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Governadora encerra agenda na Espanha com apresentação do projeto do porto-indústria

O projeto de construção de um porto-indústria no litoral do Rio Grande do Norte para dar suporte à geração de energia eólica onshore e offshore, mineração, petróleo e gás, fruticultura, sal, pesca e viabilizar a produção de hidrogênio verde e seus derivados, foi apresentado na manhã desta sexta-feira (06) para empresários e investidores europeus na Casa da América, em Madri, pela missão potiguar chefiada pela governadora Fátima Bezerra.

A construção do porto-indústria terá impactos positivos no crescimento das atividades econômicas industriais, na cadeia produtiva e de serviços do Rio Grande do Norte. O interesse do Governo do RN é, através de PPP – Parceria Público Privada – atrair investimentos para construção, operação e manutenção do equipamento, desenvolvimento da planta de hidrogênio verde, além de parcerias com outros portos da Europa.

Na abertura da exposição, a governadora Fátima Bezerra defendeu a transição energética como um caminho sem volta, essencial para o combate ao aquecimento global, e fez um relato das iniciativas que consolidaram o Rio Grande do Norte como líder nacional na geração de energias renováveis.

“Ao longo do nosso governo superamos os 95% de potência instalada na matriz elétrica proveniente de fontes renováveis. Temos as cinco principais fontes de geração de energia em atividade no BRASIL, com destaque para eólica, solar, biomassa, hídrica e gás natural, este último considerado como combustível de transição. Ao final de 2021, atingimos a marca impressionante de 97% de geração de energia no RN proveniente de fontes renováveis, superando vários países europeus e asiáticos.”

Fátima lembrou que, até agora, o Governo do RN firmou 10 acordos de cooperação e memorandos de entendimento com as principais empresas do setor energético do mundo com objetivo de desenvolver novas fontes de energias renováveis, entre elas a energia eólica offshore, o hidrogênio verde, e-metanol e power to X.

“Mas nossos esforços não ficam apenas no campo da geração de energia. Sabendo da deficiência que o Brasil tem em portos com infraestrutura adequada para suporte à cadeia industrial eólica offshore, nosso estado desenvolveu os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental visando a implantação de um Porto-indústria Verde que atenderá toda a cadeia de valor para a indústria eólica onshore e offshore e demais setores estratégicos para o estado, como mineração, petróleo e gás, fruticultura, pesca e sal.

A apresentação do projeto do porto foi feita pelo coordenador de Desenvolvimento Energético da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Hugo Fonseca. “Foi um momento muito importante porque empresas do continente europeu que investem no setor de infraestrutura portuária tiveram a oportunidade de conhecer o projeto para se aprofundar nas análises e participarem da parceria na fase de construção e operação”, explicou.

Na plateia estavam representantes de empresas e entidades como a Iberdrola, Ocean Winds, Voltalia, EDP Portugal, Porto de Valencia, Casa do Brasil, universidades e também a Acciona, empresa de engenharia que trabalha na construção de grandes portos e hoje é responsável pela ampliação do metrô de São Paulo.

Sobre os compromissos na Espanha, a governadora considerou os resultados “extremamente positivos”, a começar pelo interesse de novas empresas de colocar o Rio Grande do Norte no radar de seus investimentos, assim como a ampliação dos negócios por parte daquelas que já operam na área das energias renováveis e fruticultura. “Missão cumprida”, comemorou.

Também participaram da sessão, o diretor geral da Casa da América, Enrique Ojeda; vice-presidente da Fundación Consejo España-Brasil, Santiago Iñiguez; diretor da Casa do Brasil e vice-presidente da Câmara de Comércio Brasil/Espanha, Cássio Romano; diretor geral para Iberoamérica e Caribe, Enrique Yturriaga e embaixador do Brasil na Espanha, Orlando Leite Ribeiro.

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Reportagem especial

Bordadeiras que fizeram traje de Janja na posse se preparam para entrar no mercado internacional

O sonho das bordadeiras que fazem parte da Cooperativa das Mãos Artesanais de Timbaúba dos Batistas (Comart), localizada na região do Seridó, no município Timbaúba dos Batistas (RN), é levar o seu bordado para o mundo.

Uma importante oportunidade para ganhar visibilidade global foi bordar as roupas que a primeira-dama Janja usou na posse do presidente Lula, e também em seu casamento. O trabalho foi fruto da parceria que a Comart tem com a estilista gaúcha Helô Rocha, que assinou os trajes de Janja.

O bordado das mulheres do Seridó levou beleza ao conjunto de blazer, colete e calça na cor champanhe usado pela primeira-dama Janja no dia da posse do presidente Lula. Os bordados eram de plantas e flores douradas. Além da palha de junco, foram usadas peças em capim dourado, feitas pela Associação de Artesãos de Dianópolis, do Tocantins, e em capim colonião confeccionadas por artesãos de Novo Gama, em Goiás. Segundo a análise de especialistas da moda, a escolha demonstrou preocupação em valorizar a moda nacional, a brasilidade e a sustentabilidade.

No PEIEX

Em 2021, as mulheres da Comart já tinham dado um passo fundamental em direção ao mercado externo ao participar do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), com o qual começaram a se preparar para internacionalizar seus produtos.

O PEIEX é o principal programa brasileiro gratuito voltado para a capacitação e qualificação de empresas brasileiras, de todos os portes e setores, para exportação. É realizado pela ApexBrasil em parceria com entidades executoras de todas as regiões do país. No Rio Grande do Norte, de 2020 a 2022, o programa foi executado pela Universidade Potiguar (UnP), que atendeu 191 empresas de 48 municípios, entre eles Timbaúba dos Batistas. Das empresas participantes, 15 já começaram a exportar. As demais, como o caso da Comart, participaram de rodadas de negócio com possíveis compradores e seguem em negociação.

Para a presidente da cooperativa, Valdineide Dantas, o PEIEX trouxe muito conhecimento, organização e a tranquilidade de estar pronta quando a oportunidade de vender para fora do país chegar. “Foi muito enriquecedor e estimulante participar do PEIEX. Nosso bordado no traje da primeira-dama foi como uma vitrine para nós, pois o mundo todo viu. Ficamos emocionadas, orgulhosas e ainda mais animadas de buscar outros mercados”, afirma.

Além da parceria com a estilista Helô Rocha, a Cooperativa também trabalha com outros estilistas de São Paulo e Brasília. Além disso, vendem pela internet os produtos de cama, mesa e banho, que são o carro-chefe da Comart. Segundo ela, bordar roupas foi uma inovação. Ela conta que aprendeu no PEIEX que inovar gera competitividade e que isso faz a diferença no mercado internacional.

A Cooperativa hoje é responsável pelas criações de muitas peças encomendas pela Janja e outras personalidades brasileiras. Segundo Valdineide, os pedidos internacionais também são cada vez mais frequentes. No plano de exportação desenvolvido durante o processo de qualificação para exportação, o mercado-alvo selecionado pela empresa foi a Espanha.

“Este caso é um exemplo do trabalho da ApexBrasil de ampliação da cultura exportadora no país e de capacitação de empresas de todos os portes para que elas ganhem competitividade e exportem de forma segura e planejada e, como consequência, alavanquem seus negócios e contribuam com o desenvolvimento das suas regiões”, afirma a gerente de competitividade da ApexBrasil, Clarissa Furtado.

Ela explica que a Agência apoia empresas e cooperativas de vários setores e um dos que se destaca é exatamente o da moda. Segundo ela, o segmento conta com uma enorme quantidade de produtores de pequeno porte que trazem o design, o artesanato, as culturas e a história do país para dar vida às suas criações e, com isso, se diferenciam e podem conquistar cada vez mais novos espaços no comércio internacional.

O bordado é tradição na região do Seridó. Valdineide Dantas borda desde os 11 anos e conta que aprendeu o ofício com a mãe, também bordadeira. Um terço do sustento da população de Timbaúba dos Batistas vem do bordado. O pequeno município tem 2,4 mil habitantes, segundo o IBGE, e 800 bordadeiras, segundo a Comart. A cooperativa existe desde 2003 e tem 23 mulheres associadas, com idades que variam entre 30 e 70 anos. Com a oportunidade de conquistar o mercado internacional, elas querem ser exemplo para as demais bordadeiras da região, valorizando e estimulando ainda mais a tradição local.

Sobre o Peiex

O PEIEX é oferecido pela ApexBrasil com o intuito de preparar as empresas brasileiras para iniciar o processo de exportação de forma planejada e segura. Ao longo do primeiro semestre de 2022, o Programa atendeu e qualificou 2.417 empresas, por meio da execução de 24 convênios, nas 5 regiões do país.

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RN tem o maior crescimento do custo da construção civil desde 2014

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) para o Rio Grande do Norte, divulgado pelo IBGE, fechou 2022 com alta de 16,42%, maior taxa desde 2014 na série com desoneração, com elevação de 0,15 ponto percentual em relação a 2021 (16,78%). Em dezembro, a taxa apresentou variação de 0,60%, ficando 0,66 ponto percentual acima do mês anterior (–0,06%), mas acompanhando a tendência nacional de desaceleração no ano e registrando o terceiro menor índice de 2022.

O Sinapi mede o custo nacional para o setor habitacional por metro quadrado, que passou para R$ 1.542,57 em dezembro no RN, sendo R$ 963,62 relativos aos materiais e R$ 578,95 à mão de obra. Em novembro, o custo havia sido de R$ 1.533,35. Nacionalmente, para o mês de dezembro, esse valor ficou em R$ 1.679,25. No Nordeste, a Paraíba foi o estado com maior custo da construção civil por metro quadrado, com R$ 1.591,40.

A parcela dos materiais apresentou variação de 0,77%, sendo –0,10% e 0,26% as variações de novembro e outubro respectivamente. Ante o índice de dezembro de 2021, (0,60%), houve aumento de 0,17 ponto percentual.

Já a parcela de mão de obra variou em 0,33% na comparação com novembro (0%), subindo 0,33 ponto percentual. Em relação a dezembro de 2021, houve aumento de 0,33 ponto percentual, quando a variação observada também foi de 0%.

O resultado acumulado no ano de 2022 registrou variação de 16,42% nos materiais, enquanto a parcela do custo referente aos gastos com mão de obra atingiu 17,82%. Em 2021, a parcela de materiais fechou com variação no ano de 24,74%, e a mão de obra, em 5,41%.

Custos da construção civil no Rio Grande do Norte têm o maior aumento do Nordeste em 2022

O estado potiguar teve, em números absolutos, um dos menores custos no setor de construção civil dentre todas as unidades da federação, com apenas Alagoas (R$ 1.505,81) e Sergipe (R$ 1.475,66) apresentando custos mais baratos. No entanto, em termos percentuais, o estado teve a maior elevação de custos do Nordeste e uma das maiores do país, ficando apenas atrás de Mato Grosso (20,52%) e Rondônia (16,96%).

A pesquisa

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e índices para o setor habitacional, e a produção de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação. O Sistema é uma produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal. As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos.

As principais variáveis pesquisadas pelo Sinapi são os preços dos insumos e os salários da mão de obra utilizados na construção civil. O preço adotado no Sinapi corresponde ao valor cobrado à vista para um insumo pesquisado, considerando-se os impostos IPI e ICMS, deduzidos os eventuais descontos por oferta ou promoção e sem incorporação de frete. O salário corresponde ao salário-hora bruto da categoria profissional, calculado com base no piso da empresa pesquisada, referente à jornada normal de trabalho de 44 horas semanais, totalizando 220 horas num mês. Salários contratados para execução de “serviços por empreitada” não são considerados.

Sinapi: quadro resumo – Com desoneração da folha de pagamento de empresas do setor

Custo médio total do m² (reais) Custo médio do m² – componente material (reais) Custo médio do m² – componente mão de obra (reais) Variação no mês (%) Variação no ano (%) Variação em 12 meses (%)
Brasil 1.679,25 1001,20 678,05 0,08 10,90 10,90
RN 1.542,57 963,62 578,95 0,60 16,93 16,93

Sinapi: quadro resumo – Sem desoneração da folha de pagamento de empresas do setor

Custo médio total do m² (reais) Custo médio do m² – componente material (reais) Custo médio do m² – componente mão de obra (reais)

Variação no mês (%)

Variação no ano (%) Variação em 12 meses (%)
Brasil 1.783,53 1.001,70 781,83 0,08 10,95 12,95
RN 1.631,57 964,27 667,30 0,59 17,00 17,00

Fonte: IBGE

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Municípios do RN podem perder R$ 197 milhões em dois anos se reajuste do ICMS não for aprovado

Agora RN

Municípios do Rio Grande do Norte podem deixar de arrecadar nos próximos dois anos R$ 196,9 milhões, caso não seja aprovado na Assembleia Legislativa o reajuste da alíquota de ICMS proposto pelo Governo do Estado.

Os cálculos, obtidos pelo AGORA RN, são da Secretaria Estadual de Tributação (SET) e consideram que as prefeituras têm direito a 25% de tudo o que o Estado arrecada com o principal imposto estadual. Apesar do prejuízo projetado, a Federação dos Municípios (Femurn) ainda não se pronunciou sobre o projeto.

A maior perda seria da Prefeitura do Natal, que sozinha deixaria de arrecadar R$ 35,5 milhões em receitas de ICMS em 2023 e 2024. Depois, vêm Mossoró, com prejuízo de R$ 17,6 milhões, e Guamaré, com menos R$ 15,2 milhões. Parnamirim deixaria de receber R$ 12,5 milhões.

De acordo com o Governo do Estado, o aumento da alíquota de ICMS é necessário para compensar perdas de arrecadação provocadas pela diminuição do imposto sobre combustíveis, energia e telecomunicações, no meio deste ano. No Rio Grande do Norte, o ICMS sobre combustíveis, por exemplo, teve de cair de 29% para 18%.

A proposta, enviada à Assembleia Legislativa no início da semana, prevê a elevação da chamada alíquota modal dos atuais 18% para 20%, em 2023. Em 2024, a alíquota cairia para 19%. Em 2025, voltaria ao patamar atual, de 18%. O governo espera, nos dois anos, conseguir que o Governo Federal passe a compensar as perdas.

A elevação da alíquota do ICMS foi sugerida aos estados pelo Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz). O órgão divulgou um estado apontando que, para compensar parcialmente as perdas de arrecadação provocadas pela redução do ICMS, os estados teriam de subir o imposto para não ter serviços públicos prejudicados.

Para compensar o aumento do imposto que seria aprovado para combustíveis, energia e comunicações, o projeto que está na Assembleia Legislativa prevê, ainda, uma desoneração de impostos sobre itens da cesta básica, caindo dos atuais 18% para 7%.

Perdas de receitas – Segundo a Secretaria Estadual de Tributação, o Estado perdeu, de agosto a novembro, R$ 266,6 milhões em receitas dos três setores mais atingidos, em relação ao mesmo período do ano passado. Já em valores corrigidos pela inflação, essa perda é de R$ 343,8 milhões.

O recolhimento total do ICMS encerrou outubro com uma marca histórica para o ano: queda nominal de 6%, em relação ao mesmo mês de 2021.

CCJ APROVA – Nesta quarta-feira 15, o projeto passou na Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa (CCJ), por 5 votos a 1. A aprovação ocorreu em sessão extraordinária da comissão, já que os trabalhos do ano já haviam encerrado.

Apenas o deputado estadual de oposição Subtenente Eliabe (Solidariedade) votou contra o projeto. O presidente da CCJ, deputado George Soares (PV), e os colegas Francisco do PT, Souza Neto (PSB), Vivaldo Costa (PV) e Ubaldo Fernandes (PSDB) votaram favoravelmente.

Antes de ir a plenário, o projeto ainda terá de ser analisado pela Comissão de Finanças, que tem como presidente o deputado de oposição Tomba Farias (PSDB).

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RN tem perda de qualidade de vida superior à média nacional em 2017 e 2018

O Rio Grande do Norte teve desempenho inferior à média nacional no que se refere ao índice de perda de qualidade de vida, IPQV, divulgada pela Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE 2017-2018. Os resultados são representados por um número entre 0 e 1, com números mais próximos de 1 indicando que a pessoa ou a família sofreu maior perda de qualidade de vida.

Enquanto o Brasil registrou o valor de 0,158, o índice potiguar foi de 0,205. Essa diferença em relação a média foi seguida pelos demais estados nordestinos, com o melhor desempenho em Sergipe (0,187) e o pior no Maranhão (0,260). Este último teve o pior índice geral entre as unidades da federação, enquanto a menor perda de qualidade de vida foi observada em Santa Catarina (0,100).

Essas perdas ocorrem porque as famílias têm dificuldades em transformar integralmente todos os seus recursos em qualidade de vida, gerando privações para acessar condições mais confortáveis e dignas no que diz respeito à moradia, serviços públicos, alimentação e saúde, posse de bens duráveis e acesso a serviços financeiros, lazer e transporte.

RN teve 3º melhor desempenho socioeconômico no Nordeste

A pesquisa também traz os resultados do Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS), que foi baseado na renda familiar per capta descontada do Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV). O progresso econômico está associado à renda disponível, que representa os valores com os quais as famílias contam no dia a dia. De forma que o desempenho econômico de um estado será superior quanto maior for a renda das famílias e menor for a perda de qualidade de vida delas.

As famílias no Rio Grande do Norte apresentaram, no período de 2017 a 2018, 964 reais no IDS, o que resultou numa diminuição de 20% da renda disponível dos potiguares e provocou perda na qualidade de vida medida. Ou seja, é como se os fatores de perda de qualidade refletissem na renda, evidenciando a força das carências observadas.

Na região Nordeste, o RN ficou atrás apenas de Sergipe e Bahia que contaram respectivamente com 1.118 e 976 reais. Apesar disso, todos os estados nordestinos ficaram abaixo da média nacional (1.410 reais). O Maranhão teve o maior comprometimento familiar per capta do país, deixando o valor de 555 reais após as perdas de qualidade de vida.

Educação e acesso a serviços financeiros e padrão de vida são os aspectos que mais afetam as famílias no RN

Os fatores que mais influenciam o desenvolvimento socioeconômico das pessoas no Rio Grande do Norte são educação e acesso a serviços financeiros e padrão de vida, com uma parcela de 19% cada. O aspecto de menor influência ficou por conta de transporte e lazer, 13,6%. Neste último quesito, o RN registrou o terceiro maior percentual entre todos os estados, atrás de Alagoas (11,8%) e Ceará (13,4%).

Moradia, acesso a serviços públicos, saúde e alimentação registraram, cada um, valores próximos de 16%, evidenciando que pesam de maneira intermediária e similar no desenvolvimento das famílias potiguares. No entanto, na dimensão saúde o RN atinge a terceira menor importância em comparação aos entes federativos, atrás apenas do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul.

Nesta pesquisa, moradia abrange indicadores sobre a estrutura do domicílio, vizinhança e condições ambientais. Os serviços de utilidade pública abrangem eletricidade, esgotamento sanitário, água e coleta de lixo. A saúde e alimentação abrangem insegurança alimentar, acesso aos serviços de saúde e medicamentos assim como a avaliação da saúde e alimentação. A educação abrange a frequência e o atraso escolar assim como a avaliação da educação. O acesso aos serviços financeiros e padrão de vida abrangem a posse de bens duráveis, conta em banco, assim como a dificuldade de pagar as contas. O lazer e transporte abrangem o equilíbrio no uso do tempo em atividades do dia a dia como o transporte para o trabalho, as jornadas de trabalho assim como a avaliação do transporte e do lazer

Fonte: IBGE

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Foro de Moscow 182 │ POR QUE CHEGAMOS NÍVEIS ALTOS DE FOME NO RN?

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Índice de isolamento no RN chegou a 55% no primeiro domingo do mês

Após queda no isolamento na vésper do feriado, índice apresentou melhora (Imagem: Reprodução)

O Rio Grande do Norte voltou a apresentar aumento no índice de isolamento social e alcançou 55,8% no domingo passado, 3. Pelo menos, é o que apontam os dados fornecidos pelo Inloco. De acordo com os números, a média dos estados brasileiros na mesma data foi de 56,8%.

O RN ocupa a 14ª posição no ranking se isolamento social por estado.

Com 61,18% ´o Rio de Janeiro quem apresenta o melhor índice. Em seguida aparecem Amapá (60,65%), Pará (60,46%), Pernambuco (59,86%), Ceará (59,36%), Maranhão (58,64%), Goiás (58,33%), Rio Grande do Sul (58,29%), Espírito Santo (58,03%) e Distrito Federal (57,26%).

Com 47,49%, o Mato Grosso do Sul é o que tinha o índice mais baixo de isolamento social.

Os dados referentes ao domingo, 3, mostram uma mudança em relação aos números informados na segunda-feira, 27 de abril, quando os números eram menores. Mesmo assim, apenas três estados alcançaram a casa dos 60%.

A maior média alcançada pelos estados brasileiros continua sendo a de 22 de março, um domingo, quando o índice foi de 69,6%. Já no dia 30 de abril, véspera de feriado, a média dos estados brasileiros caiu para 39,6%, o menor índice desde que o isolamento alcançou a máxima.

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Emparn indica previsão de chuvas acima da média histórica no RN para os próximos três meses

Chuvas devem superar 500 milímetros entre março e maio (Foto: Sandro Menezes)

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN – Emparn confirmou na manhã desta quarta-feira, 19, a previsão de chuvas acima da média histórica para o trimestre de março, abril e maio próximos. De acordo com o meteorologista Gilmar Bistrot, os padrões climáticos indicam a ocorrência de chuvas distribuídas em todas as regiões do Estado, sendo 479 milímetros na região Oeste, 376 na região Central, 342 na região Agreste e 533 milímetros na região Leste. Em todo o ano de 2019 a média de chuvas foi de 840 milímetros.

“A previsão climática, a partir das condições observadas desde janeiro deste ano indicam chuvas normais ou acima da média histórica para o Rio Grande do Norte”, afirma o meteorologista. Ele explica que explica que “as análises consideram parâmetros de temperatura na superfície dos oceanos, ventos e pressão atmosférica”. Segundo Bistrot há aquecimento no Atlântico Sul e temperatura baixa no Pacífico e isto favorece ocorrências de chuvas no Nordeste brasileiro nos próximos três meses. “Hoje há essa tendência”, reforçou.

A conclusão apresentada pela Emparn resulta das análises também de meteorologistas dos principais centros de previsão climática da região Nordeste que promoveram em Parnamirim, nesta terça-feira, 18, a III Reunião de Análise Climática para o Semiárido Nordestino – Etapa Rio Grande do Norte.

Os especialistas fizeram o balanço dos primeiros meses do ano, análises de modelos meteorológicos, condições atuais dos oceanos e elaboração de boletins para o período.

A governadora Fátima Bezerra participou da apresentação do boletim de análise e previsão climática, ocorrido no auditório da Governadoria, e avaliou o quadro como animador. Ela registrou que o Governo do RN tomou providências em apoio ao homem do campo como a distribuição de sementes no período certo para aproveitar o período das chuvas. “Inclusive”, destacou Fátima Bezerra, “este ano entregamos também sementes crioulas, que são adaptadas às condições de clima e solo de cada região do Estado, oferecendo assistência técnica pela Emater e apoio à agricultura familiar”.

O RN é o primeiro Estado no Brasil a implantar o sistema de aquisição e distribuição de sementes crioulas. Este ano foram investidos R$ 600 mil na compra de grãos produzidos pela agricultura familiar. “São produtos certificados pelo Mapa, de qualidade e com germinação garantida. E já estamos trabalhando para ampliar as compras para R$ 2 milhões em 2021, mais do que triplicando o investimento deste ano”, informou a Governadora.

A presença de técnicos da Paraíba, Bahia, Alagoas, Pernambuco e do Distrito Federal no RN para tratar do clima mostra que temos uma “integração regional dos estados que enfrentam as intempéries da seca e do semiárido. Isto é muito bom e produtivo por que estamos somando conhecimento e buscando soluções efetivas”.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar – SEDRAF, Alexandre Oliveira, disse que a ocorrência de chuvas regulares “beneficia o agricultor e a produção com garantia de colheita do milho e feijão principalmente, por que assegura a alimentação animal e humana, o que tem forte impacto econômico e social, mantendo as famílias produtivas. Temos no Rio Grande do Norte 60 mil cisternas e, com as chuvas, elas serão abastecidas, irão garantir o consumo humano, a segurança alimentar e a produção de forragem para as criações”.

César Oliveira, diretor geral da Emater, afirma que a chuva é insumo indispensável para as ações no campo. A ocorrência de precipitações regulares anima os agricultores e movimenta a economia principalmente para os pequenos e médios produtores”.

Também participaram da apresentação do relatório o coordenador da Defesa Civil estadual, tenente-coronel Marcos Carvalho, diretor do Instituto de Gestão das Águas do Estado do RN  – Igarn, Mário Manso, e meteorologistas dos estados que participaram da III Reunião de Análise Climática para o Semiárido Nordestino.

 

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O PACTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

Por Pedro Lúcio Góis*

Faz-se urgente, na construção da trilha para o caminho de desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Norte, um grande pacto social semelhante ao pacto entre os poderes que Fátima Bezerra vem construindo com maestria.

Os três eixos centrais desse pacto parecem claros: o incremento dos investimentos públicos e privados, o combate à evasão de divisas e à sonegação fiscal e, especialmente, a redução das desigualdades.

É preciso que o Estado recupere sua capacidade de investimento, ao mesmo tempo em que crie um ambiente de negócios propício, garantindo segurança jurídica e previsibilidade tanto para grandes, médias e pequenas indústrias como para microempreendedores, a agricultura familiar e outras formas populares de produtividade, combatendo privilégios que certos setores e empresas gozam sobre outros. Nada disso é possível sem a geração de oportunidades e valorização do trabalho em busca da redução das desigualdades. Não há desenvolvimento com precarização do trabalho.

Nesse momento, as correntes neoliberais tomam a ofensiva ideológica e querem fazer o povo e o governo acharem que os empresários são os grandes necessitados e perseguidos da nação e que sua atividade é dificultada por tanta burocracia estatal e direitos trabalhistas. Se é verdade que o Estado precisa dar mais segurança jurídica e previsibilidade aos empreendedores, também é verdade que o Estado precisa combater privilégios e a precarização do trabalho. Sem “coitadismo”.

*É diretor de secretaria-geral do Sindpetro e presidente do PC do B/Mossoró

 

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Embate PSL do RN x Governo Fátima é mau negócio para o Estado