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Blog tem quase 100% de aproveitamento em projeções para Câmara Municipal

No dia 30 de agosto este operário da comunicação que vos escreve mais uma vez ousou e fez a projeção de quantos vereadores cada chapa faria e quais os nomes que possuem mais chances de se elegerem. Elaboramos ainda uma lista complementar com os nomes que poderiam surpreender no dia 1º de setembro.

Muita gente considerou loucura fazer essa análise há dez do pleito. Mas não se trata de mera opinião. A nossa análise foi feita com base com as estruturas e votações anteriores dos candidatos. Ainda contamos com a ajuda de articuladores políticos acostumados a formarem nominatas vitoriosas.

Com isso, erramos apenas quando dissemos que o PSDB faria uma cadeira. Essa vaga acabou sendo a segunda do PMN que projetamos ter uma.

Na lista de favoritos e surpresas só erramos ao não citarmos Didi de Arnor (PRB) e Emílio Ferreira (PSD).

Confira as projeções das coligações AQUI

Confira a lista de possíveis surpresas AQUI

Utilizando dados históricos a respeito do desempenho de vereadores eleitos ao longo dos anos e calculando que o excesso de candidatos frustrariam as perspectivas de votações estelares de Sandra Rosado (PSB) e Betinho Rosado (PP). Erramos apenas ao esperar uma votação superior a três mil votos para os ex-deputados. Sandra, tida como favorita, foi apenas a sexta mais votada. Betinho, prejudicado pela inelegibilidade, teve apenas 433 sufrágios.

Confira AQUI 

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Análise

Uma pesquisa errou por 4% e a outra por 27%

Muita gente pergunta sobre as pesquisas. Outros detonando por passionalidade/desinformação. Uma pesquisa tem margem de erro. As duas tinham uma margem de erro 3,5%. Isso significa que uma diferença de 7% estaria dentro da margem de erro no caso da pesquisa Seta/TCM.

Como a diferença apontada nas urnas foi de 11%, a pesquisa errou por 4%. Já a pesquisa IPESP/De Fato apontou uma diferença 34%. Dentro da margem para mais ou para menos o erro foi de 27%.

Uma coisa passa pela outra. A pesquisa IPESP foi realizada dez dias antes da divulgação e mostrou um cenário antigo. Mas a diferença estrondosa levou muitos indecisos a levarem o “voto útil” para a agora prefeita eleita Rosalba Ciarlini (PP). Talvez residam aí os 4% acima da margem de erro que atrapalhou o resultado da Seta que foi realizada nos dias 28 e 29 de setembro e terminou sendo divulgada no dia da eleição sem que houvesse o mesmo tempo para ser massificada como aconteceu com a pesquisa do De Fato.

Analisar pesquisa não fácil. Com racionalidade então…

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Matéria

Maioria dos vereadores despencaram as votações em 2016

plenario

A pulverização dos votos fez um estrago na vida dos atuais vereadores de Mossoró. Mas não foi só isso. O sentimento de renovação aliado ao fato do peso do poder econômico ter diminuído por causa das novas regras eleitorais deu uma grande colaboração para que mais de 50% da casa fosse renovada.

Além disso, a maioria dos vereadores por força das circunstâncias e desarticulação acabaram colaborando para que a maioria não se reelegesse. Mas também há outro fator: a votação dos edis (mais o vice-prefeito Luiz Carlos que foi eleito vereador em 2012) despencou em parte pelo excesso de candidatos (foram mais de 400), em parte pela revolta da população com a classe política.

Apenas quatro vereadores ampliaram as votações. Dois deles se reelegeram (Alex do Frango e Genilson Alves) e dois não (Jório Nogueira e Cícera Nogueira). Genilson Alves (PMN) foi quem mais subiu a votação. Já Alex Moacir, o vereador mais votado da história de Mossoró, foi quem mais perdeu votos.

Abaixo a lista com o desempenho dos vereadores que disputaram a reeleição e do vice-prefeito Luiz Carlos Martins (PT):

Vereador votação em 2012 votação 2016 saldo
Alex Moacir 4.701 Votos 2.291 – 2.410
Francisco Carlos 4.452 2.041 -2.411
Ricardo de Dodoca 2.928 2.171 -757
Manoel Bezerra 2.658 1.925 – 733
Genivan Vale 2.568 1.993 -575
Izabel Montenegro 2.484 2.465 -19
Flavinho Tácito 2.391 2.032 -359
Claudionor dos Santos 2.315 1.812 -503
Luiz Carlos 2.186 866 -1.320
Vingt-un Neto 2.139 1.493 – 646
Tomáz Neto 2.074 1.321 -753
Tássio Mardonny 1.940 891 – 1.049
Jório Nogueira 1.923  1.941 + 18
Alex do Frango 1.880 2.040 +160
Soldado Jadson 1.732 1.222 – 510
Celso Lanches 1.717  996 -721
Narcízio Silva 1.655 1.107 – 548
Genilson Alves 1.344 2.104 +760
Cícera Nogueira 1.722 1.836 +114
Lucélio Guilherme 1.728  1.002 -726
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Rosalba terá minoria na Câmara, pelo menos em tese

A prefeita eleita Rosalba Ciarlini (PP) terá minoria na Câmara Municipal de Mossoró. Pelo menos na teoria. É que 15 parlamentares que tomam posse no dia 1º de janeiro estavam em palanques adversários. Alguns com atuação discreta, outros claramente adversários e ainda há os que podem ter dado apoio velado à pepista.

Se a tradição for mantida, antes da posse ela já pode contar com maioria na casa. Confira abaixo o posicionamento de cada vereador, pelo menos na teoria:

Zé Peixeiro (PTC): oposição

Izabel Montenegro: governo

Tony Cabelos (PSD): oposição

Alex Moacir (PMDB): governo

Ricardo de Dodoca (PROS): governo

Sandra Rosado (PSB):   governo

Genilson Alves (PMN): oposição

Maria das Malhas (PSD): governo

Professor Francisco Carlos (PP): governo

Alex do Frango (PMB): oposição

Flavinho (PPL): oposição

João Gentil (PV): oposição

Emílio de Dr.ferreira (PSD): oposição

Manoel Bezerra (PRTB): oposição

Isolda Dantas (PT): oposição

Petras (DEM): oposição

Ozaniel Mesquita (PR): oposição

Raério Cabeção (PRB): oposição

Rondinelli Carlos (PMN): oposição

Didi de Arnor (PRB): governo*

Aline Couto  (PHS): oposição

*corrigido

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Câmara Municipal terá maior bancada feminina da história

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Heloisa Leão de Moura é a primeira vereadora de Mossoró

Em 164 anos de história a Câmara Municipal de Mossoró teve apenas 12 vereadoras. A primeira delas foi Heloisa Leão de Moura que foi eleita em 1962. Ontem a lista ganhou três novas integrantes: Sandra Rosado (PSB), Aline Couto (PHS) e Isolda Dantas (PT). Elas se juntam a Izabel Montenegro (PMDB) e à Maria das Malhas (PSD) que retorna ao legislativo municipal.

Esta será a legislatura com o maior número de mulheres, superando a de 2005/09 que teve três. Nunca tantas mulheres foram eleitas. A Câmara Municipal contraria a mística da força da mulher mossoroense na política. A casa é historicamente machista. Na eleição de 2012 apenas Izabel Montenegro foi eleita. Cícera Nogueira só se tornou vereadora graças a eleição de Francisco José Junior (PSD) para a prefeito.

Agora a casa terá uma representação feminina respeitável pelo ponto de vista da qualidade das eleitas. Cada uma, ao seu modo, é bastante a atuante. Isolda tende a ser bastante incisiva no plenário e terá um mandato girando em torno das causas da esquerda; Sandra traz a experiência de quem já esteve na Câmara dos Deputados; Aline Couto será uma voz constante no plenário e na área comunitária; Izabel é muito atuante e usa a tribuna com frequência; Maria das Malhas é conhecida por ser a “formiguinha” pela atuação intensa junto aos mais carentes.

Mas a qualidade está aquém da quantidade. Mossoró pode e deveria ter mais mulheres na Câmara. Que o crescimento da bancada feminina se torne uma tendência.

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Força do carisma e o “medo em arriscar” pesaram a favor de Rosalba

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O eleitor mossoroense separou a ex-governadora da ex-prefeita. Isso foi decisivo para fazer com que Rosalba Ciarlini (PP) voltasse a ser prefeita de Mossoró. Será a quarta vez que ela governará a cidade.

A pepista entrou na campanha numa situação contraditória. Era ao mesmo tempo considerada a melhor prefeita da história de Mossoró e a pior governadora do Estado.

Com um marketing bem feito, eficiente em saber esconder o lado negativo da “Rosa”, conseguiu exorcizar os fantasmas que rodeavam a campanha rosalbista.

Diferente dos adversários, para o bem e para o mal Rosalba conta com uma militância orgânica. Isso facilitou muitas ações de bastidores como as gravações vazadas de dentro da campanha de Francisco José Junior (PSD), o candidato a prefeito que acabou desistindo. A militância apaixonada atrapalha e ajuda, mas é o maior patrimônio de Rosalba.

Com isso, ela conseguiu deter o discurso do novo que residia em Tião Couto (PSDB) estancando o crescimento do tucano apontando as contradições em torno da campanha adversária que na reta final teve a imagem colada ao do prefeito Francisco José Junior. Isso gerou um medo do novo e impôs a tese da confiança num passado que deu certo para a maioria do eleitorado.

A prefeita eleita tem um grande desafio pela frente. Recolocar Mossoró nos trilhos e recuperar a capacidade do município de se desenvolver. Quando assumiu em 1997 ela herdou um quadro negativo, mas contava com um economia que ia bem e recebeu o reforço dos royalties do petróleo. Hoje esses valores são bem menores em termos proporcionais e foram incorporados ao orçamento regular. Não são mais um “extra”.

Além disso, a folha cresceu. Rosalba entregou a Fafá Rosado em 2005 um quadro de servidores que consumia 36% do orçamento. Agora receberá a gestão no limite prudencial e contando moedas para garantir o pagamento em dia.

A realidade é diferente também relação ao eleitorado. O povo não tem tanta paciência para discurso da terra arrasada.

Cá deste espaço torço pelo sucesso da gestão de Rosalba. Mossoró é a terra que escolhi para viver e onde meu filho nasceu. Quero que dê certo.

Nota do Blog: iniciamos com esse texto uma série de análises sobre as consequências da eleição de ontem.