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RN tem 38.261 casos confirmados de Covid-19 e registra 1.356 óbitos com confirmação da doença

Secretário de Saúde falou sobre dados epidemiológicos e taxa de transmissibilidade no RN (Imagem: Reprodução)

O número de casos confirmados do novo coronavírus no Rio Grande do Norte chegou a 38.261 e o Estado registra 1.356 óbitos com confirmação da doença. Os dados foram informados pelo secretário adjunto de Saúde do RN, Cipriano Maia, durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 10, por videoconferência.

São 51.096 suspeitos, crescimento que, segundo Cipriano Maia, reflete o maior número de pessoas com síndrome respiratória. 180 óbitos estão em investigação

A taxa média de ocupação de leitos críticos do SUS no Rio Grande do Norte, segundo dados da Sala Pública do Regula RN observados às 15h42 era de 85,4%.

Na Região Metropolitana o índice de ocupação era de 85,6%. Na região de Mossoró 100% dos leitos contavam com internamentos. Em Pau dos Ferros a taxa de ocupação era de 30%. No Seridó o percentual de internações era de 93,3%. Já na região do Mato Grande, a taxa de ocupação dos leitos era de 100%.

De acordo com o secretário de Saúde, a situação da taxa de ocupação tem se mostrado mais favorável, devido o incremento de leitos que foi realizado nas várias regiões e à estabilização da demanda nas portas de urgência e emergência.

Em todo o Estado, oito leitos críticos estavam bloqueados e 39 estavam disponíveis.

Ainda segundo o RegulaRN, a fila formada por pacientes que aguardava regulação contava com cinco pacientes aguardando leitos críticos e 14 a espera de leitos clínicos, conforme observado às 14h37. No momento coletiva, havia seis pacientes na fila de espera, sendo cinco na Região Metropolitana e um no Seridó.

22 pacientes regulados aguardavam por transporte

Com relação ao cenário da assistência, o secretário de Saúde afirmou que o tempo médio de regulação foi reduzido e também houve redução do tempo médio de transporte.

“Temos ainda um panorama de muitos leitos ocupados, tanto na rede pública como na rede privada, em torno de 710 leitos”, afirmou Cipriano, informando que desses 352 são leitos críticos.

Das mais de 2.400 pessoas reguladas pelo RegulaRN, 1.506 tiveram alta.

“Nossa expectativa é que, realmente, ao longo das próximas semanas se mantivermos o grau de isolamento, o uso da máscara, precisa continuar sendo uma constante no nosso cotidiano e as medidas de distanciamento, mesmo aquelas atividades que estão permitidas, com a proteção dos grupo vulneráveis, nós vamos continuar mantendo uma situação de controle, estabilização, esperando que possa ter um declínio’, disse o secretário de Saúde.

De acordo com Cipriano Maia, será realizada a abertura de novos leitos ao longo das próximas semanas em regiões como Assú, Santo Antônio, João Câmara e São Paulo do Potengi.

“Nossa taxa de transmissibilidade ela tem se mantido estável com uma tendência de declínio, em torno de 1 e avançando nessa expansão de leitos com a diminuição da demanda vamos ter também nas próximas semanas uma estabilização em termos da taxa de ocupação que dará mais segurança nesse processo de retomada. Mas com muita clareza de que isso não significação uma liberação geral. Nós estamos, como tenho dito, em uma corrida de maratona, não chegamos ainda no meio dela”, afirmou, acrescentando que o processo de expansão deve ser feito com muita atenção, cuidado e responsabilidade.

“Já perdemos muitas vidas e não podemos estar relaxando essas medidas para que possamos vir a ter crescimento do número de óbitos”, complementou.

Em uma das últimas portarias publicadas, o Governo do Estado aumentou de 70% para 80% a taxa de ocupação de leitos admissível para retomada das atividades econômicas e a taxa de transmissibilidade aceitável passou para 2. Questionado se essa modificação não poderia acarretar, poucos dias após a ampliação das atividades econômicas, um maior aumento do número de casos e uma nova pressão por leitos, o secretário adjunto de Saúde afirmou que, se houver aumento da taxa de transmissibilidade, serão necessárias medidas de precaução.

“O que na verdade foi proposto pelo Comitê não é uma mudança do parâmetro foi um gatilho. Se a R(t) se aproxima de 2, você tem que disparar esse gatilho e voltar atrás, a mesma coisa a taxa de ocupação, o gatilho em 80%. Então, são medidas que foram recomendadas de precaução. Você começa uma retomada, gradual, organizada, controlada, parcelada, se tem uma tendência de aumento, você vai ter que tomar medidas restritivas, daí a importância de nos mantermos vigilantes e cumprindo tudo aquilo que já vem sendo recomendado de proteção individual, de uso das máscaras, do distanciamento, mesmo aquelas atividades que estão funcionando, na empresa, em outro tipo de atividade que já esteja funcionando, atividade essencial, é fundamental manter todas essas medidas”, afirmou o secretário.

Dois cálculos são observados no que diz respeito à taxa de transmissibilidade. Uma delas é a do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN). Segundo os dados da semana disponibilizada mais recentemente pelo Laboratório, a R(t) registrada no RN foi de 0,92.  Os dados, como informa o próprio site estão sujeitos a alteração.

De acordo com Cipriano Maia, os dados mostram que no conjunto do Estado as diversas regiões mostram tendência de estabilização em torno de 1. O secretário reforçou a necessidade de controle e das medidas de segurança para que seja possível observar nas próximas semanas tendência de declínio no curso da pandemia e falou sobre a exigência da vigilância para que não haja repiques e rebotes de casos.

“Tudo isso condicionado ao comportamento que venhamos a ter nesse processo de retomada”, afirmou, acrescentando que se houver ideia de liberou geral pode ter surpresa com ocorre em outros ugares.

Segundo ele, o R(t) está sendo monitorado e há tendência de estabilização para um posterior declínio, mas que exige cuidados e atuação integrada com municípios para boa gestão do processo de retomada sem surpresas, sem repique de casos, sem mais mortes e sofrimento para as famílias.

O outro modelo observado no site do Lais quanto à taxa de transmissibilidade é o do professor do Departamento de Física da UFRN, José Dias do Nascimento. O blog solicitou os dados atuais ao professor.

Governadora Fátima Bezerra lembrou que o momento exige cuidado (Imagem: Reprodução)

Governadora fala sobre expectativa de continuidade do Plano de retomada econômica a partir de quarta-feira

A Governadora Fátima Bezerra também participou da coletiva. Ela falou sobre as tendências do Rio Grande do Norte no contexto da pandemia e a expectativa de, na próxima semana, dar continuidade ao plano de retomada das atividades econômicas.

“Nós hoje estamos aqui para dizer ao Rio Grande do Norte que as tendências apontam, claramente, para um quadro mais favorável, do ponto de vista do contexto da pandemia no Rio Grande do Norte”, disse a Governadora Fátima Bezerra.

Segundo ela, o Estado tem conseguido manter a redução da taxa de transmissibilidade e, através da disponibilidade de mais leitos para a população, está chegando perto do patamar de 80% na taxa de ocupação dos leitos críticos.

A Governadora disse que espera que os municípios sigam as determinações do Decreto Estadual e falou sobre a necessidade de ter prudência para retomar atividades econômicas. Fátima Bezerra parabenizou os municípios que estão seguindo as medidas previstas no documento editado pelo Estado e mencionou que, como as medidas de isolamento são de responsabilidade dos municípios e cabe a eles responder pelos seus atos.

De acordo com a Governadora, em todo o Estado 20 municípios, que corresponde a 12% do total de cidades do RN, não acompanharam o Decreto.

Fátima Bezerra disse que está confiante de que na próxima semana o Estado possa retomar com segurança e responsabilidade as atividades econômicas. “E digo isso porque as tendências estão mostrando claramente essa direção. Primeiro a taxa de transmissibilidade que está em torno, exatamente de 1, bem como a taxa de ocupação de leitos que hoje já está em torno, exatamente, de 83%”, afirmou.

A Governadora fez um breve balanço sobre a abertura de leitos. Segundo ela, em toda a história do SUS foram instalados 380 leitos de UTI no RN. Ao longo desses três a quatro meses foram instalados 252 leitos de UTI no Estado. Ela afirmou que os leitos não serão desativados, uma vez que o Estado adotou o modelo de fortalecimento da rede integrada de hospitais públicos que a Secretária da Saúde Pública do RN (SESAP-RN) dispõe.

Momento exige cautela

Assim como fez o secretário de Saúde, a Governadora destacou que o momento é de atenção. “Lembrando que o momento exige cautela. A pandemia não acabou. A pandemia não passou”, ressaltou.

Ela também afirmou que a sociedade precisa compreender que o momento não é de liberação geral e as pessoas só devem sair de casa quando for realmente, essencial.

Durante a coletiva, a Governadora também mencionou que as empresas têm que seguir, rigorosamente as medidas sanitárias.

Ao final da entrevista, Fátima Bezerra voltou a chamar a atenção. “As tendências são favoráveis, mas é preciso muito cuidado”, disse, acrescentando que quem agiu de forma precipitada, desrespeitando as recomendações das autoridades sanitárias, teve que voltar atrás com perdas humanas e econômicas.

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Governo do RN fala sobre retomada das atividades econômicas durante coletiva de imprensa

Governadora disse que Estado será rigoroso na fiscalização, que apoio das prefeituras é fundamental e que conta com senso de responsabilidade do setor empresarial, que apresentou o Plano de Retomada – Foto: Elisa Elsie

Durante entrevista coletiva realizada no início da tarde desta terça-feira, 30, o Governo do Estado falou sobre o início da retomada das atividades econômicas do Rio Grande do Norte, que começa amanhã, 1º de julho.

A Governadora Fátima Bezerra, que participou da entrevista, afirmou que não são tempos de normalidade, que a situação inspira cuidados e cautela, por isso necessidade de manter distanciamento, isolamento social como medida preventiva, associado ao uso obrigatório de máscaras, em caso de saída por necessidades imprescindíveis.

Fátima Bezerra disse também que as medidas restritivas referentes ao isolamento social continuam vigentes e o Estado mantém recomendação para que municípios onde há praia, o acesso à orla continue interditado à população, bem como mantém recomendação para proibição de manifestações e toda e qualquer atividade que gere aglomeração.

“O Governo do Estado será rigoroso no cumprimento, na fiscalização do nosso decreto, no que diz respeito aos protocolos sanitários que as empresas terão que seguir fielmente para que elas possam, exatamente, desenvolver a sua atividade. Agora, é muito importante que as prefeituras cheguem junto”, afirmou.

De acordo com Fátima Bezerra, o Governo continuará dando suporte, mas é imprescindível que as prefeituras se somem a essas ações de fiscalização e cumprimento das medidas, até porque, cabe às prefeituras de municípios com mais de 15 mil habitantes estabelecer parâmetros em relação a horário de funcionamento e ao transporte público.

A Governadora disse que conta com compreensão e senso de responsabilidade do setor empresarial, já que a proposta de retomada foi apresentada pelas Federações, tendo à frente a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN).

“Eles estão conscientes de que todos esses passos terão que ser religiosamente obedecidos”, afirmou. Para ela, as empresas têm que ser as primeiras a darem exemplo quanto a protocolos sanitários e de higienização.

Antes da fala da Governadora, o coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS-UFRN) e integrante do Comitê Científico para enfrentamento da Covid-19 no RN, professor Ricardo Valentim falou sobre o posicionamento do Comitê quanto a reabertura gradual das atividades econômicas.

“O Comitê de maneira consensual recomendou que fizesse essa abertura, observando de maneira criteriosa todos os dados epidemiológicos”, disse.

“Apesar de a gente observar que há um decaimento por mais de 15 dias na taxa de transmissibilidade e nos últimos sete dias de maneira gradual também o pedido das Unidades de Pronto Atendimento por leitos, seja ele de UTI ou leitos críticos e também de ter observado que há uma mudança no perfil da lista de espera dos pacientes por leitos críticos, a gente tem observado isso já nos últimos sete dias, esses dados positivos requerem também um cuidado muito grande nesse processo de retomada, justamente para acontecer o que aconteceu com outros estados”, acrescentou.

De acordo com o pesquisador, é o momento de corresponsabilidade entre setor produtivo, Estado, e população, para que o processo de retomada, ele seja seguro, cauteloso e que não precise retroagir. “Nesse contexto, o Comitê Científico também destaca que, caso haja uma mudança desse dado epidemiológico, desse dado que hoje está favorável, que possa ser retroagido de maneira inequívoca”, afirmou Ricardo Valentim.

O Secretário de Segurança Pública e Defesa Social (SESED), Coronel Francisco Araújo, que também esteve presente, disse que a operação Pacto pela Vida continua, com interação das forças da Segurança Pública disponibilizadas aos municípios. Segundo ele, as Forças de Segurança Pública estarão agindo junto com o Procon e as forças municipais para manter o isolamento social.

Critério de ocupação de leitos não foi atendido segundo Decreto

No Decreto Estadual nº 29.742, de 4 de junho de 2020, que norteia a retomada das atividades econômicas no Rio Grande do Norte, conforme a Portaria Conjunta 007/2020 – Gabinete Civil (GAC), Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (SEDEC) publicada ontem, 29, o retorno das atividades estava condicionado a dois fatores.

“É condição essencial para a implementação inicial do plano de retomada gradual responsável das atividades econômicas no Rio Grande do Norte que exista desaceleração da taxa de transmissibilidade da COVID-19 de maneira sustentada e a ocupação dos leitos públicos de UTI seja inferior a 70% (setenta por cento)”, afirma o parágrafo primeiro do Art. 12 referente aos critérios para retomada gradual responsável.

No entanto, a taxa de ocupação de leitos críticos do SUS destinados ao tratamento de pacientes com sintomas do Covid-19 no Estado permanece elevada. De acordo com os dados observados às 16h32 desta terça-feira na Sala de Situação do Regula RN, a Região Oeste tinha 94,9% dos leitos ocupados (incluindo Mossoró – 100% de ocupação  do Hospital São Luiz e 95% de ocupação dos leitos do Hospital Regional Tarcísio Maia e Pau dos Ferros, com 80% de ocupação no Hospital Regional Telecila de Freitas Fontes), a Região Metropolitana tinha a mesma taxa de ocupação e somente o Seridó apresentava índice menor, correspondente a 69%.

A situação da taxa de ocupação nos últimas dias foi abordada em matéria publicada na manhã desta terça-feira, no Blog.

Situação epidemiológica do RN

O início da retomada das atividades econômicas no Rio Grande do Norte ocorre em um momento em que o Estado tem mais de 30 mil casos confirmados de Covid-19 registra mais de mil óbitos com confirmação da doença, conforme dados repassados durante a coletiva.

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Deputados debatem retomada da economia no RN

Os deputados Vivaldo Costa (PSD) e Coronel Azevedo (PSC), se pronunciaram no horário destinado aos deputados, na sessão remota desta terça-feira (30) sobre a pandemia do novo Coronavírus. Enquanto Vivaldo Costa demonstrava preocupação com a retomada de atividades econômicas, Coronel Azevedo considerou tardia a decisão do Governo do Rio Grande do Norte de autorizar a abertura gradual do comércio e de atividades da economia.

“Minha preocupação é com a declaração do diretor da Organização Mundial de Saúde, que afirmou que a Covid ainda terá um longo período no Brasil e no mundo”, afirmou Vivaldo Costa. “Mais de 100 dias se passaram desde que foi confirmada a primeira morte, e somente ontem o Governo do Estado falou sobre reabertura gradativa do comércio”, ressaltou Coronel Azevedo.

O deputado Vivaldo Costa falou sobre a aprovação de um medicamento com base em corticoide que, segundo ouviu da OMS, vem salvando vidas, em casos considerados mais graves da Covid. Ele também repercutiu a posição da Organização de proteger os grupos de risco, incluindo idosos e portadores de comorbidades. “Eles precisam de um acompanhamento especial”, ressaltou o deputado, lembrando que alguns estados que reabriram a economia, e citou São Paulo e Rio de Janeiro, tiveram como resultado o aumento dos números de infectados e mortos.

O deputado Coronel Azevedo se mostrou preocupado com a incerteza demonstrada por empresários sobre como será depois da pandemia. Também relatou que o comércio do Rio Grande do Norte perdeu R$ 200 milhões e demitiu 10 mil trabalhadores. E ainda que 15% das empresas não deverão reabrir e que 75 mil potiguares deverão entrar na fila de pessoas sem renda depois da pandemia.