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Rosados saem destruídos das urnas e vão se resumir a um mandato de vereadora

A família Rosado enquanto entidade política dividida ou separada saiu praticamente dizimada das eleições do domingo. O recado eleitoral das urnas foi duro e uma virada de chave na história política de Mossoró.

A partir de 1º de fevereiro os Rosados estarão reduzidos a um mandato de vereadora exercido por Larissa Rosado (União).

Ela mesma saiu muito mal das urnas no domingo. Em todo o Estado a vereadora recebeu 10.665 votos em sua tentativa de retornar a Assembleia Legislativa. Em Mossoró foram 5.796 sufrágios que lhe rendeu a modesta sétima colocação.

De alternativa de poder, Larissa se tornou uma vereadora comum. A mãe dela, Sandra Rosado (União), primeira mulher a sentar no colegiado de líderes na Câmara dos Deputados, passou longe de uma vitória tendo 3.254 votos em Mossoró (oitava colocada) e 6.760 no Estado, ficando em último lugar na nominata do União Brasil.

O rosalbismo, que por mais de 30 anos teve a hegemonia absoluta em Mossoró assistiu Beto Rosado (PP) ficar terceiro lugar na cidade (pouco para o passado de domínio absolto da família), atrás dos vereadores Pablo Aires (PSB) e Lawrence Amorim (SD), este obtendo a maior votação para deputado federal da história de Mossoró.

Foram 83.968 votos no Estado, mas o PP não conseguiu atingir sequer os 80% do quociente eleitoral e não alcançou nem as sobras.

Para deputado estadual, a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) se absteve de entrar na disputa se dividindo entre o ex-prefeito de governador Dix-sept Rosado Anax Vale (União) e o empresário Jorge do Rosário. Os dois somaram juntos 9.841 votos, bem abaixo do que se espera dos candidatos do rosalbismo.

Some-se a isso, a ausência de protagonismo na eleição majoritária em que o apoio da família foi tratado com irrelevância contrastando com um passado em que os Rosados eram disputados e festejados pelo que buscavam votos em Mossoró.

A chave virou!

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Análise

Mossoró pode consolidar um cenário de “virada de chave” política no dia 2 de outubro

A eleição de 2022 pode consolidar uma virada de chave na história política mossoroense que vai muito além de uma mudança geracional.

É uma mudança de estrutura política.

A tendência é de fracasso dos Rosados nas urnas. A velha oligarquia já pouco influi no voto majoritário. Foi assim em 2018 quando adversários os derrotaram na cidade e em 2020, quando perderam a hegemonia política local.

No domingo há grandes chances dos dois últimos tabus caírem: 1) no atual período democrático sempre um Rosado foi o deputado federal mais votado na cidade. Há grandes do presidente da Câmara Municipal Lawrence Amorim (SD) quebrar esta escrita; 2) desde 1998 sempre um Rosado ou um de seus agregados é o mais votado para deputado estadual em Mossoró. Hoje Isolda Dantas (PT) desponta para ser a campeã de votos na cidade, mas nomes como Jadson Rolim (SD) e Jorge do Rosário (Avante) podem conquistar esse posto.

Some-se a isso o desempenho pífio das campanhas de Sandra e Larissa e o alto risco de Beto Rosado não se reeleger.

Os sinais da virada de chave são tão grandes que a ex-governadora Rosalba Ciarlini ao decidir pelo apoio a governadora Fátima Bezerra terá um impacto irrelevante no resultado da eleição em Mossoró.

Os Rosados podem sair das urnas em 2 de outubro resumidos ao mandato de vereadora exercido por Larissa.