A defesa da educação em tempo integral no Rio Grande do Norte é praticamente um consenso entre os candidatos ao Governo do Rio Grande do Norte. A erradicação do analfabetismo também. Em todos os planos de governo o assunto é tratado como “prioridade”.
A educação em tempo integral é o centro do programa do candidato Brenno Queiroga (SD) para a área. “O SOLIDARIEDADE implementará as Escolas de Múltipla Educação – EME, um modelo de Educação integral e integrada que traz uma nova perspectiva educativa, cuja implantação compreende uma transição gradual e preparada coletivamente, por todos os envolvidos, razão pela qual estamos tratando aqui de uma política pública de Estado, que implicará na ruptura de paradigmas e demandará significativa quantidade de tempo, de recursos, de aglutinação de saberes, para que as gerações futuras possam tornar o Rio Grande do Norte efetivamente um estado forte e vigoroso, a partir da sólida atuação de sua gente nas mais diversas esferas, galgadas numa nova cultura de educação ampla, irrestrita, qualitativa, inclusiva e contínua”, diz o programa.
Dário Barbosa (PSTU) defende que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) seja destinado a educação. “Defendemos que se gaste 10% do PIB (nas 3 esferas de governo) com educação já, e não para daqui a 10 anos.
Defendemos destinar 25% da Receita do Estado com educação, para não ficar nenhum aluno fora da Escola, para ter creche para todas as crianças de 0 a 3 anos, para erradicar o analfabetismo no nosso Estado. Para isso, vamos necessitar de investimentos na ordem de R$ 4 bilhões, compartido entre o governo Federal, o governo Estadual e governos municipais, para garantir que todas as nossas crianças e jovens do RN estejam nas creches, nas escolas e universidades. O governo Estadual do PSTU entraria com 42% deste valor, ficando os 58% restantes a ser negociados com todas as Prefeituras do RN e o Governo Federal”, frisou.
Além da educação em tempo integral, a senadora Fátima Bezerra (PT) defende a qualificação profissional. “Proporcionar aos jovens estudantes do Ensino Médio, a educação integral por meio de um currículo emancipador que permita o acesso ao estudo da língua, aos fundamentos das ciências e das artes, à matemática, à tecnologia, à pesquisa e aos esportes em interação e articulação com a formação técnica e profissional; Articular na rede estadual, a qualificação profissional e o ensino médio, às iniciativas que promovam o acesso à produção e à criação cultural, o combate à violência com assistência estudantil, especialmente nas regiões mais pobres e aquelas com altos Índices de mortalidade de jovens (vulnerabilidade social)”, informa o programa.
A meta de Freitas Junior (REDE) é reduzir o analfabetismo no Rio Grande do Norte para menos de 10%. “A Rede Sustentabilidade reconhece a educação como meio imprescindível para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte. A luta incessante pela erradicação do analfabetismo no estado, a garantia de educação pública de qualidade para todos e a promoção da ciência e da tecnologia são os fundamentos das políticas públicas de educação propostas pela Rede”, explicou.
O governador Robinson Faria (PSD) destaca também ações em favor da qualificação profissional e escola de tempo integral no Ensino Médio. “Ampliar a oferta de matrículas em tempo integral, assegurando a qualidade do ensino em projeto pedagógico orientado pelo referencial Escola da Escolha. Ampliar a oferta de cursos técnicos nas escolas e Centros de Educação Prossional, para inserir os jovens no mundo do trabalho e, simultaneamente, prepará-los para o acesso ao ensino superior. Redimensionar a proposta da escola noturna, assegurando a permanência e o sucesso dos estudantes. Orientar a implementação do currículo do Ensino Médio na rede escolar”, diz o programa.
O candidato Carlos Alberto (PSOL) pretende colocar o combate ao analfabetismo e a escola em tempo integral como programas de Estado. “A política de estado no Governo do PSOL será a da Educação. Metas ousadas como erradicar o analfabetismo e o analfabetismo funcional; colocar todas as crianças e adolescentes em escolas com educação em tempo integral, são metas possíveis e lutaremos por elas. Para que essa política de estado seja bem-sucedida, o PSOL conclama toda a Sociedade do Rio Grande do Norte a se juntar à causa da Educação.”, justifica no programa.
O programa de Heró Bezerra (PRTB) mais uma vez parece mais o de um candidato a prefeito ficando em creches e ensino fundamental. “Expandir a rede de creches municipais e estabelecer horários integrais de funcionamento, estimulando a criação nas empresas locais. Expansão do Pro-jovem, Bolsa escolar e transporte escolar para todos os alunos da rede pública. Fiscalizar a aplicação mínima de 25% da receita resultante dos impostos na áreade educação. Fiscalizar para que o estudante seja matriculado na escola mais próxima da sua residência. Acompanhar, nas escolas, a distribuição e a qualidade da merenda escolar. Criação de Brinquedotecas nos Bairros, para serem utilizadas principalmente nos períodos de férias escolares”, explicou.
O programa de Carlos Eduardo Alves (PDT) foca em vários eixos. Trata de qualificação profissional dos professores com destaque para a erradicação do analfabetismo. “Formular ações diversificadas para elevar a Taxa de Alfabetização da população jovem e adulta, com 15 anos ou mais, reduzindo, progressivamente, o analfabetismo absoluto e funcional em todos os municípios do RN, por meio de políticas integradas com Prefeituras, lideranças locais, políticos, empresários e a sociedade organizada”, acrescenta.
Mais uma vez nenhum dos candidatos explica de onde vai tirar os recursos.