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PIB do RN registra alta de 5,1% em 2021 e fica acima das médias do Nordeste e do Brasil

O PIB do Rio Grande do Norte foi estimado em 80,2 bilhões em 2021 e apresentou aumento em volume de 5,1% na comparação com o ano anterior. Esse valor está acima da variação média registrada para o Nordeste (4,3%) e para o Brasil (4,8%), o que o coloca entre as 14 Unidades da Federação (UFs) que apresentaram valores acima da média nacional. Já o PIB per capita do estado fechou 2021 em R$ 22, 5 mil, enquanto o do Brasil foi de R$ 42,2 mil.

Todas as Unidades da Federação apresentaram crescimento em volume do PIB e, de uma maneira geral, o resultado representou a recuperação da economia brasileira após a queda observada em 2020 pelos efeitos da pandemia de COVID-19. Em relação aos componentes do PIB pela ótica da produção, o valor adicionado bruto para o Rio Grande do Norte também foi de 5,1%. A economia potiguar continua representando 0,9% do PIB nacional em 2021 e manteve a 5ª posição relativa ao valor do PIB na Região Nordeste e a 18ª no Brasil. Desde 2002 até 2021, a variação em volume acumulada foi de 39,6%, uma média de 1,8% ao ano, colocando o estado na 3ª posição relativa entre os que têm a menor variação em volume acumulado em 20 anos.

Entre os três grupos de atividades, a Indústria apresentou o maior crescimento em volume (8%), seguida de Serviços (4,8%), enquanto Agropecuária registrou queda em 2021 fechando com -2,2%. Em 2020 esses valores foram de -1,9%, -5,9% e 2,6%, respectivamente.

A atividade econômica de Administração, defesa, educação e saúde pública e seguridade social (13,5%) do Rio Grande do Norte foi a responsável pelo maior percentual de participação no valor adicionado bruto do PIB do estado, seguido da Indústria de Transformação (11,9%) e do Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (10,7%).

Empregados

Em 2021, a remuneração dos empregados foi equivalente a 45,1% do PIB do Rio Grande do Norte, sendo 35,4% em salários e 9,7% de contribuição social. Esse é o menor valor já registrado para o indicador desde o início da série histórica, em 2010. Desde 2020, o excedente operacional bruto e o rendimento misto bruto, somados, são o principal componente do PIB pela ótica da renda, ultrapassando a remuneração dos empregados em proporção. Esse excedente é a remuneração do capital das empresas, enquanto o rendimento misto tem misturado o rendimento do trabalho e do capital dos autônomos. Em 2021, essa soma representou 42,6% do PIB do estado pela ótica da renda. Já os impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e importação, que também compõem o PIB sob essa ótica, atingiu 12,3% em 2021 frente a 11,7% registrado em 2020. Este também é o maior percentual já registrado para o indicador desde o início da série em 2010.

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PIB de Natal sofre queda em 2020. RN é o 18º entre os Estados

O PIB de Natal em 2020 foi de R$ 22,7 bi, frente a R$ 24,1 bi em 2019, uma queda de 5,8% em valores correntes (não corrigidos pela inflação). A capital potiguar ficou na 43ª posição no ranking dos municípios com maiores PIBs do Brasil, sendo o único município do RN a figurar nesse ranking. Esses são dados do Produto Interno Bruto dos Municípios 2020.

Considerando a região Nordeste, Natal estava na sétima posição entre os municípios com maiores PIBs. Mossoró apareceu na 22ª colocação e Parnamirim na 28ª. Os municípios de Viçosa, João Dias e Monte das Gameleiras destacam-se por terem alguns dos menores PIBs do estado e do Nordeste, ficando respectivamente nas posições 3ª, 16ª e 27ª no ranking da Grande Região.

Quatro municípios potiguares figuram entre aqueles com maior PIB per capita do Brasil:

  • São Bento do Norte, com 2.717 habitantes e PIB per capita de R$ 153 mil (43º);
  • Pedro Grande, com 3.199 habitantes e PIB per capita de R$ 125 mil (68º);
  • Bodó, com 2.197 habitantes e PIB per capita de R$ 119 mil (77º);
  • Guamaré, com 15.963 habitantes e PIB per capita de R$ 109 mil (91º).

Os cinco municípios com maiores PIBs do Rio Grande do Norte em 2020 responderam por 54,8% do PIB estadual, apesar de serem 3% do total de municípios do RN e de conterem 44,6% da população do estado potiguar. Desde o início da série histórica em 2002, porém, a participação dos cincos municípios com maior PIB do estado vem se reduzindo, passando de 60,4% em 2002 para os atuais 54,8%.

Os municípios com maiores PIBs do RN em 2020 foram:                

Município PIB (em BILHÕES de R$)
Natal 24,1
Mossoró 7,3
Parnamirim 5,6
São Gonçalo do Amarante 1,9
Macaíba 1,8
Guamaré 1,7
Açu 1,3
Caicó 1,3
João Câmara 0,9
Ceará-Mirim 0,9

Já aqueles com menores PIBs do estado em 2020 foram:

Município PIB (em MILHÕES de R$)
Viçosa 20,7
João Dias 24,1
Monte das Gameleiras 26,2
Taboleiro Grande 28,3
Ipueira 28,7
Franscisco Dantas 28,9
Jardim de Angicos 29,6
Pedra Preta 30,2
Água Nova 30,5
Timbaúba dos Batistas 33,9

PIB do Rio Grande do Norte fica na 18ª posição entre os estados

Em 2020, o Produto Interno Bruto do Rio Grande do Norte ficou em 18º entre os estados, correspondendo a 71,6 bilhões de reais ou 0,94% do PIB nacional. O estado nordestino com maior PIB foi Bahia, com 305 bilhões de reais (ou 4,01% do PIB nacional). Já o PIB da capital, Natal, foi de 22,7 bilhões de reais, representando 31,8% do PIB do estado potiguar. Mossoró vem em segundo lugar com 10% do PIB estadual e Parnamirim em seguida, com 8,2%. A capital nordestina com maior PIB foi Fortaleza, com 65,2 bilhões de reais.

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O inimigo da civilização

Por Jean Paul Prates*

A marca mais notória desta desdita vulgarmente chamada de “governo” Bolsonaro é a absoluta aversão a tudo que lembre o pacto coletivo de convivência e solidariedade que chamamos de civilização.

Desta aversão não escaparam nem as cadeirinhas de segurança para crianças, obrigatórias nos automóveis, e os radares de velocidade nas rodovias federais, ambos alvos de ataques do presidente logo no início do mandato.

Foi sem surpresa, portanto, que recebi a notícia do assassinato do maior programa de transferência de renda do mundo, responsável por alçar a um mínimo de dignidade milhões de famílias brasileiras.

Em 18 anos de funcionamento, o vitorioso Bolsa Família assegurou muito mais do que a subsistência de brasileiros e brasileiras que viviam na pobreza ou na miséria.

Ao custo médio anual de 0,5% do Produto Interno Bruto, o Bolsa Família foi também responsável pela redução da mortalidade infantil em 16%, aumentou a participação escolar feminina e contribuiu para a diminuição das desigualdades regionais.

Ao mesmo tempo, ajudou a girar para a frente a roda da economia: cada R$ 1 pago por meio do Bolsa Família revertia em R$ 1,78 no PIB.

Elogiado e copiado em todo o mundo, o Bolsa Família é a maior marca de um país que havia decidido enfrentar a miséria, a desigualdade, a falta de perspectivas e a infelicidade.

Portanto, não pode haver surpresa—ainda que a indignação seja imensa—quando vemos esse programa, um imenso legado dos governos petistas à nossa marcha civilizatória, ser destruído por esse governo das trevas capitaneado por Bolsonaro.

No abraço da demagogia tosca ao eleitoreirismo desavergonhado, 14 milhões de famílias — entre 56 milhões e 60 milhões de compatriotas nossos —foram atirados à fome e ao desespero. A parte da sociedade brasileira que ainda sabe de onde virá sua próxima refeição assiste atônita e compadecida. Mas há quem comemore. Infelizmente, o Brasil tem sua parcela de gente sem empatia, para a qual promover o resgate de quem não tem nada é “sustentar vagabundos”.

E foi assim que, numa canetada, o programa social e de transferência de renda mais bem sucedido do mundo foi exterminado pelo pior governo da história do Brasil.

A destruição do Bolsa Família coincide com o fim do Auxilio Emergencial da pandemia (instituído pelo Congresso Nacional, é bom lembrar), que atualmente beneficia cerca de 40 milhões de pessoas.

Esse duplo ataque aos mais vulneráveis abre espaço para a criação — sem debates, sem estudos, sem identificação de fontes de financiamento—de um tal Auxílio Brasil, a ser pago apenas durante o ano eleitoral e que vai alcançar somente cerca de 17 milhões de pessoas, uma parcela muito menor do número de brasileiros vítimas da miséria, da inflação, do desemprego e da fome causados pelas teses do Estado Mínimo, Lucro Máximo, teto de gastos e outros desses dispositivos “mágicos” do tal mercado.

Se Bolsonaro quer promover a tal guerra civil que ele sempre defendeu como “solução” para o Brasil, ele está no caminho certo.

Porque esse homem eleito para governar o Brasil é o chefe de uma horda deletéria. O mais maligno, mais cruel e insensível grupo que já governou este país—e olha que a concorrência não é pequena. Mas ainda que a História do Brasil tenha seu vasto quinhão de ignóbeis, imbecis, vilões, criminosos e incompetentes, nenhum desses facínoras atinge o nível de malignidade, insensibilidade e incompetência (tudo junto) como Bolsonaro.

Gostaria muito de esperar que, a esta altura, alguns patrocinadores dessa desventura histórica chamada Bolsonaro já estivessem colocando as mãos na consciência e reconhecendo o quão terrível é esse consórcio do mal que integram ou apoiam. Que não esperem para aprender a lição quando forem banidos pelas urnas e chegarem os processos e punições por todas as atrocidades cometidas, antes, durante e depois da pandemia.

A indignação é imensa, mas ao lado dela caminha a esperança. A democracia que Bolsonaro tanto quer destruir vai permitir ao Brasil dar a guinada vigorosa que é necessária para reverter essa agenda individualista, elitista e egoísta.

A vocação do Brasil é ser grande e feliz. Nós vamos saber cumprir nosso destino como nação.

*É senador pelo PT/RN.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

 

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Como Bolsonaro e os homens ocos estão matando a democracia

Bolsonaro dando risada
O presidente Jair Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)

Por Reinaldo Azevedo*

Jair Bolsonaro é um homem que não tem receio de trazer a público as suas ignorâncias, exercitando, a seu modo, a modéstia intelectual socrática sintetizada no “só sei que nada sei”. Estreou no mundo dos estadistas indagando: “O que é golden shower?”. E continua a sua saga em busca da iluminação: “O que é PIB?”.

Entre uma pergunta e outra, tentou depor o governa nte de um país vizinho; mandou comemorar o golpe de 1964; abriu guerra contra a imprensa independente; deu apoio a sucessivas manifestações da extrema direita xexelenta contra o Congresso e o Supremo; emprestou suporte moral a um motim de policiais fardados e armados; promoveu, por vias oblíquas, agitação nos quartéis dasForças Armadas…

Insaciável, transformou em cinzas o que havia de positivo na política ambiental brasileira, espantando os investimentos; criou toda a sorte de dificuldades para a aprovação da reforma da Previdência, que só avançou porque lideranças do Congresso, Rodrigo Maia em particular, tomaram a tarefa para si; conferiu ares de política de Estado à homofobia, à misoginia e à intolerância.

E não é, meus caros, que nem assim o Brasil acabou? Segundo querem alguns, tudo segue na mais absoluta normalidade, com as instituições funcionando plenamente. Não fosse a estridência da imprensa, asseveram esses realistas, os ânimos não estariam tão exaltados. Os bêbados de tanta luz (também de luz…) asseguram que esse negócio de marcha em favor do normal das democracias. É? Um outro exemplo, por favor… Adiante.

Aqui e ali —e até aqui, nesta Folha—, leio raciocínios que poderiam ser assim sintetizados: “Olhem essa imprensa catastrofista! Fica anunciando o desastre, o abismo, e depois nada acontece. Tudo se normaliza, e o Executivo e o Legislativo, por exemplo, fazem acordo sobre emendas impositivas”. É mesmo?

Faltou uma epígrafe nos livros “Como as Democracias Morrem”, de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, e “O Povo Contra a Democracia”, de Yascha Mounk. Façamos nós o que os autores não fizeram: “This is the way the world ends/ Not with a bang but with a whimper”, de T. S. Eliot. “Assim acaba o mundo, não com um estrondo, mas com um gemido”.

Nota rápida: invoco com esse “gemido” das traduções — em algumas, “suspiro”. Cria-se a antítese com “estrondo”, mas se perde o fato de que “The Hollow Men” (“Os Homens Ocos”) aponta não o fim do mundo, mas o fim de uma perspectiva civilizatória, também por culpa nossa. A palavra menos poética “lamúria” — as vozes sussurradas dos que apenas reclamam — traduz melhor o sentido do poema.

Abro esta coluna com “Jair Bolsonaro” e chego a Eliot. É uma pequena contribuição à causa da civilização. Explico-me. O presidente da República não precisa dar um autogolpe para corromper a democracia — até porque, nessa hipótese, democracia não haveria mais. Também não é necessário que tanques cerquem o Supremo e o Congresso para que os Poderes da República se transformem em “Fôrma sem forma, sombra sem cor/ Força paralisada, gesto sem vigor”.

É precisamente ao som de lamúrias que as democracias podem morrer. Sob o estrondo dos canhões, armar-se-ia necessariamente a reação. À medida que as garantias do regime vão sendo solapadas por dentro, formam-se derivações teratológicas do que, na superfície, ainda se pode chamar de “regime democrático”, embora, em essência, seja terra morta.

A democracia não é uma teoria administrativa ou um método de tomada de decisões. Fosse assim, não seria o melhor dos piores regimes, o pior dos piores. Acima de tudo, ela se realiza como a afirmação de um conjunto de valores e de garantia de direitos — muito especialmente os das minorias — a proteger os indivíduos do Leviatã estatal e das milícias armadas. Não é o golpe que nos ameaça, mas a desordem que, ao esmagar a esperança, tende a eternizar a injustiça, a brutalidade e a estupidez, com seu pibinho de 1,1% que soterra os pobres e que mata os pretos de susto, de bala ou vício.

O que é PIB, Jair Bolsonaro?

*Texto extraído da Folha de S. Paulo.

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PIB de Mossoró tem posição intermediária no ranking das 10 maiores cidades do interior do NE

Entre as dez maiores cidades do interior do Nordeste Mossoró possuí uma posição intermediária em termos de Produto Interno Bruto (PIB) e PIB per capta.

Abaixo o ranking dos dez municípios mais populosos do interior nordestino (a lista exclui cidades de regiões metropolitanas de capitais) segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Posição  Município UF População
1 Feira de Santana  Bahia 614.872
2 Campina Grande  Paraíba 409.731
3 Caruaru  Pernambuco 361.118
4 Petrolina  Pernambuco 349.145
5 Vitória da Conquista  Bahia 338.480
6 Mossoró  Rio Grande do Norte 297.378
7 Juazeiro do Norte  Ceará 274.207
8 Imperatriz  Maranhão 258.682
9 Arapiraca  Alagoas 231.747
10 Juazeiro  Bahia 216.707

O PIB de Mossoró é o sexto maior entre as dez maiores cidade do interior do Nordeste. Veja a tabela abaixo:

Já no PIB per capta (riquezas geradas x população) Mossoró ocupa o quarto lugar. Confira a tabela:

No entanto, no geral Mossoró vem caindo em termos de PIB. Em 2015, Mossoró ocupava 19º lugar entre os 30 maiores PIBs do Nordeste e nos dados mais recentes que tratam do ano de 2017, o município caiu quatro posições ocupando o 23º lugar.

O enfraquecimento da economia transcorre a olhos vistos desde que a Petrobras reduziu investimentos para priorizar o Pré-sal e pela falta de uma política consistente de geração de empregos.

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Qual o município com o maior e menor PIB do RN? Confira reportagem sobre o desempenho das cidades potiguares

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O Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios traz informações sobre as principais atividades econômicas (agropecuária, indústria, serviços e administração pública) em todos os 5.570 municípios do país, além de Brasília (DF) e do distrito estadual de Fernando de Noronha (PE). Entre os dados divulgados, estão o valor do PIB de cada município e suas respectivas participações na economia dos diversos níveis geográficos (de 2002 a 2017), além do PIB per capita.

Essas informações também estão desagregadas por recortes geográficos especiais, como a Amazônia Legal, o Semiárido a Cidade-região de São Paulo, entre outras. No Rio Grande do Norte, o cálculo do PIB dos municípios é feito em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).

Natal tem 31º PIB entre municípios brasileiros

Entre os municípios do Brasil, Natal possuía o 31º maior Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2017. Com R$ 23,4 bilhões em bens e serviços produzidos, a capital do Rio Grande do Norte teve uma participação de 0,36% no PIB nacional. Os dados foram divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE).

O PIB da capital potiguar representa 35,6% de toda a produção do estado. Isso equivale à soma dos 159 municípios com menores PIBs do Rio Grande do Norte.

No Nordeste, Salvador (R$ 62,7 bi), Fortaleza (R$ 61,5 bi), Recife (R$ 51,8 bi) e São Luís (R$ 29,7 bi) ficaram à frente de Natal. Na região, a capital norte-riograndense representa 2,46% do PIB.

Mossoró e Parnamirim

Outros dois municípios do Rio Grande do Norte aparecem na lista dos 30 maiores PIBs do Nordeste: Mossoró (R$ 6,1 bi), em 23º lugar, e Parnamirim (R$ 5 bi) em 28º. As duas cidades representam, respectivamente, 0,65% e 0,53% do PIB do Nordeste.

O Produto Interno Bruto (PIB) é o total dos bens e serviços produzidos pelas unidades produtoras residentes destinados aos usos finais, sendo, portanto, equivalente à soma dos valores adicionados pelas diversas atividades econômicas acrescida dos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos.

Mesmo com redução, Guamaré mantém maior PIB por pessoa do RN

Guamaré tem o maior PIB per capta do RN (Foto: autor não identificado)

 

Se as riquezas produzidas em Guamaré fossem partilhadas igualmente com os 15.309 moradores, cada um teria direito a R$ 106.121,23 em 2017. Apesar da redução de 15% em relação a 2016, esse ainda é o maior PIB per capita entre os municípios do Rio Grande do Norte.

Com a economia baseada na indústria do petróleo, Guamaré aparece também na lista dos 100 maiores PIBs per capita do Brasil em 2017. Dos 5.570 municípios brasileiros, a cidade está em 52º lugar. Em 64ª colocação nacional, Bodó tem o segundo maior PIB per capita do estado, R$ 96.049,41.

Em 95º lugar, Parazinho produz R$ 80.444,02 por morador. Além disso, o município apresentou o maior crescimento do PIB entre 2010 e 2017. No início da década, as riquezas produzidas somavam R$ 20,8 milhões. Em 2017, o município produziu R$ 422,9 milhões. O PIB per capita é o resultado da divisão do total de riquezas produzidas em um período pela população residente no município.

Dos dez municípios com maior PIB per capita no RN, sete têm energia como principal atividade

Fontes de energia impulsionam municípios (Foto: autor não identificado)

Em 2017, sete dos dez maiores PIBs per capita do Rio Grande do Norte tinham como principal atividade econômica “eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação”. São eles: Bodó (R$ 96 mil), Parazinho (R$ 80,4 mil), São Bento do Norte (R$ 69 mil), Pedra Grande (R$ 61,6 mil), São Miguel do Gostoso (R$ 43,6 mil), João Câmara (R$ 29,8 mil) e Alto do Rodrigues (R$ 28,7mil).

Guamaré (R$ 106 mil), Natal (R$ 26,4 mil), com economia baseada em serviços, e Serra do Mel (R$ 25,8 mil), com a indústria da transformação, completam a lista.

No RN, economias tradicionalmente baseadas em petróleo perdem posição

Exploração de petróleo está em declínio no RN (Foto: autor não identificado)

Os municípios de Macau, Areia Branca, Alto do Rodrigues, Pendências e Porto do Mangue caíram no ranking do PIB municipal entre 2010 e 2017. Em 2010, eles ocupavam, respectivamente, a 8ª, 7ª, 18ª, 23ª e 22ª posições no estado. Em 2017, caíram para a 14ª, 16ª, 24ª, 33ª e 65ª posições.

Na maior parte dessas cidades, houve mudança da principal atividade econômica. Macau é exemplo disso. A indústria extrativa era a atividade com maior participação no PIB municipal em 2010. Em 2017, a administração pública passou a ter mais importância.

Viçosa (RN) tem o 3º menor PIB do Nordeste

Com R$ 15,7 milhões em bens e serviços produzidos, Viçosa é o município potiguar com menor PIB em 2017. No Nordeste, apenas Santo Antônio dos Milagres

(R$ 12,9 mi) e Miguel Leão (R$ 14,7 mi), ambos no Piauí, possuem PIB menor.

Além de Viçosa, os municípios de João Dias (R$ 20,9 mi), em 14º, e Monte das Gameleiras (R$ 21,9 mi), em 18º, estão entre os 30 municípios nordestinos com menor PIB da região.

Com informações do IBGE

Atualizada 15/12 às 12h08