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Caso do ambulante reacende debate sobre mobilidade e expõe falta de planejamento da gestão Rosalba

Fato isolado ou não expõe falta de planejamento (Foto: Web/Autor não identificado)

Ontem por volta das 23h a Prefeitura de Mossoró retirou um box que estava fixado (ver vídeo abaixo) em uma parada de ônibus na famosa Praça do Pax, umas das áreas mais movimentadas da cidade.

É indiscutível que a gestão municipal tinha que tomar providências. O problema é a forma como o processo foi conduzido. Na nota abaixo não há qualquer indício de que foi buscada uma solução negociada.

“A Prefeitura de Mossoró explica que não se trata de remoção de ambulantes. O que ocorreu foi uma situação específica de um trailer instalado em local proibido, no espaço destinado a parada de ônibus na Rua Coronel Gurgel, Centro de Mossoró.

O trailer foi interditado no dia 23 de fevereiro.  Não houve contestação do proprietário, ou seja, ele não compareceu à secretaria após o procedimento. Como estava em situação irregular, o equipamento foi retirado durante a noite de ontem. O horário é escolhido pela fiscalização em função da movimentação no trecho, para não causar transtornos ao trânsito no Centro”.

Repare que a própria nota mostra que o box foi interditado em pleno domingo de carnaval. Estranho, né? Onde estava a fiscalização para impedir que novos boxes se instalem ali?

Este operário da informação tem como linha mestra de suas análises a defesa de soluções de conflitos pela base do diálogo. No mínimo faltou sensibilidade por parte da prefeita. Entenda: estamos numa crise econômica grave, desemprego em alta e a nossa cidade não tem uma política de geração de empregos. Quem coloca um trailer ali o faz por desespero, por falta de alternativas para tirar o próprio sustento.

O que custava um trabalho de assistência social para encaminhar o rapaz para um dos mercados locais?

É inegável que já passou da hora de se buscar uma solução para a mobilidade naquela área do Centro. Esses ambulantes que lá estão precisam do seu ganham pão, mas o direito de ir e vir é fundamental.

Foi nas gestões de Rosalba que esses ambulantes se instalaram lá. Com exceção de Francisco José Junior nenhuma gestão atacou o problema. Engraçado nisso tudo é que a turma que hoje corre para as redes sociais para defender a prefeita são os mesmos que antes detonavam o antecessor no cargo.

Rosalba está no quarto ano da quarta gestão sem qualquer projeto que resolva o problema. Antes ela construiu o Vuco-Vuco e outros espaços para colocar os ambulantes, mas pecou ao não fiscalizar as novas ocupações.

Nenhum box instalado em calçada está em situação legal, mas trata-se de um tema de interesse social. Tem que existir planejamento para tirar o pessoal dali.

O planejamento não existe! Segue uma prova do que afirmo.

O badalado empréstimo aprovado às escuras no ano passado tem 44 obras. Nenhuma (repito nenhuma) das delas prevê a construção de um novo camelódromo. Isso escancara a falta de planejamento da gestão que finge não existir um problema que afeta a todos nós.

A solução é construir um camelódromo e depois retirar os ambulantes e a partir daí fazer intensa fiscalização para que as calçadas não sejam ocupadas novamente.

Nota do Blog: ainda hoje abordaremos o tema em vídeo com outras informações.

 

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A luta dos ambulantes de Mossoró

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Ambulantes protestam no Centro de Mossoró

Temendo serem retirados do Centro da cidade sem receber uma alternativa, os ambulantes de Mossoró realizaram protesto na manhã desta terça-feira, 16.

Há uma recomendação do Ministério Público antiga (ver AQUI) para que os ambulantes sejam removidos do Centro da cidade em nome da acessibilidade.

A Prefeitura de Mossoró tem um prazo de 90 dia para elaborar um plano de evacuação da área, incluindo um trabalho de reinserção dos ambulantes no mercado de trabalho.

O protesto percorreu o Centro e encerrou-se na Câmara Municipal.

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Rosalba repete Francisco José Junior

Francisco José Junior é “copiado” por Rosalba (Foto: reprodução)

Uma das brigas que fundamentou a derrocada da popularidade do então fenômeno político Francisco José Junior (PSD) foi a travada contra os ambulantes do Centro.

Ancorado por uma recomendação do Ministério Público, o prefeito empolgado com o passeio nas urnas nas eleições de 2014 quis melhorar a acessibilidade nas calçadas do Centro comprando uma briga com os ambulantes.

A mídia comprou a briga ficando do lado mais fraco. Foram muitos protestos com direito a apoio das entidades patronais.

No fim após várias trapalhadas, o prefeito recuou e até hoje os ambulantes seguem trabalhando nas calçadas do Centro sem serem importunados.

O prefeito queimou-se e entrou num desgaste que se acumulou nos meses seguintes.

Ambulantes são prejudicados (Foto: reprodução)

Agora, a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) repete Francisco José Junior. Ancora-se numa recomendação do Ministério Público de 2016 para mexer com os mais fracos sem dó nem piedade.

Vamos ser honestos!

A prefeita está no terceiro ano de mandato e teve tempo para rediscutir a ideia com o Ministério Público ou encontrar uma saída humanizada dando alternativas aos ambulantes.

Até nisso ela repete o ex-prefeito que tanto sua militância satanizou no passado.

Isso não foi feito.

Mais fácil atropelar pobres pais de família e culpar MP e prefeito antecessor.

Alegar que é obrigada a cumprir determinação do Ministério Público é falácia. Primeiro porque o parquet não determina nada.

Quem faz isso é o poder judiciário.

Segundo porque várias recomendações como a assinada no dia 10 de novembro de 2017 para reduzir a folha de pessoal demitindo comissionados não foram cumpridas.

A prefeita usa os argumentos de Francisco José Junior para repetir o mesmo que ele já fez, mas com a liberalidade de não haver comoção na mídia, protesto dos ambulantes nem mobilização das entidades patronais.

A sociedade mossoroense tem dado um salvo conduto para a prefeita que não deu ao antecessor dela. Ninguém liga para os ambulantes mesmo.