacientes não ficarem sem comida os funcionários e Dra Fátima (psiquiatra) se reuniram numa campanha pra arrecardar doações”, relata uma funcionária.
Apesar dos salários atrasados, os funcionários ainda estão levando comida de casa quando vão dar plantões.
O Blog ainda foi informado que na semana passada limpeza do Hospital só foi realizada graças as doações de produtos de limpeza feita pelo médico e empresário Milton Marques, que controlava o hospital até a cessão ao município.

A assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde foi acionada pela manhã para se pronunciar sobre o caso.

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Salários de médicos das UPAs estão atrasados desde julho

O médico Leonardo Pereira Sena faz contato com o Blog do Barreto para relatar os atrasos salariais dos médicos que trabalham nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e as péssimas condições de trabalho.

Ele relata que os atrasos alcançam o mês de julho. “Há atraso dos salários desde de julho e, por mais incrível que pareça, não estão pagando as parcelas divididas dos salários do mês de Novembro e dezembro de 2015. Estamos trabalhando em uma total insegurança financeira e desmotivado devido uma situação dessa. Vale frisar, que muitos profissionais trabalham exclusivamente nas UPAS e depende desse trabalho para sobreviver”, revelou.

Indignado, ele disse que o mais próximo de uma negociação diz respeito ao parcelamento do pagamento dos salários de julho. “Estamos em outubro e falta pagar julho, agosto e setembro. A secretária de finanças fez um acordo para parcelar o mês de julho…. É brincadeira”, criticou.

 A insegurança é grande e o médico afirma que não sabe se a próxima gestão assumirá a dívida. “Está Horrível e sem condições de trabalhar aqui….Nem sabemos como vai ficar os meses de outubro, novembro e dezembro….A próxima gestão vai assumir essa dívida? Acho difícil”, analisou.

 Além dos atrasos salariais, os médicos ficam de mãos atadas por conta da falta de material. “Ainda trabalhamos sem as mínimas condições, com a falta de insumos, medicamentos e locais insalubres”, frisou.

O Blog do Barreto fez contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde que ficou de repassar a explicação.

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Secretário afirma que Estado atrasa repasses ao Centro de Oncologia por questões burocráticas

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A convite do vereador Genivan Vale (PDT), o secretário estadual de Saúde, George Antunes, participou de reunião com servidores e pacientes do Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM) para discutir a questão do pagamento do débito com a unidade. O encontro ocorreu na manhã desta quinta-feira, 13, no gabinete do parlamentar.

Na ocasião, o secretário estadual George Antunes explicou que o atraso no pagamento dos procedimentos ocorreu devido a questões burocráticas relacionadas a certidões apresentadas pelo prestador de serviço. Todavia, diante da urgência da situação, cuja continuidade do serviço do hospital depende diretamente do repasse dos recursos, Antunes se comprometeu em efetuar o pagamento de julho, que representa uma parcela de R$ 700 mil, até esta segunda-feira, 17, condicionando o repasse das demais parcelas à regularização da documentação.

De acordo com os servidores, o atraso no repasse dos recursos faz com que o Centro de Oncologia fique com pendências na documentação, impedindo que o Governo conclua o procedimento para o pagamento dos procedimentos. “Cria-se assim, um ciclo vicioso que acaba prejudicando à população”, observa os trabalhadores.

Com o intuito de quebrar este ciclo, ficou acertado que o Estado irá analisar possíveis mudanças na forma de pagamento aos procedimentos feito ao Centro de Oncologia. Atualmente, o pagamento é feito após auditoria do serviço apresentado na prestação de contas, a ideia é inverter esse procedimento, ou seja, primeiro pagar e depois auditar os serviços, a fim de agilizar o repasse dos recursos ao hospital.

Para o vereador Genivan Vale, o resultado do encontro foi bastante positivo. “Conseguimos a garantia do pagamento e o compromisso de que o Estado buscará formas para não mais atrasar os repasses. Esperamos que o Governo possa cumprir com este compromisso para que os serviços aos pacientes com câncer não sejam mais interrompidos”, frisa.

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Genivan sugere devolução de recursos da Câmara para Prefeitura quitar dívida com oncologia

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Pacientes e funcionários do Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM) e do Hospital da Solidariedade estiveram na manhã desta terça-feira, 11, na Câmara Municipal de Mossoró (CMM) em protesto contra a paralisação dos serviços nas unidades hospitalares. Eles pedem, com máxima urgência, o apoio dos vereadores para que as atividades nos respectivos hospitais retornem e não prejudique os pacientes que necessitam dos serviços.

Diante da problemática, o vereador Genivan Vale (PDT) propôs ao presidente da Câmara, vereador Jório Nogueira (PSD), que devolvesse à Prefeitura de Mossoró os recursos que seriam destinados à verba de gabinete para os próximos três meses, para que parte do débito com as unidades seja quitada.

“A verba de gabinete está suspensa desde maio, e estes recursos que não estão indo para os vereadores, também não são devolvidos para o Município, ou seja, eles ficam na Câmara à disposição da presidência. Então, sugerimos que a Câmara de Mossoró devolva para o município o valor da verba de gabinete dos próximos três meses para quitar parte do débito com o Centro de Oncologia. É um valor em torno de R$ 500 mil, que dá para amenizar o problema. Esta é uma medida que pode ser feita de imediato, basta o presidente da Câmara querer e a maioria da Casa aprovar”, declara Genivan Vale.

Ele lembra que a proposta de devolução dos recursos da verba de gabinete para o Município investi-los na área da saúde já foi apresentada em outras oportunidades no Plenário da Câmara Municipal de Mossoró. “Desde que a verba de gabinete foi suspensa, já foram quase R$ 1,5 milhão de recursos que fica em caixa na Câmara Municipal. Onde está esse dinheiro? Por que não devolvê-lo para melhorar as ações da saúde?”, questiona.

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Análise

Fechamento do Hospital da Mulher é o atestado de óbito da saúde em Mossoró

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Hoje algumas centenas de pessoas foram as ruas protestar contra o fechamento do Hospital da Mulher. Infelizmente será em vão. O governador Robinson Faria (PSD) não dá a mínima para o que acontece em Mossoró. É desprezo mesmo.

Há anos que a saúde pública está literalmente falida em Mossoró. Vários hospitais já fecharam, a Casa de Saúde Dix-sept Rosado está sob intervenção judicial há dois anos e agora o Hospital da Mulher.

O Governo do Estado nunca fez a pactuação da saúde. Resultado: a Prefeitura de Mossoró aos poucos foi assumindo a alta e média complexidade, uma responsabilidade que não é dela. Para cobrir um santo, foi necessário descobrir outro. A saúde básica ficou prejudicada. Resultado: nem um nem outro problema foi resolvido.

Hoje a saúde estadual se resume aos hospitais Tarcísio Maia e Rafael Fernandes. De desgraça em desgraça a saúde já deixou a UTI rumo à cova. O atestado de óbito foi assinado.