
Hoje, durante o depoimento do ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuelo, o líder da minoria, senador Jean Paul Prates (PT-RN), questionou as práticas adotadas pelo governo Bolsonaro.
“É preciso ter uma acareação nos discursos dos depoentes. Ora dizem que cumprem ordens e atendem pedidos sem discutir, ora dizem que não se deixavam influenciar por ninguém. E, para piorar a situação, dizem que os discursos são para a internet”, criticou.
Segundo o parlamentar, existem duas formas de descrever a situação. “Estamos diante de um governo sem comando, um governo de memes, onde cada um faz o que quiser e fala o que quiser para as redes sociais? Ou, temos o contrário? Um governo paralelo que atua em duas dimensões: nas declarações públicas e nas ordens e diretrizes ministeriais”, afirmou.
Depoimento
Durante seu depoimento, hoje, na CPI da Covid, o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello, culpou o governo estadual pela crise em Manaus e afirmou que chegou a discutir uma intervenção no Amazonas durante a crise no sistema de saúde do estado devido à pandemia.
Ele também negou que a sua gestão tenha ignorado as ofertas de venda de vacinas da Pfizer, contradizendo as falas do representante da empresa, que afirmou que o governo negou as ofertas iniciais.
Em relação ao TrateCov, Pazuello declarou que o aplicativo foi divulgado em fase de protótipo e depois hackeado. Mas, as condutas do governo na época, segundo alguns parlamentares, não se sustentam diante da narrativa do ministro à CPI.