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Operação Cidade Luz resulta em condenação para seis pessoas

Operação Cidade Luz investigou crimes de 2011 (Foto: Alex Régis) – Imagem meramente ilustrativa

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) obteve a condenação de seis pessoas pela prática dos crimes de fraude à licitação e de corrupção envolvendo serviços de decoração natalina para o Município de Natal. A contratação, ocorrida em 2011, da empresa Enertec Construções e Serviços Ltda pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (Semsur) previa o pagamento de R$ 3,75 milhões. A decisão pela condenação é da 9ª vara Criminal de Natal e é relativa a operação Cidade Luz, do MPRN.

Foram condenados Maurício Ricardo de Moraes Guerra e Jorge Cavalcanti de Mendonça e Silva, na condição, respectivamente, de sócio-administrador e sócio-gerente da empresa; o então secretário municipal de Serviços Urbanos (Semsur), Cláudio Porpino; o então secretário adjunto da Semsur, Mounarte Leitão de Medeiros Brito; o ex-secretário adjunto de operação da Semsur, Salatiel de Souza; e o então diretor do departamento de iluminação pública da Semsur, João Maria Gomes.

Na denúncia ofertada pelo MPRN, foi demonstrado que em 2011 os dois sócios da Enertec prometeram vantagem indevida aos então integrantes da Semsur. O objetivo era que cada um, na esfera das atribuições dos cargos que ocupavam na secretaria municipal, viabilizassem a contratação da empresa para a execução dos serviços de decoração natalina daquele ano.

O MPRN apontou que os quatro integrantes da Semsur, na condição de servidores públicos, teriam aceitado a promessa de vantagem indevida, conforme mensagem de e-mail trocada entre os empresários Jorge Cavalcanti e Maurício Guerra no dia 5 de novembro de 2011.

O MPRN ainda detalhou o modus operandi da atuação de cada integrante da Semsur, de modo que frustraram o caráter competitivo do procedimento licitatório em questão. Tratava-se de uma concorrência pública para a contratação de empresa especializada na execução dos serviços de engenharia, sob forma de fornecimento, confecção, montagem, manutenção e desmontagem dos elementos que compõem a iluminação natalina de 2011 da capital potiguar.

Penas

Para os dois empresários, as penas aplicadas foram de 6 anos e um mês de reclusão; enquanto que para os ocupantes de cargos de comissão foi fixada em 6 anos e seis meses de reclusão – além de uma pena de 2 anos e 4 meses de detenção para todos os seis envolvidos. A pena de Cláudio Porpino foi fixada em 4 anos e 10 meses de reclusão, pois no entendimento do Supremo Tribunal Federal, o cargo de secretário municipal não é cargo em comissão.

A sentença também determinou a perda dos cargos públicos, funções públicas ou mandatos eletivos dos réus Cláudio Porpino, Mounarte Brito, João Maria Gomes e Salatiel de Souza, “seja em relação aos ocupados à época, seja em relação aos que atualmente ocupem, tendo a violação manifesta dos acusados aos seus deveres para com a Administração Pública”.

Fonte: MPRN

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Carlos Eduardo perde coordenador de campanha para a cadeia

Carlos Eduardo com Batata e o vereador Lobão, presos hoje

Há um mês o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) estava em festa pela conquista do apoio do prefeito de Caicó Robson Batata (PSDB) após uma disputa com o governador Robinson Faria (PSD).

O passe de Batata foi tão valorizado que logo ele foi definido como coordenador da campanha pedetista.

Hoje o mundo caiu em cima de Carlos Eduardo Alves que viu um de seus principais aliados ser preso na Operação Tubérculo, desdobramento da Operação Cidade Luz que muitos problemas causam ao pedetista.

Junto com Batata caíram o lobista Edvaldo Pessoa de Farias e o vereador Raimundo Lobão (MDB), que também tinha declarado apoio a Carlos Eduardo.

Carlos ganhou de Robinson o apoio de Batata, agora perde o apoio do tucano para a cadeia.

Para saber mais sobre a Operação Tubérculo veja abaixo

Vereador também é preso em operação. MP divulga conversa usada como prova de envolvimento de prefeito em esquema

Prefeito é preso em operação do MP 

Lobista preso é funcionário de gabinete de deputada 

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MP faz busca e apreensão em casa de parentes de vereador

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O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de parentes de um vereador de Natal no início da manhã desta terça-feira (10). O nome do parlamentar está mantido sob sigilo porque o processo está sob segredo de justiça.

A ação é um desdobramento da operação Cidade Luz e contou com a participação de três promotores de Justiça com atuação na área de Defesa do Patrimônio Público.

A Operação Cidade Luz investiga o desvio de R$ 22.030.046,06. O presidente da Câmara Municipal de Natal Ranieri Barbosa que chegou a ficar cinco meses afastado do cargo.

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Carlos Eduardo renuncia ao cargo de prefeito no dia em que delação revela suposta de propina de R$ 280 mil

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Carlos Eduardo Alves (PDT) é um homem audacioso. Mesmo com as pesquisas mostrando o tamanho da dificuldade que lhe separa do Governo do Estado, decidiu fazer o mesmo trajeto político que Wilma de Faria fez há 16 anos.

Agora é um ex-prefeito sem foro privilegiado e alvo de uma delação que o coloca em situação embaraçosa. Os documentos da Operação Cidade Luz vazados pelo Agora RN revelam que Carlos Eduardo Alves teria acertado propina de R$ 300 mil para receber via caixa dois de campanha em troca de obras de iluminação na capital do Estado. No fim das contas, segundo a delação, recebeu R$ 280.

Quem conta a história é o autor dos pagamentos: os empresários Allan Emmanuel Ferreira da Rocha e Felipe Gonçalves de Castro.

Carlos Eduardo obviamente nega, mas sabe que agora está vulnerável juridicamente e em ano eleitoral.

Logicamente a delação da Operação Cidade Luz não vazou por acaso, mas dará o tom do que vem pela frente até o outubro.

O negócio vai feder!

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Carlos Eduardo sofre dois abalos em projeto de disputar o Governo do Estado

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O dia não foi fácil para o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) que se articula para ser candidato ao Governo do Estado com apoio dos grupos tradicionais.

Primeiro, Natal amanheceu com outdoors espalhados pela cidade mostrando que o prefeito prometeu cumprir o mandato até 2020. A iniciativa do deputado estadual Kelps Lima (SD) coloca em xeque a palavra do pedetista.

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Em outra frente o cientista político Daniel Menezes registra no Blog O Potiguar que a Operação Cidade Luz está com processo suspenso para inclusão de acordo de delação premiada.

A operação investiga um desvio de R$ 22 milhões na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos envolvendo o hoje presidente da Câmara de Natal Ranieri Barbosa (PDT) entre os anos de 2013 e 2017, primeira gestão do atual prefeito.

Foto: assessoria Kelps Lima