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Mossoró para as pessoas: economia e geração de empregos por uma vida melhor

Mossoró tem desafios para retomada do desenvolvimento (Foto: Canindé Soares)

Por Isolda Dantas*

Esse é o nosso terceiro artigo da série Mossoró para as pessoas com base nas discussões que realizamos através dos seminários on line Mossoró que o povo quer. Estes seminários são a plataforma em que oferecemos discussões e recebemos sugestões sobre a gestão moderna para uma cidade, para que ela possa ser abraçada por todos. Desta forma, vamos falar hoje sobre a economia e a geração de emprego, tema de fundamental importância e que diz respeito a todos os mosssoroenses. Muito do que conseguimos captar em torno desta temática foi o resultado do debate no seminário que está disponível no canal do Partido dos Trabalhadores no Youtube, recebendo contribuições valorosas do senador Jean Paul Prates, Larissa Dantas da Potigás e Wellington Rodrigues do CDL Mossoró e gostaríamos de trazer aqui algumas delas.

Para começar e especialmente neste período de pandemia, o setor econômico de todo país foi afetado com recessão, desemprego e aprofundou a precarização do trabalho. Em Mossoró, o cenário não foi diferente: empresas de pequeno e médio porte tiveram uma quebra de investimentos e milhares de trabalhadores foram demitidos. E se formos pensar em Mossoró na pandemia e no panorama do pós-petróleo, temos um ingrediente a mais para nos preocuparmos. Gestões anteriores não prepararam a economia local para a saída da Petrobras de nossa cidade. Isso afetou a todos, do trabalhador direto ao comerciante no bairro. O dinheiro parou de circular e isso prejudicou o desenvolvimento e a qualidade de vida das pessoas.

Assim, no aspecto da pandemia, já ressaltamos aqui que não separamos economia e a defesa da vida. Para uma economia viva precisamos de gente viva. O distanciamento social foi fundamental para evitar inúmeras mortes de mossoroenses. Muito mais mortes poderiam ter sido evitadas caso a prefeitura tivesse seguido à risca os decretos estaduais e tivesse investido na saúde pública de Mossoró, mas esta conversa fica para outro momento. Agora vivemos a reabertura do comércio e a volta de investimentos. E Mossoró precisa estar preparada para retomar uma economia que gere sustentabilidade para a cidade e emprego para o povo.

A economia de Mossoró chegou a viver um “boom” econômico motivado por um crescimento do PIB mais elevado da região Nordeste, em torno de 6%, nos governos Lula, e por fatores econômicos como fruticultura irrigada, indústria salineira e indústria extrativa – setor do petróleo da própria cidade, como ressaltado acima. O que proporcionou uma efervescência de massa salarial elevada devido aos altos padrões e salários que eram oferecidos na cidade por empresas como Petrobrás e suas subsidiárias e terceirizadas que atraiam pessoas de todos os lugares. Com isso, a cidade começou a crescer do ponto de vista econômico quanto demográfico, e consequentemente, começou a proporcionar novas oportunidades e possibilidades.

Como apontamos neste texto, gestores passados não se prepararam para esse momento pós-petróleo. A cidade foi resumida a praças, eventos, marketing e propaganda com objetivos vaidosos e nababescos, escoando os recursos que poderiam ser destinados a projetos de fortalecimento econômico, sem afetar a dinâmica da infra-estrutura e dos espetáculos locais que fomentam o turismo. O que queremos apontar é o não planejamento a longo prazo de um projeto econômico capaz de ser sustentável. Ou seja, capaz de se retroalimentar, movendo todas as estruturas deste setor, como trabalhadores, empresas e pequenos negócios. Após a saída da Petrobrás tentou-se uma remediação que veio através de uma empresa de telemarketing, ofertando números de empregos bem menores, alta rotatividade e nível salarial inferior, tentando preencher a lacuna deixada pela crise do petróleo. Embora importante, a massa salarial foi seriamente comprometida, portanto reduzindo o dinheiro circulante na nossa cidade.

A atual gestão de Mossoró nem sequer se manifesta pela permanência da Petrobras ou se move para atrair investimentos que possam proporcionar uma melhoria de vida para o povo. Parece que não há importância, que nada pode ser feito. Fala-se em “negócios da China”, promessas e maquetes. Quem não se lembra da fila imensa nas portas da Porcelanatti? A arrecadação do município segue estável. Mas o povo perece sem emprego e sem perspectivas. E não podemos permitir que seja retirado do nosso povo o que ainda resta diante de tanto descaso: a esperança. Pelo contrário, faz-se urgente a necessidade de retomarmos nossa auto-estima.

Mossoró tem potencial, todos sabemos disso. E acreditamos neste potencial. Além do petróleo que resta, a cidade tem o sal, a fruticultura, o vento, o sol, uma localização estratégica, as universidades – estadual e federal, também particular, dessa forma, o desenvolvimento econômico alternativo pode atuar nessas frentes, como também, o setor de serviço e comércio. O comércio mossoroense é o mais dinâmico da Região Oeste do RN, o que entre outros fatores, torna Mossoró cidade referência entre os municípios que compõe essa região. Tudo isso são elementos que podem ser trabalhados e potencializados. Já imaginou o que poderíamos fazer diante de tanta riqueza, com a disposição que o mossoroense tem para trabalhar?

É preciso alimentar o que temos de melhor e criar um novo ambiente, novas possibilidades e expectativas para o setor permanecer de forma produtiva com os profissionais que se formam aqui em uma interrelação com universidades, entidades, sindicatos e associações de tecnologia na busca de alternativas para o desenvolvimento econômico.

Estas alternativas também são atravessadas pelo talento do mossoroense, a sua força de trabalho importantíssima para fazer a roda da economia local girar. Parafraseando a tão conhecida expressão, o melhor de Mossoró é o mossoroense, aquele resistente e sempre disposto a crescer com orgulho da sua terra. Cada um de nós temos um talento, uma habilidade, um pendor para algo que somente nós podemos fazer. É isso que precisamos: do talento de cada um para que todos possam ter uma vida melhor. Cada um construindo a economia da cidade com o seu potencial. Isso sim é construir uma Mossoró de toda gente juntos.

*É Deputada Estadual e pré candidata a prefeita de Mossoró.

Este artigo não representa a mesma opinião do blog. Se não concordar, faça um rebatendo que publique como uma segunda opinião sobre o tema.

 

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Análise

Fátima quebra desconfiança do meio empresarial

Governadora vai estreitando boa relação com empresários (Foto: Daniel Herrera)

Ao ser eleita governadora Fátima Bezerra (PT) foi alvo de desconfiança de setores do empresariado por ser considerada radical demais. Os rótulos indicavam que ela seria uma inimiga da classe empresarial.

Na prática houve exatamente o contrário. Com nove meses de governo a petista transformou a desconfiança em reconhecimento. Isso foi exposto no  RN Invest, realizado ontem no escritório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.

“Eu sou testemunha viva de que ir para o RN é uma iniciativa fadada ao sucesso. O povo potiguar é extremamente acolhedor e trabalhador”, disse Luiz Roberto Barcellos, maior produtor de melão do Brasil.

“A governadora Fátima Bezerra tem feito um trabalho dedicado e focado em medidas para colocar o Rio Grande do Norte no caminho do desenvolvimento”, disse o diretor-presidente do grupo Três Corações, Pedro Lima.

“Meu pai costumava dizer que o que importa é o bem comum, as políticas certas para nos colocarmos no caminho certo. E a governadora sabe o que é certo e está implementando no estado o que é certo”, declarou o presidente do grupo Coteminas Josué Alencar, filho do empresário e ex-vice-presidente da República José de Alencar.

“Vejo esse momento como um momento importantíssimo para o RN e o mais importante é a gente não ficar ilhado. A empresa vai continuar no RN por uma promessa que você me fez, de olhar para os empresários, e fico feliz de ver que isso está dando resultado”, analisou Marcelo Alecrim, membro do Conselho de Administração da ALE.

“Esse tipo de encontro é fundamental e tem de ser feito. Eu parabenizo a governadora pela iniciativa, porque o setor privado, ou seja, o investidor, quer ouvir da governadora quais são as visões, qual é a política, quais são os apoios. O empresário precisa ouvir isso da chefe do Executivo e não apenas ouvir falar. O governo do RN está de parabéns”, frisou Sérgio Rodrigues Costa, CEO e fundador da empresa Streams Investimentos.

Veja só: há tempos que escrevo que o Rio Grande do Norte só sairá do caos fiscal em que se enfiou fazendo surgir novas receitas e para isso é preciso atrair novos investimentos, fomentar novas cadeias produtivas e garantir um ambiente saudável para os negócios.

Fátima Bezerra nem de longe faz um governo prefeito. Tem muito a ser corrigido e há outros problemas a serem atacados como a questão previdenciária.

Mas neste ponto tanto a governadora quanto o secretário estadual de desenvolvimento econômico Jaime Calado estão de parabéns.

 

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Governo instala Câmara Setorial de Energia

O setor de Energia tem vivido um dos seus momentos de maior importância no Rio Grande do Norte, com a retomada da exploração do petróleo por empresas locais e nacionais nos campos maduros leiloados pela Petrobrás; com a contratação de 60 novos parques eólicos para implantação nos próximos 4 anos – que irão reafirmar a liderança do estado no segmento; com a chegada de novos investimentos capazes de alavancar de vez a indústria solar; e com as novas tecnologias que poderão expandir ainda mais a distribuição de gás encanado no território potiguar. É neste contexto que o Governo do Estado instala a Câmara Setorial de Energia, com o intuito de reunir agentes de transformação que atuam para o crescimento do setor.

A reunião de abertura aconteceu nesta quinta-feira (12), no gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, com a participação de entidades representativas do setor, órgãos do Estado de administração direta e indireta, bancos e universidades. Tendo como exemplo outras quatro câmaras instaladas anteriormente desde o início da gestão (Indústria, Comércio e Serviços, Pesca e Aquicultura e Mineração), o momento foi de apresentação entre os membros, tendo em vista a importância de cada ator no desenvolvimento do setor energético do Estado.

“É sem dúvida o setor de maior volume de investimentos nesses próximos quatro anos e isso representa mais empregos”, frisou o secretário de desenvolvimento Jaime Calado. “Essa mesa é muito representativa para darmos o cuidado na importância e prioridade que este setor tem na nossa economia”, completou.

O coordenador de desenvolvimento energético da SEDEC, Hugo Fonseca, enumerou alguns dos projetos que estão sendo desenvolvidos e que deverão entrar em pauta nas próximas reuniões da Câmara, entre eles o  Plano Energético do Estado, que deverá conter todas as diretrizes para a instalação das empresas e manutenção da infraestrutura nas áreas de maior interesse, um Plano de Financiamento, para o fomento da indústria, e o Balanço Energético, que deverá ser uma importante ferramenta de atração de investimentos, assim como o Atlas Eólico e Solar que está sendo elaborado em parceria com o Instituto Senai de Inovação.

O coordenador ressaltou ainda que, no caso do setor eólico e solar, é de interesse do Estado não só a viabilidade para instalação de novas usinas, mas também o fomento da Geração Distribuída e da indústria de peças e serviços correlatos, gerando empregos em toda a cadeia produtiva e permitindo também o desenvolvimento de micro e pequenos negócios. “Colocamos a fabricação de peças e componentes para a geração de energia eólica e solar dentro do Proedi, então esse é considerado um ‘segmento relevante’ e tem de 90 e 95% de crédito presumido para o ICMS”, explicou. Segundo Hugo Fonseca, esta é uma estratégia importante para que o RN retome a competitividade frente a outros estados como Ceará, Paraíba e Pernambuco. A abordagem também foi defendida pelo presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Paulo Morais. A Associação tem papel importante na mediação entre a empresa distribuidora (Cosern) e órgãos do Estado em assuntos como Licenciamento Ambiental.

Sobre o segmento que mais tem crescido no RN, o de energia eólica, o diretor-presidente do CERNE, Darlan Santos, lembrou que o Rio Grande do Norte já se apresentava como estado promissor em 2009, quando foi elaborada a Carta dos Ventos, no primeiro Fórum Nacional sobre o tema. Em 10 anos, o Estado atingiu a marca de 4gw de potência instalada, ocupando a posição de líder nacional, com 152 parques. Darlan apontou a geração de energia eólica off-shore (usinas instaladas no mar) como a principal novidade para o mercado potiguar nos próximos anos. “O estado tem grande potencial e com certeza essa atividade irá contribuir muito para a reindustrialização do estado”, comentou.

Também participaram da reunião representantes da Secretaria de Tributação (SET), Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Meio Ambiente (IDEMA), Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (FAPERN), Agência de Fomento do Estado (AGN), Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Cosern/Neoenergia, Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), Agência Reguladora de Serviços Públicos (ARSEP), Banco do Nordeste (BNB), Banco do Brasil, Potigás, Sebrae, Instituto Senai de Inovação (ISI),  FIERN, UFRN, UERN, IFRN, UFERSA e UNP.

 

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Feira Regional de Negócios é lançada em Mossoró

Com proposta de trazer o ambiente acadêmico para perto das empresas potiguares por meio de uma Feira Regional de Negócios, o Governo do Estado e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN (SEDEC) lançou nessa quarta-feira (24), no auditório da CDL Mossoró, em Mossoró, a FENECITI – Feira Regional de Negócios, Ciência, Tecnologia e Inovação. A primeira foi em Caicó, no mês de junho, e agora seguirá com o calendário de eventos abrangendo a região Oeste do Rio Grande do Norte.

“Foi muito bom o lançamento em Mossoró. Tem tudo para ser um sucesso, maior ainda do que foi em Caicó. Vamos mostrar o que o RN está produzindo, aproximar o empresário que compra do que vende, promover ações de cidadania. Reunir o Governo, as Federações e a academia, e facilitar o acesso ao crédito são alguns dos objetivos da nova Feira”, destacou Jaime Calado, secretário de Desenvolvimento Econômico do RN, durante o lançamento da FENECITI na CDL Mossoró.

A segunda FENECITI acontecerá nos dias 30 e 31 de agosto, na Estação das Artes Elizeu Ventania, localizado no chamado Corredor Cultural de Mossoró, com apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas de Mossoró (CDL), Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RN (FCDL-RN), Prefeitura de Mossoró entre outros apoiadores.

“Uma feira que trará inovação agregando importantes atores do comércio, indústria e principalmente das universidades e participação acessível para o empresariado de Mossoró e região”, destaca o presidente da CDL Mossoró, Wellington Fernandes.

O secretário Jaime Calado detalhou a programação e enfatizou que a FENECITI será um espaço para integralizar e potencializar os negócios regionais, gerar redes de contatos e impulsionar o desenvolvimento econômico da região Oeste do RN. Durante os dois dias, acontecerá o Sebrae Network Day, uma oportunidade para aproximação de empresas para geração de futuros negócios e troca de experiências. O Sistema FIERN participará com o Ambiente de Inovação e unidades móveis do SESI e SENAI.

A programação contará ainda com o “Desafio Empreendedor” para Startups, uma parceria da UERN com outras instituições de ensino superior. Além da demonstração de produtos e soluções tecnológicas desenvolvidas pelo IFRN, o Instituto promoverá uma caravana levando alunos de todo o Seridó para visitar a Feira.

A FENECITI reunirá expositores em mais de cem stands. Sua estrutura também incluirá palco cultural, auditório e palco de shows. O Município de Mossoró será apoiador com a estrutura externa da feira, palco, som e seguranças. Tod

FENECITI tem apoio da Fiern, Fecomércio-RN, Banco do Nordeste, Sebrae, AGN, Jucern, Caern, Potigás, IFRN, Ufersa, Uern, UnP, Cimento Mizu, Coca-Cola, Santa Clara e Ster Bom.

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Comentário do dia

Estudo mostra RN na “zona de rebaixamento” da eficiência administrativa

No final de semana a Folha de S. Paulo divulgou o Ranking da Eficiência administrativa dos governos estaduais. Dos 26 Estados avaliados (o Distrito Federal ficou de fora), o Rio Grande do Norte foi 23º lugar, o que lhe coloca entre os quatro piores do país, espécie de zona de rebaixamento da gestão.

Além de ser o pior colocado do Nordeste, os potiguares ainda assistem a vizinha Paraíba ficar em sexto lugar, que hoje renderiam uma vaga na fase preliminar da Libertadores da América numa analogia com o Campeonato Brasileiro de Futebol.

O ranking da eficiência mede o que os Estados fazem com o que arrecada.

Esse foi o tema do nosso comentário de hoje no Bom Dia Mossoró da TCM.

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Agenda Potiguar 2019-2022

Por Amaro Sales de Araújo*

Em 2005, o Rio Grande do Norte era o estado melhor posicionado, em condições gerais de vida, entre todos os estados do Norte e Nordeste do país, ocupando o 12º lugar entre os estados brasileiros. Era também o 3º mais seguro. Hoje, tornou-se o campeão nacional na violência e apresenta um dos menores índices de dinamismo econômico do Brasil (www.desafiosdosestados.com.br).

Esta perda de dinamismo foi diagnosticada desde 2014 pelo Plano “Mais RN”, que propôs um pacto político e social de todos para melhorar o estado. Infelizmente este Pacto não aconteceu e a trajetória de declínio se acentuou. E o pior ainda pode acontecer: se nada de novo for feito, até 2022 corremos o risco de cair para a 23ª posição entre os estados brasileiros, sendo ultrapassados por Rondônia, Paraíba, Roraima, Bahia, Tocantins, Piauí, Amazonas, Alagoas e Sergipe. À frente apenas do Acre, Amapá, Pará e Maranhão.

Essa trajetória preocupante não se deve à falta de potencialidades: além de ter um povo trabalhador e hospitaleiro, o Rio Grande do Norte tem potenciais muito valiosos, como energia, turismo, fruticultura, pesca/camarões, mineração, confecções, comércio, construção civil e serviços avançados. Além do bioma caatinga que as novas tecnologias produtivas estão viabilizando. Mas, essas potencialidades só serão plenamente aproveitadas, se superarmos a profunda crise fiscal e financeira do Governo do Estado e melhorarmos os serviços públicos e o ambiente para os negócios do setor privado.

É neste cenário que lideranças empresariais e especialistas, mobilizados pela FIERN, atualizaram o Mais RN e, com o apoio da Macroplan, montaram a Agenda Potiguar 2019-2022, uma proposta concreta, objetiva e realista para resgatar o Rio Grande do Norte nos próximos quatro anos, mantida a original visão de futuro do Projeto para 2035.

É uma agenda que vê os problemas e soluções de frente, mas com os pés no chão e para os próximos quatro anos, tem foco em quatro grandes desafios.

Primeiro, melhorar os serviços públicos e a infraestrutura com ênfase na continuidade e melhoria da segurança, saúde, educação, assistência e inclusão social, transportes e conectividade e recursos hídricos e saneamento.

Em paralelo, melhorar o ambiente de negócios e atrair mais investimentos. Sem isso, não teremos investimentos privados nem tampouco crescimento econômico que é quem gera empregos.

Para realizar os dois primeiros desafios, o terceiro que se impõe é fazer um forte ajuste fiscal e melhorar a qualidade do gasto público. Por último, mas não menos importante, será preciso por em prática uma governança cooperativa e solidária, sob a condução comprometida e exemplar do Governador eleito em 2018.

O Rio Grande do Norte tem jeito. A Agenda Potiguar mostra o caminho, com 44 metas ousadas e 180 ações prioritárias. Mas não há mais tempo a perder. É hora de união, coragem para tomar as medidas duras que são inadiáveis e assim fazer o Rio Grande do Norte voltar a ser um lugar seguro para crescer, dinâmico para prosperar e bom para viver.

* É industrial, Presidente da FIERN e do COMPEM/CNI