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Isolda Dantas defende antecipação da formatura de estudantes de medicina e enfermagem da UERN

Antecipação visa aumentar o contingente de médicos e enfermeiros na linha de frente contra a Covid (Foto: cedida)

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) participou, na manhã de hoje (18) de reunião virtual  com a reitoria da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e uma comissão formada por  alunos dos cursos de Medicina e Enfermagem na instituição , para debater a antecipação de novos formandos deste semestre.

Em 2020, a Universidade concedeu antecipação da colação de grau dos formandos dos respectivos cursos por considerar a excepcionalidade da situação de pandemia vivida pelo Estado. Na época, Isolda entrou na mobilização junto ao Governo do Estado, UERN e estudantes, conseguindo a antecipação da formatura de médicos e enfermeiros.

Durante o encontro de hoje, a Comissão de alunos defendeu o adiantamento da colação de grau para os estudantes que possuírem 75% do estágio e internato concluídos, garantindo a validade do grau dos novos profissionais.

O mandato de Isolda vem acompanhando a pauta desde o início da pandemia, em 2020, com a intenção de que novos médicos atuem no controle do coronavírus no Estado.

“O meu dever é contribuir com a população, com o RN em diversas áreas, e o momento é ainda voltado para a pandemia. Por isso, trouxe esse diálogo para que pudéssemos ficar a par da situação e que fossem tiradas dúvidas com a reitora da UERN, e assim, conseguirmos buscar alternativas e soluções legais com a UERN e Conselho Estadual de Educação e a Comissão de alunos “, comentou a parlamentar.

A exemplo do que aconteceu ano passado, a reitora da UERN,  Fátima Raquel, entende que a Universidade poderá antecipar a colação de grau dos formandos deste ano 2021.1, permitindo que os concluintes das áreas de Medicina e Enfermagem possam ser contratados, em caráter emergencial, para atender as demandas de saúde neste momento de pandemia, especialmente, no interior.

A UERN buscará diálogo com o Conselho Estadual de Educação (CEE-RN), Secretaria Estadual de Educação (SEEC) e a diretoria do curso de medicina da universidade para garantir segurança jurídica aos alunos e alunas. Posteriormente, a deputada Isolda conversará com a Governadora Fátima Bezerra para garantir a formação e a contratação emergencial de novos graduados.

“Continuaremos travando essa batalha para salvar vidas, seja na busca por vacina para todos, conscientização do uso de máscara, como no adiantamento da formação de novos profissionais para atuação na saúde pública estadual. Não podemos deixar para tomar medidas depois, principalmente, porque a pandemia ainda não acabou”, disse Isolda.

Participaram também da reunião, Yamara Santos, presidente do Diretório Central dos Estudantes da UERN (DCE),  Allysandra Maria Lima, professora do curso de Medicina e Janieiry Lima, professora do Departamento de Enfermagem da UERN campus Pau dos Ferros.

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Decreto permite antecipação de colação de grau de alunos de medicina e enfermagem da UERN

Alunos de medicina vão colar grau esta semana (Foto: Wilson Moreno/Agecom/UERN)

A governadora Fátima Bezerra (PT) assinou decreto que permite que alunos dos cursos de medicina e enfermagem da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) colem grau de forma antecipada.

Trata-se de uma medida que se adequa a Medida Provisória nº 934, de 1º de abril de 2020, e a Lei Federal nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que flexibiliza a conclusão antecipada dos cursos de Medicina, Farmácia, Enfermagem e Fisioterapia que tenham cursado 75% da carga horária.

No caso da UERN, a medida atende aos cursos de medicina e enfermagem. “Esta é mais uma ação do nosso Governo para dotar a saúde pública do Estado de condições de enfrentamento ao Corona vírus. Vamos poder contar com profissionais capacitados e já com experiência prática da Medicina no internato, que muito irão contribuir neste esforço para promover um atendimento adequado àqueles que precisarem”, disse a governadora Fátima Bezerra (PT).

Hoje 28 futuros médicos estão aptos a colar grau. Ele já cumpriram 93,39% da carga horária. Além deles, 33 alunos de enfermagem da UERN já tinha concluído o curso e estavam apenas esperando a solenidade de colação de grau para exercer a profissão.

As solenidades serão de forma virtual. “Ainda esta semana, provavelmente terça-feira ou quarta-feira, estaremos realizando os atos de colação de grau e os profissionais estarão aptos para receber seus registros e prestar serviços”, afirma a reitora em exercício Fátima Raquel Rosado Morais.

Isolda intermediou acordo (Foto: cedida)

Antes mesmo de se discutir a medida provisória, os alunos do curso de medicina vinham mantendo contato com a deputada estadual Isolda Dantas (PT) que intermediou as negociações entre Governo do Estado, Reitoria da UERN e alunos. Ela considerou o decreto uma vitória porque vai garantir mais profissionais neste momento de pandemia.

“Considerando o quadro pandêmico do novo Coronavírus, que pode superlotar e sobrecarregar o sistema público de saúde, é preciso que o Estado do Rio Grande do Norte não espere, se previna de todas as formas. Contratar mais profissionais da saúde em caráter emergencial é fundamental. Vitória da saúde!”, frisou.

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Isolda pede antecipação da formatura de alunos do curso de medicina

Deputada sugere antecipação da colação de grau dos alunos de medicina (Foto: Wigna Ribeiro)

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) solicitou a antecipação dos novos formandos do curso de medicina da UERN e a contratação emergencial destes para a atuação nos postos de saúde contra o vírus.

A deputada Isolda está no dialogo com a governadora Fátima Bezerra (PT) e com o reitor Pedro Fernandes para que possa antecipar a conclusão da turma e, assim, os novos médicos atuem no controle do coronavírus de forma imediata. É necessário ressaltar que os alunos já cumpriram todas as disciplinas restando apenas a colação de grau para exercer as funções.

“Esse é o momento de fazermos ações conjuntas de prevenção. Não podemos deixar para tomar medidas depois. Paralelo a isso, estamos atuando na fiscalização e na busca por informações junto à Secretaria de Saúde do Estado (Sesap-RN) e ao governo do Estado para que realizem ações concretas para o controle da doença”, afirma a deputada.

A deputada já propôs projeto de lei que proíbe o aumento abusivo de insumos de proteção ao coronavírus, como também solicitou que o governo do Estado distribua kit merenda aos estudantes carentes do RN.

Veja o requerimento AQUI.

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Faculdade particular ofertará curso de medicina em Mossoró

A Faculdade de Enfermagem Nova Esperança (FACENE) ganhou o direito de ofertar 113 vagas para o curso de medicina em Mossoró.

Quem garante isso é a Portaria nº 833 de 28 de novembro publicada no Diário Oficial da União publicada hoje.

A FACENE poderá ofertar 113 vagas anuais a partir do seu próximo vestibular.

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Reportagem

Como um nascido no Brasil deu um Prêmio Nobel a Inglaterra

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Peter Medawar nasceu no Brasil, mas ganhou o Prêmio Nobel para a Inglaterra

Bruno Vaiano

Superinteressante

Em 2015, a SUPER entrevistou o evolucionista Richard Dawkins — e ele comentou de passagem que um de seus ídolos, o prêmio Nobel Peter Medawar, nasceu no Brasil. Não só nasceu como viveu e estudou em Petrópolis, no Rio de Janeiro, até os 14 anos.

Eu achei essa história muito estranha. Afinal, já virou clichê dizer que o Brasil não tem Nobel. Isso fere nosso orgulho. A Argentina tem Nobel. O Peru tem Nobel. A Colômbia tem Nobel. O Brasil não tem Nobel do mesmo jeito que a Inglaterra não ganha uma Copa desde 1966: padrão Mick Jagger de zica e pé-frio. É um desses fatos inescapáveis da vida.

Uma pesquisa rápida revela o essencial sobre o prodígio mais desconhecido da nação: Medawar era filho de um libanês e uma inglesa. Sua família veio para cá quando o patriarca, sócio de uma empresa inglesa que fabricava próteses e instrumentos de dentista, visitou a capital fluminense para instalar uma filial na rua do Ouvidor. O casal gostou do que viu e ficou por aqui mesmo: eles tiveram quatro filhos, morreram e foram enterrados no Brasil.

Medawar pai não era bobo: apesar de gostar do país tropical, sabia que ter um passaporte inglês não faz mal a ninguém. Registrou suas quatro crias tanto aqui como na terra da rainha Elizabeth. Com 14 anos, o Peter adolescente aproveitou sua dupla cidadania para fazer o colegial na Europa — e como já era um gênio desde cedo, emendou uma graduação em zoologia em Oxford. Coisa fina.

Foi aí que chegou o momento mais temido por muitos adolescentes: o serviço militar. Quando completou 18 anos, Medawar filho não quis interromper os estudos para vir aqui fazer a visita obrigatória ao quartel. E sem o certificado de reservista, ele perdeu a cidadania brasileira. Em 1960, quando saiu o Nobel de medicina em seu nome, ninguém mais lembrava que o laureado tinha passado a infância na região serrana do Rio.

O que leva a outra pergunta: naquela época, não prestar serviço militar era mesmo suficiente para perder a cidadania? Ou Medawar simplesmente optou por não ser mais brasileiro para evitar a dor de cabeça?

Em uma reportagem do Fantástico de 1998 (que você pode ver no YouTube), um advogado afirma que Medawar morreu tão brasileiro quanto nasceu: ficar sem certificado de reservista não é suficiente para ser jogado na sarjeta pela nação.

A Folha também fez uma matéria sobre o assunto em 1996, em que há uma breve análise de um professor de Direito da USP. A conclusão dele foi um pouco diferente: de fato, nenhuma das constituições brasileiras — inclua aí as de 1934 e 1937, que vigoravam quando Medawar estava na faculdade — afirma explicitamente que quem não presta serviço militar fica sem cidadania. Na época, porém, “havia essa interpretação”.

O texto da Folha não dá mais detalhes, mas não é difícil de imaginar o porquê de uma medida tão radical: 1937 marca o início do Estado Novo, a ditadura comandada por Getúlio Vargas. Nessa época, tentar escapar do exército na malandragem certamente não era o melhor jeito de ficar bem na fita com a justiça.

Gerdal Medawar, um primo do biólogo que passou a vida no Brasil, afirma que ele, na verdade, renunciou voluntariamente à cidadania brasileira. O pesquisador simplesmente não quis ter a dor de cabeça de interromper a graduação em Oxford para fazer uma visita arriscada ao quartel — que poderia lhe render um ano longe dos estudos. Como ele já tinha a cidadania britânica, garantida por seus pais, não foi tão difícil assim tomar a decisão.

Os Medawar eram razoavelmente bem relacionados: o padrinho do futuro Nobel era ninguém menos que Salgado Filho, na época ministro do Trabalho. O político pediu pessoalmente a Gaspar Dutra, então ministro da Guerra, que liberasse o afilhado do serviço militar. E ouviu um “não”. Dureza.

Conclusão? Com ou sem cidadania, é pouco provável que Medawar tivesse entrado para a história como um Nobel brasileiro. Ele abraçou seu lado inglês sem olhar para trás, e foi na Inglaterra que ele fez todo seu trabalho.

Por último, para você não ir embora curioso: Medawar ganhou o prêmio por suas pesquisas sobre o sistema imunológico — que permitiram os primeiros transplantes de órgãos e tecidos sem rejeição. Mas ele também foi extremamente importante para a compreensão da seleção natural: em 1952, deu a primeira resposta evolutiva satisfatória para a pergunta “por que nós morremos?” Ficou curioso para saber a reposta? Vai ter que esperar o próximo post, que sai semana que vem aqui no Supernovas.