Categorias
Enquetes do Blog

O Blog do Barreto quer saber: você concorda com o retorno das aulas presenciais na atual conjuntura da pandemia?

Aulas presenciais estão suspensas desde março (Foto: Web/ Autor não identificado)

O Governo do Estado estuda liberar as aulas presenciais num contexto em que ainda estamos na pandemia da covid-19 no Rio Grande do Norte.

Este é o time da enquete da semana do Blog do Barreto: você concorda com o retorno das aulas presenciais na atual conjuntura da pandemia?

Clique AQUI e vote.

Categorias
Matéria

Comissão da Assembleia Legislativa debate retorno das aulas presenciais

A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Social promoveu um debate sobre a data de retorno das aulas presenciais nas redes privada e pública de ensino, contando com a presença de representantes de escolas particulares de Natal e do interior e da secretária adjunta da Educação do Estado, Márcia Gurgel.

Os representantes das escolas privadas do interior defenderam que os estabelecimentos já estão prontos para a volta às aulas presenciais de acordo com análise da estrutura física e de pessoal que criaram os seus protocolos.

Cristine Rosado, que representou um conjunto de escolas, também frisou que podem ser feitas parcerias entre as escolas públicas e privadas, no planejamento para a retomada das aulas presenciais, como ocorreu em Manaus. Segundo ela, sem o retorno “as pequenas escolas estão fechando, pois não tem condições de se manterem”.

O presidente do Sindicato das Escolas particulares, Alexandre Marinho também defendeu o retorno das aulas presenciais e argumentou que o retorno já deve acontecer pois a incidências de caso da Covid-19 está baixando.  “O nível é favorável ao retorno das aulas presenciais. Não vamos voltar de uma vez só. Se tem condições deve ser liberado para a volta das escolas privadas”.

A secretária adjunta, Márcia Gurgel disse que não há impedimento que uma escola comece antes ou depois. Segundo a professora, muitos pais estão solicitando que aulas presenciais não voltem agora. “Estamos diante de dois pontos: uns querem o retorno e outros não. Sabemos do impacto dessa pandemia para as pessoas que não podem sofrer mais do que já sofreram. A orientação do comitê científico do Estado é retornar quando as taxas de contaminação baixarem. O parecer do dia 30 de julho tem até o dia 30 de agosto para que seja analisado os parâmetros”, disse a secretária adjunta.

Márcia sugeriu que os representantes das escolas particulares elaborem um documento e remeta para discussão no Comitê Científico do Estado.

Participaram da reunião os deputados Francisco do PT, Hermano Morais (PSB) e Eudiane Macedo (Republicanos).

Categorias
Matéria

Quase dois anos após ação criminosa Portal do Saber segue abandonado

Nada mudou no Portal do Saber (Foto: cedida)

Em novembro de 2018 o Portal do Saber Vereador Vingt Rosado Neto, localizado no bairro Abolição, foi depredado por vândalos. Livros foram queimados deixando um sentimento de indignação.

Logo após o incidente Rosalba esteve no local prometendo recuperação (Foto: reprodução)

Logo após o incidente a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) foi ao local, lamentou o ocorrido e prometeu a recuperação do equipamento.

Passados dois anos, nada mudou. O prédio segue abandonado e serviço de espaço para consumo de drogas.

Confira as fotos abaixo:

Categorias
Matéria

Retorno das aulas da rede estadual de ensino em agosto está descartado

Secretário afirma que não há condições de retomar aulas presenciais (Foto: Sandro Menezes)

O Comitê Setorial da Educação do Governo do RN está elaborando três áreas de protocolos para quando for possível retomar as aulas presenciais na rede pública de ensino. O Secretário de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, Getúlio Marques, disse nesta quinta-feira, 31, que os protocolos são para as áreas pedagógica, normativa e de biossegurança.

“As aulas não foram suspensas, estão acontecendo por meios eletrônicos e via material impresso enviado para as comunidades rurais. O ano está comprometido, mas não perdido. Estamos fazendo todos os esforços para que não se perca o ano letivo de 2020”, afirmou o secretário na entrevista coletiva para atualização de dados e prestação de contas das ações da gestão estadual no enfrentamento à Covid-19.

Getúlio Marques informou que a Secretaria Estadual de Educação está trabalhando com ciclos e no retorno a atividades presenciais fará avaliações de nível de cada aluno, um trabalho de nivelamento e demais análises para assegurar a regularidade dos conteúdos.

Nesta quarta-feira, 29, após uma reunião interna, o Comitê Setorial da Educação se reuniu com o Comitê de Segurança da Saúde e ouviu a mesma avaliação anterior: não há condições para o reinício das aulas presencias no dia 17 de agosto como estava previsto. “A pesquisa é unânime. As condições para retornar dia 17 agosto não são favoráveis. É preciso aguardar uma melhoria mais efetiva no quadro da pandemia para voltarmos com segurança. Precisamos esperar o momento certo para voltar, mas não será antes do final de agosto. Educação é direitos de todos e a gente quer preservar, mas só retornaremos com segurança por que isso significa mais de um milhão de pessoas voltando a circular em todo o Estado”, enfatizou.

Getúlio ainda informou que as prefeituras não têm prerrogativa para autorizar o funcionamento presencial das escolas privadas. “Especialmente aquelas que têm ensino médio, que é competência do Estado e do Conselho Estadual de Educação. As prefeituras podem deliberar sobre o ensino fundamental e a educação infantil”.

Categorias
Matéria

Por meio de nota, Prefeitura rebate números apresentados por vereador

Abaixo nota em que a Prefeitura de Mossoró rebate os números sobre a evasão escolar provocada pelas aulas remotas na Rede Municipal de Ensino apresentados ontem pelo vereador Ozaniel Mesquita (DEM).

Confira:

Os dados apresentados à Comissão de Educação da Câmara Municipal de Mossoró com o diagnóstico das aulas remotas se referem aos primeiros 15 dias de implantação. Na Educação de Jovens e Adultos e Fundamental anos finais o percentual de acompanhamento supera 80%, conforme informações da secretaria. A média geral é superior a 70% de frequência.

A Prefeitura de Mossoró explica que tem dado suporte aos alunos e professores da rede municipal de ensino, mesmo com a suspensão das aulas presenciais. As aulas remotas foram implantadas para as unidades de ensino, apesar das dificuldades vivenciadas em todo o país, seja na rede pública ou rede privada.

A Educação elencou fatores como dificuldade de acesso à internet e aos meios eletrônicos como computador e celular, além do reduzido tempo dos pais/responsáveis para dar suporte nas aulas.

Ratificando que essas dificuldades não são exclusivas de Mossoró e nem da rede pública.

Dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) mostram que há famílias que não têm acesso às tecnologias exigidas por esse tipo de ensino.  

Uma pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação que auxilia o Comitê Gestor da Internet no Brasil na implementação de projetos e decisões aponta que 39% dos domicílios brasileiros não têm acesso à internet por falta de computador.

Mesmo assim, a Secretaria de Educação  tem utilizado o aplicativo Google Sala de Aula, reuniões no GoogleMeet e acompanhamento das atualizações do Portal da Educação da Prefeitura, intitulado Aprendizagem colaborativa. Além das atividades online, os alunos da zona rural da educação infantil estão recebendo kits e atividades impressas para auxiliar no processo.

Um novo relatório está sendo finalizado com informações atualizadas do diagnóstico das aulas remotas do Município.

Categorias
Análise

Rosalba vira as costas para os filhos dos pobres

Rosalba esqueceu dos estudantes pobres (Foto: arquivo/Blog do Barreto)

Quando se discutiu a retomada das aulas nas escolas da Rede Municipal de Ensino pela via remota a oposição e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindserpum) alertaram para o risco de alunos digitalmente excluídos ficarem prejudicados.

Afinal de contas nem todo mundo tem Internet, tablete, celular com dados móveis e computador em casa. Na base da pirâmide social essa situação é regra, não exceção.

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP), bem ao seu estilo, não deu cabimento aos alertas e seguiu com a ideia.

O resultado está materializado em números apresentados ontem pelo vereador Ozaniel Mesquita (DEM): 27% dos alunos da Rede Municipal de Ensino estão sem aulas. A prefeita se calou e segue de costas viradas para os mais pobres.

É a ciência da exclusão digital que evita que as universidades públicas retomem as aulas pela via remota. A UERN, por exemplo, fez levantamento sobre o tamanho da exclusão digital de seu corpo discente e lançou programas de bolsas com recursos para pagamento de Internet e aquisição de equipamentos para só agora começar a discutir as condições para o retorno das atividades acadêmicas pela via remota.

A indiferença da prefeita e da sociedade para o tema é chocante.

Categorias
Matéria

UnP tem mais de 200 vagas disponíveis para o Prouni

UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP

Estão abertas até a próxima sexta-feira, dia 17 de julho, as inscrições do segundo semestre de 2020 para o Programa Universidade para Todos (Prouni). No Rio Grande do Norte, são oferecidas 1.297 vagas integrais e parciais, das quais 211 são oferecidas pela UnP, integrante da rede Laureate. Na Universidade Potiguar, todas as bolsas são de 100%.

As vagas ofertadas pela UnP cobrem 61 cursos de graduação nas modalidades presencial e semipresencial, em todos os turnos. Para consultar todas as bolsas disponíveis, é preciso acessar o portal do Prouni. As inscrições podem ser feitas no portal do Prouni: http://prouniportal.mec.gov.br/.

A previsão é que o resultado dos selecionados seja divulgado em 21 de julho.

Quem pode se inscrever no Prouni?

O programa é destinado a brasileiros que não possuem diploma de ensino superior. Também é preciso ter participado da última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ter obtido mínimo de 450 pontos na média das notas e não ter zerado a redação.

Podem concorrer às bolsas integrais, aqueles que tiverem renda familiar bruta mensal comprovada de até um salário mínimo e meio por pessoa. É preciso também atender a pelo menos um dos requisitos:

Ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública.

Ter cursado o ensino médio completo em escola da rede particular, na condição de bolsista integral da própria escola.

Ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em escola da rede particular, na condição de bolsista integral da própria escola privada.

Ser pessoa com deficiência.

Ser professor da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica, integrante de quadro de pessoal permanente de instituição pública e concorrer a bolsas exclusivamente nos cursos de licenciatura. Nesses casos, não há requisitos de renda.

Quantas bolsas são oferecidas?

Para o segundo semestre de 2020, segundo o Ministério da Educação (MEC), estão sendo ofertadas 167.780 bolsas em todo o Brasil. Destas, 60.551 são integrais e outras 107.229 parciais. Participam 1.061 instituições particulares de ensino superior.

No RN, das mais de 1.200 bolsas oferecidas, 567 são parciais e outras 730 são integrais.

Categorias
Matéria

Sem data para retorno, volta às aulas no Rio Grande do Norte deve ser gradual

entre as questões a serem analisadas, adaptação física das escolas, incluindo distância entre carteiras (Foto: Web/ Autor não identificado)

As atividades escolares presenciais não têm data para retorno. O que se sabe até o momento é que até agosto não haverá retomada. O decreto que suspende as atividades presenciais nas escolas vai até o dia 6 de julho, mas o Governo deve editar uma nova medida prorrogando a suspensão, como informou o secretário de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer do Rio Grande do Norte (SEEC), Getúlio Marques.

A iniciativa é necessária como forma de contribuir para minimizar a circulação do novo coronavírus e colaborar com os índices de isolamento social, tendo em vista que só a comunidade escolar representa cerca de um terço da população do Estado. De acordo com o secretário de Educação, o RN tem quase um milhão de alunos, somando a esse número os professores e trabalhadores terceirizados da Educação, o número é superior a um milhão.

Mesmo sem previsão de uma data definida, o secretário de Educação afirma que o Governo está preocupado com o retorno.

Segundo ele, a Secretaria de Educação elaborou e está aplicando quatro modelos de questionários, um para cada segmento – gestores, coordenadores, professores e alunos para saber quais as maiores dificuldades enfrentadas durante a pandemia, a fim de melhorar o protocolo de retorno.

O questionário, obrigatório para os gestores, está sendo aplicado de forma virtual e, tendo em vista que nem todos têm acesso às ferramentas, será feito por amostragem. De acordo com Getúlio Marques, paira os alunos que não têm acesso, a escola pode fazer a impressão e enviar.

Os primeiros pontos são relacionados à área da saúde e no decorrer do questionário entram nas questões pedagógicas.

A aplicação do questionário começou recentemente e, segundo Getúlio Marques, vai até a primeira semana após o recesso escolar, que começou na segunda-feira passada e vai até o dia 6 de julho.

De acordo com Getúlio Marques, até o final de julho a Secretaria vai estar com o protocolo pronto para que no momento que houver o retorno ele seja cumprido.

Essa retomada das aulas passa por uma série de questões como aquisição de equipamentos e insumos, disponibilidade de máscaras para alunos, professores e terceirizados, análise da situação dos alunos que dependem do transporte escolar, observação da situação dos professores que fazem parte do grupo de risco, espaço entre as carteiras dos estudantes, adequação da estrutura física das salas de aula, uma vez que algumas estavam sendo adequadas para climatização.

O secretário de Educação afirma que o retorno deve ser gradual e será necessário testar como ocorrerá. Segundo ele, as escolas particulares defendem que os alunos dos anos iniciais retornem primeiro, já que os pais irão trabalhar.

Getúlio Marques integra um grupo com representes de vários setores ligados à Educação incluindo representantes dos municípios e das escolas privada, que se reúne virtualmente a cada 15 dias, desde que as aulas foram suspensas. O grupo encaminha recomendações ao Comitê de Saúde, que tem autonomia para tomar as decisões. Mas ele comenta que um novo decreto deve ser publicado em relação ao prazo de suspensão das aulas.

“Qual o consenso desse grupo? É que o retorno seja feito com segurança”, diz o secretário

ENEM

O secretário de Educação informa que, em relação a Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), os posicionamentos existentes ainda datam do período em que o ministro da Educação era Abraham Weintraub. Não havia diálogo com o Ministério e, em um momento de pandemia o ministro queria aplicar as provas em novembro.

Segundo ele, o Governo sugeriu possibilidades, através da pesquisa junto aos estudantes, mas os secretários de educação entendem que a prova não pode ser realizada este ano.

De acordo com a consulta disponibilizada pelo Governo, que vai até o dia 30 de junho, as datas disponibilizadas na enquete voltada aos candidatos são:

Enem impresso: 6 e 13 de dezembro de 2020 / Enem Digital: 10 e 17 de janeiro de 2021;

Enem impresso: 10 e 17 de janeiro de 2021 / Enem Digital: 24 e 31 de janeiro de 2021;

Enem impresso: 2 e 9 de maio de 2021 / Enem Digital: 16 e 23 de maio de 2021.

Getúlio Marques alerta que este ano já está comprometido para todos os estudantes. Porém, para alguns o comprometimento é bem maior, tendo em vista que muitos não tem acesso à conectividade, são de baixa renda, os pais precisam trabalhar e não podem realizar um acompanhamento, entre outros fatores.

“Até esse momento o que nós podemos dizer é isso, que todos perdem”, afirma o secretário.

Apesar disso, ele diz que o ano não está perdido, porque os trabalhos dos secretários de Educação proporcionam conhecimento. Mas o secretário admite que, mesmo assim, muitos estão de fora e não estão fazendo nada, em decorrência da de acesso, entre outros fatores.

Categorias
Matéria

Secretário de Educação do RN fala de pautas do CONSED e de expectativas em relação ao novo ministro

Carlos Alberto Decotelli assumiu Ministério da Educação após saída de Abraham Weintraub Foto: Luis Fontes/ MEC

O Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED) deve solicitar uma reunião com o novo Ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, que foi nomeado ontem, 25, pelo presidente Jair Bolsonaro, para discutir diversos pontos relacionados à área.

De acordo com o secretário de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer do Rio Grande do Norte (SEEC), Getúlio Marques, os pontos que precisam ser debatidos com o ministro incluem a aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) e a retomada das questões sobre a implantação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular, além das questões relacionadas ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e das avaliações dos estudantes.

Durante a entrevista ao Blog, Getúlio Marques disse que não sabia se a reunião com o novo ministro já havia sido solicitada.

Carlos Alberto Decotelli é ex-presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e assume o Ministério da Educação após a saída de Abraham Weintraub. Antes dele, o Ministério foi ocupado por Ricardo Vélez Rodríguez.

Após um ano e meio sem diálogo com Ministério da Educação, Getúlio Marques, considera que em um ano e meio não houve ministro na pasta. “E ontem, para nós secretários de Educação, para mim, em especial, foi uma surpresa boa”, afirmou.

Getúlio Marques espera que possa haver interação com o novo ministro. “A gente tem esperança de que o novo ministro acerte e tenha o diálogo que a gente nunca teve”, diz.

Ele lembra que Carlos Alberto Decotelli foi presidente do FNDE entre os meses de fevereiro e agosto e conta que no início da gestão junto ao órgão Carlos Alberto se dirigiu a ele e na época tinha a ideia de conhecer os estados, chegando a visitar boa parte dos secretários de Educação.

Para Getúlio Marques, se o ministro colocar em prática o que havia proposto, enquanto presidente do FNDE, ele considera que será positivo.

“Nós temos hoje uma expectativa de que a gente vai ter uma melhorada”, afirma. “Falando pelo ministro, mas falando pelo Governo tem um lado pessimista”, acrescenta, mencionando que há casos de pessoas que tentaram fazer algo bom, mas não seguia a linha do Governo.

Categorias
Matéria

Escolas públicas de Mossoró têm projetos finalistas na Feira Brasileira de Jovens Cientistas

Projeto desenvolvido por Lucas Gabriel é um dos finalistas da FBJC (Foto: Cedida)

Estudantes de duas instituições de ensino da rede estadual de Mossoró – Escola Estadual Professor Hermógenes Nogueira da Costa e do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Professor Francisco de Assis Pedrosa – estão entre os finalistas da Feira Brasileira de Jovens Cientistas, evento online, que ocorre de 26 a 28 de junho e que conta com quase 300 projetos finalistas de todas as regiões do Brasil.

Com projetos na área de Ciências Biológicas e utilizando matéria prima que iria parar no lixo, eles desenvolveram soluções sustentáveis para questões relacionadas meio ambiente.

Lucas Gabriel Alves de Morais é um desses jovens que investe no conhecimento para ações do presente, que podem impactar no futuro. Ele é aluno do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Professor Hermógenes Nogueira da Costa, conta com a orientação da professora de Química Elivanuza Rocha e participa com o projeto “Reaproveitamento de resíduos de madeira na fabricação de bioplásticos destinados à confecção de couro vegetal”, que visa substituir o uso do couro por uma alternativa sustentável.

Para isso, Lucas apostou no uso de resíduos de madeira. A ideia surgiu a partir de uma observação do jovem. É que próximo à Escola há uma serraria que, mensalmente, descarta 400 sacos de 80 quilos de resíduos de madeira. Ele lembra que no início do ano os professores orientam os alunos que observem algum problema para o qual podem apresentar uma solução. “Surgiu na minha cabeça a ideia de solucionar aquele problema”, conta.

Ao mesmo tempo em que buscava uma alternativa para o problema do seu bairro, o estudante pensava em uma questão mundial e nos impactos que o Brasil tem sobre a situação. O país, como menciona Lucas, é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, o que é responsável pela morte de 100 mil animais marinhos por ano.

Com uma questão para resolver e ideias na cabeça, chegou o momento de iniciar os testes. “Ciência é isso. Ciência é teste é erro, é acerto”, diz ele.

Inicialmente, a ideia era produzir bandejas, mas à medida em que os testes foram sendo realizados chegou a um plástico que chamava a atenção por possuir características semelhantes ao couro e que pode ser alternativa para solucionar outro problema, o de que a produção de couro vegetal é responsável pela morte de animais e algumas das substâncias utilizadas nesse processo são altamente tóxicas. Pesquisando, o jovem descobriu ainda que, se lançadas de forma incorreta no meio ambiente, essas substâncias podem chegar ao lençol freático, contaminando as águas, prejudicando outros animais. 

Produto desenvolvido em projeto tem características semelhantes ao couro (Foto: Cedida)

Ele conta que está estudando formas para daqui a algum tempo seja possível produzir peças como sapatos e cintos a partir do material desenvolvido.

Mas o jovem nem imaginava que o projeto iniciado no ano passado teria a projeção que alcançou. O estudante conta que a proposta ficou em primeiro lugar entre os projetos apresentados na Feira de Ciências da sua escola, depois foi apresentada na 12ª Diretoria Regional de Educação e Cultura (12ª DIREC) e, na sequência foi exposta na Feira de Ciências do Semiárido Potiguar, promovida pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Nesse último evento não houve premiação, mas a professora enviou para Lucas o link para inscrever o projeto na Feira Brasileira de Jovens Cientistas, onde foi aprovado e agora participa com outros de diversas partes do País em uma votação popular. Para conhecer mais sobre o projeto, é só clicar no link https://fbjc.com.br/mostraDetalhes.php?projeto=224.

 

Cocanudo

Outra iniciativa que também é finalista é a desenvolvida pelos estudantes Khyara Luanny, João Lucas e Loise Santos, do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Professor Francisco de Assis Pedrosa.

Com o título “Canudo biodegradável à base de fibra da fibra de coco: cocanudo”, a iniciativa visa a produção de um canudo biodegradável produzido a partir da fibra do coco. O objetivo é solucionar problemas ambientais causados pelo plástico e os socioambientais, decorrentes do descarte irresponsável do mesocarpo do coco. Para conhecer mais sobre esse projeto que também revela a importância da educação para a transformação individual e coletiva, é só acessar o link https://fbjc.com.br/mostraDetalhes.php?projeto=462.

Uma escola da rede privada de Mossoró também está representada no evento.

Feira Brasileira de Jovens Cientistas

Para conhecer mais sobre a feira, os interessados podem acessar o link https://fbjc.com.br/index.php. Os projetos finalistas concorrem a premiações voltadas para a educação. O resultado da premiação será conhecido no próximo domingo, 28.