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Banco projeta crescimento de 2,9% do PIB do RN em 2022

A economia do Rio Grande do Norte deve crescer 2,9% em 2022, acima da previsão para o desempenho da região Nordeste, de alta de 1,7%, e pouco acima do PIB nacional (2,6%). As estimativas fazem parte de um estudo especial do Departamento Econômico do Santander sobre economia regional.

Realizado anualmente, o levantamento apresenta projeções do banco por estados e regiões do País para o horizonte de 2020 a 2023. Os últimos dados oficiais do IBGE para as economias estaduais foram publicados em 2019.

Nos cálculos de Gabriel Couto, economista do Santander e autor do estudo, os serviços serão a maior influência positiva para a economia potiguar. O PIB do setor deve aumentar 3,7% este ano no Rio Grande do Norte, ante expectativa de alta de 3,3% na média do País e de 2% no Nordeste.

“Pelo segundo ano consecutivo, o setor de serviços, que representa 77,4% da economia do Rio Grande do Norte, deve ser decisivo para o crescimento do PIB do estado, já que indústria e agropecuária seguem tendência inversa”, aponta Couto. Em seus cálculos, a economia potiguar cresceu 2,8% no ano passado.

Para a indústria, o Santander estima queda de 0,5% no Rio Grande do Norte em 2022, em linha com o recuo previsto para a média da região Nordeste, de 0,3%. Em 2020, o PIB industrial potiguar diminuiu 5,8%, e subiu 1,6% em 2021.

“A indústria nordestina não deve retomar níveis pré-pandemia antes de 2024, e o Rio Grande do Norte se enquadra nesse contexto”, reforça Couto. O setor é responsável por 18,4% da economia do estado.

Ainda considerando o Rio Grande do Norte, o PIB da agropecuária deve seguir em tendência de baixa por mais um ano. Pelas projeções do Santander, o PIB agro terá retração de 0,6% em 2022 no estado, após queda de 1,7% em 2021. O setor responde por apenas 4,2% da economia potiguar, ante 6,5% na média do Nordeste, observa Couto.

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Comércio varejista no RN cresce 15,5% e fatura R$ 3,2 bilhões em agosto

O comércio varejista do Rio Grande do Norte segue em ritmo aquecido. Em agosto, as vendas do setor registraram um crescimento nominal de cerca de 15,5%, no comparativo com o mesmo período do ano passado, com um faturamento da ordem de R$ 3,2 bilhões. Esse volume representa 25,2% do total de vendas no estado realizadas no mês, que bateram recorde no ano e ultrapassaram o patamar de R$ 12,9 bilhões movimentados por todos os setores no RN.

As empresas com atividades comerciais no varejo tiveram um faturamento médio diário em agosto acima de R$ 105,7 milhões, o que é 5,5% maior que o faturado por dia no mês anterior. Esses números são resultado da realização de mais de 31,5 milhões de operações de vendas em 31 dias, cerca de 1% a mais que a quantidade de vendas registradas em julho passado e o maior quantitativo dos últimos oito meses. Os dados são da Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), que divulgou nesta quarta-feira (14) os números da economia do Rio Grande do Norte com a publicação da 34ª edição do Boletim das Atividades Econômicas do RN.

Segundo o acompanhamento mensal da Receita Estadual, o setor atacadista foi o que apresentou o segundo em agosto, com um volume médio de vendas da ordem de R$ 73,6 milhões por dia, maior volume registrado neste ano. Já os postos e distribuidoras de combustíveis foram responsáveis pelo terceiro maior volume de recursos faturados no mês: R$ 60,9 milhões faturados por dia frente à média diária de vendas no mesmo período do ano passado, que foi de R$ 53,4 milhões. Ao longo de agosto, o RN registrou a venda de 57 milhões de litros de gasolina, 41 milhões de litros de diesel e 4 milhões de litros de etanol, enquanto, no mesmo mês de 2021, esses volumes foram de 51 milhões, 42 milhões e 4 milhões de litros dos respectivos tipos de combustíveis.

A indústria de transformação apresentou em agosto um crescimento nas vendas em torno de 20,3% no comparativo com mesmo mês do ano passado e chegou a movimentar no total mais de R$ 1,8 bilhão – uma redução de 2,4% em comparação com o mês anterior. Resultado semelhante ao da indústria extrativista que teve alta de 57,9 % em relação a agosto de 2021 pelo faturamento mensal de R$ 495,3 milhões, mas uma queda de 1,6% no comparativo com julho deste ano. O setor de bares e restaurantes alcançaram uma média de vendas de R$ 6,1 milhões por dia e fecharam o mês com alta de 25% em relação ao mesmo período do ano passado.

Desempenho da arrecadação

De acordo com o relatório da SET-RN, as receitas próprias do Rio Grande do Norte fecharam o oitavo mês do ano com um volume de R$ 675 milhões recolhidos, o que corresponde a uma alta de 2,4 % em relação a agosto de 2021, sinalizando uma desaceleração, já que no mês anterior o crescimento havia sido de 8%. O recolhimento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotivos (IPVA) teve um acréscimo nominal de 2%, em comparação com o mesmo intervalo do passado, com a entrada de R$ 48 milhões em agosto.

De acordo com dados do boletim, a arrecadação do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) foi de R$ 625 milhões. Esse montante representa um crescimento nominal de 2,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Mas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) – índice que aponta a inflação oficial no Brasil – nos últimos 12 meses acumula uma alta de 8,73%. Por isso, contabilizada a inflação do período, estado teve um decréscimo real de 6,23% no recolhimento de ICMS em agosto.

Pelo menos dois segmentos registraram redução na arrecadação do imposto. O setor de energia elétrica teve uma redução em torno de 9% na arrecadação de ICMS, caindo de R$ 67 milhões para R$ 61 milhões entre agosto de 2021 e agosto deste ano. No entanto, a redução mais acentuada foi registrada na área de combustíveis, que, mesmo havendo aumento do faturamento das vendas, o recolhimento do tributo aplicado sobre os produtos não acompanhou a evolução e diminuiu 27,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Somadas as perdas dos setores, o impacto na arrecadação do último mês foi de R$ 45 milhões. “Esses dados confirmam as nossas previsões sobre a perda de arrecadação com a redução das alíquotas dos serviços de telecomunicações e energia e, principalmente, dos combustíveis para 18%”, avalia o secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier.

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RN tem projeção para ser o sexto PIB do país em crescimento em 2022

Um estudo apresentado pelo Banco do Brasil apontou que o Rio Grande do Norte caminha para encerrar 2022 como o sexto do país em crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no país.

A previsão é de crescimento de 4,7%, acima da média nacional (2,9%) e do Nordeste (3,3%).

O maior crescimento previsto entre os estados é o do Mato Grosso (8%). Na região Nordeste a liderança Alagoa (5,9%) seguido pela Paraíba (5,1%) e o Rio Grande do Norte vem em seguida empatado com o Ceará.

Confira o estudo sobre o Cenario Economico

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Mais de oito mil empregos são gerados no RN em 2022

O Rio Grande do Norte registrou o quarto mês de alta consecutiva na geração de empregos no ano. Desde janeiro de 2022, o Estado acumula novos postos formais de trabalho. Entre janeiro e julho deste ano, são 8.276 carteiras assinadas que chegam ao mercado de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

Apenas neste mês de julho foram 2.458 novos empregos com carteira assinada.  O segmento da agropecuária foi responsável pela maior alta com 845 novos empregos formais. O comércio vem em seguida com 555 novos postos de trabalho, seguido pela indústria, com 495 vagas. A construção civil cedeu 285 oportunidades. Nos últimos 12 meses, o Estado potiguar já acumula 26.874 novas carteiras assinadas.

Entre 2015 e 2018 o Estado tinha perdido 21,5 empregos. Já entre janeiro de 2019 e julho de 2022 foram criados 39.931 empregos formais.

Mossoró

Em Mossoró neste mesmo período foram gerados 638 postos de trabalho no mesmo período. Sendo 355 deles no setor de agropecuária e 275 no de serviços.

Em 16 meses, Mossoró saiu de 51.300 empregos formais para 60.044. Crescimento de 17%.

Nota do Blog: importante pontuar que o Governo Federal mudou a metodologia da avaliação do desemprego.

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Comércio do RN cresce 7,5% e movimenta R$ 3 bilhões em julho

O comércio varejista teve uma alta de 7,5% em julho, em relação ao mesmo mês do ano passado, e movimentou mais de R$ 3 bilhões no Rio Grande do Norte. Foi o setor que registrou o maior volume de vendas no período, com um faturamento médio diário da ordem de R$ 99,6 milhões. O bom desempenho é resultado da realização de mais de31,6 milhões de operações comerciais no período, número que é 2,6% maior que o registrado em junho. Juntos, os setores produtivos do estado contabilizaram no mês um faturamento de aproximadamente R$ 12,9 bilhões no sétimo mês do ano. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (12) pela Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), com a publicação da 33ª edição do Boletim das Atividades Econômicas do RN.

Segundo o informativo mensal da Receita Estadual, o setor atacadista foi o que apresentou o segundo melhor desempenho em julho, com um volume de vendas da ordem de R$ 69,4 milhões por dia. Já o segmento de comercialização e distribuição de combustíveis foi responsável pelo terceiro maior montante movimentado no mês: R$ 62,2 milhões faturados por dia pela venda de 49 milhões de litros de gasolina, 39 milhões de litros de diesel e 5 milhões de litros de etanol ao longo mês. Enquanto, os dois primeiros tipos de combustível apresentaram alta no consumo, o álcool teve uma retração de 28,6% em julho, quando o volume vendido diminuiu 2 milhões de litros de um mês para o outro.

A indústria de transformação apresentou um crescimento nas vendas em torno de 30,1% no comparativo com julho do ano passado e chegou a movimentar no total quase R$ 1,9 bilhão – 11% a mais que no mês anterior. Avanço semelhante ao da indústria extrativista que teve alta de 11% em relação a junho pelo faturamento mensal de R$ 502,2 milhões. Isso representa um aumento de 56% quando comparado a julho do ano passado. Já o setor de bares e restaurantes alcançaram um média de R$ 6,4 milhões por dia e fecharam o mês com alta de 27% em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o relatório da Receita Estadual, a arrecadação do estado encerrou o sétimo mês do ano com um volume de R$ 674 milhões recolhidos, o que corresponde a um alta de 8% em relação a julho de 2021. Crescimento que foi puxado pela arrecadação do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), que obteve um aumento de 10%. Com esse tributo, o estado recolheu R$ 626 milhões em julho contra R$ 567 milhões recolhidos em igual mês de 2021. Já o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotivos (IPVA) registro queda 13% e fechou o mês com um total de R$ 47 milhões arrecadados.

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Isolda articula encontro de Governadora com empresários para fechar parceria para Ficro 2022

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) levou os empresários Nilson Brasil, presidente da Associação Comercial de Mossoró (ACIM), vice-presidente Francisco Vilmar Pereira, Luiz Gustavo, da TCM, para conversar com a governadora Fátima Bezerra (PT) sobre a edição 2022 da Feira Industrial e Comercial da Região Oeste (FICRO).

O encontro ocorreu na Governadoria, em Natal.

A expectativa de retorno presencial da FICRO é de que esta seja a maior edição da Feira na cidade.

“A Feira Industrial e Comercial está na 34ª edição e já se consagrou como agenda tradicional, reconhecida pela sociedade potiguar e mossoroense, por se tratar de um espaço muito importante de fomentar o desenvolvimento.”, afirmou Isolda.

A feira cumpre um importante papel para as empresas que buscam fortalecer e ampliar sua marca, serviço ou produto na região.

O Governo do RN garantiu apoio ao evento.

 

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Governo garante apoio para a Ficro 2022

Seguindo a tradição na realização de todas as 34 edições, mais uma vez a Feira Industrial e Comercial da Região Oeste (FICRO) recebe o apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Norte. O compromisso foi reafirmado nesta segunda-feira (1º) durante audiência da Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM) e da coordenação do evento com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec).

“A Feira já faz parte do calendário de eventos de Mossoró, tem tradição, uma agenda que já ganhou reconhecimento por parte da sociedade, e o Governo do Estado não poderia deixar de contribuir para a realização de mais uma edição. Especialmente neste momento, depois de dois anos sem realização presencial”, afirmou o secretário da Sedec, Silvio Torquato.

A Feira multissetorial deve reunir expositores da área da Indústria, Comércio, Turismo e Serviços, e representantes de 76 municípios potiguares, entre os dias 3 e 6 de novembro, na Estação das Artes Eliseu Ventania, em Mossoró.

“Este ano, vamos misturar o que teve na edição virtual, que ocorreu nesse formato devido à pandemia, com a tradição do presencial para realizar a maior Feira ao longo destes 34 anos”, afirmou Nilson Brasil Leite, presidente da Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM).

Em mais de três décadas, a Ficro se consolida como uma vitrine para as empresas que buscam massificar uma marca, produto ou serviço. Em 2021, a Feira foi realizada em formato híbrido, com transmissão ao vivo pelos canais da TV a Cabo de Mossoró (TCM), rodadas de negócios online e ciclo de palestras presenciais.

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Mossoró gera mais de mil empregos em junho

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (28), Mossoró gerou no mês de junho 1.006 postos de trabalho. Um terço dos empregos gerados em todo o Estado do Rio Grande do Norte.

No mês de maio foram 1.189 novos postos de trabalho. Unindo os resultados do mês de maio e junho, período de preparação e realização do Mossoró Cidade Junina, Mossoró contabilizou a criação de 2.195 novos empregos, que em parte se deve a realização do evento.

“A nossa expectativa é que com esses empregos que são de carteira assinada, chamados empregos diretos, devemos ter cerca de 3.000 a 5.000 empregos gerados que trabalharam no evento, mas não estavam com registro. Nesse mesmo período Mossoró tem um destaque na geração de empregos no Estado como um todo, comparado com Natal que entre esse período gerou 1.825 postos de trabalho e todo o Estado gerou apenas 6.900 empregos. Ou seja, um terço dos empregos gerados no Rio Grande do Norte foram de Mossoró”, declarou o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Frankiln Filgueira.

Os dois setores que mais se destacaram nesse mês de junho foram a Agropecuária e Serviços. Nesse período o agronegócio voltou a ter o crescimento significativo de empregos gerando 356 novos postos de trabalho. O plantio do melão e o início da preparação da safra já estão promovendo seus efeitos. Já a parte dos Serviços, que está relacionado ao MCJ, Mossoró registrou 353 novos empregos.

Fonte: Secom/PMM

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Governo reduz alíquota do ICMS do etanol para 15,33%

A Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN) vai reduzir para 15,33% a alíquota do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) aplicada sobre o preço do álcool etílico hidratado combustível, o etanol, no Rio Grande do Norte. A medida visa dar mais competitividade ao biocombustível frente aos combustíveis fósseis e reduzir o preço final pago pelos consumidores pelo produto nas bombas. A nova base de cálculo do tributo será estabelecida via decreto, que será publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) deste sábado (30), e passa a vigorar de forma retroativa a 15 de julho.

O texto regulamenta no estado os dispositivos estabelecidos pela Emenda Constitucional número 123/2022, que foi promulgada no dia 14 deste mês, com o intuito de tornar o etanol mais competitivo em todo o país com preços abaixo do valor da gasolina. Emenda constitucional prever o repasse aos estados de até R$ 3,8 milhões para manutenção da competitividade do álcool hidratado sobre os combustíveis derivados de petróleo por meio de créditos tributários.

Com a medida, alíquota do imposto reduzirá de 18% para 15,33% no Rio Grande do Norte. Desde o dia primeiro de julho, a SET-RN já havia reduzido o ICMS, incidido sobre os combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, a uma alíquota base de 18%. A diminuição foi implementada para adequar o cálculo fiscal no RN às diretrizes da Lei Complementar 194/2022, aprovadas pelo Congresso Nacional e sancionada em 23 de junho, tornando esses itens essenciais.

Com isso, a alíquota de ICMS do etanol caiu de 23% para 18%, e, com a entrada em vigor do decreto estadual, a base de cálculo reduz novamente para 15,33%, o que representa uma diminuição total de 7,67 pontos percentuais. A expectativa é de que a medida provoque baixa nos preços cobrados nas bombas e estimule o setor sucroalcooleiro do Rio Grande do Norte.

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Combatendo a corrupção e o desperdício se faz mais política

Por Pedro Lopes

Na sexta-feira, 1º, defendi, em matéria publicada no Jornal Agora RN,10 que as comissões parlamentares de inquérito (CPI) instaladas pelo Congresso Nacional desempenham um papel muito importante para a democracia e para a transparência das ações governamentais. E se somam aos trabalhos que já são desempenhados pelos órgãos de controle – controladorias, tribunais de conta, ministério público, polícias federal e civil.

O maior aliado do criminoso que desvia o dinheiro público é o sigilo e a CPI, exatamente, passa a ser um instrumento político que dá luz ao gasto governamental, que tem forte suspeita de corrupção, como é o caso agora da aguardada CPI do MEC, pois, além de elucidar os fatos investigados, acaba também inibindo práticas futuras.

Infelizmente, a percepção de corrupção no Brasil piorou muito nos últimos anos. Em boletim divulgado pela Transparência Internacional, em janeiro deste ano, o Brasil ocupa a 96ª colocação entre os 180 países avaliados no principal indicador de corrupção no mundo. A pontuação alcançada representa o terceiro pior resultado nos últimos dez anos, e se assemelha a países como Argentina, Indonésia, Lesoto, Sérvia e Turquia.

O dinheiro do imposto deve ser absurdamente bem aplicado, mas isso, infelizmente, não vem acontecendo no nosso país. É uma meta que jamais devemos deixar de buscar.

Uma perda de recursos de R$ 100 bilhões anuais por exemplo, seja por mau aplicação ou desvio por corrupção – uma estimativa bem conservadora diante do que acontece no Brasil hoje -, corresponde ao atendimento alimentar básico de, pelo menos, 23 milhões de brasileiros em um ano inteiro. Ou seja, a fome no país tem relação direta com o desperdício do recurso público

Durante o período de estive como controlador-geral do governo Fátima Bezerra, busquei, junto com a equipe de competentes servidores, cumprir este objetivo, que, inclusive, era uma das competências da pasta

Auditamos os programas do Leite, do Restaurante Popular e do Transporte Cidadão; a concessão do estádio Arena das Dunas; o Detran; a Ceasa; entre outros. Acompanhamos as licitações governamentais, como a da alimentação do sistema penitenciários e mais de 120 processos de compras relacionadas ao enfrentamento à pandemia da Covid-19, que juntos, importaram mais de R$ 250 milhões! As economias diretas proporcionadas superaram a R$ 50 milhões anuais.

Adicionado a isso, a reorganização contábil do governo e a implementação de melhores técnicas operacionais tanto para a geração de caixa, como a instituição da conta única, como também para a instituição do programa de incentivo fiscal PROADI, geram mais de R$ 300 milhões anuais para os cofres do Governo do RN.

Controlando por outro a despesa pública, para não crescer além da receita, fomos paulatinamente pagando os salários atrasados – mais de R$ 900 milhões -, e ainda avançamos em alguns programas governamentais, fazendo com que o governo finalmente saísse da crise. Combatendo a corrupção e o desperdício e com gestão responsável se faz mais política.

É e-controlador-geral do RN e Auditor Fiscal e Professor de Contabilidade da UFRN.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.