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Impeachment de Dilma pode ser anulado?

Por Ney Lopes*

A pergunta é: poderá ser anulado pelo Congresso Nacional o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ocorrido em 2016?

Resposta: não.

Resolução

A anulação é pretendida pelo PT, que apresentou Resolução neste sentido no Congresso Nacional.

Propagou-se nas redes sociais, que a recente decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região inocentara a ex-chefe de Estado e, em consequência, invalidara o impeachment.

Equívoco

Não ocorreu isto.

O Tribunal arquivou apenas a ação de improbidade contra a ex-presidente Dilma Rousseff.

Sequer julgou se Dilma é inocente ou não, por não apreciar o mérito da acusação.

Manteve a condenação do crime de responsabilidade julgado pelo Senado, no processo de impeachment.

O fundamento jurídico da rejeição foi que a acusada não poderia ser duplamente responsabilizada pela Lei de Improbidade Administrativa.

Não é questão de inocentar, e sim de caráter meramente formal e processual

Direito

É pacífico no direito brasileiro, que não cabe a intervenção do Poder Judiciário acerca da ocorrência ou não do crime de responsabilidade (pedaladas fiscais) apurado em impeachment.

A Corte não poderia manifestar-se sobre essa acusação, cujo julgamento de mérito é da competência exclusiva do Senado, em sessão presidida pelo presidente do STF.

A exceção é quando houver vício no rito do regimento interno, ou lesão a mandamento constitucional.

“Pedaladas”

A natureza do processo de impeachment é política, com previsão na Constituição Federal e em legislação própria.

O Senado reconheceu a existência de “pedaladas fiscais” (crime de responsabilidade).

Recursos públicos

Foram editados três decretos de crédito suplementar, sem autorização do Congresso Nacional, verificando-se ainda atraso no repasse de recursos do Tesouro a bancos públicos para pagamento de programas sociais.

Com apresentação de despesas menores, o governo “enganava” o mercado financeiro.

O objetivo era melhorar artificialmente as contas federais.

Perda do cargo

A perda do cargo de presidente é a sanção imposta pela prática do crime de responsabilidade e, como efeito automático, a inabilitação para o exercício de função pública, por oito anos.

Entretanto, excepcionalmente foram mantidos os direitos políticos da ex-presidente.

Os efeitos do impeachment já se esgotaram.

Concordando-se ou não com a decisão do Senado Federal é pacífico, que nem a justiça, nem o próprio Congresso Nacional poderão anular a condenação da ex-presidente.

*E jornalista, advogado, ex-deputado federal – nl@neylopes.com.br  – blogdoneylopes.com.br

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

 

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Candidato ao Senado afirma que Motta surfou no antipetismo e agora surfa na popularidade de Lula

O candidato ao Senado Freitas Junior (PSOL) declarou que o deputado federal Rafael Motta (PSB) se comporta de forma oportunista surfando de acordo com a onda no momento.

No caso a de agora é a onda lulista. “Rafael Motta é um surfista. Em 2016, surfou no antipetismo e foi um dos parlamentares que consagraram um golpe parlamentar contra uma Presidente legitimamente eleita. Você esqueceu?”, questionou. “Agora, ele tenta surfar na popularidade de Lula. Quem garante que ele não vai mudar de lado de novo quando chegar no Senado?”, perguntou.

De fato, Motta votou a favor do impeachment e ao longo do Governo Temer mudou de posição passando a se alinhar com a defesa dos trabalhadores e se aproximou da governadora Fátima Bezerra (PT) nas eleições de 2018.

 

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Análise

Garibaldi arrependido de apoiar o impeachment de Dilma? Resposta virá depois de concluir negociações com o PT

O ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB) não quis revelar se está ou não arrependido por apoiar o impeachment de Dilma Rousseff na entrevista de quinta-feira ao Foro de Moscow.

A posição logo despertou uma série de reações nas redes sociais. Uns interpretaram que ele não teve coragem de assumir, outros que ele não se arrependeu e não quis dizer isso para não melar as negociações com a governadora Fátima Bezerra (PT).

Diria que são as duas coisas ao mesmo tempo. Como a aliança PT-MDB não está totalmente sacramentada não é hora de dizer nem que sim nem que não.

Talvez em cima do palanque com Fátima ao lado e o filho Walter Alves (MDB) de vice ele possa responder a pergunta. O arrependimento de Garibaldi depende dos próximos capítulos da política potiguar.

Por ora o silêncio reforça as teses das alas petistas mais resistentes a aliança com os Alves.

Confira a pergunta sobre o tema:

 

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Garibaldi se abstém de dizer se arrepende do impeachment de Dilma

O ex-senador Garibaldi Alves Filho (MDB) que costuma ser franco nas respostas desta vez preferiu se esquivar em dizer se está ou não arrependido de ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff.

“Olha, aquele processo decorreu de fatos que ocorreram naquele tempo e que se você me permite não vou envolver aquilo tudo”, respondeu em entrevista ao Foro de Moscow.

A fala de Garibaldi certamente não será vista com bons olhos pelo PT em um momento em que ele se movimenta para fazer aliança com a agremiação.

Assista o trecho da entrevista

Assista o programa na íntegra

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Para 87% dos leitores do Blog saída de Dilma não trouxe melhoras

Dilma deixou o poder para dar lugar a Temer (Foto: autor não identificado)

Na passagem dos cinco nos do impeachment da presidente Dilma Roussef o Blog do Barreto perguntou aos leitores se a vida deles tinha melhorado com a saída da petista do poder.

Para 87% dos que participaram da enquete a resposta foi não. “enho certeza que não.

O golpe sempre foi contra o povo. O resultado está aí, sentindo na pele . Dias dificies, medo e desesperança de muitos. É preciso muita fé para acreditar em dias melhores, eu creio que viram para todos nós. Que haja fé, esperança e dias de glória Amém”, disse Roberta Lacerda.

Já 10% disseram que sim. “Nunca dependi de político nenhum. Vivo do meu trabalho. Graças a Deus Agora Tá bom !”, frisou o radialista Collins Aquino.

Para 2% o importante foi tirar o PT. “So sei que o pais e os cofres publicos deixaram de serem roubados por essa faccao chamada PT. Isso e o mais importante. O resto quem trabalha sabe que se nao houver roubo o pais melhora e muito. Pra mim ta bom demais. To trabalhando, e tenho o que quero do meu esforco e do meu suor”, declarou Moisés Batista.

Para 1% nem piorou nem melhorou.

Obs.: os comentários dos leitoras estão com a grafia original.