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MPF processa Ratinho por falas misóginas contra Natália Bonavides

O Ministério Público Federal (MPF) moveu ação civil pública pedindo a condenação de Carlos Roberto Massa, o “Ratinho” e da Rádio Massa FM pela prática de dano moral coletivo causado às mulheres que já atuam ou pretendem atuar na política. O MPF pede que o apresentador seja condenado a pagar R$ 2 milhões de indenização, pela veiculação de estereótipos de gênero e propagação de violência generalizada em fala criticando a deputada federal Natália Bonavides (PT/RN). O órgão requer, também, que a Rádio Massa FM seja obrigada a veicular campanhas e ações de conscientização sobre os direitos das mulheres e combate à violência de gênero, pelo período mínimo de um ano.

O caso se refere a um programa de rádio apresentado por Ratinho, em 15 de dezembro de 2021. De acordo com a ação, ao criticar a atuação política da parlamentar no Projeto de Lei (PL) 4.004/2021, o apresentador sugeriu que ela fosse eliminada com o uso de uma “metralhadora”. No PL, a deputada federal defende que as declarações de casamento não façam referência ao gênero dos casais, para evitar constrangimentos a pessoas da comunidade LGBTQIA+ e assegurar o tratamento igualitário.

Além da ameaça de morte, Ratinho se dirige a Natália Bonavides em tom jocoso e utilizando estereótipos discriminatórios que atingem todas as mulheres, conforme sustenta a ação. “Você não tem o que fazer”; “vai lavar roupa”; “vá costurar a calça do seu marido”; “a cueca dele”; “vá lavar louça”; “isso é uma imbecilidade esse tipo de coisa” e “a gente tinha que eliminar esses loucos” foram algumas das expressões utilizadas pelo apresentador.

Para o MPF, a prática acabou alcançando caráter coletivo na medida em que:

– veiculou estereótipos de gênero contra a participação feminina na política, desenvolvendo violência simbólica com claro intuito intimidatório geral;

– buscou atingir a deputada exatamente na condição de representante do povo, não tendo as ofensas, assim, mero aspecto pessoal, mas também institucional;

– adotou tom de propagação generalizada da violência, ao defender a eliminação de todos “esses loucos”, no plural.

Na ação, ajuizada em janeiro deste ano, o procurador da República Emanuel de Melo Ferreira argumenta que, quando mulheres parlamentares são criticadas diante de sua atuação somente com base nas ideias defendidas, não se configura a violência de gênero, estando a crítica protegida pela liberdade de expressão. No entanto, a linguagem sexista e a possibilidade de difusão da intimidação, alcançando todas as mulheres com pretensões políticas, evidencia o caráter político da violência.

“É precisamente o caso dos autos, pois as expressões utilizadas não se limitaram a criticar a atuação parlamentar da citada deputada federal em bases não discriminatórias, eis que, dolosamente, os referidos papéis tradicionais relacionados ao gênero foram expressamente elencados pelo réu”, concluiu o procurador. Segundo ele, além de possivelmente criminosa, a fala gerou danos morais coletivos, na medida em que discriminou mulheres, com apelo, até mesmo, à violência física.

Fonte: MPF/RN

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Ratinho se recusa a veicular direito de resposta de Natália Bonavides

O apresentador Ratinho que defendeu que a deputada federal Natália Bonavides (PT) fosse metralhada se recusou a veicular um direito de resposta da parlamentar.

Em dezembro ao criticar o projeto de lei que muda o rito dos casamentos civis ele atacou a deputada e além de defender que ela fosse metralhada sugeriu que ela fosse lavar roupas do marido (ver vídeo abaixo):

Natália comentou o assunto nas redes sociais. “Depois de falar em sua emissora de rádio que pessoas como eu deveriam ser eliminadas, sugerindo que se pegue em metralhadoras, o apresentador Ratinho recusou a divulgação do nosso direito de resposta. Já recorremos ao judiciário”, declarou.

A parlamentar reforçou que as falas de Ratinho foram criminosas. “Nosso direito de resposta evidencia as mentiras contadas no programa e mostra a necessidade urgente de enfrentar a intolerância e o preconceito. A recusa em divulgá-la é uma confirmação daquilo que foi dito. E não esqueçamos: foram crimes!”, avaliou.

Nota do Blog: direito de resposta é bem diferente de uma notificação extrajudicial com ameaça de processo.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 16 dez 2021 – As ameaças de Ratinho a Natália Bonavides

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Ratinho defende que deputada seja metralhada. Apresentador será processado

O apresentador Ratinho deu um show de homofobia, racismo e desinformação na edição de ontem do programa a Turma do Ratinho, veiculado em várias rádios do país.

Ao comentar sobre o Projeto de Lei 4004/2021 da deputada federal Natália Bonvides (PT/RN) que altera a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) que troca o “eu vos declaro marido e mulher” por “eu vos declaro casados” durante as cerimônias de casamento civis, assegurando o tratamento igual entre casais.

Ele defendeu que a petista fosse metralhada e sugeriu que ele fosse lavar roupa, costurar a calça do marido e perguntou se ela “tinha o que fazer”.

Confira o vídeo:

Ratinho misturou projetos ao falar também que a deputada defende a alteração de filiação do registro civil retirando pai e mãe. Na verdade essa proposta é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A deputada se pronunciou sobre o assunto e anunciou que vai processar Ratinho. “O apresentador Ratinho utilizou uma concessão pública para me atacar e cometeu crimes ao fazer isso. Vamos acioná-lo judicialmente, inclusive criminalmente. Ele sugeriu no programa que eu fosse metralhada, em um programa visto por milhares de pessoas. Incitar homicídio é crime! Ele colocou a minha vida e minha integridade física em risco. Essas ameaças e ataques covardes não ficarão impunes, já estamos buscando a justiça”, avisou.

Nota do Blog: Ratinho é um imbecil.