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Natália Bonavides entra com representação contra ministros por gastos com hidroxicloroquina

Banavides questiona ministros (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

A deputada federal Natália Bonavides (PT/RN) apresentou uma Notícia de Fato para que a Procuradoria Geral da República denuncie o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, por crimes de responsabilidade e improbidade administrativa pelo gasto de quase meio milhão de reais com a produção de hidroxicloroquina.

Em maio deste ano, o Ministério da Saúde divulgou diretrizes para tratamento com hidroxicloroquina para pacientes com Covid-19, apesar das recomendações de organizações internacionais, como a OMS, afirmando que a eficácia do uso não é comprovada cientificamente. Mesmo assim, entre março e junho deste ano, foi gasto quase meio milhão de reais, por meio de um laboratório do exército, na produção do medicamento.

 “Ao mesmo tempo em que o Governo Federal alocou recursos para produzir um estoque de um medicamento comprovadamente ineficiente para o enfrentamento da COVID-19, o Ministério da Saúde reconhece a escassez de medicamentos necessários para realização de procedimento de intubação de pacientes com complicações causadas pelo novo Coronavírus. É preciso que haja responsabilização, pois a forma como esse governo vem lidando com a pandemia é absolutamente desastrosa”, destacou Natália Bonavides, autora do pedido.

Mesmo tendo divulgado as diretrizes e insistir no uso do medicamento, o próprio Ministério da Saúde reconhece não haver comprovação científica da eficácia do tratamento da Covid-19 com hidroxicloroquina, como consta no próprio documento do Ministério que autoriza a utilização.

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TJRN determina que Governo disponibilize hidroxicloroquina para pacientes com lúpus em 15 dias

O Governo do Rio Grande do Norte terá que fornecer Hidroxicloroquina 400mg (Reuquinol) para pacientes acometidos com lúpus. A obrigatoriedade foi determinada pelo juiz Bruno Montenegro Ribeiro Dantas, da 3ª Vara da  Fazenda Pública de Natal.

O prazo determinado para o fornecimento da medicação é de 15 dias.

A decisão atende a solicitação da Associação das Pessoas Acometidas de Lúpus Eritematoso Sistêmico do Estado do Rio Grande do Norte.

Caso a decisão seja descumprida, o secretário estadual de saúde Cirpriano Maia pode ser penalizado com bloqueio de bens e eventual fixação de multa.

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Rosalba se rende a hidroxicloroquina

Médica, Rosalba confia na hidroxicloroquina (Foto: Web/autor não identificado)

A fonte é insuspeita. É a própria comunicação da Prefeitura de Mossoró que informa a possibilidade de o Município adotar o protocolo sugerido pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CREMERN) para o sobre uso de medicamentos para tratamento da covid-19 dentre eles a controversa hidroxicloquina.

A posição foi assumida pela prefeita em reunião por vídeoconferência com a secretária de Saúde Saudade Azevedo, coordenadores médicos das UPAs e o representante do CREMERN Manoel Nobre.

A prefeita se mostrou favorável ao uso do medicamento na fase inicial da covid-19. “Minha preocupação como prefeita e angústia como médica é salvar vidas.”, argumentou. “Há vários trabalhos pelo mundo que mostram que a hidroxicloroquina, por exemplo, ajuda na fase inicial. Não podemos ficar esperando meses e meses e as pessoas morrendo”, complementou.

No último domingo o programa Fantástico da Rede Globo mostrou que os estudos que apontavam eficiência no uso do medicamento além de usar número insuficiente de pessoas excluiu os resultados negativos para o uso da cloroquina em pacientes com covid-19.

Além da hidroxicloroquina, o CREMERN também recomenda os medicamentos azitromicina, cloroquina e ivermectina.

A posição da prefeita, que é médica pediatra, vai na contramão da orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) que anunciou na segunda-feira, 25, que estão suspensos os testes da cloroquina e hidroxicloroquina após estudo realizado com 96 mil pessoas ser publicado na conceituada revista Lancet apontando que o medicamento não só não recupera pacientes como piora a situação.

Dois ministros da saúde já caíram por não concordarem em recomendar o medicamento conforme desejava o presidente Jair Bolsonaro.