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Prefeita veta lei que destina recursos do MCJ para artistas locais prejudicados pela covid-19

Artistas locais tiveram reivindicação rejeitada (Foto: cedida)

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) decidiu vetar o Projeto de Lei substitutivo nº. 6 de 2020,  que autorizaria o Poder Executivo Municipal a remanejar 10% dos recursos do Mossoró Cidade Junina para eventos culturais beneficiando artistas locais que estão sem trabalhar por causa da pandemia de covid-19.

Por meio de nota, a Prefeitura de Mossoró alegou que destinou os recursos do MCJ para ações de combate ao novo coronavírus através do Decreto n. 5.696, de 08 de junho de 2020, publicado no Jornal Oficial do Município.

“Como os valores foram destinados para a saúde, fica inviável o remanejamento orçamentário para essa área”, diz a nota.

Outra alegação é de que os artistas vão receber auxílio emergencial  de R$ 600 em três parcelas por meio da Lei Aldir Blanc, recentemente sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. A gestão informa que receberá R$ 1.969.285,05 para socorrer os artistas.

Também há um argumento de ordem jurídica de que a proposta era à inconstitucional conforme o Art. 57 da Constituição Federal cuja redação é: “são de iniciativa exclusiva do Prefeito as leis que disponham sobre:

IV – matéria orçamentária, e a que autorize a abertura de créditos ou conceda auxílios e subvenções”.

O autor da proposta, o vereador Gilberto Diógenes (PT), criticou a decisão da prefeita. Ele negou a inconstitucionalidade e disse que esse é mesmo argumento de sempre. “Este argumento é quase um “CTRL C/CTRL V” (copia/cola) para todos os projetos que são levados à prefeita, mas que não lhe convém.  O projeto não cria verbas novas, apenas pede o remanejamento de verba já prevista, o que lhe dá a legitimidade. Se há ilegalidade na ação, então a prefeita já incorreu em erro ao transferir parte (não todo) dos recursos à pasta da Saúde, num verdadeiro drible à movimentação dos artistas”, analisou.

O vereador também que 8% do orçamento do MCJ ainda está mantida, o que daria algo em torno de R$ 355.763,56 na rubrica.

Nota do Blog: quem lê o Blog do Barreto sabia que o projeto seria vetado pela prefeita e que os vereadores rosalbistas mudaram de posição para tapear a classe artística. Lei AQUI.

Confira o veto aos 10% do MCJ para os artistas

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Foro de Moscow 127 – VETO DE ROSALBA: NOVO ATAQUE AOS ARTISTAS

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Casos confirmados de Covid-19 no RN totalizam 32.578 e Estado registra 1.095 óbitos com confirmação da doença

Secretário adjunto de Saúde do RN, Petrônio Spinelli, repassou dados e falou sobre abertura de leitos (Imagem: Reprodução)

O Rio Grande do Norte tem 32.578 casos confirmados do novo coronavírus e o 1.095 óbitos com confirmação da doença foram registrados, segundo informado pelo secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 2, em Natal.

São 9.913 confirmações a mais em relação ao total de casos confirmados divulgados uma semana atrás. Conforme boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde Pública do Estado (SESAP-RN) do dia 25 de junho, o RN tinha 22.665 casos confirmados de covid-19. Nessa data, o Estado registrava 858 óbitos com confirmação da doença e 144 mortes eram consideradas suspeitas.

De acordo com os dados divulgados hoje, o RN tem 44.157 casos suspeitos e 51.041 descartados. São 173 óbitos suspeitos.

A taxa de ocupação de leitos críticos do SUS exclusivos para o tratamento do novo coronavírus no Rio Grande do Norte permanece elevada.

De acordo com dados do RegulaRN observados às 14h19 desta quinta-feira, na região Oeste, a taxa de ocupação era de 96,6%. Em Mossoró, 100% dos leitos do Hospital Regional Tarcísio Maia e 96,6% dos leitos do Hospital São Luiz contavam com internamentos. Em Pau dos Ferros, 90% dos leitos do Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade estavam ocupados.

Na Região Metropolitana, o percentual de leitos ocupados era de 93,8%, com ocupação de 100% no Hospital de Campanha de Natal, Hospital Luiz Antonio, Hospital Giselda Trigueiro, Hospital Memorial São Francisco, Hospital Municipal de Natal e Hospital Rio Grande; no Hospital Colônia João Machado, onde foram abertos novos leitos de ontem para hoje, totalizando 20 em funcionamento, a taxa de ocupação era de 90% e no Hospital Central Coronel Pedro Germano (Hospital da Polícia) 72,7% dos leitos estavam ocupados

No Seridó, a taxa de ocupação de leitos do Hospital Regional Telecila Freitas Fontes era de 82,8%.

Na região do Mato Grande, 66,7% dos leitos do Hospital Manoel Lucas de Miranda, em Guamaré, estavam ocupados.

Em todo o Estado, havia 22 leitos críticos bloqueados e 16 leitos críticos estavam disponíveis.

Segundo observado no RegulaRN às 14h23, a fila formada por pacientes atendidos em unidades dos municípios a espera de leitos específicos para tratamento de sintomas do novo coronavírus contava com 36 pacientes a espera de leitos críticos e 44 a espera de leitos clínicos.

Dados observados às 14h19 desta quinta-feira, 2 (Fonte: RegulaRN – SESAP – LAIS)

Abertura de leitos

De acordo com o secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, de ontem para hoje, além dos leitos abertos no Hospital João Machado, foram abertos leitos em São Gonçalo – no Hospital Maternidade Belarmina Monte, que agora passa a contar com dez leitos em funcionamento.

O secretário afirmou ainda que está sendo concluída a instalação de leitos em João Câmara – no Hospital Regional Josefa Alves Godeiro, na região do Mato Grande que, segundo a assessoria de comunicação da Secretária da Saúde Pública do RN (SESAP-RN), provavelmente, devem começar a funcionar até o final da tarde desta quinta-feira.

“Estamos com tudo pronto para abrir mais cinco leitos em Mossoró, no São Luiz, para chegar a 35 naquela unidade. O problema concreto? Médicos. Por quê? Porque alguns médicos adoeceram de Covid. Então, não foi fácil, desfalcou a escala que seria montada para esses novos cinco leitos e tudo indica que eles serão abertos segunda-feira”, afirmou Petrônio Spinelli.

O Hospital São Luiz está com seis leitos em funcionamento.

O secretário falou também sobre a parceria de prefeituras com o Estado para a abertura de leitos e disse que talvez até o final de semana haja abertura de leitos de UTI em Parnamirim.

Petrônio Spinelli também mencionou a convocação, por parte do Governo do Estado, de 930 profissionais de saúde. “Não é fácil. Nós convocamos 1.000 pessoas aparecem 500. Nem todo mundo nesse momento está se dispondo a trabalhar com essa epidemia”.

A convocação temporária foi publicada hoje no Diário Oficial do Estado (DOE).

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Mossoró registra 3.057 casos confirmados de Covid-19 e 128 óbitos com confirmação da doença

Prefeitura divulga resumo dos dados epidemiológicos em Mossoró (Imagem: Reprodução)

O número de casos confirmados do novo coronavírus em Mossoró é de 3.057 e a cidade registra 128 óbitos com confirmação da doença. Os dados foram divulgados ontem, 1º, no boletim epidemiológico da Secretária da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN). As informações foram confirmadas no boletim divulgado pela Prefeitura de Mossoró.

No boletim de 24 de junho, uma semana antes, a cidade registrava 2.235 casos confirmados da Covid-19 e 109 óbitos com confirmação da doença.

Com o aumento no número de casos confirmados, a incidência por grupo de 100 mil habitantes passou de 751,6 para 1.028 em uma semana, segundo o boletim da Sesap.

Ainda com base nas informações da Secretaria Estadual, Mossoró tem 2.239 casos suspeitos, 3.047 descartados e 13 óbitos em investigação.

De acordo com a Prefeitura de Mossoró, 338 pessoas se recuperaram da Covid-19 no município.

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Covid-19: RN registra 31.700 casos confirmados e 1.067 óbitos com confirmação da doença

“Nós estamos vivendo um momento extremamente delicado, nós estamos falando de mais de mil mortes”, disse o secretário adjunto de Saúde do RN, Petrônio Spinelli – Foto: Demis Roussos

O Rio Grande do Norte tem 31.740 casos confirmados do novo coronavírus e registra 1.067 óbitos com confirmação da doença, segundo dados repassados durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 1º, em Natal, com o secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli.

São 1.460 confirmações em relação às que foram informadas no boletim epidemiológico divulgado ontem, 30, pela Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN), que informava 30.287 casos.

Dos 33 óbitos registrados em relação ao boletim epidemiológico divulgado ontem, seis foram confirmados nas últimas 24 horas.

O RN tem 43.500 suspeitos, 50.700 descartados e 156 óbitos suspeitos, como informado na coletiva.

“Nós estamos vivendo um momento extremamente delicado, nós estamos falando de mais de mil mortes. Nós estamos falando ainda de pressão por leitos de UTI, que ainda não está resolvido, estamos tentando resolver. E falamos ainda da dificuldade de abrir leitos de UTI. Às vezes parece que é simples. ‘Vamos abrir leitos de UTI’. É complexo. A própria cooperativa médica está com dificuldade de formar as escalas completas em todos os cantos”, disse o secretário adjunto de Saúde.

No dia em que teve início o processo de flexibilização das medidas restritivas com retomada de parte das atividades econômicas no Estado, por meio de Decreto Estadual, o secretário adjunto de Saúde falou sobre o que leva à redução da transmissibilidade e da pressão por leitos de UTI. “A partir do momento em que as pessoas tomam cuidado, mantêm o isolamento social, a transmissão de pessoa para pessoas vai diminuir. Diminuindo, menos pessoas adoecem, menos pessoas adoecendo aquela fração do todo que agrava, que precisa de hospitais vai diminuir também, a pressão por leitos de UTI vai diminuir também e, consequentemente, o número de óbitos”, disse.

Segundo ele, o momento ainda é grave e o isolamento continua. “A flexibilização que foi colocada no decreto é uma flexibilização em etapa inicial”, afirmou.

Ele acrescentou que se as pessoas forem para a rua vai haver retorno em relação à situação dramática que está sendo vivenciada e que foi vivenciada, particularmente, na semana passada.

O secretário disse ainda que se houver descompromisso por parte de prefeitos e empresários não há certeza de continuidade do processo de flexibilização. “Se houver incompreensão da sociedade, se houver descompromisso dos prefeitos, dos empresários e a gente não atingir essa meta, nós não vamos ter certeza que vai evoluir a flexibilização nem muito menos se não vai haver retrocesso”, disse.

“Qualquer ilusão criada nesse momento que tem outra medida que possa evitar situações dramáticas como as mortes, as internações e a falta de UTI, que não seja o isolamento social, pode levar à falsa segurança, quebrar o isolamento social e aumentar o número de óbitos”, acrescentou.

O secretário disse ainda que as pessoas que estão autorizadas a abrir precisam puxar para si a responsabilidade.

Isolamento social

Com base em dados do Inloco, o índice de pessoas isoladas no Rio Grande do Norte ontem, 30 de junho, quando o processo de retomada das atividades econômicas no RN como um todo ainda não havia sido iniciado, foi de 39,16%.

Em nenhum momento, desde o início da pandemia, o Estado atingiu o percentual ideal de 70% indicado pelas autoridades sanitárias.  No mês de junho o maio percentual alcançado pelo RN foi de 49,63%, registrado no dia 7, um domingo, dia em que os índices são mais elevados.

Nota do Blog: Matéria divulgada pelo Blog informava 30.010 casos, conforme informado em coletiva. O boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN) foi divulgado à noite com informações atualizados.

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Governo do RN fala sobre retomada das atividades econômicas durante coletiva de imprensa

Governadora disse que Estado será rigoroso na fiscalização, que apoio das prefeituras é fundamental e que conta com senso de responsabilidade do setor empresarial, que apresentou o Plano de Retomada – Foto: Elisa Elsie

Durante entrevista coletiva realizada no início da tarde desta terça-feira, 30, o Governo do Estado falou sobre o início da retomada das atividades econômicas do Rio Grande do Norte, que começa amanhã, 1º de julho.

A Governadora Fátima Bezerra, que participou da entrevista, afirmou que não são tempos de normalidade, que a situação inspira cuidados e cautela, por isso necessidade de manter distanciamento, isolamento social como medida preventiva, associado ao uso obrigatório de máscaras, em caso de saída por necessidades imprescindíveis.

Fátima Bezerra disse também que as medidas restritivas referentes ao isolamento social continuam vigentes e o Estado mantém recomendação para que municípios onde há praia, o acesso à orla continue interditado à população, bem como mantém recomendação para proibição de manifestações e toda e qualquer atividade que gere aglomeração.

“O Governo do Estado será rigoroso no cumprimento, na fiscalização do nosso decreto, no que diz respeito aos protocolos sanitários que as empresas terão que seguir fielmente para que elas possam, exatamente, desenvolver a sua atividade. Agora, é muito importante que as prefeituras cheguem junto”, afirmou.

De acordo com Fátima Bezerra, o Governo continuará dando suporte, mas é imprescindível que as prefeituras se somem a essas ações de fiscalização e cumprimento das medidas, até porque, cabe às prefeituras de municípios com mais de 15 mil habitantes estabelecer parâmetros em relação a horário de funcionamento e ao transporte público.

A Governadora disse que conta com compreensão e senso de responsabilidade do setor empresarial, já que a proposta de retomada foi apresentada pelas Federações, tendo à frente a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN).

“Eles estão conscientes de que todos esses passos terão que ser religiosamente obedecidos”, afirmou. Para ela, as empresas têm que ser as primeiras a darem exemplo quanto a protocolos sanitários e de higienização.

Antes da fala da Governadora, o coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS-UFRN) e integrante do Comitê Científico para enfrentamento da Covid-19 no RN, professor Ricardo Valentim falou sobre o posicionamento do Comitê quanto a reabertura gradual das atividades econômicas.

“O Comitê de maneira consensual recomendou que fizesse essa abertura, observando de maneira criteriosa todos os dados epidemiológicos”, disse.

“Apesar de a gente observar que há um decaimento por mais de 15 dias na taxa de transmissibilidade e nos últimos sete dias de maneira gradual também o pedido das Unidades de Pronto Atendimento por leitos, seja ele de UTI ou leitos críticos e também de ter observado que há uma mudança no perfil da lista de espera dos pacientes por leitos críticos, a gente tem observado isso já nos últimos sete dias, esses dados positivos requerem também um cuidado muito grande nesse processo de retomada, justamente para acontecer o que aconteceu com outros estados”, acrescentou.

De acordo com o pesquisador, é o momento de corresponsabilidade entre setor produtivo, Estado, e população, para que o processo de retomada, ele seja seguro, cauteloso e que não precise retroagir. “Nesse contexto, o Comitê Científico também destaca que, caso haja uma mudança desse dado epidemiológico, desse dado que hoje está favorável, que possa ser retroagido de maneira inequívoca”, afirmou Ricardo Valentim.

O Secretário de Segurança Pública e Defesa Social (SESED), Coronel Francisco Araújo, que também esteve presente, disse que a operação Pacto pela Vida continua, com interação das forças da Segurança Pública disponibilizadas aos municípios. Segundo ele, as Forças de Segurança Pública estarão agindo junto com o Procon e as forças municipais para manter o isolamento social.

Critério de ocupação de leitos não foi atendido segundo Decreto

No Decreto Estadual nº 29.742, de 4 de junho de 2020, que norteia a retomada das atividades econômicas no Rio Grande do Norte, conforme a Portaria Conjunta 007/2020 – Gabinete Civil (GAC), Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (SEDEC) publicada ontem, 29, o retorno das atividades estava condicionado a dois fatores.

“É condição essencial para a implementação inicial do plano de retomada gradual responsável das atividades econômicas no Rio Grande do Norte que exista desaceleração da taxa de transmissibilidade da COVID-19 de maneira sustentada e a ocupação dos leitos públicos de UTI seja inferior a 70% (setenta por cento)”, afirma o parágrafo primeiro do Art. 12 referente aos critérios para retomada gradual responsável.

No entanto, a taxa de ocupação de leitos críticos do SUS destinados ao tratamento de pacientes com sintomas do Covid-19 no Estado permanece elevada. De acordo com os dados observados às 16h32 desta terça-feira na Sala de Situação do Regula RN, a Região Oeste tinha 94,9% dos leitos ocupados (incluindo Mossoró – 100% de ocupação  do Hospital São Luiz e 95% de ocupação dos leitos do Hospital Regional Tarcísio Maia e Pau dos Ferros, com 80% de ocupação no Hospital Regional Telecila de Freitas Fontes), a Região Metropolitana tinha a mesma taxa de ocupação e somente o Seridó apresentava índice menor, correspondente a 69%.

A situação da taxa de ocupação nos últimas dias foi abordada em matéria publicada na manhã desta terça-feira, no Blog.

Situação epidemiológica do RN

O início da retomada das atividades econômicas no Rio Grande do Norte ocorre em um momento em que o Estado tem mais de 30 mil casos confirmados de Covid-19 registra mais de mil óbitos com confirmação da doença, conforme dados repassados durante a coletiva.

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RN ultrapassa 30 mil casos confirmados de Covid-19 e registra mais de mil mortes com confirmação da doença

Dados sobre a pandemia no RN indicam ainda 43.427 casos suspeitos, 48.051 descartados e 167 óbitos suspeitos (Imagem: Web)

O número de pessoas contaminadas com o novo coronavírus no Rio Grande do Norte chegou a 30.010 e o Estado registra 1.034 com confirmação da doença. Os dados foram repassados durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 30, em Natal, com participação do secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli.

Segundo ele, dos 40 óbitos registrados em relação ao dia de ontem, 29, três foram confirmados nas últimas 24 horas.

O Estado tem ainda 43.427 casos suspeitos e 48.051 casos descartados. 167 óbitos estão em investigação.

Ainda de acordo com o secretário adjunto de Saúde, 731 pessoas estão internadas com suspeita ou confirmação do novo coronavírus, em unidades públicas, privadas e filantrópicas do Estado, sendo que 372 ocupam leitos críticos.

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Na véspera do início da retomada econômica, RN mantém leitos lotados em boa parte do Estado e ainda tem fila por UTI

A taxa de ocupação de leitos críticos do SUS para o tratamento de pacientes com sintomas do novo coronavírus ultrapassa os 95% nas duas regiões de maior pressão por leitos do Rio Grande do Norte – Oeste e Metropolitana e é de 75,9% no Seridó. O cenário se apresenta em plena véspera da retomada de boa parte das atividades econômicas no Estado e se agrava com uma fila de espera por leitos de UTI que conta com 32 pacientes, segundo dados observados na Sala de Situação do RegulaRN, às 12h42 desta terça-feira, 30.

No Oeste do Estado a taxa de ocupação dos leitos era de 100%. Em Mossoró, 100% dos leitos do Hospital Regional Tarcísio Maia e do Hospital São Luiz contavam com internamentos. Em Pau dos Ferros, a taxa de ocupação do Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade era de 100%.

Na Região Metropolitana, 96,5% dos leitos contavam com internamentos, com 100 % dos leitos ocupados no Hospital Colônia João Machado, Hospital de Campanha de Natal, Hospital Giselda Trigueiro, Hospital Memorial São Francisco, Hospital Municipal de Natal, e Hospital Rio Grande; no Hospital Central Coronel Pedro Germano (Hospital da PM) o percentual de ocupação dos leitos era de 95,2% e no Hospital Luiz Antonio de 84,2%.

A taxa de ocupação no Hospital Manoel Lucas de Miranda, em Guamaré, região do Mato Grande, era de 100%.

No Seridó, a taxa de ocupação de leitos no Hospital Regional Telecila Freitas Fontes era de 75,9%.

Em todo o Estado havia apenas onze leitos de UTI disponíveis – sete no Hospital Regional Telecila Freitas Fontes, um no Hospital Central Coronel Pedro Germano e três no Hospital Luiz Antonio. 27 leitos críticos estavam bloqueados em todo o RN.

Número de vagas de leitos críticos para pacientes com sintomas de Covid-19 em hospitais do RN é menor que número de pacientes na fila de espera (Fonte do gráfico: RegulaRN – SESAP – LAIS)

 

Solicitações de internamentos

Com base nos dados do RegulaRN, é possível observar a série histórica das solicitações de leitos Covid – Núcleo Interno de Regulação – para leitos clínicos e críticos. Os registros vão de 2 de maio a 30 de junho. De acordo com os dados, a data com menor número de solicitações de leito foi em 2 de maio, com sete solicitações. Nos dez últimas dias, considerando o período de 19 a 29 de junho, o número de solicitações foi de 86 (dia 19), 85 (dia 20), 100 (dia 21), 138 (dia 22), 118 (dia 23), 96 (dia 24, 80 (dia 25), 74 (dia 26), 92 (dia 27), 82 (dia 28) e 90 (dia 29).

Dados sobre solicitações de internamentos para leitos clínicos e críticos (último dado não foi considerado por se tratar da data vigente) (Fonte do gráfico: RegulaRN – SESAP – LAIS)

Série histórica da taxa de ocupação de leitos mostra tensão por leitos nos últimos dez dias

Ainda segundo dados do RegulaRN, que traz informações sobre a série histórica da taxa de ocupação dos leitos críticos por região, no período de 2 de maio a 28 de junho, o menor nível de ocupação dos leitos críticos na Região Metropolitana foi de 85,37%, registrado em 1º de maio, quando, conforme o site, havia 41 leitos operacionais na região, dos quais 35 estavam ocupados. Nos últimos dez dias de registro do site (de 18 a 28 de junho) a menor taxa de ocupação foi de 95,37%, em 21 de junho, quando havia 108 leitos operacionais, dos quais 103 estavam ocupados; nesse mesmo período de dez dias, por duas vezes 100% dos leitos da Região Metropolitana estiveram ocupados – 25 e 28 de junho, com 109 leitos operacionais lotados.

Com relação à região Oeste, o menor índice de ocupação foi registrado em 9 de maio, data em que os internamentos passam a ser exibidos no site. Nessa data, o índice de ocupação era de 46,67%, com sete dos 15 leitos operacionais ocupados. A partir daí, a menor taxa de ocupação foi registrada no dia 22 de maio, com 73,21% de ocupação – 41 dos 56 leitos operacionais estavam ocupados. Nos dez últimos dias que constam no registro do site, o menor percentual de ocupação no Oeste foi verificado em 22 de junho, com 92,16% dos 51 leitos operacionais ocupados. Nesse período, por cinco dias o Oeste teve 100% dos leitos críticos ocupados – nos dias 21, 24, 26, 27 e 28.

O Seridó foi a região que apresentou situação menos crítica e a menor taxa de ocupação de leitos foi registrada em 8 de maio, quando 29,41% dos 17 leitos operacionais, à época, estavam ocupados (para essa região, o site começa a exibir os dados da série histórica de ocupação a partir de 4 de maio). Ao longo do gráfico verifica-se que em outras duas datas o percentual de leitos ocupados no Seridó foi inferior a 40% – dia 28 de maio, quando 36,36% dos 22 leitos operacionais estavam ocupados e 30 de maio, quando a ocupação dos 22 leitos operacionais ficou no mesmo patamar de 36,36%. Nos últimos dez dias, o menor índice de ocupação registrado na região foi de 66,67%, registrado em 19 de junho, quando 18 dos 27 leitos operacionais estavam ocupados; essa também foi a única data nesses dez dias que a taxa de ocupação foi inferior a 70%. A maior taxa de ocupação no período de 18 a 28 de junho foi registrada no dia 23, quando 96,30% dos 27 leitos operacionais estavam ocupados.

 

Gráfico mostra taxa de ocupação de leitos do início de maio ao dia 28 de junho (Fonte do gráfico: RegulaRN – SESAP – LAIS)
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Foro de Moscow – 124 – REABRIR A ECONOMIA É A MELHOR SAÍDA?

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236 pacientes foram a óbito enquanto esperavam leitos no RN desde o início da pandemia

RegulaRN mostra os principais motivos de cancelamento de solicitações (Fonte: RegulaRN – SESAP – LAIS)

236 pessoas morreram no Rio Grande do Norte enquanto aguardavam por um dos leitos direcionados ao tratamento de pacientes com sintomas do novo coronavírus. O dado consta no novo indicador da sala de situação do RegulaRN, que mostra o total de solicitações de leitos canceladas e o motivo do cancelamento e foi observado no início da noite desta segunda-feira.

No início da semana passada, a promotora de Justiça da Saúde Iara Maria Pinheiro de Albuquerque já havia revelado que, desde o início da pandemia, cerca de 200 pessoas morreram na fila de espera por UTI.

“Outro dado que é muito duro e que nós temos que publicizar, e às vezes a sociedade ela não enxerga, mas nós estamos, enquanto membros do Ministério Público, monitorando a situação de ocupação de leitos na rede, especialmente rede público, mas também monitoramos na rede privada, é o número de óbitos que estão acontecendo, as solicitações de cancelamento de pedido de UTI há semanas já, de forma muito intensa nos últimos dez dias, por falta de leitos. Diversos pacientes, diversas unidades solicitantes de leitos de UTI, no Regula RN, solicitaram cancelamento de UTI, motivo óbitos. Os pacientes, é muito duro falar isso, eu, particularmente fico até emocionada… Eu peço desculpas, mas são 200 pedidos de solicitação de cancelamento de leito de UTI por óbitos. Não quer dizer que essas pessoas se tivessem chegado a um leito tivessem sobrevivido, mas quer dizer que elas não tiveram a chance de chegar”, disse a promotora de Saúde.

Antes disso, no mesmo vídeo, ela havia chamado a atenção para a inexistência de uma rede com capacidade para arriscar uma maior circulação de pessoas nas ruas.

“Foi fortemente apontado a situação que eu chamo de pico crítico de hospitalizações. Não há rede para se arriscar uma maior circulação de pessoas na rua, onde essa transmissibilidade, esse R(t) muito provavelmente volta a subir onde, eu tenho mais interações, mais contaminação, mais adoecimento e uma rede plenamente saturada. Por outro lado, a ativação de leitos por parte da Secretaria Estadual de Saúde, que praticamente é o único ente estatal que vem ativando leitos no Estado, não há uma previsão satisfatória de abertura de leitos para os próximos dias em um patamar que retirasse a rede pública dessa situação crítica que nós estamos insistindo aqui que ela existe. O que se tem, com clareza, é que nos próximos dias serão abertos 30 leitos de UTI na Região Metropolitana, que é uma região que está altamente comprimida na sua rede pública de saúde. Serão dez leitos no Hospital de Macaíba, 20 leitos no Hospital João Machado, o anexo clínico do João Machado. É bastante insuficiente só se considerarmos o número atual de pacientes que está em fila para leitos de UTI”.

A ocorrência de óbitos é o segundo motivo de cancelamento de solicitação de leitos, conforme exposto no RegulaRN. O primeiro é a expiração da solicitação – 487 cancelamentos.

A impossibilidade de transporte é a terceira causa de cancelamento – 149 casos.

136 solicitações foram canceladas por alta hospitalar, 133 por iniciativa do regulador e 108 por melhora clínica.