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Mesmo com aulas suspensas, universidades dão lições na luta contra a pandemia

Doações de álcool e equipamentos de proteção individual, cessão de recursos humanos, prestação de assistência social, difusão de informação, colaboração técnica e apoio psicossocial são algumas das contribuições ofertadas pelas universidades no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus no Rio Grande do Norte. Tudo isso a base de muito conhecimento, capacidade, solidariedade e boa vontade, mesmo diante das limitações financeiras enfrentadas.

Se em sala, as aulas estão suspensas, as instituições de ensino superior continuam dando ensinando sobre cidadania.

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) é um dos exemplos. O reitor José de Arimatea de Matos comenta que as atividades têm sido quase que totalmente remotas. Mas a necessidade de distância originada pela pandemia não impede a instituição de se fazer presente.

O reitor informa que esta semana a Universidade também participou de uma reunião virtual com a presença de vários profissionais discutindo um edital da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para a busca de recursos para o enfrentamento ao coronavírus. A iniciativa alia Medicina e Informática.

Até agora a Universidade já contribuiu com a doação de mais de 500 litros de álcool – líquido 70% ou em gel -, produzidos pelos próprios professores e técnicos, nos laboratórios da Universidade, a partir de doações de matéria-prima e destinados a unidades de saúde.

Como lembra o reitor da instituição, José de Arimatea de Matos, a Ufersa também colaborou com a produção de mais 800 máscaras do tipo face shield para unidades de Mossoró. Só no município foram entregues mais de 70 kits, cada um contendo seis máscaras e cinco litros de álcool.

Além disso, a Universidade tem trabalhado em outras frentes, voltadas para o social, como a campanha de arrecadação de alimentos e produtos de limpeza, que, segundo o reitor, já arrecadou mais de 800 kg de alimentos direcionados ao Abrigo Provisório aberto pela Prefeitura de Mossoró. O reitor cita ainda os mais de R$ 50 mil em produtos destinados ao Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró.

Em relação aos recursos humanos José Arimatea informa que desde o dia 22 de março dez profissionais da Ufersa, a maioria deles médicos, atuam no Tarcísio Maia e outros quatro estão atuando no Abrigo Provisório.

Em paralelo, a Universidade continua trabalhando, através de projetos e está colaborando com questões relacionadas ao Hospital de Campanha que está sendo montado pela Prefeitura de Mossoró.

Entre as ações desenvolvidas pela Ufersa está a entrega de kits a unidades de saúde – (Foto – ASSECOM/ UFERSA

Uern atua em várias frentes no combate ao Covid-19

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) também encampa essa luta. As ações desenvolvidas abrangem diferentes aspectos, como lembra a reitora em exercício, Fátima Raquel Morais. Uma das frentes em que a universidade atua e que tem sido fundamental ante o desconhecido é a informação.

Raquel Morais cita o trabalho do HiperLAB (@hiperlabuern). O Laboratório de Narrativa Hipermídia leva informação de confiança à população. São lives e podcasts que discutem temáticas presentes no novo contexto. Além disso, em parceria com a Câmara Municipal de Mossoró e com apoio de carro de som, os spots produzidos na UERN levam informações à população dos bairros da cidade, principalmente, naqueles que apresentam maior número de notificações. A proposta é fazer com que as pessoas que não têm acesso às redes sociais fiquem por dentro das medidas de isolamento social necessárias.

No que se refere ao ensino, a reitora informa que diversos departamentos têm orientando sobre o Covid-19 e as formas de prevenção. Sem falar das residências, que têm atuado, diretamente no combate ao coronavírus.

Na pesquisa, Raquel Morais destaca que vários grupos estão sendo fomentados para inserirem trabalhos junto a editais publicados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), CAPES e Ministério da Saúde.

Já na extensão, a reitora menciona que existem vários grupos realizando tanto atividades relacionadas diretamente ao coronavírus, como promovendo ações de apoio à comunidade.

As iniciativas não param. Com apoio da Universidade, professores do curso de Química confeccionam máscaras e estão produzindo um detergente próprio para o combate do vírus para ser doadas às unidades de saúde. Eles também trabalham na produção de um saneante, que como explica Raquel Morais, pode ser utilizado quando houver falta de álcool.

O curso de Enfermagem de três campi da Uern tem oferecido apoio às unidades de saúde e, em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) a Faculdade de Ciências da Saúde (FACS/UERN) está coordenando um trabalho para implantar teleatendimento para triagem de casos de saúde, que possa contribuir com o desafogamento das unidades de saúde.

O cuidado psicológico também é lembrado pela Uern. Raquel Morais comenta a ação do Núcleo de Práticas Integrativas (NUPICS – @nupics_uern) através do ‘corujão’, iniciativa que proporcionou atendimentos direcionados às pessoas com dificuldade para dormir via direct.

A reitora lembra que a universidade tem dificuldades de financiamento, mas vontade de ajudar, capacidade e conhecimento não faltam na instituição.

Tanto a Uern como a Ufersa têm mantido contato constante com Secretaria Municipal de Saúde e Governo do Estado.

A secretária de Saúde de Mossoró, Saudade Azevedo, comenta que, para o Município tem sido uma contribuição muito grande. Segundo ela, todas as universidades públicas e privadas contribuíram com a doação de EPIs e com conhecimento.

Saudade Azevedo explica que as instituições têm orientado sobre protocolos de regulação, normas de segurança no trabalho e cuidados com o paciente. A secretária afirma que as universidades já contribuíam antes e têm contribuído muito mais agora. “A contribuição que eles estão dando para o Município é de gigantesca importância”, destaca a secretária.

Produção de máscaras para doação recebe apoio da Uern e é uma das muitas ações em que a universidade está inserida (Foto – Reprodução/ Portal UERN)
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Psicólogo fala dos impactos emocionais da pandemia e de atitudes que podem ajudar a vivenciar quarentena

Junto com a necessidade de intensificar os cuidados com a saúde do corpo e de adotar medidas de proteção, até pouco tempo difíceis de imaginar, para evitar o coronavírus, está também a necessidade de intensificar os cuidados com o psicológico e o emocional.

Como lembra o psicólogo e professor universitário Evangelista Lima, esse é um momento novo e inédito do ponto de vista da saúde. Ele comenta que a pandemia chegou em um momento em que as pessoas não podiam parar para viver, mas hoje “Agora tem que parar para viver”, diz, acrescentando que elas estão tendo que reorganizar suas vidas, suas casas e seus filhos.

“Esse isolamento social que nós não estávamos acostumados também mexe com o emocional”, comenta. Além disso, ele afirma que é importante perceber que nas pessoas que já tinham problemas psicológicos, fobias e manias, as questões eclodem com toda força.

Outro ponto mencionado pelo psicólogo é a avalanche de notícias que vão desde os relatos mais impactantes consequentes da pandemia às notícias sobre o próprio vírus e os fatos científicos.

“Nós estamos vivendo essa pandemia não só virótica, mas emocional”, diz Evangelista, citando outros fatores ocorridos com a pandemia.

Lima acredita que isso vai levar a uma ressignificação da vida. “Eu falo como Paulo Freire diz, nós vamos nos reinventar”, afirma.

Com relação às atitudes que podem ser tomadas para vivenciar esse momento, o psicólogo oferece algumas orientações. Para ele, em primeiro lugar é preciso otimizar o tempo durante a quarentena. Pensar nas coisas que se deseja fazer e organizar as prioridades.

Em seguida é preciso diminuir o acesso às redes de forma geral. A orientação é escolher um ou dois canais que transmitam informações verdadeira. Isso porque, como explica Lima, o imaginário incorpora tudo o que absorve e fica difícil administrar o excesso de informações.

O cuidado pessoal também é importante. “Cuidar do eu. Faça o encontro com você mesmo”, indica Evangelista Lima, comentando que quem é religioso pode participar de grupos de orações. Fazer meditação também é opção.

Outra prática indicada por ele é o desapego. Observar aquilo que já não serve mais para si mesmo, mas que pode ser necessário para alguém e exercitar a solidariedade para uma pessoa em situação de rua, por exemplo, que já necessitava antes e que necessita ainda mais agora.

O psicólogo indica ainda boa leitura e uma seleção de filmes para ocupar a mente, lembrando que agora não se trata mais de uma programação individual, mas de uma programação em família.

Como professor, ele conta que ele mesmo aproveita para reorganizar a programação de trabalho, analisar o que pode ser incorporado nas atividades futuras. “Nosso mundo mental está aberto e precisa ser povoado com coisas boas”, aconselha.

Evangelista também chama a atenção para a necessidade de trocar alguns termos que vêm sendo usados. Para ele, as pessoas precisam parar de dizer que estão ‘presas’. Elas estão em suas casas, se protegendo.

Outra prática que o psicólogo considera interessante é fazer a experiência da escrita do que está sendo vivido nesses dias. Evangelista Lima comenta que quando isso passar e as pessoas reencontrarem cada uma terá sua própria história para contar.

O psicólogo orienta as pessoas a terem calma, no sentido de olhar para a realidade e entender que esse isolamento deve ser algo bom não só para a pessoa, mas para os demais. Aos pais ele aconselha curtir os momentos de jogos. É, segundo ele, a hora dos pais voltarem um pouco a ser crianças.

“Vamos nos manter firmes, acreditando em Deus acima de tudo, que eu acredito, e na ciência, que ela vai nos trazer uma resposta”, diz Evangelista, mencionando que é necessário ter otimismo.

Praticar a leitura é uma das atividades recomendadas pelo psicólogo (Foto – Reprodução/ Web)

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Isolda solicita avaliação técnica para instalação de UTIs no Hospital de Apodi

Isolda propõe UTIs para Apodi (Foto: Cedida)

Os moradores, lideranças e profissionais de saúde do município de Apodi/RN procuraram a deputada estadual Isolda Dantas (PT) preocupados com a falta de leitos de UTI no Hospital Regional Hélio Morais Marinho, para atender a demanda de crise da covid-19.

A deputada solicitou que o Governo uma avaliação técnica e providências acerca da viabilização de UTIs para o Hospital de Apodi.

Apodi é uma das principais cidades do Oeste Potiguar, abrigando uma população de quase 40.000 (quarenta mil) habitantes e é importante que uma cidade deste porte possa contar com leitos de UTI sem ter que depender de cidades vizinhas. Apodi merece atenção não só pelos casos confirmados, como também casos recentes de óbito. “É importante destacar que as melhores estratégias de contenção do avanço da pandemia sempre apontam para a necessidade de descentralização dos leitos de UTI. Devido a proximidade do município de Apodi com Mossoró, eventual avanço da pandemia irá resultar em deslocamentos intensos de pacientes de Apodi para Mossoró, facilitando possível colapso na saúde”, diz a deputada.

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Cuidados com as crianças também precisam ser intensificados durante período de pandemia

Apesar de despertar maior preocupação nas faixas etárias mais elevadas, todas as pessoas correm riscos e precisam ter cuidados com relação ao novo coronavírus. A regra vale também para as crianças e, nesse caso, o alerta fica para os pais.

Entre os cuidados que devem ser adotados por eles para que as crianças não tenham contato com o vírus, a pediatra Ingryd Medeiros lista as mesmas medidas válidas para os adultos. “Em primeiro lugar, ficar em casa e sair apenas para o que for estritamente necessário”, alerta.

Além disso, a médica lista medidas de higiene. “Recomenda-se higienizar as mãos com frequência, usando água e sabão (duração de 40 a 60 segundos), limpando dedos, unhas, palmas e dorso das mãos. Quando não for possível usar água e sabão, devemos usar preparações alcoólicas a 70%. Espirrar/ tossir com proteção (se não for possível usar lenços, usar braços e cotovelos – nunca as mãos). Evitar tocar o rosto. Em casa, manter os ambientes ventilados, com as janelas abertas. Desinfetar diariamente as superfícies de toque de casa (por exemplo: maçanetas, interruptores)”.

Outro cuidado orientado por ela diz respeito às pessoas que tiveram a doença, mas têm sintomas leves. “Isolar, em casa, as pessoas com formas leves da COVID-19 e os contactantes de casos confirmados da doença. Se possível, em quarto e banheiro separados. Se isso não for possível, higienizar e desinfetar o banheiro após o uso pela pessoa com a doença”, diz a médica.

“As pessoas infectadas devem sempre usar máscara ao terem contato com outras pessoas”, acrescenta.

De acordo com a pediatra, grande parte das crianças infectadas pelo vírus são assintomáticas. Entre aquelas que apresentam sintomas, eles são parecidos com os de outras formas gripais. “Febre, coriza, cefaleia, diarreia e, nos casos mais graves, dispneia (“cansaço”)”, cita Ingryd Medeiros.

Com relação às comorbidades que podem deixar as crianças mais frágeis em relação ao coronavírus, a pediatra cita uma série de fatores. “Crianças menores de dois anos, com doenças pulmonares crônicas (como asma não controlada e fibrose cística), cardiopatia, diabetes mellitus, insuficiência renal e imunossupressão, tem maior chance de desenvolver quadro grave pelo covid-19 e desenvolver Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou deteriorização clínica. Inclusive, é válido lembrar sobre os dois óbitos de crianças que foram relatados no RN: em ambos havia comorbidades’, alerta Ingryd Medeiros.

Como são mais dependentes, os pequenos não têm como se manter isolados na mesma proporção que os adultos. Além disso, em uma casa onde vivem várias pessoas também é difícil manter o isolamento. Segundo a médica, nos casos em que o isolamento não pode ser feito, seja pela idade da criança ou pela quantidade de cômodos da casa, o ideal é praticar as medidas de higiene citadas.

“É super importante manter uma dieta balanceada, com alimentos saudáveis, que colaborem com nossa imunidade. Recomenda-se ainda aumentar a ingestão de líquidos, além de fazer uso de analgésicos e antitérmicos, caso seja necessário. Em casos de sintomas mais graves, as unidades de pronto-atendimento devem ser procuradas”, finaliza a médica.

 

Pais devem estar atentos a medidas como lavagem das mãos das crianças – Foto – Reprodução/ Bebê Abril
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Ocupação de leitos da Região Metropolitana do RN preocupa

A situação de ocupação dos leitos hospitalares no Rio Grande do Norte preocupa, sobretudo, nos dois maiores polos do Estado – Natal e Mossoró. Durante a coletiva desta sexta-feira, 24, ao anunciar as medidas que estão sendo adotadas pelo Governo e reforçar a importância do isolamento, o secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia já havia falado sobre o assunto.

Agora à noite o secretário comentou a situação de alguns hospitais. Ele destacou que os números repassados têm por base as informações que constam no sistema e podem não representar o momento atual, tendo em vista a movimentação dos pacientes. Porém, com base nos dados disponíveis, Cipriano Maia afirmou que a situação já é crítica na Região Metropolitana.

Dos 25 leitos críticos existentes no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, 16 estavam ocupados e havia um problema com relação aos demais, pois há uma baixa na quantidade de profissionais, já que alguns estão afastados com sintomas suspeitos ou em decorrência de comorbidades, dificultando as escalas. O secretário afirmou que há possibilidade de o problema já está sendo resolvido.

Já com relação ao Hospital Municipal de Natal, Cipriano informou que, com base no sistema, dos nove leitos existentes para pacientes com sintomas de Covid, sete estavam ocupados. A unidade também passou por problemas. Nesse caso, com relação à disponibilidade de equipamentos de proteção individual, mas, de acordo com o secretário, o Estado conseguiu repassar capotes para o Hospital, que voltou a atuar com os nove leitos.

As outras regiões não registram esgotamento dos leitos. Cipriano Maia informou que o Hospital Regional Dr. Cleodon Carlos de Andrade, em Pau dos Ferros, registrava ocupação de quatro dos sete leitos. O Hospital de Caicó também contava com leitos disponíveis. Ele também afirmou que na rede privada ainda não há colapso.

O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde Pública do RN (SESAP RN) na manhã desta sexta-feira revelou que havia 121 pacientes internados no Estado (incluindo internações em leitos clínicos). Do total de internamentos, 65 ocorrem em hospitais públicos. Um reflexo da migração da pandemia para a população mais carente, que não tem condições de acesso aos planos de saúde, conforme observou Cipriano Maia.

 

Situação de outras unidades

O secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia, informou ainda sobre a ocupação de outras unidades hospitalares, entre leitos de UTI e Cuidados Semi Intensivos, voltados para assistência a pessoas com sintomas do Covid. Em Natal, no Hospital São Lucas, que conta com 19 leitos, conforme o sistema, oito estão ocupados; 14 dos 30 leitos do Hospital do Coração contam com internamentos; dos 22 leitos da Hapvida, seis estão ocupados; no Hospital Rio Grande onze dos 27 leitos estão ocupados.

 

Hospital Giselda Trigueiro é uma das unidades destinadas ao tratamento de pacientes com sintomas do Covid (Foto: José Aldenir/Agora RN)
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Dez leitos de UTI voltados a pacientes com sintomas do coronavírus no Tarcísio Maia estão lotados

Dez dos 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) abertos no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) para tratamento dos pacientes com sintomas do Covid-19 já estão lotados. A informação foi repassada hoje, 24, pelo secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia, durante coletiva de imprensa realizada em Natal, e confirmada pela diretora-geral do HRTM, Herbênia Ferreira.

Com isso, surge a demanda para ativar os outros dez leitos do Tarcísio Maia, que forma abertos, mas não estão em funcionamento e dependem da contratação de equipe e de alguns materiais para começarem a funcionar.

De acordo com a diretora-geral do Tarcísio Maia, a situação será agilizada para abertura dos leitos. Para isso, o Hospital precisa de uma equipe com a mesma quantidade de profissionais contratados para o funcionamento dos dez primeiros leitos – oito técnicos em Enfermagem, um médico e um enfermeiro. A contratação, segundo ela, acontecerá através da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM).

A assessoria de comunicação da APAMIM informa que essa contratação de profissionais, através da Associação se dá porque, quando o Governo do Estado foi abrir os primeiros dez leitos de UTI do HRTM não havia pessoal suficiente para compor as equipes de Enfermagem (enfermeiros e técnicos). “Como o Estado tem contrato com a APAMIM, pediu que a APAMIM fizesse a contratação direta destas equipes de Enfermagem por dois meses, enquanto eles fazem o processo seletivo para contratar enfermeiros. Isto se deu pela urgência de ter logo os leitos de UTI para atender os pacientes COVID-19”, informa a assessoria.

Com relação aos materiais necessários à abertura dos leitos, Herbênia Ferreira afirmou que a direção do HRTM está vendo a situação junto com a Secretaria Municipal de Saúde.

Além dos dez leitos de UTI ocupados, seis dos sete leitos de Unidade Provisória de Isolamento (UPI) do Tarcísio Maia estão com pacientes, conforme informou a assessoria de comunicação do Hospital.

Boletim epidemiológico do HRTM de hoje mostra que desde o início da pandemia o Hospital registrou 86 notificações, das quais 43 foram descartadas, 28 foram confirmadas, 15 tiveram alta e cinco foram a óbito.

Ainda no que se refere à situação de Mossoró, o secretário de Saúde Cipriano Maia informou que, com base em dados que constam no sistema e podem não refletir o quadro atual, o Hospital Wilson Rosado conta os sete leitos ocupados.

Ele afirmou que o Estado está tomando providências para que, caso haja necessidade, possa recorrer aos leitos privados. Para Mossoró, especificamente, o plano é abrir os leitos adicionais do Tarcísio Maia, mas de acordo com o secretário, se for necessário, a APAMIM já conta com leitos disponíveis e o Estado contatará o Município para fazer a regulação.

Segundo a assessoria de comunicação da APAMIM, o Hospital Maternidade Almeida Castro destinou dez leitos de UTI/SUS para atender mulheres grávidas com Covid. “Os pacientes vão ser recepcionados nas salas vermelhas das UPAS e regulados para as UTIs pela Central de Regulação de Leitos de UTI do SUS. A transferência será feita pelo SAMU”, explica a assessoria.

 

Com lotação dos dez leitos em funcionamento, Tarcísio Maia precisará ativar outros dez leitos – Foto: Cedida – imagem ilustrativa 
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CCJ da Assembleia aprecia projetos em sessão remota

Essa foi a primeira sessão remota da comissão (Foto: ALRN)

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, presidida pelo deputado Kleber Rodrigues (PL), reuniu-se nesta sexta-feira (24) para apreciar projetos de lei dos parlamentares.

Sob relatoria do deputado George Soares (PL), o projeto de autoria da deputada Isolda Dantas (PT), que cria o Dossiê Mulher Potiguar, foi aprovado pelos membros com duas modificações do texto, propostas pelo relator.

George Soares também foi relator do projeto do deputado Hermano Morais (PSB), que suspende os prazos relativos aos concursos públicos no RN em razão da Covid-19 enquanto durar o estado de calamidade. “Essas pessoas que estão na expectativa de ser chamadas poderão perder a vaga devido ao vencimento do prazo do concurso, por isso a preocupação em preservar o direito delas”, justificou o deputado Hermano.

Sobre o assunto, o deputado Coronel Azevedo (PSC) se mostrou preocupado se a suspensão prejudicaria a convocação de concursados da saúde, que estaria acontecendo neste período de pandemia, por isso sugeriu uma emenda ao projeto que protegesse isso. A emenda foi aceita pela comissão e pelo autor do projeto e a proposição foi aprovada.

Os projetos que estava sob responsabilidade da deputada Cristiane Dantas (SDD) para relatar foram: um da deputada Eudiane Macedo (Republicanos), que cria o aplicativo (app) SOS Mulher no âmbito RN, com objetivo de receber denúncias de violência contra a mulher, que foi aprovado; e o outro do deputado Kelps Lima (SDD), sobre a inclusão do álcool em gel na lista de produtos da cesta básica enquanto durar o decreto de calamidade pública, indicado com uma modificação no texto e a supressão de um artigo, mas também aprovado.

Entre os projetos apreciados e aprovados pela Comissão também estava do deputado Souza Neto (PSB), sobre a inclusão do festival do atum no calendário de eventos do Estado; e da deputada Isolda Dantas (PT), sobre o estabelecimento de medidas extraordinárias de garantia à oferta de produtos e insumos para conter a disseminação do novo Coronavírus (COVID-19). De acordo com o relator deste assunto, o parlamentar Francisco do PT, a matéria encontra amparo no Código de Defesa do Consumidor e visa conter aumento abusivo dos preços dos insumos e garantir direito das pessoas para que tenham acesso a esses produtos. O projeto prevê ainda sanções para estabelecimentos que aumentarem o preço sem qualquer justificativa.

Também teve parecer favorável, por unanimidade, o projeto de lei do deputado Kleber Rodrigues (PL) sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate à depressão, automutilação e suicídio, no projeto pedagógico elaborado pelas escolas públicas e privadas de educação básica do Estado do Rio Grande do Norte.

Já o projeto do deputado Coronel Azevedo (PSC), submetido à CCJ, foi transferido para a reunião seguinte da comissão devido a divergência suscitada pelo relator, deputado Hermano Morais (PSB), sobre haver vício de iniciativa do projeto. A proposição dispõe acerca do comparecimento dos servidores ativos vinculados ao sistema estadual de segurança pública, quando convocados na condição de testemunhas, vítima ou autores da prisão ou apreensão. Outra preocupação do relator diz respeito à menção de pagamento de diária operacional, que implica em despesa ao estado, por isso a necessidade de uma análise maior do assunto.

Por fim, as proposições sob relatoria do deputado Kleber Rodrigues foram apreciadas. Uma delas foi de iniciativa do deputado Sandro Pimentel (PSOL), que já havia sido modificada no âmbito das comissões legislativas e voltou. A matéria trata da obrigação das instituições bancárias públicas ou privadas e das cooperativas de crédito do RN de contratar vigilância armada para atuar 24h ininterruptas, inclusive em finais de semana e feriados. Ela foi aprovada pelos membros da com

O outro projeto de lei apresentado, mas que não foi apreciado pela comissão, foi de autoria do deputado Tomba Farias (PSDB), que autoriza a transferência de recursos estaduais aos municípios mediante ao projeto de lei orçamentária anual. O deputado Francisco do PT pediu vistas da proposta. Segundo ele, por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição há uma necessidade de uma melhor análise sobre o assunto para poder se posicionar.

Essa foi a primeira reunião extraordinária da Comissão em sistema remoto da Assembleia Legislativa do RN. As reuniões serão transmitidas pela TV Assembleia, no canal aberto 51.3, no site da ALRN e nas redes sociais @assembleiarn. A próxima reunião da CCJ será realizada na próxima terça-feira (28), às 14h.

 

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Números referentes ao Covid-19 alertam para necessidade de manter isolamento social no RN

Com 38 óbitos confirmados pelo Covid-19 e 754 casos com confirmação pela doença, o Rio Grande do Norte, a exemplo do restante do País, não vive um momento ideal para relaxamento das medidas de isolamento. Os números constam no boletim epidemiológico emitido pela Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP RN) nesta sexta-feira, 24.

De acordo com o boletim, o Estado conta atualmente com 121 pessoas internadas, sendo 64 com confirmação do novo coronavírus e 57 com suspeita da doença. Do quantitativo de pacientes em internamento, 38 estão em leitos de UTI (20 da rede pública e 18 da rede privada), 34 estão em leitos de Cuidados Semi-Intensivos (26 públicos e oito privados), indicando uma maior ocupação de leitos críticos. 49 pessoas estão internadas em leitos clínicos (19 públicos e 30 privados),

As confirmações de óbitos atingem 17 municípios do RN – Assú (1), Alexandria (1), Apodi (1), Canguaretama (3), Ceará-Mirim (1), Cerro Corá (1), Encanto (1), Ipanguaçu (1), Lagoa de Pedras (1), Mossoró (9), Natal (9), Parnamirim (1), São Gonçalo do Amarante (2), São Rafael (1), Taipu (1), Tenente Ananias (2), Touros (1). De acordo com a assessoria de comunicação do Governo do estado, o outro óbito foi registrado em Mossoró, mas, como se trata de uma pessoa residente no Ceará, a informação não integra o boletim epidemiológico do RN.

Nove óbitos estão em investigação nas cidades de Acari (1), Assú (1), Baraúna (1), Natal (2), Pau dos Ferros (1), São Miguel (1), São Pedro (1) e Upanema (1).

Ainda conforme o boletim, são 3.298 casos suspeitos no Estado. Há 2.764 casos descartados e 289 pessoas estão recuperadas (dados sujeitos a alteração conforme envio de informações dos municípios e evolução dos pacientes).

Antes de anunciar o resumo dos dados que constam no boletim, durante a entrevista coletiva realizada hoje, em Natal, o secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia, chamou a atenção para a importância do isolamento social. “Nós temos que ter clareza de manter esse isolamento social como a proteção mais efetiva para a gente continuar evitando o crescimento da mortalidade e do acometimento da infecção das pessoas pelo coronavírus. A discussão sobre a retomada da vida social é importante, mas é bom lembrar que nós ainda estamos em um momento de ascensão do número de casos. Os dados de hoje confirmam isso. Nós temos um acumulado crescente de óbitos e de casos”, disse.

“O Comitê de especialistas da universidade têm reiterado que o isolamento mínimo ideal para a gente conter essa transmissão é de 60%. Nós temos ficado em torno de 50%, em alguns dias chegamos a 60%. Então, é importante a gente ter noção disso e da proteção dos idosos, da proteção das pessoas vulneráveis. Nós temos visto que uma proporção significativa dos óbitos tem ocorrido em pessoas com menos de 60 anos, uma boa parte com comorbidades e isso exige essas medidas de proteção. A participação das pessoas que não pode ficar em casa porque desenvolvem atividades essenciais, tem que ser feita com todo o cuidado de proteção. Daí o uso de máscaras por toda a comunidade tem que ser uma prioridade”, acrescentou Cipriano.

Outro fato que serve de alerta para a manutenção do isolamento é a necessidade de leitos direcionados ao tratamento de pacientes com Covid-19.

“Nós queremos trazer boas notícias no momento que a gente aponte a saída da doença, mas não podemos trazer ilusões. Nós temos clareza de que o número de casos continua crescendo e a experiência dos outros países, seja da Europa, seja dos Estados Unidos, já mostraram que aqueles países que não fizeram o isolamento no momento oportuno ou relaxaram antes do tempo tiveram que fazer novas restrições mais rígidas ainda para poder conter a propagação da epidemia e a sobrecarga dos serviços de saúde. Nossos leitos ainda não estão prontos e operacionais, em algumas regiões, e essa sobrecarga pode surgir em um curto prazo se a gente não tiver essas medidas”, disse o secretário, fazendo um paralelo com outras localidades.

Boletim da Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte divulgado nesta sexta-feira, dia 24 (Imagem: Reprodução/ Internet)
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Alexandria confirma óbito por coronavírus

A Prefeitura Municipal de Alexandria confirmou ontem, 23, o óbito de uma paciente em decorrência do novo coronavírus.

De acordo com a publicação da Prefeitura de Alexandria em uma rede social, o caso é referente a uma mulher de 69 anos de idade, que estava internada no Hospital Regional Dr. Cleodon Carlos de Andrade, em Pau dos Ferros, e foi a óbito na manhã de ontem, 23.

O coordenador epidemiológico e enfermeiro de Alexandria, Fabiano Gomes, informa que no dia 15 de abril a paciente, que tinha histórico de doença crônica pulmonar, deu entrada no Hospital Maternidade Guiomar Fernandes e no dia 16 foi regulada para o Hospital de Pau dos Ferros, onde foi encaminhada diretamente para a ala de atendimento aos pacientes com suspeita de Covid-19.

Boletim epidemiológico publicado pela Prefeitura de Alexandria nessa quinta-feira, 23, informou que a cidade registrava três casos confirmados, 42 casos sendo monitorados e 12 casos descartados.

O coordenador afirma que os casos confirmados são referentes a três familiares da senhora, que testaram positivo para o coronavírus. Segundo ele, toda a família foi orientada a ficar em isolamento domiciliar e o Município está monitorando as pessoas que tiveram contato com a paciente.

Prefeitura de Alexandria informou óbito da paciente ontem, 23 (Imagem: Reprodução/ Internet)
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Unidade de campanha em Mossoró depende de expansão da rede de gases para começar a funcionar

Os serviços em torno da Unidade de Campanha que está sendo montado pela Prefeitura de Mossoró para atendimento aos pacientes com sintomas do novo coronavírus estão em fase de finalização. A estrutura funcionará anexo à Unidade de Pronto Atendimento Raimundo Benjamin Franco, a UPA do bairro Belo Horizonte.

O início das atividades depende da readequação e estruturação da rede de gases, segundo informou a secretária Municipal de Saúde, Saudade Azevedo, explicando que, para trabalhar com atendimento aos pacientes com sintomas de Covid-19 é necessária disponibilidade de oxigênio. Segundo a secretária, o Município possui a rede e a usina, mas está ampliando a rede de gases.

Saudade Azevedo afirmou que a empresa que executará a obra está aguardando algumas peças. A ideia é que os serviços sejam realizados de amanhã a domingo, para que a Unidade seja aberta na próxima segunda-feira, 27. “Eu tenho a expectativa de começar na segunda da semana que vem”, afirma Saudade, acrescentando que isso vai depender da ampliação.

Com relação aos médicos que atuarão na Unidade, as inscrições do Processo Seletivo Simplificado (PSS) para contratação dos profissionais que atuarão no enfrentamento à pandemia terminam amanhã, 24, após serem prorrogadas duas vezes.

A secretaria comenta que as duas prorrogações aconteceram porque não foi atingido o número de profissionais esperados. Mas ela afirma que isso não inviabilizará a abertura da Unidade, pois inicialmente serão abertos os 35 leitos clínicos. Em seguida, será realizada a abertura das salas vermelhas, conforme a necessidade. Para o funcionamento dessas salas, a secretária afirma que o Município conseguiu alguns respiradores, mas é preciso realizar alguns testes que dependem da disponibilidade do ar comprimido.

Os médicos contratados através do PSS atuarão nas salas vermelhas. Saudade Azevedo comenta que precisa de clínicos intensivistas, profissionais com experiência em salas vermelhas e em Unidades de Pronto Atendimento.

Processo seletivo

“A Prefeitura de Mossoró, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, prorrogou o período de inscrições do Processo Seletivo Simplificado nº 001/2020 para a contratação emergencial temporária de médicos para reforçar as equipes nas Unidades/Serviços de Saúde, nas ações e estratégias de enfrentamento e combate ao Covid-19 no município”, informa a Prefeitura, por meio de sua assessoria.

Os profissionais têm até as 23h59min de amanhã, 24, para enviarem a documentação prevista em edital, disponível da edição nº 556B do Jornal Oficial do Município (JOM), para a realização das inscrições por e-mail (pssemergencialmedicos@prefeiturademossoro.com.br). A avaliação dos documentos ocorrerá até a próxima segunda-feira, 27, data em que será publicado o resultado.

Segundo a assessoria de comunicação, até o momento 15 médicos se inscreveram, mas o Município acredita que até o final da semana mais profissionais se apresentem.

Ampliação da rede em outras unidades

De acordo com Saudade Azevedo, o serviço de ampliação e adequação da rede de gases deve ser realizado nas três Unidades de Pronto Atendimento do Município, mas vai começar pela UPA do Belo Horizonte tendo em vista que ela terá uma maior quantidade de leitos.

Unidade de campanha funcionará anexo à UPA do Belo Horizonte – Foto: SECOM/ Site daPrefeitura de Mossoró