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E se Bolsonaro tivesse trabalhado contra a pandemia?

Dimas Covas prestou depoimento revelador (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Por Jean Paul Prates*

Quantas vidas brasileiras teriam sido salvas se a vacinação contra a Covid-19 tivesse sido iniciada em dezembro de 2020? Esta é a pergunta da semana, após o País ouvir, estarrecido, a confirmação de que Bolsonaro boicotou a produção da vacina do Instituto Butantan.

Na última quinta-feira (27), o médico, pesquisador e professor Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, testemunhou à CPI da Covid sobre os obstáculos interpostos pelo governo Bolsonaro à produção da vacina e que pelo menos cinco milhões de doses poderiam ter sido administradas ainda em dezembro passado, colocando o Brasil na dianteira do processo de vacinação.

Participei da oitiva do Dr. Covas. Como senador, senti profunda indignação com a confirmação da omissão criminosa do governo. Como cidadão, só pude pensar na dor dos parentes e amigos das quase 460 mil vítimas da pandemia.

Como comprovou o depoimento de Dimas Covas, em dezembro de 2020, o Instituto Butantan já tinha 5 milhões de doses de vacinas aguardando autorização. E se elas tivessem sido aplicadas?

“E se?” costuma ser uma reflexão perturbadora. Quando se aplica a uma situação de vida ou morte, é um remoer dilacerante. “E se a vacina tivesse chegado a tempo de salvar minha mãe, meu pai, meu filho, minha irmã?”

Circula na internet um meme segundo o qual “se você vive no Brasil de hoje, alguma coisa séria você aprontou na encarnação anterior”. O sarcasmo é pesado, mas compreensível, diante do projeto de genocídio capitaneado pelo presidente da República.

Projeto, que aliás, emplacou as páginas do New York Times, um dos jornais mais prestigiados do Ocidente. Segundo artigo da colunista Vanessa Barbara, a “trama de supervilão” de Bolsonaro contava que a Covid-19 matasse pelo menos 1,4 milhão de pessoas no Brasil para construir uma “imunidade de rebanho”.

Ou seja, o homem eleito para governar o Brasil pretende imolar um em cada 150 compatriotas para provar sua tese estapafúrdia.

A ideia de coletivizar a imunidade, no caso da Covid-19, já se provou arriscada e atingível apenas com o morticínio. Uma coisa, porém, é certa: todos nós conhecemos e nos relacionamos com mais de 150 pessoas. O plano de Bolsonaro pode não assegurar a imunidade, mas o luto coletivo estará garantido, se não pararem esse homem.

É sofrido ter que remoer tantos “e se?” como temos sido obrigados a fazer nesta pandemia.

Para além das hipóteses, porém, há o fato inescapável: se não fosse a guerra política e a incompetência do Governo Federal, o Brasil poderia ter começado a vacinação em dezembro com as 5 milhões de doses do Butantan. Poderíamos ter sido um dos primeiros países do mundo a começar a vacinar nossa gente.

Manda a sabedoria que após uma catástrofe que abate uma nação, o povo respire fundo e se dedique à reconstrução. Eu acredito no Brasil e na nossa capacidade de superar o luto e retomar o caminho da felicidade coletiva. Mas é fundamental que aprendamos a lição. Que nunca mais nosso povo eleja um governante que odeia gente.

*É senador pelo PT/RN

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o barreto269@hotmail.com e bruno.269@gmail.com.

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Com mais de 87 mil pessoas esperando a segunda dose, RN só receberá 15,6 mil coronavacs

RN seguirá com atraso na vacinação mesmo com novo lote de Coronavac (Foto: Igor do Vale/Estadão Conteúdo)

A Tribuna do Norte trouxe hoje uma reportagem preocupante sobre a condução da vacinação no Rio Grande do Norte: mais de 90 mil potiguares esperam a segunda dose da Coronavac.

Seriam necessárias 87.098 doses para atender a demanda desta vacina no Estado. Aa governadora Fátima Bezerra (PT) relatou nas redes sociais que pediu a quantidade necessária de vacinas ao Ministério da Saúde, mas não foi atendida. “Pessoal, passando pra avisar que chegarão novas D2 da CoronaVac neste sábado ao estado. Solicitamos 87.098 doses, mas infelizmente só 15.600 serão enviadas neste momento pelo Ministério da Saúde. Seguiremos na luta por mais vacinas para o povo potiguar”, frisou.

Somando Coronavac e Astrazênica o Rio Grande do Norte ultrapassa a marca de 90 mil pessoas precisando da segunda dose da vacina contra a covid-19.

As cidades que mais precisam são:

Natal: 45.032

Mossoró: 11.922

Parnamirim: 5.103

São Gonçalo: 1.254

O problema nestas cidades foi o uso das vacinas que deveriam ser direcionadas para a segunda dose para a primeira. Somem-se a isso os problemas provocados pelo Governo Federal com a China, fornecedora dos insumos da Coronavac.

Para saber mais acesse:

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/mais-de-90-mil-pessoas-esperam-pela-d2-no-rio-grande-do-norte/509635

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RN recebe mais de 40 mil doses de CoronaVac

Vacinas chegaram na madrugada de hoje (Foto: Elisa Elsie)

O Rio Grande do Norte recebeu, na madrugada desta quarta-feira (03), 40.800 doses da vacina CoronaVac. As doses recebidas darão sequência ao plano estadual de vacinação e o público-alvo continua sendo os idosos.

Com o novo lote recebido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), será possível concluir 100% da vacinação dos idosos das faixas a partir dos 80 anos ou mais em todo Rio Grande do Norte e dar início a vacinação dos idosos de 75 a 79 anos de idade.

“É importante que esses idosos não procurem uma unidade de saúde sem informações. Que sejam orientados pelos municípios, os quais estão utilizando de estratégias de divulgação como carro de som, bem como os agentes comunitários, levando informações para que os idosos não aglomerem nas unidades de saúde, pois eles possuem uma maior mobilidade”, ressaltou afirmou Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde.

Serão distribuídas pouco mais de 17.700 da CoronaVac para aplicação da primeira dose. A segunda dose ficará resguardada na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), em Natal, para garantir a imunização da população e, também, a reserva técnica preconizada pelo Ministério da Saúde.

Além disso, serão resguardadas 2.014 doses da CoronaVac para aplicação nos profissionais de saúde que estão atuando na linha de frente da pandemia e não foram vacinados anteriormente. “Para isso, os municípios deverão enviar uma lista nominal para a Sesap e, a partir dessa lista, serão disponibilizadas as doses para os profissionais de saúde que não conseguiram ser imunizados na primeira fase da campanha”, afirmou Kelly Lima.

Idosos Acamados
Todos os idosos acamados que receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 completarão o esquema vacinal, já que as segundas doses serão também enviadas para os municípios ainda hoje. As pessoas acamadas serão vacinadas em seus domicílios, através de estratégias de vacinação realizadas pelos municípios.

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Fátima discute compra de vacina contra covid-19 com João Dória

Governadora anuncia que pode conseguir vacina chinesa para o RN (Foto: Elisa Elsie)

A governadora Fátima Bezerra (PT) informou que se reuniu com o governador de São Paulo João Dória (PSDB) para discutir uma parceria para a aquisição da vacina chinesa Coronavac.

A vacina está sendo produzida em parceria com a empresa chinesa Cinovac pelo Instituto Butantã. “Já mantive contato com o governador @jdoriajr e estamos em tratativas com Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan @butantanoficial para aquisição da coronavac. Nem que eu tenha que sair contando moedas, nós não vamos economizar esforços para garantir a vacinação”, disse a governadora no Twitter.

Confira o vídeo:

O Governo de São Paulo esperar iniciar o Plano Estadual de Vacinação a partir do dia 25 de janeiro. Para atingir essa meta depende o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).