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Secretário revela que despesa com pessoal subiu 19% e que LC 194 “feriu de morte” o ICMS

O Secretário Estadual da Fazenda do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier, compartilhou em suas redes sociais um balanço que foi previamente publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) com o resultado fiscal potiguar no 3º bimestre de 2023. Ele aproveitou a publicação para apresentar um comparativo com o mesmo período de 2022.

De acordo com os números apresentados, chama a atenção o aumento nos gastos com pessoal, que chegam a quase 20% em um ano. Nos seis primeiros meses de 2022 foram destinados R$ 4.737.230.797,00 enquanto nesse ano os gastos com pagamento de salários foram de R$ 5.676.343.877,30, uma diferença de quase R$ 1 bilhão.

“O fato do gasto com pessoal e encargos ter crescido 19,82% e a receita corrente arrecadada somente 2.49%.  Não há como manter as contas equilibradas com este quadro e, por isso, venho insistindo na necessidade de contenção do crescimento da folha nos próximos ano”, avaliou.

Outro ponto importante e que impressiona nos dados apresentados se refere à diminuição do superávit orçamentário do estado. A redução tem relação com as alterações na política de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que reduziu drasticamente a arrecadação do RN. Em nível de comparação, em 2022 foi de R$ 1.632.500.172,38, no primeiro bimestre de 2023 o valor foi de R$ 751.110.869,86, uma variação negativa de 53,99%. “A justificativa para o baixo crescimento das receitas no período, ocasionada pela combinação dos efeitos da LC 194, que feriu de morte o ICMS comparado com o mesmo período do ano passado, e a estagnação do FPE causada principalmente pela manutenção dos juros altos”, avaliou.

“A busca no segundo semestre é por um crescimento consistente das receitas de ICMS para que consigamos fechar as contas do ano inclusive com o pagamento do 13° salário. Além disso, vamos atrás de receitas extraordinárias como a adesão ao PEF para a retomada dos investimentos”, complementou.

Ele disse ainda que o gasto com pessoal do Fundeb subiu de 79,55% para 86,46%. “Não sobra quase nada para custeio e investimento”, lamentou.

Confira os dados apresentados:

Fonte: Twitter Cadu Xavier
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Governo do RN registra superávit pelo segundo ano seguido

O Governo do Rio Grande do Norte e as outras 26 unidades federativas do Brasil encerraram o ano de 2021 com superávit nas contas públicas.

É o segundo ano seguido o Governo do RN encerra o exercício financeira com as contas no azul depois de quatro anos seguidos de contas deficitárias na gestão de Robinson Faria (PSD) mais 2019 quando as folhas atrasadas pesaram no saldo negativo. “Governo Robinson Faria teve déficit orçamentário em TODOS os anos. Como NÃO contabilizou as folhas que deixou de pagar, em 2019 tivemos que contabilizar essas folhas e foi mais um ano de déficit gerado pelo governo FARIA. A partir da nossa gestão o RN entrou nos trilhos”, postou no Twitter o secretário de planejamento Aldemir Freire.

Ele lembra que no Governo anterior o déficit cumulado foi de R$ 3,14 bilhões e o desequilíbrio foi revertido atindo superávit de R$ 525,6 milhões. “Superávit orçamentário utilizado p pagar rombo da gestão anterior”, acrescentou.

A arrecadação do Rio Grande do Norte em 2020 foi R$ 13,06 bilhões subindo para R$ 15,12 bilhões em 2021 numa alta de 15,8%. “Não podemos permitir que o RN volte a registrar déficit orçamentário estrutural. Precisamos abandonar de vez a década perdida das duas gestões passadas e manter o quadro, que esse governo construiu, de contas públicas estruturalmente equilibradas”, alertou Aldemir.

O secretário estadual de tributação Carlos Eduardo Xavier lembrou que o desequilíbrio fiscal da gestão de Robinson Faria levou o Governo a atrasar quatro folhas. “Todo e qualquer passo dado agora deve sempre levar em consideração a manutenção do equilíbrio fiscal do RN. Foram anos de desequilíbrio e o preço foi pago por toda a sociedade mas principalmente pelos servidores que chegaram a ter 4 meses de salários atrasados”, escreveu nas redes sociais.

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O que a indústria das fake news no RN quer esconder de você

Por Daniel Menezes*

Há um problema político a ser resolvido por quem sofre com ele na disputa pelo poder nas terras de poti. O Governo do RN anuncia que vai pagar mais uma folha aberta do passado. Trata-se de uma vitória irremediável. Ora, tal situação expõe objetivamente uma diferença administrativa da gestão atual quando comparada as anteriores. Mas como reconhecer os erros pretéritos e a vitória do oponente não faz parte do metiê da fina arte de Maquiavel, a saída por aqui adotada tem sido a popularizada pelo bolsonarismo em voga – e me permita o uso do português claro -, ou seja, mentir. É fundamental apresentar a linha do tempo que nos trouxe até aqui para que o leitor compreenda o que a indústria das fake news local quer esconder, pelo que ela ganha razão de ser.

Para além da cortina de fumaça criada pelos operadores de falsidades no RN, o governo de Rosalba Ciarlini foi muito ruim. Foi naquele momento em que as contas públicas deterioraram de vez, os números negativos de segurança pública, que já eram crescentes, dispararam, a educação pública patinou para traz. O RN virou pária na região nordeste. Não nos esqueçamos ainda o modo como o marido da governadora, Carlos Augusto Rosado, criou uma espécie de reinado potiguar em que o diálogo com a sociedade civil e com os poderes foi cerceado. A denominada Rosa forjou uma administração de paralisia. O uso do fundo previdenciário virou consequência lógica.

A administração de Robinson Faria veio em seguida. Alguns acertos foram alcançados. Porém, Robinson foi incapaz de fazer aquilo que teria lhe dado sua reeleição – as reformas fiscais e administrativas necessárias para reequilibrar as contas públicas e a prestação dos serviços estatais. Nesse mesmo blog, advoguei desde 2015 em favor da reforma da previdência estadual, implementação de teto de gastos, venda de ativos e outras iniciativas. O Ceará e a Paraíba tomaram medidas duras e conseguiram atravessar a crise fiscal, reelegeram seus grupos políticos e promoveram investimentos próprios. O quadro herdado de Rosalba, de uma máquina que rodava gastando mais do que arrecadava, permaneceu, deixando assim quatro folhas abertas.

A ironia do destino foi que coube a um governo do PT, que quase sempre fez oposição no RN e bateu nas reformas, implementar novo marco previdenciário, um teto de gastos para as finanças públicas e outras transformações nessa perspectiva. Era óbvio que, uma vez no poder, Fátima Bezerra iria fazer o que fosse necessário para reequilibrar as contas públicas e normalizar os serviços. Discurso de oposição é uma coisa. Condução de um governo outra completamente distinta. Resultado: duas folhas abertas quitadas, queda nos números de violência, direção política pautada no diálogo com a sociedade civil e os poderes instituídos e a sinalização de uma máquina estatal que gira melhor, mesmo diante de uma terrível pandemia.

Ora, este é o cenário posto para quem respeita os fatos e trabalha com a publicação de indicadores que conseguirá sustentar sem medo de passar a vergonha – que alguns infelizmente não têm – amanhã de vir a ser corrigido.

Mas é da natureza das elites ansiarem o poder e o contexto apresentado acima torna a reeleição do atual governo uma consequência lógica, algo que quem sempre mandou no RN tenta evitar de todas as maneiras. A indústria das fake news instalada por aqui visa ocultar o passado em que tomou parte, para encaminhar um presente inexistente. Por fim, escolhas erradas na adesão de um presidente capaz de recusar a compra de vacinas em plena pandemia, criaram a estratégia para os ditos cujos.

Só resta mentir. Faltar com a verdade de uma forma e em uma intensidade em que uma dimensão paralela foi erguida. E no mundo fantástico de bobby, o passado administrativo era maravilhoso e o atual que paga duas folhas atrasadas é péssimo. É o planeta em que a cloroquina funciona contra o coronavírus e o presidente Jair Bolsonaro mandou 18 bilhões para o Estado para enfrentar a pandemia, ainda que o orçamento total do governo estadual em 2020 tenha sido de 13 bilhões.

A indústria das fake news não trabalha com fontes, mas linguagem ofensiva, falsa e sensacionalista. E, quando as instituições caracterizadamente desmontam as farsas alastradas, nova mentira é propagada e desonsidera-se mais uma vez a verdade. O método é não gerar margem para a reflexão ponderada. Aproveitando-se de quem trabalha com critérios mínimos de faticidade – você pode ter direito a opinião mas não aos fatos -, indústria das fake news labora no caos em que acontecimentos reais são suplantados por narrativas e debates substituídos por desqualificações pessoais e enquadramentos pejorativos no anonimato das redes sociais.

Mas cabe deixar aqui uma conclusão de otimismo apontada pelos acontecimentos como cada vez mais realista. O bolsonarismo na esfera pública irá passar. Esse modo de fazer política perde seguidores cotidianamente, conforme as pesquisas e por isso os adeptos de tal visão extremista de mundo radicalizam em seus ataques, mentiras e comportamentos contra indivíduos e instituições. E, quando forem completamente suplantados, os seus apoiadores virarão melancólica nota de rodapé da história.

*É sociólogo e professor da UFRN.

Este artigo não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema.

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Prefeitura anuncia economia de R$ 350 mil com mudança de sede de secretaria

Secretário afirma que fluxo de trabalho também melhorou com mudança (Foto: Allan Phablo/PMM)

Mudanças na Secretaria Municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente, Urbanismo e Serviços Urbanos (SEIMURB) já geraram uma economia da ordem de 350 mil reais mensais. Uso de novas tecnologias, organização dos setores de produção e atendimento, bem como integração dos setores em um único prédio estão entre as medidas tomadas pela pasta que resultaram na contenção de gastos.

“Nós temos três premissas básicas. A primeira é a organização que é fundamental para uma maior produtividade. Organizamos a casa usando tecnologia, pois não tínhamos um sistema de gestão e hoje contamos com um programa gratuito, onde controlamos todas as atividades executadas”, detalhou Brenno Queiroga, secretário da SEIMURB.

Houve ainda reorganização nos arquivos físicos e digitais, com armazenamento virtual, otimizando o trabalho dos servidores. O terceiro ponto diz respeito a alteração no funcionamento dos setores de produção e atendimento.

“Esse fluxo já melhorou bastante o nosso trabalho com mais organização, mais tecnologia e menos custos. Já estamos numa margem de redução de custos de 350 mil reais por mês, pretendendo esticar com uma meta ousada de meio milhão de reais mensais”, destacou Brenno Queiroga.

O secretário elencou algumas medidas adotadas no início de gestão que contribuíram para a redução dos custos. “Nós tínhamos um prédio alugado onde funcionava o departamento de Meio Ambiente e Urbanismo. Entregamos esse prédio e com isso remanejamos todos os serviços de lá para a sede da SEIMURB. Gerou economia no aluguel, na energia, na rede lógica, e de logística de transportes”, explicou o secretário.

A pasta ainda trabalha com menos cargos comissionados. Antes eram 79, hoje, são 29 servidores em cargos comissionados. Houve redução no número de veículos alocados e próprios. O gasto com combustíveis será reduzido em 25 mil reais. Já no tocante ao pagamento de horas extras, a economia gira em torno de 160 mil reais mensais.

Fonte: Secom/PMM

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Três tetos e uma área de serviços

João Carlos Marchesan*

Há, na pratica, um consenso sobre o fato do Brasil gastar muito acima de suas receitas e, principalmente, gastar mal, aí incluídos juros reais elevados. Isto se reflete num déficit primário que é coberto com a emissão de papeis, o que aumenta a relação dívida/PIB, até que o endividamento cresça a ponto de impedir o governo de investir, dificulte a rolagem da dívida, aumente os juros e se torne um óbice para o crescimento do país.

Esta tendência, que tem sido uma constante histórica, tem levado, sucessivamente, diversos governos a tentar limitar os gastos públicos através de leis específicas. Assim instituímos a regra de ouro, o superávit ou déficit primário constam no PLOA-Projeto de Lei Orçamentária Anual, a lei da responsabilidade fiscal ameaça prender o governante que gastar mais do permitido até que, em desespero de causa, o governo inscreveu na constituição o teto dos gastos como solução final para o problema.

Mas, quando a lei fecha uma porta, encontra-se outra saída, diz um velho ditado italiano e o fato é, que as boas intenções dos autores da lei e dos legisladores, nem sempre resultam em boas soluções. Na prática, as restrições das leis anteriores acabaram sendo burladas, de um jeito ou de outro, e a lei do teto dos gastos, entendida como uma solução draconiana e definitiva, ameaça criar mais problemas dos que pretendia resolver.

De fato, esta lei, ao obrigar que o total da despesa pública permaneça constante em valores reais, ao longo dos próximos anos, torna a disputa pela fatia de cada uma das despesas do orçamento uma luta, onde as corporações e lobbies mais fortes aumentam suas fatias do bolo em detrimento dos setores ou interesses menos organizados. Em termos práticos, até agora, quem perdeu espaço foram os investimentos e, em menor grau, saúde e educação.

As boas intenções dos autores da lei eram utópicas, imaginando que, face ao crescimento vegetativo de certas despesas, como as da Previdência Social, os legisladores reduziriam os privilégios de alguns para manter ou até aumentar as despesas de interesse social como saúde, educação e transferências de renda. Entretanto, na prática, entre cortar aposentadorias integrais ou benefícios descabidos, ou cortar o SUS, é o SUS que irá pagar o pato.

Há uma sensação crescente que a lei é inexequível, além de não ser defensável, num país pobre como o Brasil, congelar o montante dos gastos com a saúde, educação, segurança e demais serviços públicos, pelos próximos anos desconhecendo o crescimento da população e suas carências mais prementes. Assim é imperativo alterar a lei, apesar da chantagem do “mercado” que recorre ao terror da insolvência e a outros espantalhos para manter o teto intocado.

Se, como é reconhecido, os principais problemas estão nos altos salários de parte do funcionalismo, em seus privilégios e penduricalhos, nas altas aposentadorias e pensões que recebem, seria mais lógico que fossem estabelecidos três tetos, para as despesas diretas e indiretas com pessoal ativo e inativo, de cada um dos três poderes. Isto limitaria a luta pela fatia do bolo “interna corporis” sem que fossem canibalizados os setores inorganizados da sociedade.

Para evitar que os funcionários com salários mais baixos acabassem por pagar a conta, deveria ser estabelecido um piso salarial, abaixo do qual não haveria cortes e/ou congelamentos. Nestas condições, os tetos iriam progressivamente garantir a redução progressiva do peso, nas contas públicas, dos salários elevados, aposentadorias, pensões, e dos benefícios dos escalões mais altos do Legislativo, Judiciário e Executivo.

Como governar não se resume a cortar despesas, seria conveniente aproveitar a mudança da lei para criar uma área de serviços, que pudesse utilizar os ganhos com a redução de despesas propiciados pelos três tetos, para criar um orçamento separado para os investimentos públicos em infraestrutura, em projetos de baixa viabilidade econômica mas de alto retorno social,  e para organizar um sistema de renda mínima, que resgate os brasileiros da pobreza absoluta.

Para os mais conservadores e preocupados com o fiscal: se a economia pega no tranco, a arrecadação aparece e mitiga os gastos públicos. Vale lembrar que tem efeito multiplicador do gasto, a relação da equação Dívida/PIB, não porque a dívida é alta, mas sim, porque o PIB é baixo, o Brasil precisa crescer, e só crescerá com investimentos. PRECISAMOS TRABALHAR NESSE SENTIDO.

*É administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ.

Este artigo não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema.

 

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Prefeitura envia nota em que explica que recortou apenas algumas receitas para anunciar perdas

A Prefeitura de Mossoró enviou nota ao Blog do Barreto para informar que ao anunciar perdas de R$ 32 milhões nos meses de abril, maio, junho e julho o faz com base em algumas receitas e não no plano geral.

Confira a nota e a nossa tréplica mais embaixo:

Sobre a matéria publicada que repercute os dados que informamos sobre a queda de receitas, alguns esclarecimentos:

– nosso estudo se baseou nas principais receitas do município ficando clara a delimitação das receitas discricionárias na nossa matéria (receita própria, FPM, repasse do ICMS, royalties e FUNDEB). Estes números,exceto a receita própria, estão disponíveis no tesouro nacional e demonstrativo de arrecadação do Banco do Brasil;

– Se há no seu levantamento outras receitas, como as transferências fundo a fundo, não foi o objetivo do nossa análise avaliar estas receitas. No mais, claro que estes repasses para a saúde e assistência social podem ter aumentado, mas no grupo de receitas que são mais sensíveis aos fatores econômicos os valores sofreram forte decréscimo, conforme matéria divulgada no site oficial.

Nota do Blog: a Prefeitura de Mossoró faz rodeios para tentar passar a imagem de que está sofrendo quedas de arrecadação fingindo que não foi compensada com recursos extras que levaram a gestão a arrecadar mais do que ano passado. O Blog usou os dados que estão no Portal da Transparência.

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Foro de Moscow

Receitas da Prefeitura de Mossoró caíram entre abril e julho? Portal da Transparência mostra o inverso

Narrativa palaciana não bate com informações do Portal da Transparência (Foto: Web/autor não identificado)

Ontem a Prefeitura de Mossoró anunciou por meio de sua assessoria de comunicação que as receitas do Município caíram R$ 32.632.376,98 entre os meses de abril e julho.

O recorte temporal por si só causa estranheza. Afinal de contas o período não forma trimestre nem quadrimestre em relação aos 12 meses do ano.

No entanto, o Portal da Transparência mostra um cenário diferente. A Prefeitura de Mossoró teve um ganho de receitas de R$ 14.776.285,66 no período contrariando a tese divulgada. Isso num comparativo em relação a 2019.

Mês 2019 2020 Diferença
Abril R$ 50.357.571,10 R$ 48.748.864,17 – R$ 1.608.706,17
Maio R$ 50.438.753,01 R$ 47.313.761,64 – R$ 3.124.991,37
Junho R$ 48.383.817,95 R$ 64.040.184,88 + R$ 15.656.366,94
Julho R$ 54.740.711,26 R$ 58.594.328,29 + R$ 3.853.617,03
Total R$ 203.920.853,32 R$ 218.697.328,98 + R$ 14.776.285,66

O pior desempenho nos quatro meses citados pela Prefeitura de Mossoró foi em maio com perdas de R$ 3.124.991,37 logo recompensadas pelos R$ 15.656.366,94 acrescentados num comparativo envolvendo o mês de junho, o melhor desempenho do período.

Os meses de junho e julho apresentaram saldo positivo no comparativo entre 2019 e 2020 graças aos recursos do auxílio emergencial do Governo Federal para Estados e Municípios.

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Governo recebe alerta do TCE

Conselheiro conselheiro Carlos Thompson faz alerta ao Governo (Foto: cedida)

O conselheiro Carlos Thompson Costa Fernandes determinou, nesta segunda-feira (20/01), a notificação do Governo do Estado a respeito do Relatório de Acompanhamento da Gestão Fiscal do Poder Executivo Estadual (RACOM-GOV), referente ao 2º quadrimestre de 2019.

O Racom-Gov monitora aspectos como a gestão fiscal, a execução orçamentária, o cumprimento dos percentuais mínimos em educação e saúde, a situação previdenciária, o crescimento da dívida pública, entre outros pontos. No relatório do 2º quadrimestre, foram encontradas inconsistências, tais como a ausência de remessas de demonstrativos de execução orçamentária e gestão fiscal, como também a necessidade de republicação do demonstrativo da receita corrente líquida.

Além disso, a despesa líquida com pessoal atingiu 65,49% de comprometimento da Receita Corrente Líquida. O percentual é menor que o apurado no primeiro quadrimestre de 2019, mas excede em mais de 15 pontos percentuais o limite legal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Por outro lado, o relatório apontou uma tendência para cumprimento dos limites constitucionais em educação e saúde.

De acordo com o despacho do conselheiro, “o RACOM-GOV configura importante ferramenta para possibilitar ao Poder Executivo Estadual a manutenção de rumos positivos e a correção dos negativos, notadamente porque os achados de auditoria nos Relatórios de Acompanhamento da Gestão Fiscal ao longo do exercício financeiro servirão de base para a emissão de Parecer Prévio por este Tribunal a respeito das Contas Anuais de Governo da Chefe daquele Poder”.

Serão notificados a governadora Fátima Bezerra, o secretário de Planejamento e Finanças, Aldemir Freire, o controlador-geral do Estado, Pedro Lopes Neto, e o contador-geral do Estado, Marcos Antônio Costa. O prazo para resposta é de 15 dias, contado a partir da notificação dos gestores.

Texto: Assessoria TCE/RN

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Um RN de rombo

O vice-governador Fábio Dantas avisou: o Rio Grande do Norte terá um déficit de R$ 2 bilhões de reais em 2019. Há oito anos a governadora Rosalba Ciarlini chegava ao poder choramingando ter recebido uma herança de R$ 800 milhões de rombo.

Sem apelar ao retrovisor como a mesma intensidade de sua antecessora, mas ainda assim lamentando o rombo de R$ 1 bilhão Robinson Faria (PSD) também recebeu um Estado cheio de contas a pagar e contando moedas para quitar as folhas de pagamento.

Seria injusto negar que Robinson não tentou.

Ele cortou comissionado até onde foi possível, mas falhou ao demorar três anos para propor uma reforma profunda no Estado.

Agora o governador é acusado pelo Tesouro Nacional, em matéria da Tribuna do Norte, de maquiar as contas públicas informando que a folha consome 52% (número que já desrespeita os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal) quando segundo o órgão federal esse percentual chega a 86%.

A conta não bate!

Robinson precisa de R$ 1,2 bilhão para quitar cinco folhas em dois meses. É impossível fazer isso arrecadando em média pouco mais de R$ 500 milhões com uma folha de R$ 450 milhões mensais.

O rombo das contas estaduais se confunde com o próprio stado.

Essa será a herança que a governadora eleita Fátima Bezerra (PT) receberá a partir de 1º de janeiro. A petista não terá direito de reclamar mesmo usando como trunfo a proeza de se eleger sem firmar compromissos contundentes.

Fátima sabia o que tinha pela frente quando decidiu se candidatar ao Governo.

O RN é um Estado de rombo.