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O fim da jornada 6×1 será mais um passo rumo a uma economia sustentável

Por Pedro Lúcio Góis*

Durante a semana, atingindo seu ápice nas manifestações populares realizadas em 15 de novembro, foi intensamente massificada e debatida a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prevê, entre outras medidas, o fim da escala 6×1, proposta pela deputada Erika Hilton.

No Brasil, a CLT prevê uma jornada semanal de 44 horas de trabalho, o que representa que, algumas categorias, especialmente envolvidos em trabalhos em estabelecimentos cujo horário de operação excede as 8 horas diárias, como supermercados, comércio, shopping center, vigilância e outros, sejam expostos a uma jornada de 6 por 1 (6×1), ou seja, para cada 6 dias trabalhados, há um dia de folga.

Essa jornada de 6×1 é absolutamente extenuante e vários países no mundo já alteraram esse modelo, especialmente na Europa. Qualquer pesquisa simples sobre os impactos desse tipo de redução de jornada de trabalho é capaz de encontrar centenas de estudos que concluem que essa medida aumenta a produtividade do trabalho, melhora a qualidade de vida, saúde e dignidade dos trabalhadores, contribui para a redução das desigualdades e ainda para a construção de uma economia sustentável, representando menor impacto negativo para o meio ambiente.

A PEC atingiu a quantidade de assinaturas necessária para iniciar sua tramitação. Agora ela será analisada e debatida nas comissões pertinentes até que possa ser levada para votação em dois turnos em ambas as casas, aprovada por maioria qualificada e promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado. Inicialmente a maior parte das assinaturas veio de partidos de esquerda, mas essa é uma pauta que precisa transcender o campo político ideológico da esquerda para que seja aprovada. Por isso, é fundamental a pressão popular sobre seus deputados, senadores e sobre o governo, seja de que partido forem, para que esse projeto avance. Por fim, seria uma imensa sinalização ao mundo, às vésperas da COP30, a ser sediada no Brasil em 2025, a seriedade com que o país trata as questões referentes à construção de um futuro mais justo e sustentável.

Todos, pelo fim da jornada 6×1!

*É dirigente do Sindipetro/RN, da FUP e da CTB, bacharel em Direito pela UFERSA, especialista em Direitos Humanos pela UERN e empregado da Petrobrás.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Fim da jornada 6×1: só Natália e Mineiro assinaram PEC entre os deputados do RN

Blog Saulo Vale

Dos oito deputados federais do RN, apenas dois assinaram em apoio a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que quer extinguir a jornada de trabalho 6×1.

São eles: Natália Bonavides (PT) e Fernando Mineiro (PT).

Os outros parlamentares potiguares não se posicionaram sobre o assunto, nem houve qualquer postagem sobre o tema em suas redes sociais.

São eles: Benes Leocádio (União Brasil), Robinson Faria (PL), Sargento Gonçalves (PL), General Girão (PL) e Paulinho Freire (União Brasil). Este último é prefeito eleito de Natal e será substituído na Câmara por Carla Dickson (União Brasil).

Fim da jornada

A PEC foi apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), com objetivo de acabar com o formato atual da jornada de trabalho, de seis dias de trabalho para uma folga, com redução de carga horária, de 44 horas semanais para 36.

Para começar a tramitar na Câmara dos Deputados, é necessária assinatura de 171 deputados. Erika tem tentado coletar essas assinaturas.

Já para aprovação em plenário, como se trata de mudança na Constituição, faz-se necessário 308 votos.