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Em uma semana RN tem mais 1.500 casos confirmados de Covid-19 e totaliza 4.060

Número de casos do novo coronavírus é crescente no Estado – (Imagem: Web/ autor não identificado)

O Rio Grande do Norte registra 4.060 casos confirmados do novo coronavírus, segundo dados divulgados hoje, 21, pela Secretaria da Saúde Pública do Estado (SESAP-RN). São 1.523 casos a mais do que o informado no boletim epidemiológico divulgado pela Sesap na quinta-feira passada, 14, quando o número de confirmações era de 2.537.

O Estado registra 178 mortes com confirmação da doença. Os últimos oito óbitos informados pela Secretaria Estadual se referem a pacientes de Mossoró (2), Natal (3), Areia Branca (2) e Macaíba (1). Na quinta-feira passada eram 117 mortes com confirmação de Covid-19. 40 óbitos estão em investigação, segundo a assessoria de comunicação da Sesap.

Há 12.584 casos suspeitos do novo coronavírus e 9.117 descartados. 997 pessoas estão recuperadas, conforme informou a assessoria.

Segundo o coordenador médico da regulação do Estado, Paulo Gonçalves, que participou da coletiva, 395 pacientes estão internados em leitos públicos e privados, sendo 199 pessoas em leitos críticos e 196 pessoas em leitos clínicos.

A pressão por leitos continua forte. De acordo com informações da Sala de Situação do RegulaRN sobre os leitos para tratamento de pacientes com sintomas do novo coronavírus, observadas às 14h02, na Região Metropolitana de Natal a taxa de ocupação era de 97,3%.

Na Região Oeste a ocupação era de 89,1%, incluindo leitos de Mossoró e Pau dos Ferros, sendo que a ocupação de Pau dos Ferros era 100% e em Mossoró, segundo o portal, 100% dos leitos críticos do Hospital São Luiz estavam ocupados e no Hospital Regional Tarcísio Maia, que abriu cinco leitos de UTI, totalizando 20, a taxa de ocupação era de 77,3%. (em entrevista ao blog pouco antes da coletiva, a diretora-geral do HRTM, Herbênia Ferreira, informou que dos 20 leitos de UTI, 15 estavam ocupados e um estava regulado a espera de paciente).

 Já na região do Seridó a taxa de ocupação era de 70,6%.

66 pacientes aguardavam regulação para leitos especializados no tratamento de pacientes com sintomas do Covid-19, até as 14h11 desta quinta-feira. Desse total, 18 pacientes esperavam por leitos críticos (sendo 13 considerados prioridade 1 e cinco classificados como prioridade 2). 48 pacientes considerados como prioridade 3 também aguardavam regulação, segundo dados do site RegulaRN.

Regulação

Durante a coletiva de imprensa, o coordenador médico da regulação do Estado, Paulo Gonçalves, falou sobre o funcionamento da regulação no Estado. Ele explicou que a Central Metropolitana de Regulação gerencia os leitos da I, III, IV, V e da VI Regionais de Saúde. Já a Central de Regulação de Mossoró gerencia os leitos da II, VI e da VIII Regional de Saúde.

De acordo com Paulo Gonçalves, atualmente o Estado vive um cenário crítico, mas administrável, uma vez que o sistema instituído com a ajuda do LAIS, o RegulaRN, tem possibilitado vivenciar todas as situações que chegam à Sesap as demandas dos municípios e a classificação por prioridades, a partir de dados objetivos e subjetivos.

O coordenador também falou sobre a importância de os municípios cadastrarem e inserirem os usuários que demandam por leitos, clínicos ou críticos, no sistema de regulação.

“Nós já vivenciamos um caos na regulação e esse processo de regulação de uma maneira geral, independente de ser leito Covid ou não, ele já era preocupante porque todas as regulações a nível nacional elas trabalham nessa perspectiva. Então, a gente trabalha com uma demanda reprimida muito grande porque todos nós temos conhecimento, e não é segredo para ninguém, que a nível nacional essas demandas de UTI elas são gigantes e elas continuam acontecendo, independente de ser paciente Covid ou não. Só que o nosso foco agora, logicamente, por causa da emergência epidemiológica nós estamos ressaltando e necessitando de privilegiar os pacientes que estão adoecidos por essa enfermidade. Mas a importância dessa questão de fazer o acesso correto, dos municípios disponibilizarem os leitos, dos municípios inserirem os pacientes a nível do sistema para que a gente possa, realmente, gerenciar da melhor forma possível”, afirmou.

Transporte de pacientes regulados

De acordo com Paulo Gonçalves, do mesmo modo que existem demandas excessivas para leitos de UTI, também há demandas excessivas para o transporte sanitário. Ele explica que atualmente existe a Central de Urgência de Regulação Móvel – o SAMU Natal, que cobre a região de Natal e o SAMU RN cobre toda a região metropolitana. Alguns municípios não são cobertos pelo Samu e, em algumas situação, o paciente que necessita da transferência deve ser deslocado até uma região onde possa ser regulado “No momento que o paciente ele é inserido no RegulaRN, uma vez disponibilizada a vaga para o paciente, o solicitante ele recebe uma mensagem que o paciente foi regulado e posteriormente aceito. Então, o próprio solicitante trata de acionar o transporte sanitário para esse deslocamento”, afirmou. “As demandas, elas são muito grandes nesse sentido e está havendo algum congestionamento em relação a esse transporte”, acrescentou Paulo Gonçalves.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 96 – ROSALBA REAGE: MULTA DE ATÉ R$ 3 MIL A CLANDESTINOS

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Entidades se pronunciam quanto à prescrição de medicamentos para pacientes com Covid-19

Até o momento, não há vacina ou tratamento específico para o combate ao Covi-19 – Foto: Reuters

Nesta quarta-feira, 20, o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CREMERN) divulgou um documento através do qual recomenda aos médicos critérios e condições para prescrição de medicamentos em pacientes acometidos pelo Covid-19.

A Recomendação nº 04/2020, que está disponível no site do Conselho, foi aprovada em sessão plenária ocorrida na segunda-feira passada, 18, segundo publicação no portal do CREMERN.

Apesar de listar medicamentos para diferentes situações clínicas no documento, o Conselho “esclarece de antemão que a Câmara Técnica de enfrentamento à COVID-19 e os Conselheiros do CREMERN estão cientes da falta de evidências científicas robustas para o tratamento dessa enfermidade. No presente momento, o descompasso entre os efeitos da pandemia e as respostas da ciência exigem um olhar diferenciado sobre essas observações”, diz a publicação.

De acordo com o texto, as diretrizes apresentadas objetivam “priorizar a avaliação médica precoce e nortear a prescrição médica segura, estando direcionadas para o tratamento das três fases clínicas e fisiopatológicas identificadas da COVID-19”. A publicação afirma ainda que a proposta atual seguirá a dinâmica científica, podendo ser modificada, sempre que necessário.

Segundo o CREMERN, a proposta terapêutica deve ser apresentada pelo médico, de forma clara, para os seus pacientes, “que deverão ter ciência das evidências existentes até o momento e dos eventuais efeitos adversos do tratamento. A autonomia do médico e do paciente deverá ser respeitada”, afirma a publicação.

A resolução com todas as recomendações para os médicos está disponível no Portal do CREMERN (cremern.org.br).

O que diz a OMS

Nesta quarta-feira, data em que o Ministério da Saúde adotou o protocolo com orientações sobre uso da cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento do Covid-19, o diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, foi questionado sobre o assunto.

De acordo com matéria publicada no site Uol, diante do questionamento Michael Ryan respondeu que “nesse momento a cloroquina e a hidroxicloroquina não foram identificadas como eficazes para o tratamento da Covid-19”.

Segundo a matéria, o diretor executivo afirmou que cada nação tem soberania para aconselhar seus cidadãos sobre os tipos de medicamento. A postagem informa ainda que o diretor executivo afirmou que é preciso considerar efeitos colaterais que podem ocorrer e que as autoridades sanitárias devem avaliar os riscos.

Posicionamento da SBI

Na segunda-feira passada, 18, a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) se pronunciou sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina.

A SBI ressaltou que até o momento não houve descrição de nenhuma terapia efetiva para o tratamento da Covid-19, que possua bases sólidas com resultados comprovados cientificamente.

E, entre as possibilidades de estratégia que vêm sendo investigadas, falou sobre a utilização da cloroquina ou hidroxicloroquina. “Esses fármacos têm indicação terapêuticas em algumas doenças, principalmente em malária e doenças reumáticas, como lúpus eritomatoso sistêmico e artrite reumatoide. Ambos os fármacos têm descrição de efeitos adversos como retinopatias, hipoglicemia grave, prolongamento QT (que se relaciona com alteração da frequência cardíaca) e toxidade cardíaca, sendo exigido contínuo monitoramento médico dos indivíduos em uso da cloroquina ou hidroxicloroquina”, afirmou a SBI.

A Sociedade Brasileira de Imunologia disse ainda que “A escolha desta terapia, ou mesmo a conotação que a COVID-19 é uma doença de fácil tratamento, vem na contramão de toda a experiência mundial e científica com esta pandemia”. De acordo com a entidade, esse posicionamento, além de ser perigoso, necessita de evidência científica.

Após divulgar informações acerca de estudos realizados sobre o tratamento com cloroquina e/ou hidroxicloroquina, a Sociedade Brasileira de Imunologia concluiu “que ainda é precoce a recomendação de uso deste medicamento na COVID-19, visto que diferentes estudos mostram não haver benefícios para os pacientes que utilizaram hidroxicloroquina. Além disto, trata-se de um medicamento com efeitos adversos graves que devem ser levados em consideração. Desta forma, a SBI fortemente recomenda que sejam aguardados os resultados dos estudos randomizados multicêntricos em andamento, incluindo o estudo coordenado pela OMS, para obter uma melhor conclusão quanto à real eficácia da hidroxicloroquina e suas associações para o tratamento da COVID-19”, afirma postagem no site da SBI.

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Mossoró registra 33 óbitos com confirmação de Covid-19

Mais de 30 pessoas foram a óbito em Mossoró desde o início da pandemia (Imagem: Reprodução)

A segunda maior cidade do Rio Grande do Norte registra 33 óbitos com confirmação do novo coronavírus, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN) na tarde desta quarta-feira, 20. Dez óbitos estão em investigação em Mossoró.

Já o número de pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus é de 665. Com esse total de casos confirmados, a cidade tem uma taxa de incidência de 223,6 por grupo de 100 mil habitantes.

De acordo com o boletim epidemiológico, o Município tem 784 casos suspeitos e há 641 casos descartados.

Em todo o Rio Grande doo Norte, há 3.796 casos confirmados do novo coronavírus. O Estado chegou a 170 óbitos com confirmação da doença.

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Deputado defende uso de cloroquina para tratar covid-19

O deputado Albert Dickson (PROS) falou durante sessão remota da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (20), sobre o uso da cloroquina contra o coronavírus. O parlamentar sugere a liberação do medicamento, com receita médica, e lembra que o Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20) o protocolo que libera no SUS o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina até para casos leves de Covid-19. Até então, o protocolo previa os remédios para casos graves.

“A liberação do remédio para todos, na prática, auxiliaria no tratamento já que se tem conhecimento de que alguns pacientes já tiveram acesso à hidroxicloroquina por meio de médicos particulares”, disse Albert.

O parlamentar lembra que, apesar da falta de comprovação científica do uso do medicamento contra a Covid-19, os protocolos para uso da hidroxicloroquina, a cloroquina e a azitromicina já foram aplicados com sucesso em alguns pacientes.

De acordo com o novo protocolo sobre o uso da cloroquina, o texto mantém a necessidade de o paciente autorizar o uso da medicação e de o médico decidir sobre a aplicar ou não o remédio.

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RN registra 170 óbitos com confirmação de Covid-19 e tem 3.796 casos confirmados

Secretário adjunto de Saúde do RN, Petrônio Spinelli, falou sobre limitação de pessoal no desafio da abertura de leitos (Imagem: Reprodução)

O Rio Grande do Norte registrou 170 mortes com confirmação do novo coronavírus e 50 óbitos estão em investigação. O número de pessoas que testaram positivo para o Covid-19 já chega a 3.796, segundo dados divulgados na manhã desta quarta-feira, 20, em entrevista coletiva realizada em Natal, com participação do secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli. De ontem, 19, para hoje, 313 novos casos foram diagnosticados.

As notificações por suspeita do Covid-19 correspondem a 11.781 casos, 8.474 suspeitas foram descartadas. 992 pessoas estão recuperadas.

393 pessoas com sintomas do novo coronavírus estão internadas no Estado. Apesar disso, o índice de isolamento social registrado pelo Inloco ontem, 19, foi de apenas 40,97%.

Como tem feito em todas as entrevistas coletivas, o secretário adjunto de Saúde voltou a ressaltar a necessidade do isolamento para o combate à pandemia. Petrônio Spinelli também informou o número de pessoas atendidas em hospitais municipais, UPAs e hospitais regionais que esperam para serem reguladas para unidades especializas do Estado.

Até as 15h04 desta quarta-feira, 60 pessoas aguardavam regulação para leitos especializados no tratamento de pacientes com sintomas do Covid-19, segundo dados do Regula RN.

Do total de pessoas atendidas em prontos-socorros e UPAs que esperavam para serem reguladas para unidades especializadas, 20 necessitavam de leitos de UTI, pois 12 estavam classificadas como ‘prioridade 1’ e 8 pessoas estavam na classificadas como ‘prioridade 2’. 40 pessoas consideradas ‘prioridade 3’ aguardavam a regulação. No mesmo instante, o site registrava 126 leitos ocupados, sete leitos disponíveis e 24 leitos bloqueados.

Dados do Regula RN se referem à situação dos leitos às 15h04 (Fonte: RegulaRN – SESAP – LAIS)

Tendo em vista a variação decorrente do fluxo de pacientes, os números referentes à fila de espera informados pelo secretário no momento da coletiva diferem um pouco dos dados informados aqui, dada a atualização realizada pelo blog, posteriormente à coletiva. Essa atualização se baseia nos dados do Regula RN, iniciativa do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) em parceria com a Sesap, que atualiza as informações a cada cinco minutos e que é o mesmo sistema utilizado pela Regulação de Leitos do Estado.

Com relação à ocupação dos leitos, no momento que os dados apresentados pelo secretário adjunto de Saúde foram coletados, a taxa de ocupação estava em 97% da Região Oeste, 88% na Região Metropolitana de Natal, 75% em Pau dos Ferros e 72% em Caicó.

Dados atualizados do Regula RN, às 15h6 mostravam que a taxa de ocupação era de 98,7% na Região Metropolitana, 95,1% na Região Oeste (nesse caso, o Regula RN inclui os dados de Mossoró e Pau dos Ferros) e 76,5% no Seridó.

“O grande desafio é abrir leitos, sendo que esse desafio se divide em duas partes”, disse Petrônio Spinelli. Segundo ele, diante da situação a abertura de divide em leitos imediatos e leitos de curtíssimo prazo. “Nós não temos aqui como falar em médio prazo”, afirmou o secretário, durante a coletiva.

No que se refere às medidas adotadas pelo Estado para ampliação dos leitos, Petrônio Spinelli afirmou que a Sesap pretende abrir leitos no Hospital da Polícia. “Nós vamos garantir a abertura desses 20 leitos, de preferência ainda hoje. Todos os leitos da Polícia, ampliamos cinco leitos”, afirmou.

Ainda na Região Metropolitana, o secretário informou que, através do empréstimo de equipamentos a Sesap vai ajudar a Secretaria Municipal de Saúde de Natal a abrir o Hospital de Campanha (com o empréstimo de seis respiradores) e ampliar o número de leitos do Hospital Municipal (com o empréstimo de monitores). Esse empréstimo ocorrerá enquanto Natal não recebe os equipamentos que está adquirindo. “Esperamos, então, nas próximas horas, no mais tardar nas próximas 24h, 48h a gente ter de fato essa parceria concretizada”

O secretário informou ainda que a Sesap está recebendo 14 respiradores, adquiridos com financiamento do Banco Mundial, para serem distribuídos de acordo com a abertura de pontos referenciais críticos.

E que a Liga Norte Riograndense de Combate ao Câncer está avançando na montagem da estrutura e, provavelmente, até sexta-feira haverá espaço físico montado para 29 leitos de UTI. Com isso é necessário viabilizar equipamentos.

Petrônio Spinelli afirmou também que o contrato com empresa para montagem de mais 20 leitos de UTI no Hospital João Machado e dez leitos no Hospital de Macaíba está avançando no processo de concretização e espera ter, até a próxima semana, acréscimo de mais 30 leitos na Região Metropolitana.

Já em Mossoró, onde a pressão por leitos também tem sido grande, o secretário afirmou que uma equipe está adotando medidas para abertura de 15 leitos, sendo cinco leitos no Hospital Regional Tarcísio Maia e dez leitos no Hospital São Luiz.

O secretário adjunto de Saúde falou sobre as dificuldades na montagem de leitos de UTI e lembrou que existem outros limitadores além dos equipamentos. “Nós temos limitadores do ponto de vista de pessoas para operar esses equipamentos. Isso é importante dizer para não criar nenhuma ilusão na sociedade que nós temos capacidade ilimitada de abrir leitos, porque têm limitadores e alguns deles a gente não consegue superar e só vai conseguir enfrentar se realmente houver o isolamento social necessário”, enfatizou Spinelli.

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Governo afrouxa acesso as centrais do cidadão e recomenda fechamento de praias em novo decreto

Governo prorroga decreto até 4 de junho (Foto: cedida)

O Governo do Estado prorrogou para 04 de junho as medidas de saúde para o enfrentamento da Covid-19, no âmbito do Estado do Rio Grande do Norte, por meio de um novo decreto publicado na edição do Diário Oficial do Estado desta quarta-feira, 20.

O novo decreto autoriza o funcionamento excepcional nas Centrais do Cidadão para atividades do Sistema Nacional de Empregos (SINE-RN) e do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP-RN). A justificativa é de que os dois órgãos são considerados essenciais à população que necessita dar entrada no benefício do seguro-desemprego e documentação para garantir o acesso ao Auxílio Emergencial do Governo Federal autorizado pelo Congresso Nacional.

O novo Decreto, que entra em vigor no dia 24 de maio de 2020, renova as medidas do Decreto Estadual nº 29.583, de 1º de abril de 2020, traz outra alteração importante que é a recomendação aos municípios litorâneos para que determinem o fechamento das orlas urbanas nos finais de semana e prorrogação dos Atestados de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) que vencerem no período de 24 de março a 4 de junho de 2020 até 24 de junho de 2020.

Além dos AVCB, as licenças e autorizações expedidas pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA) que vencerem no período de 24 de março a 4 de junho de 2020, também ficam prorrogadas até 24 de junho de 2020.

Outra recomendação prevista é que os estabelecimentos autorizados a funcionar podem destinar espaço em suas campanhas publicitárias para orientar a população acerca das medidas de proteção à saúde dos seus clientes e consumidores, especialmente sobre a utilização de máscara de proteção e o distanciamento social. E apresenta penalidades para divulgação de campanha publicitária, que estimule a aglomeração de pessoas, como promoções de produtos, a iniciativa será considerada descumprimento de medidas de saúde para os fins de aplicação de multa, responsabilização penal e civil.

Essas medidas implicam nas ações que o Governo do Estado vem adotando desde o último mês de março com a publicação de decretos visando salvaguardar a saúde da população potiguar no enfrentamento à disseminação do novo coronavírus e, dessa forma, achatar a curva de crescimento de casos de Covid-19 no Estado, e, consequentemente, reduzir o número de mortes pela doença.

O documento também segue as orientações e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das autoridades sanitárias do País e do Estado, no sentido de buscar diminuir a aglomeração e o fluxo de pessoas em espaços coletivos mediante o isolamento social.

SERVIÇOS NAS CENTRAIS DO CIDADÃO

O Governo do RN explica que as pessoas que perderam seus empregos precisam habilitar para o seguro-desemprego. Por isso decidiu reabrir, em caráter excepcional, as Centrais dos Municípios de Apodi, Assú, Currais Novos, João Câmara, Santa Cruz e Pau dos Ferros, exclusivamente para as atividades do SINE no Rio Grande do Norte.

Da mesma forma, o Governo do Estado autorizou o funcionamento das Centrais do Cidadão localizadas nos municípios de Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e São José do Mipibu, exclusivamente para abrigar serviços do ITEP. A medida facilita a vida de quem precisa de documentação, carteira de identidade, para dar entrada no Auxílio Emergencial na Caixa Econômica Federal.

As Secretarias de Estado da Administração (SEAD), da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) e a do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (SETHAS) estão autorizadas a realizar a realocação de agentes públicos para atendimento ao público nas unidades acima descritas.

Nas Centrais do Cidadão que passam a funcionam em caráter excepcional para atividades do SINE e do ITEP serão adotadas todas as medidas de saúde recomendadas pela autoridade sanitária, principalmente, o distanciamento mínimo de 1,5 m (um metro e meio) entre as pessoas, evitando aglomeração e contatos proximais.

Os órgãos deverão organizar as filas, dentro e fora das Centrais, respeitando o distanciamento seguro recomendado. Dentro dos estabelecimentos só será permitida a presença de uma pessoa para cada 5 cinco metros quadrados. O limite de controle será de no máximo vinte pessoas em atendimento.

Também estão estabelecidas regras para a higienização ambiental e dos equipamentos de contato, e assepsia por parte dos operadores em respeito às normas sanitárias específicas de combate ao novo coronavírus.

Nos locais de atendimento presencial será providenciada a instalação de anteparo de proteção aos funcionários e disponibilização ininterrupta e suficiente de álcool gel 70%, em locais fixos de fácil visualização e acesso.

É de responsabilidade da SEAD, SESED e SETHAS disponibilizar máscaras em quantidade suficiente para os funcionários e adotar, quando for possível, um sistema de escalas, alteração de jornadas de expediente e revezamento de turnos. O objetivo é reduzir o fluxo e aglomeração de pessoas para evitar a contaminação.

O dirigente do órgão responsável deve assegurar ainda o controle e a higienização do local, bem como a orientação de operadores e público em atendimento dos riscos de contaminação.

O novo Decreto estabelece, ainda, que os locais de atendimento ao público devem utilizar, na medida do possível, sistema natural de circulação de ar, abstendo-se da utilização de aparelhos de ar condicionado e ventiladores.

O QUE PERMANECE

Permanecem inalteradas as medidas que determinam a suspensão do funcionamento de toda e qualquer atividade empresarial em estabelecimentos que utilizem ar condicionado, ventiladores ou similares, como shopping centers e estabelecimentos similares. O funcionamento nesses locais é permitido apenas para estabelecimentos comerciais que exerçam atividades exclusivamente de entregas em domicílio (delivery).

Restaurantes, lanchonetes, padarias, praças de alimentação, praças de food trucks, bares e similares também continuam com o atendimento suspenso, salvo para entrega em domicílio (delivery) e como pontos de coleta (takeaway) sendo vedada a disponibilização de mesas e cadeiras.

Nada muda para os estabelecimentos comerciais que funcionam no interior de hotéis, pousadas e similares, desde que os serviços sejam prestados exclusivamente a hóspedes. Continua a permissão de funcionamento esse tipo de atividade em unidades hospitalares e de atendimento à saúde, sem acesso de público externo.

Também está garantido o funcionamento de atividades comerciais relativas ao fornecimento de alimentação em áreas de rodovia fora do espaço urbano das cidades, necessários a viabilizar o transporte e entrega de cargas em geral, contanto que sejam para o fornecimento de refeições prontas, como pontos de apoio ao caminhoneiro. Nesses estabelecimentos está proibida a venda de bebidas alcoólicas.

Confira o decreto AQUI.

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Servidores municipais da linha de frente no combate ao novo coronavírus terão 40% de insalubridade

Rosalba anuncia que insalubridade será paga ainda este mês (Foto: Secom/PMM)

A Prefeitura de Mossoró anunciou que os servidores que trabalham nas três UPAs, SAMU e Vigilância Sanitária na linha de frente no combate à covid-19 terão direito a 40% de insalubridade.

Serão 760 servidores municipais beneficiados a partir deste mês. “Desde o começo da pandemia que nós vínhamos analisando, de acordo com nossas condições, a possibilidade de fazer esse reconhecimento através de uma gratificação no salário. A partir de maio, todos os 760 profissionais de saúde das três UPAs, SAMU e Vigilância Sanitária vão ter um acréscimo de 40% correspondente a uma remuneração por exposição a riscos físicos e biológicos. Aqueles que já recebem 20% terão a complementação de mais 20% e os que não recebiam passarão a receber durante todo o período da pandemia.”, explica a prefeita Rosalba Ciarlini.

A conquista teve importante luta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindserpum) que articulou ações para pressionar a gestão municipal. “Que bom que a prefeita reconheceu que estava cometendo um crime contra esses servidores que estão em grau máximo de risco porque eles estão expostos desde março. Lamento profundamente que Rosalba Ciarlini e os secretários sigam sem abrir diálogo com o sindicato o que poderia evitar muitos conflitos”, declarou a presidente da entidade Marleide Cunha.

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Prefeitura de Mossoró implementará aulas remotas na Rede Municipal de Ensino

Suspensão das aulas presenciais é medida de segurança no combate ao novo coronavírus – Foto: Web/Autor não identificado

A Prefeitura de Mossoró irá implementar aulas remotas para alunos da rede pública municipal até que cessem as infecções do Covid-19. A data de início das atividades e outros pontos relacionados ao assunto serão divulgado amanhã, 21, às 11h, durante uma live da Secretaria Municipal de Educação na página do Município no Facebook (facebook.com/PrefeituraDeMossoro), ocasião em que será lançado o Portal de Aprendizagem Colaborativa.

O portal, que pode ser acessado através do endereço eletrônico http://educacao.prefeiturademossoro.com.br, será destinado à troca de experiências entre os professores, mas não será por esse canal que as aulas remotas serão desenvolvidas, segundo informa a assessoria de comunicação do Município.

De acordo com a assessoria, a Secretaria de Educação se reuniu com supervisores e como cada escola tem um perfil de aluno, serão adotadas sete estratégias de veiculação das aulas e cada escola vai escolher qual estratégia entre as disponíveis será utilizada.

Entre elas, estão WhatsApp, com grupos criados pelos professores, segundo a turma ou disciplina que lecionam, para compartilhar informações, Facebook e YouTube.

Todas as ferramentas, no entanto, dependem do acesso à internet, recurso ao qual muitos alunos da rede pública não têm acesso.

A assessoria de comunicação da Prefeitura afirmou que a Secretaria chegou a cogitar o envio de conteúdo físico para o aluno. Porém, há o risco de contágio através do material.

O Município ainda não informou se as atividades remotas serão contabilizadas como horas/aulas.

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Comportamento e genética masculina podem ajudar a explicar maior número de mortes por Covid entre homens

Gráfico mostra perfil das pessoas que foram a óbito em decorrência do Covid no RN (Imagem: Reprodução)

Embora o número de homens e mulheres diagnosticados com o novo coronavírus no Rio Grande do Norte seja aproximado, o percentual de óbitos varia. Boletim divulgado ontem, 19, pela Secretaria da Saúde Pública do Estado (SESAP-RN) revela que dos 3.483 casos confirmados do novo coronavírus no Estado, 1.772 foram em pessoas do sexo masculino, o que corresponde a 50,9% do total. Já em relação aos óbitos, 59,4% das mortes registradas com confirmação do Covid-19 foram de homens e 40,6% de mulheres.

Mas isso não quer dizer que as mulheres sejam menos vulneráveis ao vírus. “O número de óbitos maior em homens pode estar relacionado a circunstâncias anacrônicas”, diz o infectologista Fabiano Maximino em relação à característica comportamental dos homens de procurarem o médico mais tardiamente. Além disso, ele comenta que os homens são mais relutantes em relação às medidas de precaução, mais resistentes ao uso de máscaras, à lavagem das mãos e ao uso de álcool gel. Também são eles que levam a doença mesmo à sério, até que se machuquem.

O segundo ponto mencionado pelo médico é que, geneticamente, os homens têm maior número de receptores para angiotensina II e por causa desse maior número de receptores o vírus se instalaria com mais facilidade nos homens. De acordo com o médico, é isso o que explica a teoria. Apesar disso, ele reforça que as mulheres não estão livres do vírus.

E, independente do gênero, o isolamento social e as demais formas de precaução devem ser adotados por todos.

Para o infectologista, esse é o momento de enfatizar as medidas de precaução, pois a transmissão pode ocorrer e o vírus não respeita classe social, raça, cor ou credo.

O médico reforça a importância de medidas básicas, como a lavagem das mãos com duração de 20 segundos. Fabiano Maximino orienta que, diante de sintomas como falta de paladar, perda de olfato, dor de garganta, febre, congestão nasal ou dor nas articulações, as pessoas devem procurar saber o que é e usarem máscaras.

Se for sair, a orientação é se perguntar se aquela saída é mesmo necessária, caso seja, usar máscara e não conversar com ninguém sem o uso da máscara.

Os cuidados são necessários, inclusive, para quem já desenvolveu a doença, pois o médico lembra que ainda não se sabe se é possível se reinfectar e que há descrições de casos na literatura.

Quem saiu de casa e se expôs alguma situação de risco deve usar máscara em casa por alguns dias, para proteger as pessoas que vivem na mesma casa. “Proteja você para proteger quem você ama”, diz ele.

Médico enfatiza necessidade de consciência coletiva

Ao se referir aos baixos índices de isolamento social que vêm sendo registrados no RN, o infectologista Fabiano Maximino também chama a atenção com relação a grande quantidade de pessoas que estão nas ruas. Ele comenta que, infelizmente, essas pessoas podem contrair o vírus e levá-lo para dentro de casa, onde há idosos, pacientes imunossuprimidos e mulheres grávidas.

O médico lembra que, embora as pessoas não gostem de ficar em casa, isso é um momento e diz que os potiguares são acolhedores e calorosos. Agora, no entanto, é preciso mais. “As pessoas têm que ter consciência de que elas estão inseridas no coletivo”, reflete o médico, ressaltando que quem apresenta sinais e sintomas, deve se distanciar, procurar um atestado, no caso dos que estão trabalhando, e buscar as medidas necessárias ao isolamento.

“O que eu vejo é muita displicência. Infelizmente. E essa displicência afeta a todos”, alerta. Um exemplo simples da presença das pessoas nas ruas citado pelo profissional é a falta de local para estacionar próximo aos hospitais.

Como profissional de saúde, ele diz que gostaria de atender a todos com dignidade, mas enfatiza que as pessoas precisam fazer a sua parte.

O médico comenta que há pessoas achando que não isso não é um problema, mas relata casos de famílias destruídas pelo vírus e diz que esse é um impacto violento nas vidas das pessoas.

“Preserve quem você ama. Siga as orientações dos médicos”, pede o infectologista, que apela também para que as pessoas não coloquem os idosos em risco.

Rotina na linha de frente

Na luta contra o Covid-19, o infectologista Fabiano Maximino cita que médicos, enfermeiros e auxiliares que estão dando o sangue. “A gente aqui no Tarcísio Maia tem visto vários colegas caindo e eles estão fazendo isso em honra à profissão que eles escolheram e as pessoas não estão fazendo nada”, diz, chamando a responsabilidade para que a população faça a sua parte.

Ele comenta que a taxa de ocupação dos hospitais é de quase 100% e diz que o mais cruel do vírus não é a doença em si que é muito grave, são as escolhas que em breve podem ter que ser feitas, como ocorreu na Itália.

Fabiano lembra que está falando de um sistema de Saúde que está estrangulado há décadas.

O infectologista diz ainda que é preciso reconhecer o trabalho de médicos, enfermeiros, e outros profissionais que têm alcançado resultados positivos nos tratamentos, apesar das dificuldades.