O Governo do Rio Grande do Norte reconheceu, por meio de um relise (material de divulgação para imprensa), que um dos pilares da Ponte de Igapó foi danificado por causa do estouro da bomba colocada pelas facções criminosas na última terça-feira.
O Governo reconheceu que um dos pilares ficou danificado apesar do posicionamento da Polícia Militar, que descartou potencial explosivo do artefato; do ITEP, que descartou dano ao equipamento; DNIT que negou dano estrutural.
“O pilar da Ponte Costa e Silva (conhecida como ponte de Igapó), avariado durante um ataque criminoso na última quarta-feira (22) deverá ter o reparo iniciado imediatamente. De acordo com especialistas, não há risco iminente de queda, mas caso não passe por reparo, o trecho atingido poderá ficar comprometido rapidamente com o trânsito de veículos”, diz trecho do relise (com o erro de data: o incidente foi na terça-feira, 21).
Prevaleceu o posicionamento do CREA/RN que apontou problemas na ponte causados pelos efeitos da bomba. “Importante alertar que o Crea fez essa visita, constatou o problema e alertamos. Agora estamos preparando um relatório para entregar ao Dnit”, disse Ana Adalgisa Dias, presidente do Crea.
O próprio o secretário estadual de Infraestrutura, Gustavo Coêlho reconheceu o dano. “Se restou claro que tinha um dano causado à ponte, que precisa ser reparado”*, frisou.
No entanto, o risco de colapso na ponte está descartado por enquanto por causa da ausência de tráfego provocada pela interdição no sentido Zona Norte-Quintas para a obra na avenida Felizardo Moura.
O diretor geral do Itep, Marcos Brandão, explicou na coletiva realizada ontem com a participação dos órgãos de engenharia (DNIT e CREA) que a perícia realizada pelo instituto é diferente. “Nossa perícia é criminal. Nós vamos a uma ocorrência dessas para definir a dinâmica do crime, o material utilizado e o apontamento de suspeitos de autoria do crime cometido”, disse Marcos.
O laudo do Itep deve sair entre trinta e sessenta dias.
Recuperação
A obra de recuperação Ponte de Igapó está sendo articulada pela governadora Fátima Bezerra (PT) junto ao Ministério da Infraestrutura. Ela entrou em contato com o ministro Renan Filho, por se tratar de uma pista que integra a BR 101, portanto de responsabilidade federal. “Sendo um equipamento que interessa ao nosso Estado, fizemos contato com os órgãos e buscamos junto ao Governo federal toda a garantia de que esse serviço possa ser executado o mais rápido possível”, disse o Gustavo Coêlho.
O superintendente local do Dnit, Eider Rocha, explicou que hoje já existem contratos com duas empresas para manutenção da ponte. O custo do reparo atingido pelo artefato criminoso não está previsto nos contratos. As empresas terceirizadas serão contactadas, para avaliação, diagnóstico, proposição de solução, aquisição de material e execução do reparo. Para o pagamento com um aditivo no contrato”, explicou Eider. Segundo ele, não há previsão para o início e conclusão do reparo.
*aspa extraída do G1RN.