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Mesmo com autorização, Styvenson afirma que não vai encontrar ex-ministro na prisão: “quem deveria visitar era Bolsonaro

Alessandra Bernardo

Diário do RN

“Quem deveria visitar ele são os bolsonaristas, incluindo o ex-presidente Bolsonaro e a família toda, já que ele fez parte do time deles. Assinei por cortesia ao meu amigo Eduardo Girão, mas não vou”, afirmou o senador Styvenson Valentim (Podemos) ao informar que não visitará o ex-ministro da Justiça Anderson Torres detido no 19º Batalhão de Policia Militar, em Brasília, desde os atos golpistas dos extremistas bolsonaristas que vandalizaram os prédios dos ‘Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro passado, apesar de ter sido liberado.

Styvenson afirmou que assinou o requerimento, junto aos senadores Rogério Marinho (PL), Marcos do Val (PL), Flavio Bolsonaro (PL) e outros, por amizade ao senador Eduardo Girão (Podemos – CE), para que o requerimento apresentado por este ao Supremo Tribunal Federal (STF) tivesse “quórum”, mas que não pretende visitar o ex-ministro. “De forma alguma, não é meu parente, não é meu irmão, não é próximo a mim, não é nada meu. Então, não vou a presidio nenhum, como disse, foi cortesia, todos os senadores sabem disso”.

O senador explicou que o senador Eduardo Girão fez o requerimento colhendo assinaturas colhendo assinaturas de vários senadores para ter número e força quando fosse apresentado ao STF. “O fato é que assinei mais por cortesia, para reforçar a tramitação. Não quer dizer eu vá visitar Anderson Torres, porque eu não vou. Ele foi ministro do Bolsonaro, que está no Brasil e não faz a mínima questão de visitá-lo, nem se manifestar sobre a prisão do auxiliar. Se nem os bolsonaristas estão empenhados por que eu estaria?”, questionou.

Styvenson deixou claro que considera a prisão de Anderson Torres, que prestou depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (8) excessiva e injusta.

“Acho até abusiva, mas não cabe a mim, mesmo que seja por uma visita, por mais que seja humanitário, Ele não é do meu partido, não é meu aliado, não sou bolsonarista como ele. Mesmo liberado, não fui e não vou. Fiz mais para poiar um amigo. Estou em Natal e minha preocupação é com o Rio Grande do Norte, com meu povo”, afirmou.

O nome do senador Styvenson Valentim consta em uma lista com outros 37 parlamentares que foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, para verificar as condições do encarceramento de Anderson Torres.

Ele é investigado no inquérito nº 4.923, em tramitação STF por suposta omissão de deveres funcionais nos fatos registrados em 8 de janeiro passado, quando golpistas bolsonaristas invadiram e depredaram os prédios do STE, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

ANDERSON PRESTOU DEPOIMENTO A PF

Em depoimento à Polícia Federal, Anderson Torres afirmou que jamais interferiu nos planejamentos operacionais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições presidenciais de 2022 e que sua única preocupação era com o combate a crimes eleitorais independentemente de candidato ou partido. Há suspeita de que a PRF tenha agido para dificultar o acesso de eleitores às urnas, principalmente no Nordeste.

Já em relação à ex-diretora de inteligência do Ministério da Justiça, Marilia Alencar, que apresentou diretamente ao ex-ministro um mapeamento de inteligência sobre o resultado do primeiro turno das eleições de 2022, Anderson Torres disse que recebeu o boletim de inteligência, mas não compartilhou nem com a PRF nem com a superintendência.

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Foro de Moscow 8 mai 2023 – Será que Anderson Torres vai falar?

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Rogério e Styvenson estão liberados para visitar o ex-ministro golpista Anderson Torres

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a visita de 38 senadores ao ex-ministro da justiça Anderson Torres, figura central no golpe fracassado de 8 de janeiro.

Os parlamentares alinhados ao bolsonarismo poderão visitar Anderson em grupos de até cinco senadores aos sábados e domingos.

Entre eles estão dois dos três representantes do Rio Grande do Norte: Styvenson Valentim (PODE) e Rogério Marinho (PL).

No sábado, 6, Rogério esteve no 4º Batalhão de Polícia Militar do Distrito Federal, onde Anderson está preso por envolvimento com os atos terroristas de 8 de janeiro. “Acabamos de sair de uma visita ao ex-ministro Anderson Torres, que se encontra preso há mais de 4 meses em prisão temporária. Hoje 5 senadores que representam os 42 que assinaram o documento solicitando o acesso. Para nós a libertação de Anderson é um ato de justiça e de humanidade”, escreveu no Twitter.

Anderson, que iniciou o ano como secretário de segurança o DF, é acusado de facilitar a ação dos golpistas de 8 de janeiro e na casa dele foi encontrada uma minuta do golpe de estado que previa decretar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No dia do golpe fracassado, Torres estava em Orlando (EUA), mesma cidade onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava passando férias naquela data.

 

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 13 jan 2023 – A minuta do golpe