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Vereador oficializa ida para o partido de Marina Silva

João Gentil é da Rede (Foto: cedida)

O vereador João Gentil agora é da Rede Sustentabilidade. A decisão já tinha sido confirmada há alguns dias, mas agora está oficializada.

Para Gentil é uma questão de coerência ir para a Rede. “É um partido que me permite continuar com a minha coerência em torno da sustentabilidade. Tem a ver comigo e meu grupo. Depois de 15 anos continuo verde em outro partido”, disse.

Sobre o fato de a Rede não ter atingindo a clausula de barreira o vereador não enxerga problemas. “Isso é questão de verba partidária. É coisa para grandes partidos. Não faz diferença não”, garantiu.

Questionando sobre a segunda filiação partidária em 2019, Gentil negou ter sido filiado ao PEN. “Passei pelo PEN, mas não me filei. Montei o diretório, mas não me filiei”, declarou.

Em 2018 a Rede abriu o senador Styverson Valentim, que deixou a sigla este para assumir o Podemos.

O vereador esteve reunido com Marina Silva e teve a ficha abonada pelo senador Randolfe Rodrigues (AP).  “Estou indo para um partido de pessoas sérias”, frisou.

Randolfe Rodrigues abonou a ficha de João Gentil (Foto: cedida)

Gentil será o único vereador da Rede no Rio Grande do Norte. Caberá a ele organizar o diretório estadual do partido que está sem comando.

Sobre o assunto, a Executiva Nacional da Rede se manifestou por meio de nota oficial.

Abaixo a nota do partido:

A Executiva Nacional da REDE Sustentabilidade, diante de informações incorretas divulgadas por membros do partido no Rio Grande do Norte sobre o atual estágio de organização e de adesão de novos membros, se faz obrigada a esclarecer e expressar a posição do partido sobre os fatos abaixo:

No Rio Grande do Norte a Direção Estadual da REDE Sustentabilidade não está legalizada em decorrência de pendências legais administrativas com a justiça eleitoral, como a falta de prestação de constas de gestões anteriores (anos 2015, 2016. PC nº 98-62.2016.6.20.0000 e n.º 43-77.2017.6.20.0000 respectivamente). Vários esforços estão sendo realizados pela Executiva Nacional para superar este problema, inclusive a assunção de dívida junto a justiça eleitoral.

Após superação das pendências administrativas junto a Justiça Eleitoral, a Executiva Nacional nomeará uma Comissão Provisória Estadual para uma retomada da construção partidária.

Neste sentido, não há no Rio Grande do Norte uma direção estadual e nem responsáveis que possam falar em nome da REDE neste momento. Inclusive alguns filiados que estão divulgando notas em redes sociais, blogs e meios de comunicação como Direção Executiva Estadual, com informações incorretas e de má fé, prejudicando a imagem do partido no Estado, serão submetidos à Comissão de Ética Nacional.

Ao mesmo tempo que estão sendo realizados esforços para superação destes desafios, a REDE Nacional tem a grata satisfação de anunciar a sociedade Potiguar a entrada do vereador João Gentil de Mossoró na REDE Sustentabilidade, juntamente com um conjunto de novos filiados em todo o estado.

A Direção Nacional reafirma seu compromisso para reorganização da REDE no Rio Grande do Norte, a altura da importância que este Estado do Nordeste Brasileiro tem para política nacional e a construção de uma sociedade socialmente justa, economicamente viável e ambientalmente sustentável.

Brasília, 11 de setembro de 2019.

Executiva Nacional da REDE Sustentabilidade

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Chave de 2018 está na cadeia, indica Datafolha

Por Josias de Souza

A nova pesquisa do Datafolha sinaliza que a definição do primeiro turno da sucessão de 2018 passará pela cadeia. Os dados indicam que, se abandonar suas crendices e começar a falar sério, o PT ainda pode influir no jogo. Quase metade do eleitorado (46%) revela alguma propensão para votar num nome indicado por Lula —30% afirmam que farão isso com certeza. Outros 16% declaram que talvez sigam o caminho apontado pelo pajé petista.

Para ter o que comemorar em meio à desgraça, o PT precisaria virar o seu discurso do avesso. De saída, teria de aposentar a mistificação segundo a qual a Justiça brasileira é feita de tribunais de exceção, pois a maioria dos eleitores (54%) acha que o encarceramento de Lula foi justo. De resto, o petismo teria de desembarcar o quanto antes do trem-fantasma em que se converteu a candidatura Lula, pois 62% do eleitorado já se deu conta de que a fantasia descarrilou.

Enquanto o petismo nega a realidade, o eleitorado de Lula começa a migrar por conta própria. Num cenário em que aparece como Plano B do PT, Fernando Haddad herda apenas 3% das intenções de voto atribuídas a Lula. É coisa mixuruca se comparada com as fatias herdadas por Marina Silva (20%) e Ciro Gomes (15%). Até Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin e Joaquim Barbosa beliscam mais votos do legado de Lula (5% cada um) do que o petista Haddad.

Outro dado notável é que um pedaço expressivo do eleitorado do preso mais ilustre da Lava Jato (32%) decidiu fazer um pit-stop. Sem rumo, esse um terço informa que, se tivesse de comparecer às urnas hoje, anularia o voto ou votaria em branco. É gente que parece aguardar por uma sinalização qualquer de Lula.

O Datafolha apresenta o universo total do eleitorado como um bololô dividido em três grandes fatias. A fatia anti-Lula (31% dos brasileiros com direito a voto) continua detestando o PT e ruminando sua aversão a Lula. Nesse nicho, 32% votam na direita paleolítica representada por Jair Bolsonaro.

O pedaço do eleitorado pró-Lula, 100% feito de devotos, não se aborreceria se a divindidade presa em Curitiba pedisse votos para um poste. Como Lula ainda não pediu, pedaços da procissão começam a seguir outros andores, especialmente os de Marina e Ciro. Mas a maioria continua fazendo suas preces diante de um altar vazio.

De resto, existe a fatia da geleia geral (37% do eleitorado), que balança na direção de várias candidaturas. Destacam-se nesse grupo, por ora, os partidários de Bolsonaro e Marina. Mas ambos têm menos votos do que o bloco dos brancos e nulos. Ninguém se anima a votar numa hipotética candidatura de Lula no primeiro turno. Mas muitos não descartariam a hipótese de votar nele num eventual segundo round.

Para efeito de sondagem, o Datafolha incluiu o ficha-suja Lula em alguns cenários pesquisados. No principal, o candidato inelegível do PT amealhou 31% dos votos, seis pontos percentuais a menos do ele colecionava em janeiro. Sem Lula, Marina (entre 15% e 16%) encostou em Bolsonaro (17%). A dupla está tecnicamente empatada. Segue-se um amontado de concorrentes.

Desde 1994, quando Copa e eleições passaram a ocorrer no mesmo ano, os candidatos sabem que, enquanto não for decidido o torneio de futebol, a campanha política é um pesadelo que atrapalha o sonho de erguer a taça. Mas a prisão de Lula obriga o PT a adiantar o relógio.

Numa disputa com muitos candidatos, em que um cesto com menos de 20% dos votos pode levar para o segundo turno um pretendente ao trono, parece claro como água de bica que a herança eleitoral de Lula pode influir nos rumos da disputa. Resta saber se o petismo deseja jogar o jogo ou se vai continuar tentando cavar faltas.

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Enfim 2018: um ano crucial para os rumos da política brasileira

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Finalmente 2018 começou, pelo menos do ponto de vista formal. Na prática esse ano já está em curso desde o dia 27 de outubro de 2014 quando as urnas do segundo turno foram abertas. Nunca um ano eleitoral foi tão aguardado e discutido.

Tudo que aconteceu entre 2015 e 2017 foi focando no ano que ora se apresenta ao povo.

São muitas perguntas que serão respondidas até o mês de outubro. Será um pleito diferente sobretudo pela presença de algo inédito: um candidato assumidamente conservador e de direita com chances reais de vitória.

Há tempos alerto que Jair Bolsonaro não deveria ser tratado como piada. Hoje ele encontra-se consolidado no segundo lugar e pode, por incrível que pareça, ser o maior beneficiário de uma eventual (e provável) exclusão de Lula do pleito.

Como assim? Perguntaria o leitor que não consegue enxergar a política além do nariz que respira pelo viés da ideologia. Lógico que uma pessoa de esquerda não votaria num candidato como Bolsonaro. Mas o povão não segue essa lógica. O grosso do eleitorado do PT tem gratidão a Lula pelos programas de inclusão social. Sem o líder petista, eles vão migrar para outro tipo de populismo: o de Bolsonaro bem ao estilo “bandido bom é bandido morto”.

E Lula? Seu futuro político está nas mãos do judiciário. A candidatura é mais que viável mesmo com todo o desgaste que sofre. Mas a ficha limpa pode tirá-lo do pleito.

O PSDB segue minguando principalmente pelo efeito Bolsonaro que lhe tirou boa parte do voto antipetista. O partido entra 2018 tentando se reinventar como alternativa de centro, mas manchado pelos escândalos de corrupção e imagem atrelada ao governo de Michel Temer.

Outros nomes brigam para não serem coadjuvantes em 2018. Destaque para Ciro Gomes (PDT), Álvaro Dias (PODE) e Marina Silva (REDE).

A surpresa pela esquerda pode ser Guilherme Boulos, Coordenador Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Ele pode ser o candidato do PSOL.

O ano de 2018 já começou e pode ser de uma virada de rumos na política brasileira.

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