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RN tem maior queda no volume de serviços do país, aponta IBGE

O volume de serviços no Rio Grande do Norte diminuiu 18,5% em março se comparado a fevereiro, a maior queda entre as unidades da federação segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). No mesmo sentido, o varejo potiguar teve uma queda de 6,4% na comparação de março com fevereiro de 2020, conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Os dados foram divulgados, respectivamente, nos dias 12 e 13 de maio pelo IBGE.

 

O resultado dos serviços é o mais negativo da série histórica para o estado, que iniciou em 2011. No mês de março, o volume de serviços teve retração em 24 unidades da federação se comparado ao mês anterior. A média do Brasil foi – 6,9%, também a maior redução da série da PMS.

A segunda maior queda estadual ocorreu em Mato Grosso (-12,7%). Na região Nordeste, o volume de serviços teve queda em oito estados, Pernambuco (- 8,7%) teve a segunda maior redução, perdendo apenas para o estado potiguar.

Na publicação PMS de março de 2020, o IBGE ressalta que os resultados negativos foram gerados, em grande parte, pelas medidas de isolamento social com intuito de conter o contágio de covid-19. “Os impactos observados sobre as empresas do setor de serviços foram sentidos, especialmente, no último terço do mês de março, quando começaram as paralisações”.

Na comparação com março de 2019, o Rio Grande do Norte apresentou queda de 12,4%, atrás apenas do Amapá (- 13,2%). Ambas superiores à média brasileira (- 2,7%). Nessa análise, a redução do volume de serviços ocorreu em 23 unidades da federação.

Comércio potiguar cai 6,4% em março

O varejo no Rio Grande do Norte teve um desempenho de – 6,4% na comparação de março com fevereiro de 2020. Somente Bahia (- 9,7%) e Ceará (- 11,8%) tiveram quedas mais acentuadas que o RN. O volume de vendas do varejo de todos os estados do Nordeste diminuiu mais que a média nacional (- 2,5%). O cenário de retração ocorreu em todas as unidades da federação, exceto São Paulo (0,7%).

Em relação a março de 2019, o volume de vendas potiguar teve redução de 6,9% em março de 2020, maior que a média do Brasil (- 1,2%).

Na publicação PMC de março de 2020, o IBGE assinala também o impacto do isolamento social no comércio no país. “Com isso, 43,7% dos relatos de justificativa da variação de receita das empresas da amostra cita o coronavírus como principal causa de modificação no valor das vendas”, destaca o Instituto.


Varejo ampliado

A queda de 12,3% do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, no Rio Grande do Norte, em março frente a fevereiro de 2020, foi a menor da região Nordeste. A redução também foi abaixo da média nacional (- 13,7%). Todos as unidades da federação apresentaram redução no volume de vendas nessa comparação.

Na comparação entre março de 2020 com o mesmo mês de 2019, a redução foi de 9% no estado potiguar, variação negativa mais acentuada que a nacional (- 6,3%).

Com informações da Assessoria do IBGE.

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IBGE faz levantamento sobre impactos do covid-19 no RN

O IBGE iniciou a coleta de dados da PNAD covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, no Rio Grande do Norte nesta semana. Com entrevistas por telefone, a pesquisa vai mostrar as consequências da doença no sistema de saúde, na renda, no trabalho e na moradia dos brasileiros.

No Rio Grande do Norte, cerca mil pessoas serão entrevistadas por mês, em 94 municípios, por 43 entrevistadores(as). Em todo Brasil, 193 mil pessoas deverão informar mensalmente ao IBGE sobre a situação da sua casa.


Foto: Marcelo Lima/IBGE.

Com os dados coletados, vai ser possível saber, por exemplo: quantas pessoas com sintomas de covid19 procuraram serviços de saúde e quantas ficaram em casa; a quantidade de pessoas, por classe de renda, que recebeu auxílio emergencial; o número de profissionais que estão em regime de teletrabalho (home office) e quantos perderam o trabalho.

“Agora, com essa versão da PNAD, vamos poder compreender a relação entre fatores socioeconômicos e a doença, além de identificar os grupos mais vulneráveis”, explicou Samuel Marques, coordenador estadual da PNAD covid19 no RN.

Os primeiros resultados para o Brasil devem ser divulgados ainda no mês de maio com perspectiva de frequência semanal. Para os estados, os resultados serão mensais. O levantamento é fruto de parceria entre o IBGE e o Ministério da Saúde.

Contato

A PNAD covid19 utilizará exclusivamente telefone (celular ou fixo) para entrar em contato com os entrevistados(as)“Os entrevistadores do IBGE podem usar o Whats App para agendar uma ligação por telefone”, disse Marques. Na mensagem, serão informados os meios para verificar a identidade do entrevistador(a)0800 721 8181 e www.respondendo.ibge.gov.br. Vale destacar que o IBGE não pergunta CPF, RG nem senhas aos entrevistados (as).

Plataforma Covid19

O IBGE também preparou uma plataforma virtual com pesquisas e mapas interativos para ajudar autoridades públicas e sociedade civil no enfrentamento da covid19. No site www.covid19.ibge.gov.br , qualquer cidadão pode acessar estimativas de densidade de domicílios ocupados, deslocamentos da população em busca de serviços de saúde e outras informações.

Com informações da Assessoria do IBGE.

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IBGE faz pesquisa por telefone para averiguar realidade econômica do RN

O IBGE passou a realizar a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, por telefone, para evitar a disseminação da covid-19 na coleta de casa em casa. Com o objetivo de oferecer mais segurança às famílias pesquisadas, o Instituto enviará, a partir de hoje (22), cartas com o nome do entrevistador(a), o número de telefone de contato e mensagem explicativa ao(a) morador(a) responsável pela residência selecionada.

Presente em 94 municípios potiguares, a PNAD Contínua é o principal termômetro do trabalho formal e informal no Brasil. Além disso, o questionário envolve aspectos como renda, condições de moradia e educação.

A carta comunicará também como o morador(a) poderá marcar dia e horário da entrevista. Mesmo se o morador(a) não fizer o agendamento, ele(a) receberá a ligação do entrevistador(a), inclusive nos fins de semana e feriados.

Pesquisadores do IBGE fazem contatos por telefone (Foto: cedida)

Ainda assim, “se o morador se recusar a responder, outras pessoas, que não o entrevistador, ligarão para saber o porquê da recusa e perguntar sobre a abordagem”, explicou Pablo Carlos, coordenador estadual da PNAD Contínua no RN.

Em março, quando houve a suspensão da coleta presencial, mais pessoas se recusaram a responder à pesquisa e outras barreiras à coleta de informações (ligação telefônica não completada por exemplo) aumentaram. Se a situação permanecer inalterada, os resultados da pesquisa podem ser prejudicados. O novo modelo de abordagem visa dar segurança aos entrevistados e reduzir a recusa por medo de fornecer informação.

Pesquisas econômicas

Embora as pesquisas econômicas do IBGE sejam feitas há anos por telefone, a pandemia de covid-19 têm dificultado esse grupo. As demissões e as mudanças para o regime de teletrabalho são alguns dos possíveis motivos da pouca atenção das empresas à coleta.

A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS) e Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), por exemplo, dependem do fornecimento de informações para traçar um panorama da economia do Rio Grande do Norte e do Brasil, sobretudo depois dos impactos da covid-19.

Importância

As pesquisas do IBGE são uns dos mais importantes instrumentos para guiar as políticas públicas no Brasil. São elas que mostram os 635 mil trabalhadores informais no mercado potiguar, a taxa de desocupação de 12,3% no último trimestre de 2019 e o crescimento de 4,6% no volume dos serviços do RN em fevereiro de 2020 frente a fevereiro de 2019.

Vale lembrar que por força de lei (5.534/68), toda pessoa física e jurídica deve prestar informações ao IBGE se solicitadas. Também por garantia legal, as informações individualizadas permanecem sob sigilo.

Covid-19: ações do IBGE

O IBGE reuniu iniciativas contra a covid-19 no site covid19.ibge.gov.br. Nele é possível encontrar um mapa interativo com os casos de covid19, resultados preliminares do deslocamento da população em busca de serviços de saúde (Regic 2018) e registros de óbitos de 2019. Em breve, haverá um espaço destinado à PNAD-COVID, que monitorará a doença no Brasil.

Como saber se uma ligação é do IBGE?

– Verificar se o número do telefone que fez a ligação pertence a entrevistador do IBGE e sua identidade por meio da central de atendimento 0800 e site do IBGE.

– Acessar o site www.respondendo.ibge.gov.br e inserir dados do entrevistador(a), como o nome completo, na área de busca.

– Ligar para o 0800 721 8181 e checar se quem está ligando para você realmente trabalha no IBGE. Horário de funcionamento: 2ª a 6ª feira – das 8h às 18h. Sábados, domingos e feriados – das 10h às 14h.

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Área agrícola cresce 79 quilômetros quadrados no RN

A área agrícola do Rio Grande do Norte avançou 79 quilômetros quadrados entre 2016 e 2018. É o que mostra o relatório do Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra para 2018, do IBGE, divulgado nesta semana.

Em 2016, o estado tinha 2.669 quilômetros quadrados de área agrícola, o que representava 5% do território potiguar. Em 2018, eram 2.748 quilômetros quadrados destinados à atividade econômica, ou 5,2% de todo o estado. Nesse período, o crescimento foi de 2,96% da área agrícola.

A vegetação campestre (formada natural enpredominantemente por arbustos) perdeu 13 quilômetros quadrados, entre 2016 e 2018, para a área agrícola e para área de mosaico de ocupações em área campestre (ocupação mista de área agrícola, composta por pastagem e/ou silvicultura – replantio de vegetação nativa ou exótica para fins comerciais).

Mudanças em 18 anos

Ao considerar toda a série histórica, do ano 2000 a 2018, a redução da vegetação campestre foi a maior mudança. Em 2000, havia 33.376 quilômetros quadrados desse tipo de vegetação, o que significava 63,23% do território norte-rio-grandense. Em 2018, eram 30.797 quilômetros quadrados, 58,35% do território estadual.

Em outra direção, o mosaico de ocupações em área campestre se destaca com o aumento de 1.791 quilômetros quadrados entre 2000 a 2018: partiu de 10.393 quilômetros quadrados, 19,69% da superfície do RN, e chegou a 12.184 quilômetros quadrados, 23% da terra do estado.

Ferramentas digitais de geociências

Há outras sete classes de cobertura e uso de terra (área artificial, pastagem com manejo, mosaico de ocupações em área florestal, vegetação florestal, corpo d’água continental, corpo d’água costeiro e área descoberta).

Todos elas, além dos dados dos Brasil e outros estados, podem ser explorados nos sites Plataforma Geográfica Interativa (PGI)Portal IBGEMapas Interativos e Banco de Dados de Informações Ambientais (BdiA), onde é possível a combinação com outros temas ambientais produzidos pelo IBGE.

Monitoramento do uso da terra

O objetivo do trabalho é acompanhar a dinâmica do território, seus processos de ocupação e suas transformações por meio de um monitoramento espacial e quantitativo da cobertura vegetal e do uso da terra em todo o Brasil.

Desde 2010, o estudo é feito pelo IBGE a cada dois anos. A análise da série histórica permite observar a evolução e os padrões de ocupação do território brasileiro.

A metodologia envolve interpretação visual de imagens de satélite, campanhas de campo e consulta a informações complementares. Os dados são divulgados em Grade Estatística, que cobre o território brasileiro com células de 1km². Como produtos, são disponibilizados os mapas, gráficos e tabelas de Contas Físicas.

Com informações da Assessoria do IBGE

Para se aprofundar sobre o assunto ainda disponibilizamos os relatórios:

Relatorio_MONITORAMENTO_16_18 Brasil
Relatório RN Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra
estatisticas-rio-grande-do-norte Monitoramente uso de terra
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IBGE anuncia edital para seleção de recenseadores. Serão 3 mil vagas espalhadas em todos os municípios do RN

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Com 3.402 vagas para o Rio Grande do Norte, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lança hoje os editais dos Processos Seletivos Simplificados para as funções recenseador e para agente censitário municipal e agente censitário supervisor. No Brasil, 208.695 vagas estão disponíveis. Essa força de trabalho temporária colocará em operação o Censo Demográfico 2020.

Todos os municípios do Rio Grande do Norte terão vagas para recenseador, que passará de casa em casa para realizar entrevistas com os moradores. Além dessa função, os municípios maiores terão agentes censitários municipais e agentes censitários supervisores.

A remuneração do agente censitário municipal é de R$ 2.100. Essa função é responsável pelo posto de coleta, a base das equipes do Censo nos municípios. Com remuneração de R$ 1.700, o agente censitário supervisor orienta diretamente o recenseador. A duração prevista do contrato dos agentes censitários é de cinco meses.

O recenseador tem contrato previsto de três meses e será remunerado por produção. O IBGE possui uma ferramenta online em que é possível simular a remuneração desta função, que varia de acordo com quatro fatores: unidades visitadas; questionários respondidos; pessoas recenseadas e taxa de remuneração por setor censitário.

Inscrições e provas

Os processos seletivos terão período de inscrição de 05 a 24 de março. O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe, antigo Cespe) aplicará a prova para agente censitário no dia 17 de maio. No domingo seguinte, 24 de maio, haverá a prova para recenseador. Todas as provas serão de múltipla escolha.

Para os futuros agentes censitários, as disciplinas cobradas são: língua portuguesa, raciocínio lógico, ética no serviço público, noções de administração/situações gerenciais e conhecimentos técnicos do IBGE. Os candidatos a recenseador responderão provas com os conteúdos: língua portuguesa, matemática, ética no serviço público e conhecimentos técnicos do IBGE.

Censo em números

O Censo Demográfico 2020 deve atualizar o número da população brasileira e perguntar sobre condições de moradia, educação, renda, trabalho, religião e outros temas aos moradores dos 1.054.122 domicílios potiguares. Para cumprir essa missão, o Censo terá 2.888 recenseadores distribuídos nos 167 municípios do estado durante os meses de agosto, setembro e outubro.

Em todo Brasil serão 180.577 recenseadores para coletar informações em 71 milhões de residências. Os dados do Censo são fundamentais para conhecer o Brasil com precisão, identificar problemas e formular políticas públicas na tentativa de solucioná-los.

No campo da política institucional, o Censo influencia na divisão de recursos para estados e municípios e na quantidade de parlamentares das casas legislativas. Além disso, as empresas também podem usar os dados para encontrar oportunidades de mercado.

Vagas no RN

2.888 recenseadores

363 agentes censitários supervisores

151 agentes censitários municipais

Remuneração

Agente censitário municipal: R$ 2.100.

Agente censitário supervisor: R$ 1.700.

Recenseador: por produção (ver simulador em https://censo2020.ibge.gov.br/estimativa-remuneracao ).

Taxas de inscrição

Recenseador: R$ 23,61.

Agente Censitário Municipal e Agente Censitário Supervisor: R$ 35,80.

Site para inscrição: www.cebraspe.org.br/concursos

Requisitos

Recenseador: 18 anos e ensino fundamental completo.

Agente censitário supervisor e agente censitário municipal: 18 anos e ensino médio completo.

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IBGE vai contratar 3 mil pessoas no RN para o censo 2020

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anuncia o edital para a contratação temporária de 3 mil pessoas para trabalhar no Censo 2020.

Em Natal, o coordenador operacional do Censo no Rio Grande do Norte, Rogério Campelo, concederá entrevista coletiva na próxima quinta-feira, 5, para detalhar o trabalho.

A conversa com os jornalistas será às 10h30, na Unidade Estadual do IBGE no Rio Grande do Norte, localizada na Avenida Prudente de Morais, 161, Petrópolis.

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Brasil: a herança perversa do colonialismo racista

Imagem: Mercado de escravos no Recife (PE), desenho de Zacharias Wagner (entre 1637 e 1644).

Por Fábio Konder Comparato*

Segundo estudo divulgado em outubro de 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a crônica desigualdade social que marcou todo o curso de nossa história, desde que Cabral aqui aportou no dealbar do século 16, aumentou em 2018. O rendimento médio mensal do 1% mais rico do país foi quase 34 vezes maior do que o da metade mais pobre de toda nossa população.

Não é difícil perceber que tais dados escandalosos representam o fruto podre do capitalismo excludente e do racismo genocida, aqui implantados desde o início do processo colonizador.

Estima-se que em 1.500, quando os portugueses aqui chegaram, a população indígena em nosso território era de três milhões a quatro milhões de pessoas. Durante o período colonial, como reportam os historiadores, foram exterminados em média 1 milhão de índios em cada século. Ora, tal genocídio corre o sério risco de ser retomado com o atual desgoverno federal – o que levou o Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu) e a Comissão Dom Paulo Evaristo Arns de Defesa dos Direitos Humanos, da qual tenho a honra de fazer parte, a encaminhar à Procuradora do Tribunal Penal Internacional uma comunicação, pela qual requerem a abertura de um procedimento preliminar sobre a incitação ao genocídio da população indígena, por parte do atual chefe do Poder Executivo federal.

Concomitantemente, o tráfico de escravos africanos para o continente Americano, organizado sobretudo por portugueses e brasileiros durante mais de três séculos e meio, foi a mais vasta e duradoura migração forçada de toda a história. Hoje, sabe-se com precisão que doze milhões e meio de escravos foram transportados da África para as Américas entre 1.500 e 1.867, sendo que desse total menos de onze milhões sobreviveram à travessia do Atlântico. Quase metade dessa vasta população cativa foi desembarcada em território brasileiro, sendo que 5% faleciam durante o processo de venda e transporte para os locais de trabalho; e outros 15%, nos três primeiros anos de cativeiro em nosso território.

O tráfico escravagista para o Brasil foi, por quase três séculos, a nossa mais lucrativa atividade comercial e os traficantes de escravos formaram, durante todo esse tempo, a camada mais abastada de nossa população. Aliás, os nossos fazendeiros sempre preferiram comprar escravos trazidos por traficantes do que utilizar os que já nasciam aqui, pois a expectativa de vida de um cativo nascido no Brasil, como constatado em 1872, era de apenas 18,3 anos, ao passo que o da média da população em geral chegava a 27,4 anos.

Em 13 de maio de 1.888, fomos o último país das Américas a abolir a escravidão, e o fizemos pacificamente, em razão de nosso “caráter cordial” como disseram alguns; mas também sem pagar um centavo de indenização aos alforriados. Os senhores de escravos, entre os quais sempre estiveram várias congregações da Igreja Católica, não se sentiam minimamente responsáveis pelas consequências do crime nefando, praticado durante quase quatro séculos.

A história da escravidão de africanos e afrodescendentes no Brasil recomeça agora a ser relatada por Laurentino Gomes, em sua monumental obra Escravidão, cujo primeiro dos três volumes já foi publicado. Alimento a esperança de que essa história execrável seja uma parte importante do currículo didático de nosso ensino fundamental.

*É integrante da Comissão Arns, advogado, doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra, professor emérito da Faculdade de Direito da USP.

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Censo 2020 vai gerar quase 3.500 empregos no RN

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve contratar 3.478 pessoas para trabalhar no Censo Demográfico 2020 no Rio Grande do Norte. O próximo processo seletivo simplificado tem edital previsto para publicação em fevereiro, com 3.402 vagas, para todo o estado.

Os processos seletivos começaram ano passado. Hoje (10/01), a Fundação Getúlio Vargas divulgou o resultado final de uma seleção com os nomes de 32 coordenadores censitários de subárea e 36 agentes censitários operacionais que trabalharão em terras potiguares. Todas as contratações para o Censo 2020 são temporárias.

Seleção em fevereiro

Apenas para recenseador deverão ser 2.888 vagas distribuídas nos 167 municípios norte-rio-grandenses. A exigência para o cargo é ensino fundamental completo. A remuneração (retribuição mensal) é baseada na produção.

Além de recenseador, haverá 363 vagas para agente censitário supervisor, com retribuição mensal de R$ 1.700, e 151 vagas para agente censitário municipal com retribuição de R$ 2.100. Ambos os cargos têm como requisito o ensino médio.

Censo 2020

A operação do Censo Demográfico tem início em agosto e está prevista para ser encerrada até o final de outubro. Os 2.888 recenseadores visitarão todos os 1.054.122 domicílios potiguares para conseguir informações fundamentais para a formulação de políticas públicas, como: tipo de residência, a cor ou raça dos moradores, renda, alfabetização, como ocorre o acesso à água e outros tópicos. No Brasil, são 71 milhões de residências. Além disso, o Censo 2020 atualizará com precisão o número da população brasileira.

VAGAS DO CENSO 2020 NO RN

Total: 3.478

Processo seletivo previsto para fevereiro de 2020 (publicação de edital)

2.888 recenseadores

363 agentes censitários supervisores

151 agentes censitários municipais

Processo seletivo encerrado em janeiro de 2020

36 agentes censitários operacionais

32 coordenadores censitários de subárea

Processo seletivo encerrado em setembro de 2019

8 analistas censitários

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RN é o quarto Estado com maior quantidade de sindicalizados no país

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O Rio Grande do Norte tem o quarto maior percentual de trabalhadores sindicalizados do Brasil, 15,5%, 204 mil pessoas ocupadas estavam associadas a sindicatos, em 2018, de um total de 1,3 milhão. Esse é um dos resultados da “Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Características Adicionais do Mercado de Trabalho” divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre as unidades da federação, o Piauí lidera com 23,2% de pessoas ocupadas associadas a sindicatos. Em seguida, o Maranhão com 18,2% de sindicalização. O Rio Grande do Sul tem o terceiro maior percentual, 15,8%.

O Rio Grande do Norte foi a única unidade da federação onde não houve variação percentual de trabalhadores sindicalizados entre 2017 e 2018. A média de sindicalização no Nordeste passou de 15% para 14% entre 2017 e 2018.

No Brasil, houve uma redução de 1,9% de trabalhadores associados a sindicatos. Em 2017, os sindicalizados eram 14,4% dos ocupados. Em 2018, esse percentual baixou para 12,5%, o menor da série histórica iniciada em 2012.

 

No RN, cresce o número de pessoas associadas a cooperativas

Depois de atingir menor resultado na série histórica em 2017, o número de pessoas ocupadas como empregadoras ou por conta própria que estavam ligadas a cooperativas cresceu no Rio Grande do Norte, passou de 10 mil para 20 mil em 2018. O estado teve o terceiro maior crescimento em pontos percentuais do Brasil, 2,7%. No total, o percentual aumentou para 5,2% em 2018. Em 2017, era 2,5%.

Somente Roraima (3,7%) e Rondônia (3%) tiveram um crescimento em pontos percentuais maior que o Rio Grande do Norte.

 

Nordeste tem maior proporção de pessoas trabalhando em domicílio

O percentual de pessoas trabalhando no domicílio de residência cresceu em todas as regiões de 2017 para 2018. No Brasil, 5,2% das pessoas ocupadas trabalhavam em casa em 2018.

A região Nordeste possui 6,3% das pessoas ocupadas trabalhando em suas casas. Entre as grandes regiões do Brasil, esse é o maior percentual. Isso equivale a 1,04 milhão de pessoas ocupadas. Nas demais regiões, os percentuais de pessoas ocupadas no próprio domicílio são: Norte (5,7%); Sudeste (5,3%), Centrooeste (5,1%) e Sul (3,1%).

No Rio Grande do Norte, 73 mil pessoas trabalhavam no domicílio de residência em 2018, 7,4% das pessoas ocupadas no estado.

Com informações do IBGE.

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Reportagem

Qual o município com o maior e menor PIB do RN? Confira reportagem sobre o desempenho das cidades potiguares

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O Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios traz informações sobre as principais atividades econômicas (agropecuária, indústria, serviços e administração pública) em todos os 5.570 municípios do país, além de Brasília (DF) e do distrito estadual de Fernando de Noronha (PE). Entre os dados divulgados, estão o valor do PIB de cada município e suas respectivas participações na economia dos diversos níveis geográficos (de 2002 a 2017), além do PIB per capita.

Essas informações também estão desagregadas por recortes geográficos especiais, como a Amazônia Legal, o Semiárido a Cidade-região de São Paulo, entre outras. No Rio Grande do Norte, o cálculo do PIB dos municípios é feito em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).

Natal tem 31º PIB entre municípios brasileiros

Entre os municípios do Brasil, Natal possuía o 31º maior Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2017. Com R$ 23,4 bilhões em bens e serviços produzidos, a capital do Rio Grande do Norte teve uma participação de 0,36% no PIB nacional. Os dados foram divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE).

O PIB da capital potiguar representa 35,6% de toda a produção do estado. Isso equivale à soma dos 159 municípios com menores PIBs do Rio Grande do Norte.

No Nordeste, Salvador (R$ 62,7 bi), Fortaleza (R$ 61,5 bi), Recife (R$ 51,8 bi) e São Luís (R$ 29,7 bi) ficaram à frente de Natal. Na região, a capital norte-riograndense representa 2,46% do PIB.

Mossoró e Parnamirim

Outros dois municípios do Rio Grande do Norte aparecem na lista dos 30 maiores PIBs do Nordeste: Mossoró (R$ 6,1 bi), em 23º lugar, e Parnamirim (R$ 5 bi) em 28º. As duas cidades representam, respectivamente, 0,65% e 0,53% do PIB do Nordeste.

O Produto Interno Bruto (PIB) é o total dos bens e serviços produzidos pelas unidades produtoras residentes destinados aos usos finais, sendo, portanto, equivalente à soma dos valores adicionados pelas diversas atividades econômicas acrescida dos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos.

Mesmo com redução, Guamaré mantém maior PIB por pessoa do RN

Guamaré tem o maior PIB per capta do RN (Foto: autor não identificado)

 

Se as riquezas produzidas em Guamaré fossem partilhadas igualmente com os 15.309 moradores, cada um teria direito a R$ 106.121,23 em 2017. Apesar da redução de 15% em relação a 2016, esse ainda é o maior PIB per capita entre os municípios do Rio Grande do Norte.

Com a economia baseada na indústria do petróleo, Guamaré aparece também na lista dos 100 maiores PIBs per capita do Brasil em 2017. Dos 5.570 municípios brasileiros, a cidade está em 52º lugar. Em 64ª colocação nacional, Bodó tem o segundo maior PIB per capita do estado, R$ 96.049,41.

Em 95º lugar, Parazinho produz R$ 80.444,02 por morador. Além disso, o município apresentou o maior crescimento do PIB entre 2010 e 2017. No início da década, as riquezas produzidas somavam R$ 20,8 milhões. Em 2017, o município produziu R$ 422,9 milhões. O PIB per capita é o resultado da divisão do total de riquezas produzidas em um período pela população residente no município.

Dos dez municípios com maior PIB per capita no RN, sete têm energia como principal atividade

Fontes de energia impulsionam municípios (Foto: autor não identificado)

Em 2017, sete dos dez maiores PIBs per capita do Rio Grande do Norte tinham como principal atividade econômica “eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação”. São eles: Bodó (R$ 96 mil), Parazinho (R$ 80,4 mil), São Bento do Norte (R$ 69 mil), Pedra Grande (R$ 61,6 mil), São Miguel do Gostoso (R$ 43,6 mil), João Câmara (R$ 29,8 mil) e Alto do Rodrigues (R$ 28,7mil).

Guamaré (R$ 106 mil), Natal (R$ 26,4 mil), com economia baseada em serviços, e Serra do Mel (R$ 25,8 mil), com a indústria da transformação, completam a lista.

No RN, economias tradicionalmente baseadas em petróleo perdem posição

Exploração de petróleo está em declínio no RN (Foto: autor não identificado)

Os municípios de Macau, Areia Branca, Alto do Rodrigues, Pendências e Porto do Mangue caíram no ranking do PIB municipal entre 2010 e 2017. Em 2010, eles ocupavam, respectivamente, a 8ª, 7ª, 18ª, 23ª e 22ª posições no estado. Em 2017, caíram para a 14ª, 16ª, 24ª, 33ª e 65ª posições.

Na maior parte dessas cidades, houve mudança da principal atividade econômica. Macau é exemplo disso. A indústria extrativa era a atividade com maior participação no PIB municipal em 2010. Em 2017, a administração pública passou a ter mais importância.

Viçosa (RN) tem o 3º menor PIB do Nordeste

Com R$ 15,7 milhões em bens e serviços produzidos, Viçosa é o município potiguar com menor PIB em 2017. No Nordeste, apenas Santo Antônio dos Milagres

(R$ 12,9 mi) e Miguel Leão (R$ 14,7 mi), ambos no Piauí, possuem PIB menor.

Além de Viçosa, os municípios de João Dias (R$ 20,9 mi), em 14º, e Monte das Gameleiras (R$ 21,9 mi), em 18º, estão entre os 30 municípios nordestinos com menor PIB da região.

Com informações do IBGE

Atualizada 15/12 às 12h08