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Candidatos a Bolsonaro do RN em 2022

Quem será o Bolsonaro do RN? (Fotomontagem: Blog do Barreto)

Quem vai herdar o bolsonarismo na disputa pelo Governo do Rio Grande do Norte? Essa é uma pergunta que faz todo sentido num cenário polarizado entre PT x bolsonarismo que se desenha para 2022.

Ainda mais aqui no Rio Grande do Norte onde temos uma governadora do PT apta a disputar a reeleição. Fátima Bezerra (PT) certamente vai tentar renovar o mandato numa estratégia de colar, como de praxe, sua imagem à do ex-presidente Lula.

Por outro lado quem será o representante do bolsonarismo na peleja eleitoral? O principal nome da extrema direita no Estado é o deputado federal General Girão (PSL) que faz uma dura oposição a Fátima. Ele já admitiu que pode disputar o cargo.

Mas há também delegado Sérgio Leocádio que acabou de assumir o comando do PSL no RN. Ele adotou um discurso bolsonarista na disputa pela Prefeitura de Natal e ficou em terceiro lugar com 35.181 (10,22%) votos.

Ainda há um terceiro nome que não é um bolsonarista, mas tem uma imagem que se identifica com o eleitor do presidente: o senador Styvenson Valentim (PODE). Ex-militar famoso pela tolerância zero com bebuns ao volante, ele encarna a antipolítica, ideal popular entre os bolsonaristas.

Quem é o candidato a Bolsonaro do RN?

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Bolsonarismo está disperso no RN e mais perece uma versão ressentida do poema “Quadrilha”

Bolsonarismo se dividiu em três partes no RN (Fotomontagem: Blog do Barreto)

Coronel Azevedo brigou com o PSL que brigou com Girão que brigou com Daniel Sampaio que não brigou com ninguém. É numa versão ressentida do poema “Quadrilha” que o bolsonarismo se dispersou no Rio Grande do Norte.

Se nas eleições de 2018 todos estavam no PSL unidos em torno daquele que viria a ser eleito presidente da República, na metade de 2020 a coisa é bem diferente.

Primeiro foi o deputado estadual Coronel Azevedo que por divergências com o PSL conseguiu liberação na Justiça Eleitoral para migrar para o PSC. Depois foi o deputado federal General Girão que se posicionou ao lado de Bolsonaro na crise interna do PSL e vai deixar o partido. Agora o mesmo Girão ataca o médico Daniel Sampaio e o chama “traidor” em entrevista ao jornalista Saulo Vale.

Já Daniel Sampaio não brigou com ninguém, mas fez uma escolha controversa dentro do seio do bolsonarismo potiguar.

Resultado disso: o bolsonarismo no Rio Grande do Norte se abriu em três frentes. 1) o que seguem Coronel Azevedo no PSC; 2) os que ficaram com Girão estão acomodados no PRTB; 3) e os que ficaram no PSL, mas se dizem leais ao presidente.

Aqui em Mossoró o reflexo disso é que o bolsonarismo terá duas candidaturas a prefeito: Daniel Sampaio pelo PSL e Dra Ângela Schneider pelo PRTB. O PSC tem uma boa nomita para Câmara Municipal e deve compor com alguma candidatura de direita no plano local.

Aviso: aos bolsonaristas que vão dar chilique nas redes sociais deixo o poema “Quadrilha” do genial Carlos Drumond de Andrade.

Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.

João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,

Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.

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Bolsonaro contradiz seus apoiadores no RN

Bolsonaro coloque em xeque a tese de seus apoiadores no RN (Foto: Joedson Alves/gência EFE Brasil)

Na última quarta-feira um grupo de bolsonaristas fez zoada nas redes sociais denunciando que a governadora Fátima Bezerra (PT) estaria gastando R$ 3 milhões em propaganda em plena crise do coronavírus.

A mensagem distorcida ignorava (ou ao menos fingia ignorar) que o Governo do Rio Grande do Norte está sem contratos com agências de publicidade desde 28 de fevereiro e que a ação de caráter educativo duraria seis meses custando um terço do orçamento estadual para comunicação.

Pois bem!

O presidente Jair Bolsonaro pregou uma peça com seus apoiadores no Estado. Ontem ele lançou, com a mesma dispensa de licitação, a campanha o “Brasil Não Pode Parar”.

O custo: R$ 4,8 milhões.

O valor é logicamente baixo em relação ao orçamento federal. A questão aqui não é discutir o custo nem se pode ou não se fazer propaganda nestes tempos. O trato aí é de coerência. Os bolsonaristas locais se calaram.

Em outro ponto o presidente derruba o argumento dos seus apoiadores no Estado. Em decreto ele colocou a comunicação como serviço essencial nestes tempos de pandemia.

Está certo, diga-se!

Bolsonaro sabe tanto que a comunicação é fundamental que usa verba pública para defender suas teses políticas contra a orientação dos cientistas.

A governadora Fátima Bezerra errou com o recuo e os bolsonaristas tiveram uma vitória de pirro no seu moralismo de goela.

Leia também: Fátima errou!