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Styvenson mandou dinheiro para Natal e divulga que foi para fazer hospital em Currais Novos

O Blog O Potiguar, do cientista político Daniel Menezes, trouxe mais um capítulo da manipulação midiática feita pelo senador Styvenson Valentim (PSDB) para se promover com o envio de recursos para hospitais filantrópicos.

A história é de fácil entendimento.

O senador enviou 14.593.296,00 em emendas para serviços de custeio (atendimentos e compra de equipamentos) para o Fundo Municipal de Saúde de Natal encaminhar para a Liga Contra o Câncer fazer um Hospital em Currais Novos, que já tinha extrapolado o TetoMac.

Trocando em miúdos: Styvenson diminuiu o Tetomac de Natal para investir em outra cidade.

A notícia detalhada você pode conferir em O Potiguar clicando AQUI.

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Liga desmente Styvenson ao negar que receba emenda para construir hospitais. Outros parlamentares também enviam recursos para custeio

A Liga Contra o Câncer enviou nota ao Blog do Barreto em que afirma que as emendas parlamentares só podem ser usadas para exclusivamente para custeio.

Na prática o posicionamento desmente o senador Styvenson Valentim (PSDB) que espalha aos quatro cantos do Rio Grande do Norte que está enviando recursos para a construção de hospitais.

A Liga informa que com os recursos para custeio provenientes de emendas economiza para usar recursos próprios (arrecadados por doações e atendimentos particulares) na construção dos hospitais.

Não consta na nota, mas o Blog do Barreto apurou que outros parlamentares também enviam emendas para custeio que servem para a Liga economizar e fazer novas unidades.

Trocando em miúdos: o dinheiro que Styvenson envia através de emendas é para custeio. A construção de hospitais ocorre também com recursos enviados por outros parlamentares.

Só Styvenson faz essa propaganda.

Confira a nota na integra:

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

LIGA CONTRA O CÂNCER

A respeito de postagem veiculada que lança questionamentos sobre a legalidade na aplicação de emenda parlamentar recebida pela Liga Contra o Câncer, vimos respeitosamente esclarecer que:

1 – A Liga Contra o Câncer é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, que atende 65% da demanda oncológica do Rio Grande do Norte, sendo acima de 70% dos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2024, realizou 1.164.468 atendimentos, com uma média de 2.030 procedimentos por dia;

2 – As emendas parlamentares são destinadas para o auxílio no custeio dos hospitais. Com isso, parte do recurso próprio – constituído por origens diversas, tais como atendimentos particulares, convênios, pesquisa clínica, doações, entre outros – pode ser destinado para a realização de obras e melhorias.

A Liga destaca que cumpriu rigorosamente todos os trâmites legais relacionados às destinações de emendas parlamentares conforme exigido em lei, sem que haja qualquer pendência;

3 – O mecanismo de destinação de emendas parlamentares, individuais e de bancada, para o atendimento em saúde é de suma importância para a estruturação de unidades que prestam serviço em filantropia em todo o país, proporcionando auxílio à rede filantrópica que atende preferencialmente ao SUS.

Não há qualquer vinculação político-partidária ou ideológica nessa destinação de recursos.

Outras instituições filantrópicas de saúde no Rio Grande do Norte, na capital e no interior, também recebem recursos de emendas parlamentares para custeio de suas atividades;

4 – A destinação de recursos para novas estruturas de saúde aumenta, significativamente, a capacidade de atendimentos e o número de pessoas atendidas.

Com o Centro de Diagnóstico, Ensino e Pesquisa do Seridó (CDES), construído em Currais Novos, foram realizados 6.658 procedimentos somente nos sete primeiros meses de atividade, atendendo a pacientes de todas as cidades do Seridó potiguar. Trata-se de uma unidade de saúde de excelência para o atendimento aos pacientes com câncer da região, trazendo maior rapidez aos tratamentos antes concentrados na capital e salvando vidas.

Por fim, a Liga Contra o Câncer reitera que toda a atividade obedece aos critérios legais, e está plenamente de acordo com a Legislação prevista para tal.

LIGA CONTRA O CÂNCER

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Auditoria do TCE aponta que Governo contratou hospital para atender pacientes de covid-19 por valor acima do de mercado

Auditoria realizada pela equipe técnica da Diretoria de Administração Direta do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) identificou que o custo com leitos de UTI, em contrato firmado entre o Governo do Estado e a Liga Contra o Câncer, está acima do preço de mercado. Cada leito custará R$ 3,2 mil no contrato com a Liga, o que significa mais que o dobro do gasto com leitos de UTI de perfil semelhante, segundo comparação feita pelos auditores.

O conselheiro Gilberto Jales, relator do processo, determinou, em despacho assinado nesta segunda-feira (18/05), a notificação da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) para que, num prazo de cinco dias, apresente esclarecimentos acerca dos achados da auditoria. “Não há dúvida de que a atuação deste Tribunal de Contas deve operar com a pertinente cautela nesse contexto de estado emergencial provocado pela pandemia do COVID-19, a fim de não prejudicar o interesse maior de assistência à saúde pública, mas sem olvidar a competência fiscalizatória afeta a este órgão de controle, com o poder-dever de agir nas situações identificadas com a necessidade de correção a fim de evitar mal ainda maior ao interesse público, primando pela eficiência dos atos de gestão”, apontou o relator.

No contrato com a Liga Contra o Câncer, o Estado irá desembolsar R$ 20,5 milhões, na primeira etapa, para pôr em funcionamento 20 leitos de UTI adulto e 20 leitos de enfermaria. Caso haja a necessidade, o contrato prevê a efetivação de mais 20 leitos de UTI, numa segunda etapa, pelo valor de R$ 14,3 milhões. Na primeira fase, R$ 18 milhões são destinados aos leitos de UTI. O restante, R$ 2,5 milhões, custeará a compra de equipamentos e montagem da estrutura. Cada leito de UTI custa R$ 3,2 mil, enquanto o leito de enfermaria sairá por R$ 1,8 mil. O preço do leito de UTI se mantém na segunda fase.

Contudo, o Estado firmou outros contratos para aumentar a quantidade de vagas disponíveis para o enfrentamento do novo coronavírus. São 10 leitos de terapia intensiva para o Hospital da Polícia Militar, com um custo total de R$ 2,7 milhões, ou R$ 1,5 mil por leito. Em uma outra contratação, o Governo irá gastar R$ 1,9 mil por cada leito de UTI, sendo 20 no Hospital João Machado e 10 no Hospital Alfredo Mesquita Filho. Além disso, no vínculo com a Liga Contra o Câncer, será de responsabilidade do Estado a disponibilização de ventiladores mecânicos, fundamentais para o tratamento contra a Covid-19, ao passo que nos demais a responsabilidade é dos contratados.

“Assim, na situação apresentada, os valores pactuados junto à Liga Norte-Riograndense revelam-se elevados diante das outras contratações apresentadas e, embora a Lei Federal nº 13.979/2020 permita que o poder público contrate por valores superiores aos dos praticados no mercado, essa permissão ocorre quando demonstrada claramente a necessidade, o que não aparenta ser o caso descrito”, aponta a auditoria.

Segundo o relatório de auditoria, um dos parâmetros utilizados pela Secretaria Estadual de Saúde foi o valor das contratações realizadas em outros estados. A Sesap considerou, por exemplo, que o Hospital de Campanha do Estado de Goiás teria um custo médio de R$ 1,6 mil por leito, sem a inclusão de insumos e outras despesas. Porém, a equipe técnica do TCE verificou que o contrato para o Hospital de Campanha em Goiás inclui todos os gastos, ao contrário do que levou em conta a Secretaria de Saúde do RN. Situação semelhante ocorre com o Hospital Espanhol, em Salvador, e o Hospital de Campanha do Ceará.

Obras físicas

Outro ponto a ser esclarecido, no entendimento dos auditores, é a previsão, em contrato, de repasse de recursos públicos para custear as obras físicas do local que receberá os leitos de terapia intensiva. A previsão, na primeira etapa, é de um repasse de R$ 1 milhão, saltando para R$ 2 milhões na segunda etapa. Não há previsão legal para esse tipo de repasse, de acordo com o corpo técnico.

“Nesse sentido, ressalta-se a ausência de previsão legal específica que permita ao contratante, no caso, a SESAP, executar despesa pública para custear obras nas instalações físicas da contratada, a LIGA, em benefício futuro da entidade privada e que não integrará o patrimônio público ao final da vigência de 180 dias do contrato. Em outras palavras, a estrutura física será construída com recursos públicos e, ao final do contrato de 180 dias, será revertida exclusivamente para utilização da entidade privada”, explica o relatório de auditoria.

TAC

O relator determinou também a intimação do Ministério Público do Estado, do Ministério Público do Trabalho e do Ministério Público Federal, com os quais o Governo do Estado assinou Termo de Ajustamento de Conduta para a expansão dos leitos públicos de UTI. “Levando-se em conta que o presente contrato decorre de Termo de Ajustamento de Conduta firmado perante outras instâncias de controle, entendo pertinente a cientificação dos órgãos que mediaram esse compromisso”, considerou.