Segundo um estudo realizado pelo Observatório da Violência (OBVIO/RN), Mossoró é a segunda cidade onde mais se mata mulheres no Rio Grande do Norte, ficando apenas atrás da capital do Estado, do ano de 1995 para cá.
São 65 mulheres mortas de forma violenta em Mossoró de um total de 530 em todo o território potiguar, o que equivale a 12,06%. Casos emblemáticos como o caso Valéria Patrícia, assassinada em setembro de 2016 e insolúvel até agora.
Apesar dos índices, um Projeto de Lei do vereador Gilberto Diógenes (PT), aprovado na Câmara Municipal de Mossoró, onde se instituiria o ensino básico da Lei Maria da Penha nas escolas municipais, foi vetado pela prefeita Rosalba Ciarlini.
Um contrassenso sem tamanho, uma mulher à frente de uma gestão pública, ao invés de facilitar de todos os meios o combate à violência feminina, agir contra os seus próprios interesses e em desacordo aos demais municípios do Estado e do país, que tem buscando de todas as formas conter os índices de feminicídios.
O veto irá à Câmara nesta terça-feira (17) e será votado em plenário, o vereador Gilberto Diógenes tem recolhido assinaturas em um abaixo-assinado e mobilizado vários segmentos da sociedade na tentativa de ter o PL aprovado em definitivo.
“É um absurdo uma prefeita, mulher, ignorar o que está acontecendo em sua cidade no que tange à violência contra mulher e vetar um projeto que só tem a contribuir para minimizar esse desastre social que estamos vivenciando”, comenta o vereador.