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Assembleia amplia discussão sobre lei geral da micro e pequena empresa

Deputados realizam sessão conjunta das comissões com a Frente Parlamentar de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Foto: João Gilberto)

Na reunião conjunta das Comissões com a Frente Parlamentar de Apoio à Micro e Pequena Empresa, todos os convidados do setor produtivo foram unânimes em defender uma legislação específica para um dos segmentos mais importantes na economia potiguar. A reunião aconteceu na manhã desta terça-feira (8), no auditório Cortez Pereira e contou com a participação dos deputados que integram, além da Frente Parlamentar, as Comissões de Finanças e Fiscalização (CFF) e de Constituição Justiça e Redação da Casa (CCJ), por onde o projeto tramitará.

Presidente da Frente Parlamentar, o deputado Kleber Rodrigues (PL) afirmou que o momento é de muita importância e convocou uma nova reunião dentro de duas semanas, para que sejam acolhidas as sugestões dos membros das comissões e também das demais entidades. “Mais de 90% das empresas são micro ou pequenas, sendo as maiores geradoras de emprego e renda e esse é um projeto robusto que precisa da análise da Casa e das entidades para que traga inúmeros benefícios aos segmentos envolvidos”, afirmou o parlamentar.

Primeiro convidado a falar, o superintendente do Sebrae RN, Zeca Melo, traçou uma linha do tempo sobre as diversas legislações aprovadas pela Casa ao longo dos últimos anos. Citou as leis referentes à produção de queijo, da carcinicultura, do mel e agradeceu o apoio dos parlamentares, afirmando que todos esses projetos agora irão se juntar, beneficiando a economia como um todo. O superintendente também destacou os eixos temáticos presentes na nova lei, como a desburocratização, o estímulo à inovação, as compras governamentais, o estímulo e incentivo ao crédito, economia solidária e educação empreendedora.

“Temos que criar um programa de compras que beneficie as pequenas empresas e que crie um circulo virtuoso positivo. Se existe uma coisa que hoje está assumida como importante por toda a classe política e população é que é importante a gente prestigiar o pequeno. Precisamos traduzir de forma efetiva, para que a pequena empresa possa vender para o Estado e as prefeituras”, defendeu o gestor. Representando o Senac, Eider de Almeida Dantas disse que as micro e pequenas empresas do RN cumprem uma “verdadeira saga” para se manterem em suas atividades.

A lei que está tramitando na Assembleia Legislativa regulamenta, em âmbito estadual, o tratamento diferenciado, favorecido e simplificado a ser dispensado às microempresas (ME), às empresas de pequeno porte (EPP), aos microempreendedores individuais (MEI) e a outras modalidades de empresas a elas equiparadas.

De acordo com o secretário de Tributação do RN, Carlos Eduardo Xavier, a proposta foi amplamente discutida. “Esse projeto tem a marca de outros na gestão da governadora Fátima Bezerra, foi construído com muito diálogo e agora está nas mãos dos deputados para torná-lo ainda melhor”, afirmou.

A elaboração do projeto passou por diversos órgãos do Governo do RN como as Secretarias de Tributação, Administração e Desenvolvimento, Idema, Procuradoria Geral do Estado – PGE, Jucern e Casa Civil para que fosse compatível com todos os decretos e dispositivos legais estaduais e federais. O documento também foi amplamente debatido com o Sebrae, entidade que promove a competitividade e o desenvolvimento dos pequenos negócios e estimula o empreendedorismo.

O presidente da Federação das Associações Comercias do RN, Itamar Maciel, disse que esse debate em defesa da geração de mais emprego e renda não é recente. “Esse setor é quem efetivamente fomenta a economia e esse momento é histórico, mas precisamos que a Frente saia da condição de se instalar, para atuar”, afirmou.

Representando a Câmara de Turismo da Fecomércio, George Costa disse que as atividades hoje estão sufocadas. “Essa atividade praticamente cresceu com aqueles da ponta, ou seja, o guia, o bugueiro, o vendedor ambulante. São essas pessoas que precisam efetivamente do apoio maior do poder. Precisamos de licenciamento ambiental ágil, correto, para que se construa uma proposta que atenda esse anseio do setor de turismo a fim de uma rápida organizada”, defendeu.

A presidente da Agência de Fomento do RN (AGN), a ex-deputada Márcia Maia destacou a necessidade de se democratizar o crédito e da criação de um fundo garantidor. “Queremos ajudar a pequena empresa do RN e a Agência está de prontidão desde que criado esse fundo garantidor, quero aproveitar para dizer que temos tanto recursos próprios, como recursos do Ministério do Turismo para ajudar o empresário desse setor”, anunciou.

Vice-presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, o deputado Hermano Morais (PSB) afirmou que o projeto chega à Casa numa hora muito oportuna para que se possa revitalizar a economia num setor de grande importância. Também integrantes da Frente, os deputados Galeno Torquato (PSD) e Francisco do PT apoiaram o projeto direcionado ao segmento. “Esse é um tema recorrente e nada é mais importante do que gerar emprego e renda para nosso RN já tão sofrido na sua cadeia produtiva”, afirmou Galeno, que defendeu iniciativas para a retomada do turismo.

A deputada Cristiane Dantas (SDD) afirmou que a Comissão de Constituição e Justiça está recebendo o projeto e todas as emendas que serão discutidas e ajustadas: “Para fazer jus ao apoio desta Casa aos pequenos empreendedores, pois precisamos que a economia volte a crescer, e que eixos do projeto aconteçam, no sentido de gerar emprego e renda, apoiar as compras governamentais, destravar o Idema, oferecer educação empreendedora e esta é realmente uma pauta muito importante”, afirmou. O Coronel Azevedo (PSC) afirmou que tem total interesse em contribuir com os debates pra aprimorar o projeto.

Líder governista, o deputado George Soares (PL) finalizou parabenizando o Executivo pela iniciativa: “Cumpre o seu compromisso junto ao tema desenvolvimento e empregabilidade, dando o apoio do governo a esse setor que é o mais produtivo, quem carrega o emprego, a geração de renda e até mesmo os impostos e contribuições”, disse.

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Alta de preços de materiais preocupa setor da construção civil em Mossoró

Construção Civil mossoroense tem preocupação com alta dos preços (Foto: reprodução)

O setor da Construção Civil foi um dos únicos que não parou durante a Pandemia do Novo Coronavírus. Esse indicativo positivo acabou gerando um efeito preocupante agora que as atividades começam a voltar ao normal.

Com as empresas fornecedoras de insumos antes trabalhando de forma retraída e a expansão repentina da demanda provocada pela retomada das atividades, resultou em um forte aumento de preços dos materiais de construção.

Em Mossoró a situação não é diferente. Para se ter uma ideia, o cimento, considerado o termômetro da construção civil, podia ser encontrado antes da pandemia por um valor entre R$ 16 e R$ 18 o saco, hoje, é preciso desembolsar até R$ 28 para levar o produto para a obra.

O aumento pode ser sentido também no tijolo, ferragens, parte elétrica, entre outros.

O preço nas alturas preocupa as construtoras e empresários do setor em Mossoró. O receio é que a alta dos insumos inviabilize a atividade e que algumas obras sejam paralisadas. Se isso acontecer, o mercado de trabalho também será afetado.

Para Sérgio só a demanda não explica alta de preços (Foto: cedida)

O Presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon Mossoró), Engenheiro Sérgio Freire, explica que o isolamento social despertou nas pessoas a necessidade de melhoria dos imóveis através de reparos e reformas, e até mesmo de mudança para imóveis melhores. Aliado a isso, a retomada das atividades fez com que elas antecipassem seus projetos em relação a compra de imóveis. Essa combinação provocou uma demanda exponencial.

Ainda segundo Sérgio Freire, a relação oferta e demanda sozinha não explica o aumento exorbitante dos preços dos materiais de construção. Em um ambiente de incertezas diante da pandemia, há oportunismo na precificação dos insumos. “Há situações em que observamos aumentos injustificáveis de mais de 100%, além de falta do produto”, diz.

Sérgio Freire acredita que o equilíbrio dos preços virá com o tempo, mas que algo precisa ser feito em um curto espaço de tempo para que a construção civil não seja paralisada.

Texto: Assessoria de Imprensa do Sinduscom

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É simplesmente falsa a oposição entre rigor fiscal e políticas sociais

Por Fernando Schüler*

Concordo integralmente com os que consideram “absurda” qualquer comparação entre as histórias de vida e visões políticas de Dilma Rousseff e Bolsonaro. Dilma foi torturada no regime militar, Bolsonaro elogiou o torturador. Dilma simpatiza com Maduro, Bolsonaro com Alfredo Stroessner. São coisas muito diferentes.

O debate econômico é de outra natureza e serve como um alerta a Bolsonaro: caso ele ceda à tentação populista do gasto irresponsável e quebra da regra do teto, poderá levar o país a uma crise parecida com a que vivemos no governo Dilma.

O alerta deveria ser levado a sério por quem decide alguma coisa, à direita e à esquerda, em Brasília. À época do desastre, é bom nunca esquecer, a taxa Selic foi a 14,25%, a inflação passou de dois dígitos e o PIB caiu (2015/2016) mais de 7%.

Enquanto boa parte dos “Faria Limers” ganhavam uma grana legal sem quase nenhum risco (já ouviram falar dos “rentistas”?), a taxa de desemprego duplicou e 4,5 milhões de cidadãos “invisíveis” cruzaram para baixo a linha de miséria, segundo o IBGE.

A brigalhada política pode correr solta, mas a verdade é que o alerta serve pra qualquer presidente que vier daqui pra frente. O recado é o seguinte: uma economia estável, juros baixos, inflação sob controle e contas em dia é um tipo de bem público. Preservar essas coisas deveria ser a primeira preocupação do governo e do Congresso.

Uma economia bem arrumada é um bem que interessa especialmente aos mais pobres. Quem vive do trabalho não tem o “mercado” para se proteger e precisa de crédito, no dia a dia, para tocar a vida. E isso só se faz superando o eterno falso dilema brasileiro entre realismo fiscal e políticas sociais.

É este o nosso atual dilema. Qual é a saída fiscal responsável para migrar do auxílio emergencial a um programa sustentável de transferência de renda?

O auxílio emergencial criou uma situação inédita no país. Conseguimos reduzir a pobreza extrema, em meio à pandemia e a uma queda histórica do PIB. Estudo do economista Daniel Duque, da FGV, mostrou que o benefício não só impediu a queda de renda dos 40% mais pobres, mas fez com que ela aumentasse.

Áurea Francisca Nascimento, Vendedora de frutas, em sua banca que está parada por conta da pandemia. A sergipana votou em Bolsonaro na eleição passada Raul Spinassé/Folhapress

A crise explicitou nosso drama social. Em 25 estados, há mais pessoas recebendo o benefício do que trabalhadores formais. No Nordeste, há 21 milhões de beneficiários contra pouco mais de 6 milhões de carteiras assinadas.

O dado que mais me chamou a atenção vem dos economistas Ecio Costa e Marcelo Freire, de Pernambuco. Nas suas projeções, o auxílio terá um impacto de 2,5% no PIB brasileiro. Com um forte efeito distributivo. Enquanto em São Paulo o efeito será de 1,4%, no Maranhão será de 8,5%.

É óbvio que Bolsonaro está com um olho na reeleição. Mas quem defenderia que a decisão correta, para o país, é simplesmente desarmar este programa todo e voltar aos parâmetros tradicionais do Bolsa Família?

O governo fala em R$ 300 para cerca de 20 milhões de beneficiários. Só não diz de onde sairá o recurso. Aumentar impostos ou cortar as deduções da classe média no Imposto de Renda não resolve o problema.

É preciso cortar despesa em caráter permanente de modo a preservar a regra do teto. Isso significa fazer reformas. E não passa de conversa fiada dizer que isso será fruto de “escolhas da sociedade”. Não será. São escolhas duras que devem ser feitas por quem lidera o país.

Pode-se aglutinar programas já existentes, como o abono salarial, aprovar o projeto dizendo que ninguém ganha acima do teto salarial. Pode-se fazer uma reforma administrativa que valha já para os atuais servidores, como fez o governador Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul.

O cardápio é amplo. A confirmação do veto presidencial aos reajustes salariais, decidido pela Câmara, semana passada, serviu como uma luz no fim do túnel. É preciso ir muito mais adiante. Este é o exato momento em que o país precisa produzir um ajuste em seu contrato social. A questão é saber se nossa liderança política estará à altura do desafio.​

*É professor do Insper e curador do projeto Fronteiras do Pensamento. Foi diretor da Fundação Iberê Camargo.

Este artigo não representa a mesma opinião do blog. Se não concordar, faça um rebatendo que publique como uma segunda opinião sobre o tema.

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Construção civil volta a registrar crescimento no RN após sete anos

Construção Civil no RN volta a crescer (Foto: Web/autor não identificado)

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI/CBIC, mostra que a atividade do setor no Rio Grande do Norte voltou a crescer em julho de 2020, após registrar queda por 81 meses seguidos – o último aumento havia sido observado em setembro de 2013. Entretanto, o nível de atividade ainda foi considerado, pela maioria dos empresários, como abaixo do padrão usual para os meses de julho. Acompanhando o desempenho positivo da atividade, o nível médio de utilização da capacidade de operação (UCO), também subiu, atingindo 43%, o nível mais alto para um mês de julho desde 2017, quando o indicador alcançou 44%. O número de empregados, por sua vez, apontou recuo, ainda que menos acentuado do que no levantamento anterior. É importante salientar que a Construção foi um dos setores industriais menos impactados pela pandemia do coronavírus, e tem mostrado uma rápida capacidade de recuperação.

O desempenho dos últimos dois meses sugere, inclusive, uma retomada em relação ao ritmo de atividade verificado nos últimos meses de 2019. Os indicadores de expectativa também sugerem um cenário menos adverso para os próximos meses. Todos apresentaram crescimento na passagem de julho para agosto, o que mostra menor pessimismo dos empresários. De fato, os empresários esperam aumento do nível de atividade do setor, ao mesmo tempo em que manifestam perspectivas de estabilidade nos novos empreendimentos e nas compras de insumos; queda é esperada apenas no número de empregados, ainda que moderada. Já a intenção de investimento voltou a subir – aumento de 7,8 pontos na comparação com julho (25,5 pontos) e de 9,1 pontos em relação a agosto de 2019 (24,2 pontos). Com isso, o índice registrou o valor mais alto para um mês de agosto desde 2014, quando o indicador atingiu 40,9 pontos. Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Indústria da Construção com os resultados de julho de 2020, divulgados em 24/08 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se comportamento diferenciado em alguns aspectos.

O nível de atividade na indústria nacional registrou queda, embora menos acentuada do que em junho. Mesmo assim, os empresários esperam crescimento nos novos empreendimentos, nas compras de matérias-primas e no número de empregados nos próximos seis meses.

Veja no link abaixo os dados completos e a análise da Sondagem Indústria da Construção de julho:

https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2020/08/Sondagem-Industria-da-const_jul2020.pdf

Fonte: FIERN.

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Setor de serviços tem retração de 14% no primeiro semestre

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que no primeiro semestre do ano o setor de serviços do Rio Grande do Norte acumulou perda de 14,9% em comparação ao mesmo período de 2019.

No Brasil, a redução média entre as unidades da federação também foi de 8,3%. O estado potiguar acumula, de janeiro a junho, a quarta maior perda acumulada do setor de serviços, apenas Alagoas (-17,8%), Bahia (-16,5%) e Piauí (-16,4%) tiveram maiores perdas nesse período.

Conforme o gráfico abaixo, verifica-se que a perda acumulada do volume de vendas de serviços, no primeiro semestre de 2020, foi a maior desde de 2012 e acentua a tendência de queda, que acontece desde 2015, apesar de ter encerrado 2019 com variação positiva (0,7%) em relação ao ano anterior, isso não foi o bastante para indicar retomada do crescimento do setor.


Em relação a junho de 2019, verificou-se diminuição do volume de serviços de 25,7%, a segunda maior queda entre as UFs, menor somente que a de Alagoas (-33,1%); a média entre as unidades da federação também foi negativa: -12,1%.

O volume de serviços no Rio Grande do Norte, em junho, foi 2,7% maior que em maio; o Brasil, por sua vez, teve crescimento de 5%, o que evidencia recuperação do setor de serviços potiguar abaixo do nível nacional.

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Com terceiro menor crescimento do país varejo reage no RN, aponta IBGE

volume de vendas do comércio varejista do Rio Grande do Norte cresceu 5,7% em maio na comparação com abril deste ano. Esse foi o terceiro menor crescimento do Brasil no mês, maior apenas que Distrito Federal (3,9%) e Pará (0,9%). Todas as unidades da federação cresceram. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de maio do IBGE.


A reação do comércio potiguar ocorre depois de forte queda em março e abril. Mesmo com o aumento, a recuperação de 5,7% no Rio Grande do Norte ficou muito abaixo da média do Brasil, 13,9%.

A comparação com o volume de vendas de janeiro a maio de 2019 mostra que o crescimento de 5,7% no mês ainda não foi suficiente para reverter as perdas no ano. Nesse período, o volume de vendas teve retração de 8,3% em relação ao mesmo período de 2019.

Comércio varejista ampliado

Entre abril e maio, o volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, cresceu 10,7% no Rio Grande do Norte. No Brasil, o crescimento foi de 19,6%. Mesmo com essa elevação nas vendas em relação ao mês, o índice do estado variou negativamente em 18,2% na comparação a maio de 2019. Verificou-se perda acumulada de 11,4% do volume do comércio varejista ampliado nos cinco primeiros meses de 2020, comparado a igual período do ano passado.

Setor de serviços também acumula perda

Nos primeiros cinco meses do ano, o setor de serviços do RN acumulou perda de 12,8% em comparação com o igual período de 2019. No Brasil, a redução média entre as unidades da federação também foi de 7,6%. O estado potiguar acumula, de janeiro a maio, uma das cinco maiores perdas acumuladas do setor de serviços, apenas Rio Grande do Sul (-13,7%), Alagoas (-15%). Bahia (-15,3%) e Piauí (-15,6%) tiveram maiores perdas nesse período.

 

           A variação mensal do volume de serviços foi 28,9% menor em relação a maio de 2019. A média entre as unidades da federação também foi negativa: 19,5%. A redução do volume de vendas de serviços do Rio Grande do Norte, nessa perspectiva, foi a quarta maior do país, atrás apenas de Pernambuco (-29,3%), Piauí (-29,3%) Ceará (-29,9%) e Alagoas (-34,8%).


   O volume de serviços no Rio Grande do Norte em maio foi 0,5% menor do que em abril; o Brasil, por sua vez, teve uma oscilação negativa de 0,9%. Ambos resultados representam estabilidade.

Com informações da Assessoria do IBGE

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O que Darwinismo, Covid-19 e Inovação têm em comum?

Por André Scher*

No século XIX, o naturalista Charles Darwin depois de uma expedição de mais de 4 anos pelo hemisfério sul desafiou o pensamento corrente com sua teoria da seleção natural. A seleção Natural, segundo a teoria de Darwin, seria a responsável pela capacidade de adaptação dos seres vivos.

No cenário altamente improvável da pandemia atual, podemos observar claramente a seleção natural agindo no mundo corporativo. Nenhuma empresa estava minimamente preparada para o impacto desta crise, e mesmo assim tiveram que mandar a maioria de seus colaboradores trabalharem de casa, começaram a vender por canais digitais e estão lutando pela sobrevivência.

Passado o terror apocalíptico inicial, a transformação digital e políticas de home-office nas empresas serão permanentes, mesmo nas empresas onde tradicionalmente esses elementos não eram bem aceitos. Uma pesquisa da ISE Business School, afirma que 80% dos gestores disseram gostar da nova maneira de trabalhar. O “novo normal” da sociedade e suas mudanças de tendências, padrões de consumo vieram para ficar. Paradoxalmente o uso intenso de compras por canais digitais está acompanhada com a valorização do comércio local, do bairro.

O cenário do “novo normal” deve estar no topo da lista das prioridades estratégicas de todas as empresas e a grande pergunta que tenho me feito diariamente é “Como se preparar para o esse novo normal?”

O primeiro efeito nas empresas foi a redução de recursos sejam estes recursos financeiros, matérias primas e recursos produtivos com funcionários desligados e aderindo aos programas de redução de jornada. Apesar de recursos reduzidos, mas 75% dos CEO’s responderam que vão acelerar a transformação tecnológica em suas empresas de acordo com Fortune 500. O ponto crucial aqui é a precisão de como usá-los. Ser data-driven e analítico é a melhor forma de tomar decisão baseada em fatos e cenários realistas.

Recuperar a eficiência perdida introduzindo uma força de trabalho digital com RPA (robotic process automation) tem se mostrado o melhor caminho para alcançar e superar a produtividade anterior à crise. A implementação de RPA pode começar por processos mais simples e com baixo custo e crescer de forma conforme o retorno de investimento for comprovado.

Para entender onde investir e como controlar o resultado das ações que foram priorizadas é importante definir os indicadores estratégicos (KPI), manter uma única base de dados para toda a empresa e criar um painel de acompanhamento que seja atualizado frequentemente. Um BI (Business Intelligence) bem estruturado é capaz de destacar riscos, tendência de melhora e acompanhar o atingimento das metas estabelecidas.

Para criar novos produtos e serviços para o “novo normal” é importante entender o mercado, competidores e novas tecnologias para criar um caso de negócio com o nível de confiança mais alto. O monitoramento de múltiplas fontes de dados, redes sociais com uma curadoria cuidadosa é que torna a inteligência de mercado tão eficiente.

Não deixe sua empresa ser extinta pelo Darwinismo corporativo.

*É Sócio fundador e CEO da auctus Inteligência Aumentada.

Este artigo não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema.

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TRT fecha mais de R$ 1 milhão em acordos trabalhistas em Mossoró no mês de junho

O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN), da cidade de Mossoró, alcançou uma marca significativa durante o mês de junho: mais de R$ 1 milhão em acordos, em plena pandemia do novo coronavírus.

O Cejusc, em parceria com as quatro Varas do Trabalho de Mossoró, realizou cerca de 70 sessões de conciliação e mediação em junho. Isso em fase processual, pré-processual e homologação de termos extrajudiciais.

De acordo com o coordenador do Cejusc de Mossoró, o juiz Gustavo Muniz Nunes, “o aumento na demanda por audiências de conciliação relacionadas ao encerramento de contratos de trabalho já é um fato em tempos de pandemia da Covid-19”.

Segundo ele, o aumento pela procura do serviço da Justiça do Trabalho do Rio Grande do Norte ocorre desde o final de março, quando começaram a ser sentidos os efeitos da pandemia na economia do país.

O magistrado lembra que as audiências de conciliação no Cejusc de Mossoró estão sendo realizadas, exclusivamente, por meio eletrônico. “A iniciativa é uma forma de manter os atendimentos, ante as medidas restritivas necessárias à proteção dos servidores e da população”, ressalta ele.

O Cejusc de Mossoró pode ser contatado pelo WhatsApp Business 3422-3625 ou pelo e-mail cejusc-mossoro@trt21.jus.br.

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RN lidera ranking de maior capacidade de usinas eólicas em operação no país

RN é um dos campões na energia gerada pelos ventos (Foto: cedida)

O Rio Grande do Norte lidera o ranking dos estados com maior capacidade instalada de usinas eólicas em operação comercial no país, com 4.358,38 MW. Os dados, referentes a abril, são do InfoMercado Dados Gerais,divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

Na lista dos cinco estados que mais concentram capacidade de geração de energia por meio da força dos ventos, estão ainda Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul e Piauí, conforme a tabela abaixo, o que ressalta a predominância do Nordeste e do sul neste tipo de fonte.

Ao todo, as eólicas tiveram uma geração de energia em abril de 4.220 MW médios, o que corresponde a 17% de aumento em relação ao mesmo mês no ano passado. Os números comprovam a tendência de crescimento da fonte, mesmo com a queda de 11,8% no total de energia gerada no Sistema Interligado Nacional – SIN.

Já o consumo de energia naquele mês caiu 11,9% na comparação anual, de 65.186 MW médios para 57.442 MW médios. O mercado regulado apresentou queda de 11,3%, para 40.473 MW médios, enquanto o mercado livre viu a demanda recuar 13,2%, para 16.970 MW médios, comportamento explicado pela migração de consumidores e pelas medidas restritivas para combate à Covid-19.

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Precisamos voltar

Por Amaro Sales de Araújo*

O COVID-19 chegou e alcançou o mundo. No Brasil, desde março, ajudado por alguns fatos gerados pela gestão pública, o coronavírus fez um estrago na economia, tumultuou a política, desmascarou crimes, mudou relações sociais. E o pior: estamos em junho, ele continua presente e permanece desarrumando a vida de muitos.
Apesar de todos os esforços da ciência, a vacina, mesmo para os mais otimistas, não chegará ao mercado até o final de 2020, portanto, a solução definitiva – lamentavelmente – não estará disponível nos próximos meses. Assim, não há outra alternativa senão tentarmos conviver com o vírus até que tenhamos, de fato, a tão esperada vacina.
Para convivermos com a ameaça diária do coronavírus, precisamos nos acostumar a novos hábitos de vida e um novo modelo de produção. E para retomarmos as atividades – dentro do “novo normal” – vamos ser obrigados a observar procedimentos que desestimulem a disseminação da doença e nos ofereça níveis aceitáveis de segurança para trabalhar e viver.
Precisamos nos preparar! São novos e necessários desafios.
Estamos pensando e discutindo muito sobre o assunto. Já foi amplamente noticiado, inclusive, que a FIERN e as demais Federações (FECOMERCIO, FAERN, FETRONOR), SEBRAE, com apoio de outras instituições (FCDL, FACERN, ACERN) construíram uma proposta que foi aprovada pelo Governo do Estado. Esperamos que, brevemente, possamos ter a abertura, aqui no Rio Grande do Norte, de outras atividades econômicas. E, a partir daí, um calendário seja conhecido e que, planejadamente, possamos restabelecer todas as atividades o quanto antes possível.
Com a ajuda de todos, estamos apoiando o grande esforço pelo distanciamento social no nosso Estado. Precisamos baixar a velocidade e o índice de transmissibilidade da Covid-19 e, realmente, o distanciamento social tem sido a maior aposta do Governo do Rio Grande do Norte. Deveríamos investir mais em testagem da população e comunicação. São outros dois eixos relevantes que precisam ser prestigiados, agora e mais adiante.
Evidentemente que as aglomerações, mesmo com a retomada gradual das atividades econômicas, serão evitadas ainda por um bom período. Por outro lado, as lojas, restaurantes, bares, hotéis, indústrias, escritórios estão estudando e já implementando protocolos de prevenção ao coronavírus. Temos plena consciência de que álcool gel, máscaras, água e sabão, distanciamento entre as pessoas, home-office, videoconferências, outros novos métodos de trabalho e outros insumos de higiene e prevenção estão, definitivamente, incorporados ao nosso cotidiano.
Com segurança e esperança, precisamos voltar, uns ajudando aos outros, com a certeza que a nova caminhada exige, pelo menos, planejamento, disciplina e solidariedade.

*É industrial, Presidente do Sistema FIERN e Secretário-Geral da CNI.

Este artigo não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema.