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Deputados aprovam projetos de combate à violência e referendam calamidade

Assembleia Legislativa aprova medidas em sessão remota (Foto: AL/RN)

A Assembleia Legislativa do RN aprovou, em votação por Sistema de Deliberação Remota (SDR), no início da tarde desta quarta-feira (06), dois projetos de lei voltados ao combate à violência contra a mulher. O que dispõe sobre a comunicação pelos condomínios residenciais aos órgãos de segurança pública, sobre a ocorrência ou indícios de violência doméstica e familiar contra mulher, criança, adolescente ou idoso, em seus interiores e o que autoriza o projeto “Casa Abrigo” em Natal. As duas iniciativas são de autoria da deputada Cristiane Dantas (SDD).

“É do conhecimento de todos que a violência doméstica e familiar ainda é uma infeliz realidade em nosso País e no Rio Grande do Norte. Certamente, a conscientização da população sobre a importância de denunciar os casos de violência doméstica e familiar está aumentando, porém entendemos que outras medidas também devem ser adotadas para que cada vez mais os agressores sintam-se coibidos em praticar os atos de violência”, justificou Cristiane Dantas, autora da proposta. “Temos que, cada vez mais, responsabilizar a sociedade nos casos de violência contra as mulheres”, completou a relatora da matéria, a deputada Isolda Dantas (PT).

O segundo projeto de lei, que autoriza o projeto “Casa Abrigo” em Natal, com atendimento regional, é amparado pela Lei Maria da Penha. “A violência contra a mulher possui dados preocupantes no Rio Grande do Norte. Nos últimos três anos, cresceu o número de mulheres assassinadas embora se tenha registrado uma queda na quantidade de feminicídios. Nesse contexto, o projeto Casa Abrigo é uma reivindicação que não pode mais ser adiada”, justificou Cristiane Dantas. A iniciativa foi elogiada pelos deputados Isolda Dantas, Sandro Pimentel (Psol) e Coronel Azevedo (PSC).

Também foi aprovado o projeto de lei, de autoria do deputado Coronel Azevedo, que tem como objetivo dar publicidade aos dados relacionados à violência e criminalidade no RN. Além da publicidade, “busca mensurar com penhor os dados da área, demonstrando a proporção das atividades para auxiliar na estrutura estatal diante do desfecho dos crimes a fim de instrumentalizar a formulação de políticas de segurança”, justificou.

Calamidade

Ainda durante a sessão ordinária por videoconferência desta quarta-feira (06), a maioria dos deputados presentes aprovaram oito pedidos de decreto de estado de calamidade pública nos municípios de Equador, Ipanguaçu, Macau, Ouro Branco, Riacho da Cruz, Riachuelo, Ruy Barbosa e Tangará.

Os decretos têm como base as Leis Orgânicas dos Municípios e em consideração ao Estado de Emergência em Saúde Pública (ESPIN), decretado pelo Ministério da Saúde, em virtude da disseminação global da infecção humana pelo novo Coronavírus e a declaração da condição de transmissão pandêmica anunciada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os documentos também levam em consideração que a crise provocada na Saúde Pública, impõe o estabelecimento das medidas de enfrentamento da pandemia. Para tramitação dos expedientes a Assembleia Legislativa disponibilizou o e-mail secleg@al.rn.leg.br, através do qual a documentação pode ser remetida pelos municípios.

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Casa de vereador é alvo de arrastão

Manoel Bezerra passa bem (Foto: Edilberto Barros)

A casa do vereador Manoel Bezerra (PP) no Sítio Chafariz, Zona Rural de Mossoró, foi alvo de um arrastão na tarde desta sexta-feira, 24. O parlamentar estava no local onde vinha cumprindo quarentena.

Conforme o Blog do Barreto apurou três elementos armados chegaram trancaram as pessoas que estavam na casa dentro de um quarto e levaram objetos e carnes.

Além do de uma caminhonete modelo S 10 branca.

O vereador e os que se encontravam na casa estão bem e neste momento estão prestando depoimento na Delegacia de Plantão no Alto de São Manoel.

Nota do Blog: alguns objetos já foram recuperados.

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Para o capital lucrar com o mercado bélico e de drogas, são os negros que são massacrados

Por Benny Briolly

As desigualdades no Brasil, que tem a questão étnico-racial, como uma das principais características, são frutos de um longo período escravista, do processo de implementação do modo de produção capitalista e do processo de abolição, marcado pela modernização combinada com as características escravistas. O Brasil, ao longo dos anos, ao desenvolver-se enquanto país capitalista dependente articula políticas econômicas e assistenciais do neoliberalismo, formando um Estado de políticas criminais, configurando o Estado penal, e aderindo a barbárie. A miséria então tem sido gerida à condicionalidade do sistema penal e a juventude negra e pobre, tem sido o alvo desta governabilidade produtora de medos, vingança social e extermínio de uma população específica concomitantemente à políticas focalizadas de combate a pobreza extrema.

Com o acirramento das políticas neoliberais e do reordenamento do Estado como alternativas de enfrentamento à crise, houve significativa precarização das políticas sociais, sobretudo da política de Assistência Social e aumento das expressões da questão social. Como forma de enfrentamento a estas expressões, o Estado brasileiro implementa políticas focalizadas de transferência de renda e combate à miséria, porém essas políticas são insuficientes para acalmar as tensões entre as classes. Ao mesmo tempo em que se intensifica a luta de classes, o Estado exaspera também seu aspecto punitivo e repressivo, articulando as políticas focalizadas de combate a pobreza extrema com as políticas oficiais e oficiosas de criminalização da classe trabalhadora e “guerra aos pobres”, que tem na juventude trabalhadora e negra o seu foco.

A lógica de criminalização da juventude negra, trabalhadora e moradora de favela, origina-se do legado imperial-escravista, que historicamente funcionou para encobrir a intensa conflitividade social e os diferentes projetos de cidade. No “liberalismo à brasileira”, a lógica dos direitos não poderia ir de encontro à lógica da propriedade, mantendo a escravidão, sem se referir a ela.

Desta forma, o negro no Brasil, desde o período escravocrata, fora “construído como mercadoria produzida pela lógica de acumulação de valor, considerado um objeto, produto de uma elaboração social, e como tal, carregado de valor de uso e valor de troca que, quando se torna “supérfluo”, um problema, deve ser descartado.

Deste entendimento, emerge como estratégia neoliberal “a nova gestão da miséria” que nos leva a compreender a articulação das políticas econômicas e assistenciais, para a crítica ao Estado de políticas criminais, que configuram um Estado penal, que adere subjetivamente a barbárie. A gestão da miséria então está condicionada ao sistema penal e a juventude tem sido o principal alvo desta governamentalização, que produz racionalidades, projetos e programas que irão gerir estas contradições do sistema capitalista, em um viés que articula e associa a vitimização simbioticamente com a criminalização, neutralizando as políticas, pois, prevenção e repressão se tornam a mesma coisa.

O Estado penal é então um eficaz propulsor cultural e que no Brasil contemporâneo, a questão criminal tem especialidades. A concepção de território traz em si a ideia de que o espaço geográfico é um sistema que indissocia objetos e ações assim, o território necessita ser considerado como categoria e analisado socialmente. Milton Santos define o território politicamente, onde as relações são contraditórias e dialéticas, o que significa a “geografia das desigualdades”.

Nesta lógica, é necessário perceber algumas questões como maiores ou menores concentrações de serviços e informações, maiores ou menores densidades de leis, normas, regras reguladoras da vida coletiva a serviço das forças hegemônicas e do Estado que definem e demarcam as realidades espaciais e intensificam as desigualdades. Com isso, o Estado policialesco configura o seu papel de controle truculento das áreas pobres da cidade, pois, não há política de segurança pública articuladas, capazes de gerar serviços que rompam com a “geografia das desigualdades”.

Atribuído a estas questões, a lógica do extermínio de uma população específica no Brasil, apreende o fato da desumanização da vítima, que se promove em um discurso, que entende que a única maneira de se combater as “classes perigosas” é exterminando-a. Esta desumanização é fruto de uma produção social ideológica, que dissemina a ideia do perigo. Esta lógica não é simplória e uniforme, ela deve ser analisada a partir de múltiplas determinações e situações específicas, em que se avalia o extermínio em seus custos e benefícios.

Enquanto em outros países, se discutem a questão da “legalização” das drogas, no Brasil, as medidas para repressão ao tráfico e criminalização do uso, se tornam cada vez mais austeras. A Lei 11.343/06 no Artigo 33 dispõe sobre as penas a serem aplicadas, que vão de 5 a 15 anos de reclusão, pautadas no discurso de que a penalização elevada reduza a incidência do envolvimento no tráfico. Entretanto, em 2013, um levantamento feito pela Organização das Nações Unidas, mostrou que na América do Sul, o mercado de cocaína vem se expandindo, e o Brasil está como um dos principais países entre eles. O Estado então, com sua lógica punitiva e de políticas sociais focalizadas, respaldado legalmente, atua de forma a criminalizar a pobreza. Assim, a seletividade do sistema penal brasileiro, historicamente desenvolvida no país e o uso da força letal da polícia, demarcam que a popularmente chamada “guerra às drogas”, tem alvo certo, definido por cor/raça, faixa etária e classe social.

A “guerra às drogas” é contra o povo negro. As armas e as drogas entram nas favelas com o alvará do Estado. O Brasil foi fundado do genocídio. A “ideia das classes perigosas”, como foi formada no Brasil, fundamentam o genocídio do povo negro. Para o capital lucrar com o mercado bélico e de drogas, são os negros que são massacrados, pois, a partir desta construção da subjetividade, pautada no racismo, os negros tornam-se os dispensáveis, que podem ser executados em massa, os desprezíveis.

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Crescimento da violência em Mossoró é destaque em site internacional

A BBC Brasil trouxe um relato detalhado sobre a violência em Mossoró que cresceu 247% em 15 anos. A matéria é profunda e ouviu especialistas como delegados de polícia, o promotor Ítalo Moreira e o jornalista Cezar Alves.  Além do professor Tadeu Brandão, um dos coordenadores do Observatório da Violência.

O material é profundo e traz uma série de dados para o mundo que nós aqui de Mossoró já conhecemos. A explosão da violência em nossa cidade passa pela localização geográfica, desalento econômico, desigualdade brutal e a presença de facções criminosas que disputam territórios.

O texto ainda faz a óbvia analogia com o espetáculo Chuva de Bala no País de Mossoró.

Confira o texto AQUI.

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Quem matou Valéria Patrícia? São quase três anos sem uma resposta

Valéria foi assassinada há quase três anos (Foto: reprodução/Internet)

 

Uma pergunta intriga Mossoró: quem matou a estudante de enfermagem Valéria Patrícia? O crime aconteceu em 11 de setembro de 2016.

Até hoje o caso não teve uma solução. Os assassinos não foram presos nem há suspeitos de serem os mandantes.

Boatos existem de sobra sobre o assunto, mas resultados das investigações são escassos.

O assunto caiu no completo esquecimento na mídia.

Quem matou Valéria Patrícia? Três anos sem respostas.

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A criminalidade dói até no seu bolso

Por Marco Antônio Barbosa*

A criminalidade afeta a vida de todos, direta ou indiretamente. Dos que choram seus entes queridos até àqueles que se acham distante das periferias ou zonas de altas taxas de violência. Mesmo atrás das grades de condomínios e com todos os sistemas de segurança e tecnologias existentes, ela vai te atingir. Neste ano, o Atlas da Violência, estudo realizado e divulgado este mês pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que o preço dos produtos e dos serviços pode aumentar em até 30% por causa dos gastos relacionados à segurança.

O roubo de cargas é o campeão nestes gastos. A pesquisa aponta que 13% das empresas transportadoras faliram por não aguentarem os custos elevados para manter um bem seguro dentro de seus caminhões em estradas com pouco policiamento e à mercê de quadrilhas que prosperam a cada dia. Este ‘custo violência’ influi também diretamente no valor de fretes.

Além dos impostos já embutidos que encarecem nossos bens de consumo, os valores absurdos gastos com segurança privada por parte das empresas, tratam de deixá-los ainda mais caros. Como sempre, na ponta final está o consumidor, que mais uma vez paga a conta (sem falar de impostos e outros tributos) de um Estado que não consegue evitar assaltos, roubos e mortes.

É essencial entendermos o grau de complexidade da segurança pública no país, ninguém está a salvo dos reflexos e consequências. Por este motivo, a sociedade precisa ser a chave da cobrança por mais inteligência na condução deste setor.

Não basta somente investimentos, pois eles são feitos. O gasto com segurança pública cresce ano a ano. É necessário um planejamento estratégico na hora de investir. O crime organizado e suas tecnologias se mostram anos luz a frente das nossas polícias. A burocracia do Estado barra ações integradas entre a união. Sistemas de alinhamento de dados, estrutura em inteligência policial e um sistema judiciário rápido e, também, integrado entre as federações está na base da resolução do problema. O Brasil é um país continental e não pode ficar nas mãos de políticas isoladas. O crime organizado age como um todo, sem limitar fronteira de estados.

Enquanto o Governo ‘bate a cabeça’ e não consegue aprovar com rapidez os pacotes anticrimes propostos, a população segue sentido as ‘dores do parto’. O tiro que atinge um inocente, em um roubo seguido de morte, ou um caminhão que teve a carga roubada em uma rodovia sem sinalização, iluminação ou policiamento, ecoam na vida de todos os brasileiros.

É a teoria do efeito borboleta, onde uma brisa em um continente pode proporcionar um furacão em outro.

Então, antes de mudar de canal ou passar sem ler as notícias de violência que assolam o país, pense que o preço do seu computador ou da sua TV, por exemplo, ficam bem mais caros por descasos com os crimes que nos cercam. Não deixe barato também para nossos governantes. Envie essa notícia para o vereador, deputado ou senador que você votou. Cobre e fiscalize. Somente assim este ‘efeito borboleta’ pode virar de lado.

Uma cobrança por e-mail pode apressar uma lei, que, no fim deste ciclo, deve desarmar um criminoso. Desta forma, já estão nas nossas mãos a principal arma contra a criminalidade. Use-a sem moderação.

*É especialista em segurança e diretor da CAME do Brasil.

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Ação do MP e PM prende um dos mandantes do assassinato de radialista

Uma ação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), com apoio da Polícia Militar, resultou na prisão do advogado Rivaldo Dantas de Farias, na manhã desta sexta-feira (5), em Caicó/RN. Ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato do radialista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, executado em 2010 na cidade seridoense.

A prisão preventiva do advogado foi decretada pelo Juízo da 1ª vara da comarca de Natal, atendendo o pedido da 15ª Promotoria de Justiça. O réu já foi denunciado pelo MPRN à Justiça pelo crime de homicídio, com três qualificadoras: motivo fútil, emboscada e morte mediante promessa de recompensa. Ele também já foi pronunciado em sentença e, em breve, será levado a Júri popular.

Gomes tinha 46 anos e trabalhava na rádio Caicó AM. Foi assassinado na noite de 18 de outubro de 2010, deixando mulher e três filhos. Ele foi atingido por três tiros de revólver na calçada de casa. Vizinhos ainda o socorreram ao Hospital Regional de Caicó, mas F. Gomes não resistiu aos ferimentos.

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Vereador de Mossoró é assaltado

Blog Diário Político

 

Flávio Tácito foi assaltado na porta de casa (Foto: reprodução redes sociais)

Não está nada fácil conviver com a falta de segurança em Mossoró. O Diário Político noticiou semana passada assalto sofrido pela vereadora mossoroense Aline Couto (sem partido.

Desta vez a vítima da violência foi o vereador Flávio Tácito (PPL). Na sua página do Facebook Flavinho contou como foi a ação dos bandidos na noite de segunda-feira, 20/05: “Fomos assaltados na porta de nossa casa e tivemos nossos bens como carro, celulares e documentos levados por assaltantes. Apesar do triste ocorrido e das percas materiais, nenhum mal nos aconteceu. Deus é conosco!”

Num passado recente o parlamentar já foi vítima de outros assaltos e também desta vez, voltou a cobrar melhoria da segurança pública em Mossoró, destacando sua veia religiosa escreveu: “Continuaremos lutando para que tenhamos uma Mossoró cada vez mais segura e melhor para se viver! Que Deus abençoe a cada um de vocês e que poderosa intercessão de Santa Rita venha a nos livrar de todos os perigos”.

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RN é o segundo Estado do país que mais reduziu número de homicídios

 

Por G1RN

O Rio Grande do Norte foi o segundo estado com a maior redução no número de homicídios no 1º bimestre deste ano. De acordo com o Monitor da Violência do G1 – que analisa números de assassinatos em todo o Brasil – o RN teve 41,9% a menos de assassinatos em comparação com os dois primeiros meses de 2018. O Ceará foi o estado com a maior diminuição de mortes: 57,9%. No país, a redução foi de 25%.

Confira a reportagem completa AQUI

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Juiz insinua que redução dos índices de violência no RN é fruto de acordo entre facções criminosas

O Rio Grande do Norte vem registrando queda nos índices de homicídios nos últimos meses. Os índices positivos são comemorados pelo Governo do Estado, mas também se tornaram objeto de desconfiança de autoridades como o juiz de execuções penais Henrique Baltazar.

No Twitter ele demonstrou desconfiança de que exista um acordo entre facções. “Espero que a redução dos homicídios no RN decorra do controle do sistema prisional e combate feito pelo Gaeco-MP aos grupos de extermínio em fins de 2018. Mais PMs nas ruas reduz outros crimes, mas tem pouca influência nas CVLIs e não resultado de acordo entre facções criminosas”, avaliou.

Experiente, Baltazar conhece bem o assunto. A equipe da governadora Fátima Bezerra (PT) não comentou o assunto.

Nota do Blog: CVLI significa Condutas Violentas Letais Intencionais.