
Cada dia me convenço do quanto o rosalbismo é ultrapassado. Não se trata apenas de um modelo de gestão com a cara dos anos 1990, mas também pela necessidade de se impor a qualquer custo ignorando convenções sociais como ponderação e humildade.
Ontem tivemos mais um espetáculo da necessidade de mostrar força sobrepujar o interesse público. Durante a votação da reforma administrativa, que caminharia para ser aprovada por unanimidade, foi detectado um erro formal que precisava ser corrigido.
A reforma administrativa se referia a Lei Complementar 105/2014 e não a Lei Complementar 126/2016 que foi a última reforma administrativa. Uma besteira facilmente alterada com uma emenda.
Vereadores governistas admitiram nos bastidores que essa alteração era necessária. Mas aí a mão de ferro palaciana não acatou e disse que estava tudo certo. Os aliados da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) acataram as explicações do consultor-geral Anselmo Carvalho e rejeitaram a alteração por 11 x 7.
Ao final a reforma administrativa que seria aprovada por unanimidade passou com 16 votos e três abstenções.
A gestão de Rosalba não aceita recuar nem mesmo no que sequer mereceria polêmica. Não é a primeira vez que isso acontece. Ano passado ao enviar a Lei Orçamentária Anual a gestão rosalbista ignorou emendas aprovadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) humilhando os vereadores.
É muito primitivismo político para uma prefeitura só.
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Foto: Edilberto Barros/CMM