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Me escute! Diz o potiguar aos políticos

Por Thiago Medeiros*

O Observatório da Democracia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizou pesquisa onde indicou que a maioria dos potiguares acreditam que para tomar decisões importantes para o País, o governo deve ouvir mais os cidadãos. É o povo querendo participar cada vez mais da política, e se sentir participante das decisões que impactam no seu cotidiano.

Um fato curioso é que a alternativa onde indica que essas decisões devem ser tomadas por técnicos apresentou um percentual muito baixo. Mostrando que apesar de boa parte da população torcer por um governo que em seus ministérios e secretarias estejam presentes pessoas capacitadas, quando o assunto é a interferência na sua vida, os potiguares querem participar.

Talvez poucas pessoas saibam, mas a participação popular na formulação de políticas públicas já acontece no País faz anos. Principalmente nos governos do PT, foram criadas soluções para escutar a sociedade civil, como o exemplo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa Nacional de Habitação, o plano de expansão das universidades públicas, o ProUni, a criação do Sistema Único de Assistência Social (Suas), as políticas afirmativas contra a discriminação racial, de mulheres e minorias sexuais e o amplo conjunto de medidas que impulsionaram enormes avanços na agricultura familiar nos últimos anos foram formulados e decididos com a participação direta de milhões de brasileiros, por meio de inúmeros canais criados ou ampliados para consolidar a democracia participativa no país.

Hoje ampliamos nossa compreensão sobre o funcionamento do Estado e nos tornamos capazes de não só reivindicar como também participar na elaboração, implementação e fiscalização das políticas públicas, mas esse conhecimento ainda é para poucos e precisa não só ser ampliado como mais divulgado.

Esse é um recado forte para a classe política que esse ano disputa uma nova eleição, os postulantes precisam entender que chegou a hora de ouvir mais a população, ela deseja ser escutada. Criar ferramentas ou divulgar as existentes é um passo importante para conquistar os potiguares.

Vamos aos dados da pesquisa:

Clique e leia o relatorio de Pesquisa Demo e Ditad RN

*É cientista Social e membro do Observatório da Democracia (UFRN).

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

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Potiguares se dividem sobre percepção de ameaças à democracia partindo do bolsonarismo

Comportamentos do bolsonarismo contra as instituições democráticas foram avaliadas pelos potiguares em pesquisa realizada pelo Observatório da Democracia realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Para 36% dos entrevistados as manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) pedindo fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) ameaçam a democracia enquanto para 25,2% não ameaçam e 38,8% não sabem opinar sobre o assunto.

O resultado foi semelhante com relação as manifestações nas redes sociais partido dos bolsonaristas. Para 34,4% existe uma ameaça à democracia, 24,5% acham que não e 41% não sabe opinar.

Para 36,7% a divulgação de notícias falsas envolvendo políticos e ministros do STF se configuram em ameaças  democracia. Já 22,1% acham que não e 41,2% não sabem dizer.

Ditadura

Ao avaliar o que significou o período entre 1964 e 1985 no Brasil, 45,7% disseram que houve ditadura, 43,2% não souberam opinar e 11,1% disseram que não foi ditadura.

Direito a voto

Sobre o direito ao voto os potiguares não se dividiram. A maioria esmagadora avaliou que todo cidadão independente de ser analfabeto ou não tem direito a votar somando 71,4%. Já 5,7% disseram que analfabetos não devem votar e 22,9% não souberam opinar.

Síntese

O potiguar se divide quanto a valorização das instituições democráticas sobretudo nas ameaças golpista. Uma parcela considerável não consegue se posicionar sobre a percepção de ameaças à democracia. Entre os que tem opinião formada a maioria percebe os riscos que corremos atualmente. Ainda assim não há uma larga margem de diferença.

Saiba mais sobre a pesquisa AQUI.

Confira o relatorio de Pesquisa Demo e Ditad RN

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Pesquisa aponta compromisso dos potiguares com a democracia, mas indica desconhecimento de parte da população em relação aos valores democráticos

O Observatório da Democracia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizou pesquisa que indicou que a maioria dos potiguares está compromissado com a democracia. No entanto, uma parcela não compreende o peso dos valores democráticos.

Para 67,4% dos entevistrados a democracia é sempre melhor do que qualquer forma de governo. A partir daí as perguntas sobre os valores democráticos apresentaram uma divisão entre o apoio e o “tanto faz” que indica incompreensão do que isso representa.

Ao avaliar a ditadura militar 48,1% disseram avaliar que o regime deixou mais marcas negativas que positivas enquanto que 38,2% diz não saber avaliar.

Sobre o direito de greve 36,7% diz ser contra a proibição enquanto 28,4% diz não concordar nem discordar. Ainda sobre esse tema 32,2% diz ser totalmente contra que governos intervenham em sindicatos e 31,2% diz nem concordar nem discordar dessa possibilidade.

Já 34,8% diz discordar que o Governo possa proibir a existência de algum partido e 34% falou que nem concorda nem discorda.

Quanto à censura de TV, rádio e jornal 42,5% diz ser contra e 27,3% nem concorda nem discorda.

Sobre a possibilidade de um dia o Congresso Nacional ser fechado 43,2% dizem ser contra enquanto que o “tanto faz” atingiu 29,7%. Situação análoga em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF) tem a discordância de 44,1% e a indiferença de 31,1%.

A prisão de suspeitos sem autorização judicial tem a discordância de 39,9% e 25,8% demonstraram indiferença. A discordância contra a tortura promovida pelo Estado tem 47,5% enquanto 26% demonstraram indiferença.

Em síntese: o eleitor potiguar em sua maioria apoia a democracia, mas uma parte considerável que gira na faixa de 30% não compreende a importância de valores democráticos demonstrando uma certa indiferença.

Leia o relatorio de Pesquisa Demo e Ditad RN