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Portaria estipula serviços que funcionarão na ‘Fase 1’ de retomada das atividades econômicas no RN; retorno permanece condicionado à ocupação de leitos de UTI

Lojas de vestuário estão autorizadas a funcionar na ‘Fração 1’, segundo Portaria (Imagem: web/ Autor não identificado)

O Governo do Estado estabeleceu a primeira fase do cronograma para retomada gradual das atividades econômicas no Rio Grande do Norte, prevista no Decreto Estadual nº 29.742, de 4 de junho. A chamada ‘Fase 1’ foi definida na Portaria nº 006/2020 publicada nesta sexta-feira, 19, pela Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN) e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (SEDEC-RN).

O início da execução do cronograma não foi mencionado no documento, que informa que a data será fixada por ato da Governadora do Estado, “nos termos do art. 12 do Decreto Estadual nº 29.742, de 2020, e alterações posteriores”, conforme o texto. O trecho do Decreto citado previa a retomada das atividades econômicas para 17 de junho e estabelecia algumas condicionalidades. “É condição essencial para a implementação inicial do plano de retomada gradual responsável das atividades econômicas no Rio Grande do Norte que exista desaceleração da taxa de transmissibilidade da COVID-19 de maneira sustentada e a ocupação dos leitos públicos de UTI seja inferior a 70% (setenta por cento)”, diz o parágrafo primeiro do artigo. O assunto foi noticiado pelo Blog.

Na segunda-feira passada, 15, por meio de uma videoconferência com o setor produtivo, a Governadora Fátima Bezerra anunciou o adiamento da reabertura das atividades para o dia 24 de junho (confira).

No final da tarde de hoje, o secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, confirmou que a retomada das atividades econômicas permanece condicionada aos pontos previstos no Decreto Estadual nº 29.742. “É um condicionamento claro, taxa de transmissão e de ocupação dos leitos”, disse, explicando que a taxa de transmissão deve ser inferior a 1 e a ocupação dos leitos não pode ser superior a 70%.

A taxa de ocupação hospitalar, uma das condicionantes mencionadas, tem se mantido elevada, sobretudo, nas regiões Oeste e Metropolitana, como vem sendo noticiado pelo blog. Além disso, a pressão por leitos fica evidenciada na fila de espera formada por pacientes que aguardam transferência para unidades de referência (os dados podem ser acompanhados no site do RegulaRN)

A Portaria publicada hoje considera, segundo o próprio texto, “os termos do Plano de Retomada Gradual da Atividade Econômica no Estado apresentado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte (FECOMERCIO), Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (FAERN) e pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (FETRONOR)”.

De acordo com a Portaria, a ‘Fase 1’ está dividida em três frações, nas quais alguns setores prioritários retomarão o funcionamento, de modo gradual, mediante o cumprimento de protocolos sanitários estabelecidos no próprio documento.

Na ‘Fração 1’, retornam às atividades:

  •  serviços de RH e terceirização;
  • atividades de informação, comunicação, agências de publicidade, design e afins;
  • centros de distribuição, distribuidoras, depósitos;
  • atividades dos serviços sociais autônomos (Sistema S) e afins, excluídas as escolas a eles vinculadas;
  • agências de turismo;
  • salões de beleza, barbearias e afins;
  • lojas até 300 m2 (trezentos metros quadrados);
  • lojas de artigos usados;
  • papelarias, lojas de materiais de escritório e variedades;
  • lojas de produtos de climatização;
  • lojas de bicicletas e acessórios;
  • comércio de plantas e flores;
  • lojas de vestuário, acessórios e calçados;
  • bancas de jornais e revistas;
  • lojas de souvenires, bijuterias e artesanatos;
  •  armarinhos.

A ‘Fração 2’, prevista para iniciar no quinto dia do cronograma, inclui:

  • lojas de até 600 m2;
  • lojas de móveis, eletrodomésticos, colchões e utensílios domésticos;
  • lojas de departamento e magazines, desde que não funcionem em shoppings centers e centros comerciais;
  • lojas de eletrônicos e de informática, de instrumentos musicais e acessórios, de equipamentos de áudio e vídeo e de equipamentos de telefonia e comunicação;
  • joalherias, relojoarias e comércio de joias;
  • lojas de cosméticos e perfumaria.

A ‘Fração 3’, prevista para começar no décimo dia do cronograma, se refere aos seguintes serviços e estabelecimentos:

  • lojas de brinquedos;
  • lojas de artigos esportivos;
  • lojas de artigos de caça, pesca e camping;
  • serviços de alimentação.

Segundo o documento, “Verificada tendência de crescimento dos indicadores após a liberação das atividades, poderão ser adotados, a qualquer tempo, se necessário, o restabelecimento ou o adiamento das fases, bem como o recrudescimento das medidas”.

O documento afirma ainda que estabelecimentos autorizados a funcionar devem seguir protocolos. Confira a portaria na íntegra, clicando aqui.

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Comércio varejista do RN tem queda recorde em abril

Com queda de 11,6% em abril em comparação a março, o comércio potiguar registrou a maior redução no volume de vendas da série histórica da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), que iniciou em janeiro de 2000. Apesar da retração inédita, o resultado negativo é o menor do Nordeste e a quarta menor redução do Brasil. Nacionalmente, a média de diminuição do volume de vendas foi de 16,8%, verificando-se redução em todos os estados e no Distrito Federal.


      O volume de serviços no Rio Grande do Norte, por sua vez, despencou 15,3% em abril na comparação com o mês anterior. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE.

Perdas acumuladas no comércio em 2020

Quando comparado o volume de vendas de janeiro a abril de 2020 com o mesmo período de 2019, o Rio Grande do Norte registra redução de 6,5%. Das 27 unidades da federação, 24 apresentam números negativos nessa comparação. A média de redução do volume de vendas do Brasil é de 3%, nos quatro primeiros meses do ano.

          Na variação acumulada dos últimos 12 meses, o Brasil possui dois grupos: um com 12 unidades da federação que ainda acumulam variação positiva e outro grupo com 15 unidades da federação com resultado negativo. O Rio Grande do Norte está no segundo grupo com recuo de 1,7 no volume de vendas. A média do Brasil ainda é positiva nesse período: 0,7%.

        Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o Brasil caiu 16,8%. O volume de vendas do comércio varejista no RN teve retração de 18%. No Brasil, a menor queda foi de Santa Catarina (7,4%); a maior, no Amapá (42,8%). Todos as unidades da federação registraram diminuição no volume de vendas em abril.


Comércio varejista ampliado

          

Entre março e abril, o comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, caiu 14% no Rio Grande do Norte, menor do que a média do Brasil, que foi 17,4%.

        

Setor de serviços também acumula perdas em 2020

O volume de serviços no Rio Grande do Norte despencou 15,3% em abril na comparação com março. Essa foi a segunda menor redução em toda a série histórica do estado iniciada em 2011. Só em março de 2020, o tombo foi maior (19,4%). De janeiro a abril de 2020, o volume de serviços é 9,3% menor do que no mesmo período do ano passado.


         O índice de receita nominal de serviços de abril teve redução de 27,1%, a maior redução para um mês em comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso representa uma severa perda de receita para o setor de serviços potiguar, que acumula perda de 7,1% em 2020.

         O resultado negativo na comparação de abril frente a março não é exclusividade do RN. Das 27 unidades da federação, 26 reduziram o volume de serviços. A diminuição média no Brasil foi de 11,7%. “O estado de quarentena vigente implicou no fechamento obrigatório de diversos estabelecimentos considerados não essenciais, impactando fortemente a receita das empresas prestadoras de serviços”, conforme publicação PMS de abril de 2020.

Síntese do RN

Período

Varejo

Varejo ampliado

Volume de vendas

Receita nominal

Volume de vendas

Receita nominal

Abril/março

-11,6%

-11,1%

-14%

– 12,9%

Abril 2020/abril 2019

-18%

-13,9%

– 25,9%

– 21%

Acumulado 2020

– 6,5%

-1,7%

– 9,4%

– 4,6%

Acumulado 12 meses

– 1,7%

2,4%

-2,5%

1,3%

Fonte: IBGE, Pesquisa Mensal do Comércio

Período

Volume de serviços

Receita nominal de serviços

Abril/março

– 15,3%

– 16,3 %

Abril 2020/abril 2019

– 29,9%

– 27,1 %

Acumulado 2020

– 9,3%

– 7,1 %

Acumulado 12 meses

-2,3%

-0,5 %

Fonte: IBGE, Pesquisa Mensal de Serviços

Texto: Assessoria IBGE

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A indústria precisa ser priorizada

João Carlos Marchesan*

A pandemia da Covid-19 impactou fortemente a indústria brasileira; em um momento onde começava a apresentar sinais de recuperação. Analisando o resultado da pesquisa “Indicadores Conjunturais da Indústria Brasileira de Máquinas e Equipamentos” referente ao mês de abril de 2020, juntamente com os dados da sondagem realizada no nosso setor sobre os impactos da Covid-19, os números deste mês vieram fortemente influenciados pelas restrições impostas pela pandemia.

Em abril/2020 a indústria de máquinas e equipamentos registrou queda de 27% no seu faturamento. Isto anulou todo o crescimento acumulado pelo setor no primeiro trimestre de 2020 que passou a acumular queda de 6,5%, em relação ao mesmo período de 2019.

O recuo ocorreu tanto nas vendas realizadas no mercado interno (-28,5%) quanto no mercado externo (-41,6%) na análise interanual.

A sondagem que fizemos no início do mês de maio, no entanto, revelou que as empresas têm observado restrições de abastecimento, mas que este não é o fator preponderante para a redução da atividade durante este período de quarentena.

O que tem levado alguns fabricantes de máquinas e equipamentos a paralisarem ou reduzirem suas atividades são outros fatores: cancelamento ou adiamento de projetos de investimento unilateralmente por parte dos seus clientes em razão da incertezas de ordem política e econômicas e a restrição da mão de obra em razão das políticas de afastamento adotadas pela própria empresa.

Diante deste cenário de crise, acreditamos que além das medidas internas adotadas pelas empresas, a indústria necessita de políticas públicas de curto prazo para minimizar os impactos sobre a demanda e a oferta mencionados, ou seja, ações que envolvem crédito, carga tributária, infraestrutura, governança da cadeia produtiva, gestão de custos e questões trabalhistas.

Com relação às políticas de longo prazo destacamos os seguintes desafios estruturais pelo lado da demanda: estabelecer dinâmica de crescimento sustentável, manter e criar empregos, políticas fiscais e tributárias harmonizadas com políticas monetárias, regime macroeconômico coerente com desenvolvimento. Do lado da oferta, para além de reduzir o Custo Brasil necessitamos de descentralizar o sistema financeiro, melhorar o suporte às pequenas e médias empresas, desonerar o investimento produtivo, financiar a modernização do maquinário nacional, reduzir burocracia, financiar as exportações e fortalecer o sistema nacional de inovação tecnológica.

Em contrapartida, a pandemia também revelou um lado positivo da indústria, a capacidade de responder rapidamente às dificuldades enfrentadas, o que poderá levar a uma transformação digital sem precedentes e sem volta. Uma tratativa inteligente da crise requer soluções ágeis e embasadas que prezem pelo entendimento entre funcionários, clientes, fornecedores e demais agentes da cadeia produtiva. Junto a sociedade, uma cooperação em torno de um objetivo comum de superação das dificuldades sanitárias, econômicas, políticas e sociais. Que estes aprendizados se multipliquem e orientem a nossa retomada pós pandemia.

Porque será necessário, findada a crise, estimular a demanda. Dificilmente este papel será exercido pelo setor privado após longo período de descapitalização.

O Governo precisará urgentemente retomar os investimentos públicos nas obras de infraestrutura, que estão paradas deste o início da crise da “Operação Lava Jato”, priorizando aquelas que já não dependem mais de projetos ou de licenciamentos. Também precisará priorizar a aprovação do Marco do Saneamento e do novo Marco Legal das PPP e concessões públicas para abrir espaço a iniciativa privada investir.

São medidas que, se bem coordenadas, poderão garantir a sustentabilidade das empresas e famílias durante a crise e alavancar os investimentos intensamente, tão logo a crise chegue ao fim.

*É administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ

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O Brasil das mil potencialidades

Por Elviro Rebouças*

Quando descobriu o Brasil, em 22 de abril de 1500, a frota de Pedro Álvares Cabral tinha a bordo um escritor, Pero Vaz de Caminha, que após à primeira missa, celebrada em 01 de maio daquele ano, escreveu a Dom Manuel I, o Venturoso, Rei de Portugal a primeira carta em nosso território, na qual dizia “A terra descoberta é boa, e em se plantando, tudo dá”. Assertivo, ele tinha razão, o País descoberto há 520 anos tem, com mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados de extensão, o quinto maior do mundo, possui as potencialidades esperadas, principalmente no Setor Primário que corresponde ao campo das atividades econômicas referente à produção de matérias-primas, que também são chamadas de “produtos primários” por serem, em geral, recursos cultivados ou extraídos da natureza e que, posteriormente, são consumidos ou transformados em mercadorias. As atividades pertencentes ao Setor Primário são a agricultura, a pecuária e o extrativismo vegetal, animal e mineral.

Com um Produto Interno Bruto de R$. 7,4 trilhões em 2019, dados do IBGE, o nosso País, apesar da incúria e falta do espírito público dos que nos governam e nos representam nos últimos anos, exceções são feitas, pulsa com fortaleza no contexto das nações mundiais. Apesar dos impactos decorrentes da tragédia de Brumadinho (MG) ocorrida em 25 de janeiro de 2019, o faturamento do setor de mineração no Brasil cresceu 39,2% no ano passado. O salto foi de R$ 110,2 bilhões em 2018 para R$ 153,4 bilhões. Os dados constam em balanço divulgado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). A produção de minério de ferro nossa em 2019 somou 341,97 milhões de toneladas, com reservas encrustadas em nosso território estimadas em 29 bilhões de toneladas, estamos em segundo lugar, só superados pela China. O café, uma especiaria toda nossa, que somos o maior produtor do planeta, em 2019, temos dados da OIC e EMBRAPA, atingimos 63,70 bilhões de sacas de 60 kilos, representando 36,02% de toda geração mundial que foi de 176,8 bilhões. O nosso rebanho bovino deve atingir, em 2020, segundo previsões do USDA, 244,14 milhões de cabeças, o que representa uma expectativa de crescimento acumulado de 11,4% frente a 2015 (213,03 milhões de animais), só superados pela Índia.

O volume da produção de grãos no País este ano está estimado em 260,9 milhões de toneladas, 3,7% ou 8,8 milhões de toneladas superior ao colhido em 2018/19. Algodão: as condições climáticas, exceto em áreas pontuais, vêm favorecendo o desenvolvimento da cultura, que, aliadas ao ganho de área, resulta numa produção de 2,98 milhões de toneladas de pluma, 3,6% superior à safra passada. Arroz: com a colheita próxima da finalização, a produção está estimada em 11,9 milhões de toneladas, 4,2% superior ao volume produzido na safra passada. Dessas, 11 milhões de toneladas em áreas de cultivo irrigado e 0,9 milhão de toneladas em áreas de plantio de sequeiro. Com relação ao feijão, no prato do brasileiro a cada dia, os maiores produtores mundiais, em ordem, são Myanmar, Índia, Brasil, que em 2019 tivemos 3,022 milhões de toneladas.

Segundo o Usda, o Brasil passa a ser o maior produtor de soja do mundo, com 33% de toda produção mundial, logo em seguida vêm os Estados Unidos com 32,85% e, posteriormente, a Argentina com 15,80%. Juntos, estes três países são responsáveis por 81,65% da produção mundial. A produção de soja em grão do Brasil em 2019 foi estimada em 135 milhões de toneladas no ano comercial 2019/2020, ante 116 milhões no ano anterior. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A produção brasileira de milho deverá totalizar 102,96 milhões de toneladas, em 2020, o que representa um aumento de 4,8% em relação à safra passada. Com relação ao galináceo somos o terceiro maior produtor mundial, com 14,50 milhões de toneladas, em 2019, só perdemos para os EUA, e quase empatados com a China, totalizando 1,8 bilhão de cabeças. A produção de ovos de galinha foi de 3,93 bilhões de dúzias em 2019, representando aumento de 6,3% em relação ao ano anterior. A série anual do IBGE mostra que houve crescimento ininterrupto dessa atividade, um recorde da série histórica, iniciada em 1987. Dentro do agronegócio, uma área na qual o Brasil se destaca é a produção de frutas, chamada de fruticultura. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o país é o terceiro maior produtor de frutas mundialmente – a China é a maior produtora, enquanto o segundo lugar é ocupado pela Índia. A produção brasileira de petróleo e gás natural em 2019 foi de 3,559 milhões de barris equivalentes por dia, totalizando 1,299 bilhão de barris de óleo equivalente, com aumento de 8,1% em relação a 2018, informação oficial da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Para condimentar o gostinho de tão vasta constelação de riquezas, Caminha já preconizava isto àquela época, precisamos dizer que o nosso (pobre) Rio Grande do Norte produz, anualmente, cerca de 6,5 milhões de toneladas de sal marinho, da melhor qualidade, com preço aviltado pelo excesso da oferta, uma atividade que, praticada comprovadamente há mais 150 anos, sofre cruentas dificuldades de continuidade. Riquezas temos, necessitamos da união de Governos e Povo para, como em 1970, cantarmos novamente “Prá frente Brasil”.

*É economista e empresário.

Este artigo não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema.

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Prefeitura apresentará planejamento para reabertura do comércio

Comércio terá plano de reabertura gradual (Foto: arquivo)

A Prefeitura de Mossoró apresentará na próxima segunda-feira um plano de reabertura do comércio da cidade que vem funcionando de forma limitada desde o final de março.

A gestão informou que o planejamento está sendo definido pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19, composto por secretarias municipais, em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejo) e Federação do Comércio do Rio Grande do Norte (Fecomercio).

“Estamos traçando esse planejamento observando a evolução da pandemia em nossa cidade e a oferta de estrutura hospitalar. Todas as medidas são coordenadas e com responsabilidade, para que possamos ter uma retomada da economia de forma segura”, diz a prefeita Rosalba Ciarlini (PP).

A Prefeitura de Mossoró tem fiscalizado o cumprimento do decreto que limita o funcionamento do comércio aos serviços essenciais. Para isso tem contado com a ajuda da Polícia Militar.

O Governo do Estado já editou decreto condicionando a abertura do comércio a um quadro de pelo menos 70% de ocupação dos leitos por pacientes acometidos por covid-19.

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RN teve o menor crescimento do Nordeste em número de empresas de construção civil entre 2009 e 2018, aponta IBGE

O Rio Grande do Norte teve o menor crescimento proporcional no número de empresas da construção civil, entre os estados do Nordeste, na comparação do ano de 2009 com 2018: 12,3%. Em 2009, o estado tinha 728 empresas no setor. Em 2018, eram 818. Esses são resultados da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) 2018, que o IBGE divulgou nesta semana.

Na mesma análise, o Maranhão (20,8%) teve o segundo menor crescimento proporcional da região: de 546 empresas, em 2009, para 660 em 2018. A Paraíba (97,7%) teve o maior salto percentual no período: de 576 para 1.139 empresas.

O aumento proporcional de novas empresas no Nordeste (52%) também está acima do percentual potiguar no período.

Conforme a pesquisa, a atividade de construção compreende a construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados para a construção. Para identificar mudanças estruturais, a PAIC 2018 prioriza a comparação dos dois pontos extremos de uma série de dez anos: 2018 e 2009.

Valor de obras

O valor das obras, incorporações e serviços de construção do Rio Grande do Norte representa 7,6% do total do Nordeste. Essa participação ficou estável se comparada a 2009, quando o RN tinha 7,5% do total. Em números absolutos, o valor das obras potiguares totaliza R$ 3,5 bilhões em 2018. No Nordeste, esse valor é de R$ 47,5 bilhões.


Menos trabalhadores

Dos nove estados do Nordeste, em sete deles houve diminuição do pessoal ocupado. O Rio Grande do Norte teve uma redução proporcional de 8% em 2018 frente 2009. São 2.247 trabalhadores a menos no período.

Na região, o número de pessoas ocupadas na construção aumentou somente na Paraíba (27%) e Ceará (8,6%) no período destacado pela pesquisa.

Salários

No Rio Grande do Norte, o valor total de salários, retiradas e outras remunerações cresceu 60%. Em 2009, o montante era de R$ 367 milhões. Em 2018, chegou a R$ 588 milhões.

Todos os estados do Nordeste apresentaram crescimento, cinco deles acima do mercado potiguar: Paraíba (179%), Ceará (176%), Piauí (83%), Alagoas (82%) e Sergipe (71%). Embora tenha a maior expansão do valor total de salários no período, a Paraíba (R$ 533 milhões) registrou R$ 55 milhões a menos que o montante norte-rio-grandense.

Com informações da Assessoria do IBGE.

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Restaurante tradicional de Mossoró fecha as portas

 

O Quinta Avenida, um dos restaurantes mais tradicionais de Mossoró, fechou as portas após mais de 20 anos de funcionamento.

Em comunicado no Instagram a direção agradeceu aos que ajudaram o restaurante a marcar época. “Gostaríamos de agradecer a todos vocês: Clientes, seguidores, amigos, fornecedores e colaboradores. Construímos juntos uma história de mais de 20 anos, mas infelizmente ela se encerra hoje! OBRIGADO!”, frisou.

Confira o comunicado:

https://www.instagram.com/p/CAnsE9mjlzv/?igshid=1q47vzifdt2v2

Nota do Blog: fui por muitos anos cliente do Quinta Avenida. Vivi grandes momentos por lá. Lamento muito o fechamento.

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Reportagem

RN concentra comércio de vestuário, móveis e eletrônicos em 31 cidades

O comércio de vestuário, calçados, móveis, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos e de informática está concentrado em 31 municípios potiguares. O dado foi divulgado pelo IBGE nesta semana e faz parte da pesquisa “Regiões de Influência das Cidades (Regic) 2018 – Informações de deslocamento para o comércio”. A média de deslocamento de moradores do Rio Grande do Norte para esse tipo de compras era de 50 quilômetros no período pesquisado.

Para adquirir roupas e calçados (grupo 1 de itens da pesquisa), a população potiguar se desloca para 24 polos, o que representa 14,4% dos municípios potiguares. Os dez maiores índices de atração do comércio de vestuário e calçados do RN são: 1º) Natal; 2º) Mossoró; 3º) Pau dos Ferros; 4º) Caicó; 5º) Currais Novos; 6º) Açu; 7º)Santa Cruz; 8º) Parnamirim; 9º) João Câmara; e 10º) São Paulo do Potengi.

Quando se trata da compra de móveis, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos e de informática (grupo 2 de itens da pesquisa), 27 municípios são considerados polo. Isso representa 16,2% do total de municípios. A ordem dos dez maiores índices de atração é: 1º) Natal; 2º) Mossoró; 3º) Pau dos Ferros; 4º) Açu; 5º) Caicó; 6º) Currais Novos; 7º) João Câmara; 8º) Parnamirim; 9º) Nova Cruz; e 10) Santa Cruz.

Importância

Ao lado de outros levantamentos, como a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), a “Regic 2018 – Informações de deslocamento para comércio” pode auxiliar no diagnóstico sobre as consequências do isolamento social nessas cidades que atraem consumidores de outros municípios.

Para o IBGE, os polos são o destino principal da população no deslocamento para compras de uso próprio. A pesquisa não inclui compras para revenda, pela internet e aquelas realizadas no município de residência.

Média de deslocamento

A Regic 2018 também registrou que os potiguares se deslocam 49 quilômetros, em média, para a compra de roupas e calçados. Para adquirir móveis, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos e de informática, a média é de 48 quilômetros. Muitos residentes de municípios polo também vão até outras cidades em busca do produto desejado.

No estado, os moradores de Pau dos Ferros percorrem a maior distância média para comprar roupas e calçados: 268 quilômetros em média. Logo depois, as maiores distâncias percorridas são de pessoas residentes em Mossoró (228 km), Macau (175 km), Angicos (155 km) e Currais Novos (154 km).

Para comprar móveis, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos e de informática, os consumidores que percorrem as maiores distâncias em estão em: Mossoró (228 km), Caicó (223 km), Parelhas (190 km), Macau (175 km) e Angicos (155 km).

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Primeiro trimestre tem crescimento recorde do desemprego, aponta IBGE

No Rio Grande do Norte, 46 mil pessoas tornaram-se desocupadas (sem emprego formal nem informal) no início de 2020. Esse é o maior crescimento no estado, para um primeiro trimestre, desde que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua foi criada em 2012. Os dados foram divulgados hoje (15) pelo IBGE.

No total, o estado potiguar registrou 237 mil desocupados no primeiro trimestre de 2020, enquanto que no último trimestre de 2019 havia 191 mil. Em relação a todos os outros trimestres, o crescimento é o terceiro maior da série histórica do RN.


A alta de 24% de desocupados nesse período também é a quinta maior entre as unidades da federação. Apenas Mato Grosso (34,4%), Maranhão (32%), Alagoas (25%) e Tocantins (24,6%) superam o estado potiguar. No Brasil, 12 unidades da federação cresceram neste aspecto.

O número de desocupados no trimestre de janeiro a março de 2020 representa 15,4% das pessoas que estão na força de trabalho no RN. Também é a terceira vez que a desocupação ultrapassa o nível de 15% no estado.

Região Metropolitana

Do total de 237 mil pessoas desocupadas, 110 mil moram na Região Metropolitana de Natal e 62 mil no município capital. A taxa de desocupação da Grande Natal foi de 14,4%, e da capital, 13,8%.

Jovens

A taxa de desocupação dos jovens potiguares, de 18 a 24 anos, chegou a nível recorde: 36%, o maior desde 2012. Nesse grupo, a taxa era 30% no último trimestre de 2019. A quantidade de desocupados nessa faixa de idade variou de 61 mil, no final de 2019, para 81 mil nos primeiros três meses de 2020.

Informalidade

No RN, 45% dos trabalhadores estão na informalidade, a menor taxa do Nordeste. Esse percentual representa 586 mil pessoas. Pernambuco (48%) tem a segunda menor taxa da região. Na liderança da informalidade, está o Maranhão (61,2%).

São considerados trabalhadores informais aqueles que atuam no setor privado e não possuem carteira assinada; empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem CNPJ; trabalhador por conta própria sem CNPJ; e trabalhador familiar auxiliar.

RN tem segunda maior queda de empregados sem carteira assinada do Brasil no primeiro trimestre de 2020

Das oito unidades da federação com diminuição de empregados sem carteira assinada no setor privado, o Rio Grande do Norte apresentou uma queda de 14,2% no primeiro trimestre de 2020 se comparado com último de 2019.

No trimestre de outubro a dezembro de 2019, o número de empregados sem carteira assinada no mercado de trabalho potiguar era de 216 mil. Nos primeiros três meses de 2020, esse número chegou a 186 mil. Só o Amapá (- 14,2%) teve uma queda maior que o Rio Grande do Norte nesta análise.

Na comparação do primeiro trimestre de 2020 com o primeiro de 2019essa categoria de emprego se manteve estável no Rio Grande do NorteA redução dos empregos sem carteira assinada no primeiro trimestre é comum, em razão da dispensa de trabalhadores contratados temporariamente para atender à demanda do fim do ano anterior.

Fonte: Assessoria do IBGE.

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RN tem maior queda no volume de serviços do país, aponta IBGE

O volume de serviços no Rio Grande do Norte diminuiu 18,5% em março se comparado a fevereiro, a maior queda entre as unidades da federação segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). No mesmo sentido, o varejo potiguar teve uma queda de 6,4% na comparação de março com fevereiro de 2020, conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Os dados foram divulgados, respectivamente, nos dias 12 e 13 de maio pelo IBGE.

 

O resultado dos serviços é o mais negativo da série histórica para o estado, que iniciou em 2011. No mês de março, o volume de serviços teve retração em 24 unidades da federação se comparado ao mês anterior. A média do Brasil foi – 6,9%, também a maior redução da série da PMS.

A segunda maior queda estadual ocorreu em Mato Grosso (-12,7%). Na região Nordeste, o volume de serviços teve queda em oito estados, Pernambuco (- 8,7%) teve a segunda maior redução, perdendo apenas para o estado potiguar.

Na publicação PMS de março de 2020, o IBGE ressalta que os resultados negativos foram gerados, em grande parte, pelas medidas de isolamento social com intuito de conter o contágio de covid-19. “Os impactos observados sobre as empresas do setor de serviços foram sentidos, especialmente, no último terço do mês de março, quando começaram as paralisações”.

Na comparação com março de 2019, o Rio Grande do Norte apresentou queda de 12,4%, atrás apenas do Amapá (- 13,2%). Ambas superiores à média brasileira (- 2,7%). Nessa análise, a redução do volume de serviços ocorreu em 23 unidades da federação.

Comércio potiguar cai 6,4% em março

O varejo no Rio Grande do Norte teve um desempenho de – 6,4% na comparação de março com fevereiro de 2020. Somente Bahia (- 9,7%) e Ceará (- 11,8%) tiveram quedas mais acentuadas que o RN. O volume de vendas do varejo de todos os estados do Nordeste diminuiu mais que a média nacional (- 2,5%). O cenário de retração ocorreu em todas as unidades da federação, exceto São Paulo (0,7%).

Em relação a março de 2019, o volume de vendas potiguar teve redução de 6,9% em março de 2020, maior que a média do Brasil (- 1,2%).

Na publicação PMC de março de 2020, o IBGE assinala também o impacto do isolamento social no comércio no país. “Com isso, 43,7% dos relatos de justificativa da variação de receita das empresas da amostra cita o coronavírus como principal causa de modificação no valor das vendas”, destaca o Instituto.


Varejo ampliado

A queda de 12,3% do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, no Rio Grande do Norte, em março frente a fevereiro de 2020, foi a menor da região Nordeste. A redução também foi abaixo da média nacional (- 13,7%). Todos as unidades da federação apresentaram redução no volume de vendas nessa comparação.

Na comparação entre março de 2020 com o mesmo mês de 2019, a redução foi de 9% no estado potiguar, variação negativa mais acentuada que a nacional (- 6,3%).

Com informações da Assessoria do IBGE.