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Mossoró confirma 322 casos de Covid-19 em uma semana e chega a 1.783; cidade registra 95 óbitos com confirmação da doença  

Número de casos confirmados de coronavírus continua aumentando em Mossoró (Imagem: Reprodução)

1.783 pessoas testaram positivo para o novo coronavírus em Mossoró e a cidade registra 95 óbitos com confirmação da doença, segundo informações do boletim epidemiológico divulgado pela Secretária da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN) referentes à tabulação de dados de ontem, 17.

Em uma semana o aumento no número de casos confirmados chegou a 322. Boletim divulgado pela Sesap no dia 10 de junho informava que a cidade tinha 1.461 casos confirmados. Na data, os óbitos com confirmação da doença chegavam a 78.

De acordo com os dados mais recentes divulgados pela Sesap, Mossoró tem 1.340 casos suspeitos do novo coronavírus e 1.487 casos descartados.  13 óbitos estão em investigação.

Segundo boletim da Sesap, 308 pessoas se recuperaram da Covid-19 em Mossoró.

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RN tem 15.690 casos confirmados de Covid-19 e ultrapassa 600 óbitos com confirmação da doença

Secretário adjunto de Saúde do RN, Petrônio Spinelli informou situação do Estado quanto à pandemia (Imagem: Reprodução)

O Rio Grande do Norte tem 15.690 casos confirmados de Covid-19 e 626 óbitos com confirmação da doença foram registrados. 129 óbitos estão em investigação no Estado, segundo informou o secretário adjunto de Saúde do Estado, Petrônio Spinelli, na entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, 17, em Natal.

Do total de 41 óbitos confirmados em relação ao boletim epidemiológico divulgado pela Secretária de Saúde Pública do RN (SESAP-RN) ontem, 16, quando haviam sido informados 585 óbitos, oito ocorreram nas últimas 24 horas.

Na quarta-feira passada, 10, havia 11.568 casos confirmados e 487 óbitos com confirmação do Covid-19. O número de óbitos em investigação passou de 92, no dia 10, para 129.

Atualmente, o Estado tem 24.136 casos suspeitos e 24.974 descartados.

A taxa de ocupação dos hospitais continua elevada, mesmo com abertura de novos leitos. Segundo dados do RegulaRN, às 14h26 desta quarta-feira, 17, a taxa de ocupação dos leitos críticos do SUS exclusivos para o tratamento de pacientes com sintomas do novo coronavírus na região Oeste (incluindo Mossoró e Pau dos Ferros) era de 100 %. Em Mossoró, 100% dos leitos do Hospital Regional Tarcísio Maia e do Hospital São Luiz estavam ocupados. Em Pau dos Ferros, a ocupação do Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade também era de 100%.

Na Região Metropolitana, o percentual médio de ocupação era de 97,9%, com ocupação de 100% no Hospital de Campanha de Natal, Hospital Luiz Antonio, Hospital Giselda Trigueiro e Hospital Municipal de Natal; no Hospital da Polícia Militar a taxa de ocupação era de 95,5% e no Hospital Rio Grande 80% dos leitos estavam ocupados.

Na região do Mato Grande, os três leitos de UTI do Hospital Manoel Lucas de Miranda, em Guamaré, estavam ocupados.

Na Região do Seridó, a taxa de ocupação do Hospital Regional Telecila Freitas Fontes era de 59,3%.

A fila de espera formada por pessoas atendidas em unidades dos municípios que aguardavam por leitos críticos do SUS exclusivos para o tratamento de pacientes com sintomas do novo coronavírus contava com 133 pessoas, conforme observado às 14h27 no RegulaRN. Oito pacientes considerados ‘prioridade 1’ e 60 classificados como ‘prioridade 2’ aguardavam por leitos críticos. A espera por leitos contava ainda com 63 pacientes classificados como ‘prioridade 3’ e duas como ‘prioridade 4’.

Em todo o Estado, 764 pessoas estão internadas em leitos críticos e clínicos das unidades públicas, privadas e filantrópicas do Estado com suspeita ou confirmação do novo coronavírus.

Gráfico mostra situação dos leitos críticos nos hospitais voltados ao atendimento de pessoas com sintomas de Covid-19 (Fonte: RegulaRN – SESAP – LAIS)

Durante a coletiva, o secretário adjunto de Saúde comentou a abertura de leitos na região do Mato Grande, na 3ª Região de Saúde, nesse momento localizada em Guamaré e informou que em uma expansão de leitos nessa região haverá ampliação de leitos críticos em João Câmara e possibilidade de abertura em Macau. “Estamos tentando ver com o município a estruturação do serviço para que a gente venha a ter mais leitos ainda na região do Mato Grande”, disse Petrônio Spinelli.

Isolamento social

O índice de isolamento social registrado pelo Rio Grande do Norte ontem, 16, segundo dados do Inloco, foi de 41,52%.

Carência de profissionais e insumos dificulta abertura de novos leitos e reabertura de leitos bloqueados

De acordo com o secretário adjunto de Saúde, alguns fatores dificultam a abertura de novos leitos e a reabertura dos que estão bloqueados.

“Os leitos bloqueados e os leitos para serem abertos, eles têm alguns elementos de dificuldade que nós estamos em processo de solução. Então, ontem e hoje nós estamos fazendo reuniões permanentes, inclusive envolvendo a governadora, para solucionar os gargalos. Os gargalos, eles são de um modo geral, de respeito a pessoal, que no caso de João Câmara, as pessoas estão se apresentando, então, no máximo até quarta-feira da próxima semana vamos ter toda a equipe, provavelmente, de João Câmara feita”, afirmou o secretário.

Outra dificuldade mencionada por Spinelli é relacionada ao acesso à medicação, problema enfrentado não só no Estado.

“Nós temos problemas de insumos. Existem um problema muito grave, que não é do Rio Grande do Norte é do Brasil, que são os relaxantes musculares. Então, nós estamos em uma tarefa, uma força tarefa gigantesca para além da Secretaria de Saúde, é uma negociação direta com a fábrica, direta com governadores, com secretários, pira a gente equacionar uma falta grave que é do relaxamento muscular, que é importante”, afirmou.

“Ele não é, digamos assim, impossível se fazer o acompanhamento em UTI ou entubar a pessoa sem essa medicação. É possível fazer, mas é muito mais doloroso, muito mais difícil do que com essa medicação. Essa medicação, então, o relaxante muscular está sendo trabalhando em uma força tarefa, porque a abertura de novos leitos depende disso também, de ter a medicação. Fora disso, as outras coisas estão, praticamente, equacionadas”, acrescentou.

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Estudo de professores da UERN orienta lockdown em Mossoró

Um estudo realizado por professores do Departamento de Geografia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) traçou o perfil das medidas que cada município potiguar deve tomar para conter o avanço da covid-19. No caso de Mossoró a situação é considerada crítica e a recomendação é de lockdown (bloqueio total).

Para chegar a essa conclusão, os professores  elaboraram duas fórmulas para apresentar o perfil do que deve ser recomendado para as cidades.

A primeira fórmula é o coeficiente de letalidade. Neste caso são cruzados dados como números de óbitos e de novos casos confirmados. Já no coeficiente de incidência se comparam os números de casos confirmados com o de população de risco.

O cruzamento dos dois coeficientes foi comparado com os índices de ocupação de leitos chegando à Taxa de Risco que vai determinar o que cada cidade deve fazer. “A combinação de variáveis apresenta o grau de risco da Covid-19 no contexto do Rio Grande do Norte, em cinco níveis: muito baixo; baixo; médio; alto e muito alto”, diz o estudo.

Mossoró ficou enquadrada com a taxa de risco muito alta e por isso a recomendação é de lockdown.

As demais cidades do Estado variaram de flexível a máximo (lockdown) passando por intermediário e médio.

Recomenda lockdown também para Apodi e Alto do Rodrigues. O caso de Natal é de isolamento social alto, médio para Ceará-Mirim e baixo para Angicos.

Confira o quadro das demais cidades abaixo:

Cidade Polo Nível de Isolamento Sugerido
Açu Alto
Alto do Rodrigues Máximo
Angicos Baixo
Apodi Máximo
Natal Alto
Santo Antônio Médio
São José de Mibipu Médio
Caicó Baixo a médio
Canguaretama Médio
Ceará-Mirim Médio
Currais Novos Muito baixo a baixo
Goianinha Muito baixo
Guamaré Alto
João Câmara Baixo a médio
Mossoró Máximo
Nova Cruz Alto
Patu Médio
Pau dos Ferros Baixo a médio
Santa Cruz Muito baixo
São Paulo do Potengi Baixo a médio

“Em relação a introdução de lockdown nas regiões de isolamento o estudo propõe que caso a taxa de incidência e letalidade cresçam durante duas semanas epidemiológicas (SE) consecutivas que as autoridades de saúde decretem a paralização de todas as atividades no âmbito do município liberando apenas as essenciais com restrições rígidas”, diz o estudo.

Para elaboração do trabalho foram usadas informações do Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN).

O estudo foi realizado pelos professores Gutemberg Henrique Dias, Filipe da Silva Peixoto, José Alexandre Berto de Almada e Fabio Ricardo Silva Beserra.

Leia o estudo completo AQUI.

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Proposta de criação de comissão para fiscalizar aplicação de recursos da covid-19 pela PMM sofre derrota

Sandra e Aline derrubam projeto em comissão (Fotomontagem: Assessoria/CMM)

Criação da comissão especial de vereadores para a  fiscalização dos atos da Prefeitura de Mossoró no enfrentamento à pandemia de covid-19 foi rejeitada na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Câmara Municipal.

A proposta foi rejeitada com os votos das vereadoras tucanas Sandra Rosado e Aline Couto.

O projeto de autoria do vereador Petras Vinícius (DEM) ainda será analisado no plenário da Câmara Municipal que pode ou não manter o parecer da CCJR.

Na semana passada a bancada governista já tinha rejeitado o pedido de urgência solicitado pelo autor da proposta.

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Prefeita libera funcionamento de livrarias e papelarias

Prefeita libera livrarias (Foto: reprodução)

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) assinou o decreto 5.702 que estende até dia 23 de junho o fechamento do comércio não essencial, com as exceções já estabelecidas.

No entanto, ela liberou o funcionamento de livrarias e papelarias, obedecendo as diretrizes de segurança, como uso de álcool gel e distanciamento no interior desses estabelecimentos.

A Prefeitura de Mossoró chegou a anunciar que apresentaria um plano de abertura gradual da economia para ontem, mas optou por aguardar mais um pouco porque os índices não favorecem. “Anunciamos o plano, mas o condicionamos à situação de casos e à evolução da Covid-19. O nosso comitê de enfrentamento avaliou que precisamos prorrogar as medidas, como fechamento do comércio e serviços”, cita Rosalba Ciarlini.

O novo plano de retomada das atividades econômicas não tem data para ser anunciado.

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RN tem 998 novos casos confirmados de covid-19 e mais 32 óbitos causados pela doença registrados nas últimas 24 horas

Secretário adjunto de saúde Petrônio Spinelli apresentou os números (Foto: Demis Roussos)

O Rio Grande do Norte registrou 998 novos casos de covid-19 em relação ao boletim anterior da Sceretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP). Com isso o Estado chega a 15.212 confirmações. Já o número de óbitos causados pela doença chegaram 585, 32 a mais do que ontem, sendo dois ocorridos nas últimas 24 horas e outros 30 que estavam sob investigação.

Existem ainda 24.873 casos suspeitos, 24.715 descartados e 113 óbitos em investigação.

O número de pacientes recuperados não foi atualizado na coletiva desta manhã. No boletim de ontem o número estava estagnado em 1.993.

A SESAP ainda informou que a taxa de ocupação dos leitos de Covid-19 nas redes pública e privada em todo o Estado é de 94% e 751 pessoas estão internadas. Destas, 367 em leitos críticos.

Na região Oeste a ocupação é de 97%, 100% em Pau dos Ferros, Natal, Grande Natal 98,% e Seridó 74%. No município de Guamaré, na região do Mato Grande, onde o Governo do Estado em parceria com a prefeitura abriu 2 leitos, os dois estão ocupados. A parceria vai permitir a abertura de mais leitos nos próximos dias naquela cidade.

A fila de regulação para internamentos tem 8 pessoas com prioridade 1 (uma a menos que o dia anterior) e 45 com prioridade 2 (UTIs e semi-utis, oito a menos).

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Mossoró tem 1.652 infectados pelo coronavírus; 86 óbitos com confirmação da doença foram registrados

Dados revelam preocupante situação epidemiológica de Mossoró (Imagem: Reprodução)

O número de casos confirmados do Covid-19 em Mossoró é de 1.652 e 86 óbitos com confirmação da doença foram registrados. Os dados são do boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira, 15, pela Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN) e confirmado pela Prefeitura de Mossoró.

O município tem 1.206 casos suspeitos e 1.393 casos descartados. 14 óbitos estão em investigação.

Segundo a Prefeitura de Mossoró, 277 pessoas se recuperaram da Covid-19 na cidade.

De acordo com o boletim, o total de casos confirmados atribui a Mossoró uma taxa de incidência de 555,5 por cada grupo de 100 mil habitantes. Mesmo com a incidência elevada, o índice de isolamento social no Município, única medida comprovadamente eficaz para minimizar a circulação do vírus ainda está aquém dos 70% recomendado pelas autoridades sanitárias.

No domingo, 14, o índice de pessoas isoladas no município foi de 46,94%. No sábado, 13, quando o Município antecipou o feriado de 30 de Setembro, alusivo à Abolição da Escravatura, o percentual de pessoas isoladas em Mossoró foi de 40,59% e na sexta-feira, 12, quando o Estado antecipou o feriado dos Mártires de Cunhaú e Uruaçú, o percentual de isolamento foi de 42,02%. Os dados de isolamento por municípios são repassados pelo Inloco ao Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS-UFRN).

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RN tem 14.214 casos confirmados do novo coronavírus e registra 553 óbitos com confirmação da doença

Coordenadora da Rede de Atenção à Saúde da Sesap-RN, Samara Dantas, informou dados atualizados do novo coronavírus (Imagem: Reprodução)

O número de casos confirmados acumulados de pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus no Rio Grande do Norte chegou a 14.214. Em todo o Estado foram registrados 553 óbitos com confirmação da doença. As informações foram repassadas pela coordenadora da Rede de Atenção à Saúde da Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN), Samara Pereira Dantas, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira, 15 em Natal.

São 22.314 casos suspeitos e 23.293 casos descartados. 114 óbitos estão em investigação

No sábado, segundo boletim epidemiológico da Sesap, havia 13.789 casos confirmados e 533 óbitos com confirmação da doença.

“Isso mostra que a situação epidemiológica do estado do Rio Grande do Norte ainda continua preocupante para as autoridades de Saúde Pública, bem como para a sociedade, pois ainda é necessário que as medidas de distanciamento social elas sejam intensificadas com a colaboração de todos e da população para que assim a gente tenha um cenário melhor e mais oportuno, que essa curva ela reduza com relação à pandemia”, disse coordenadora da Rede de Atenção à Saúde da Sesap.

O índice de isolamento social no RN, de acordo com o Inloco, ficou em 48% nesse domingo, 14.

Segundo Samara Dantas, há 728 pessoas internadas em leitos clínicos e críticos de hospitais públicos, privados e filantrópicos do Estado, seja com suspeita ou confirmação do coronavírus.

A taxa de ocupação de leitos críticos do SUS para tratamento exclusivo de pacientes com sintomas de Covid-19 nesta segunda-feira, segundo dados do RegulaRN, observados às 13h52, estava em 100% na Região Metropolitana. No Hospital da Polícia Militar, Hospital de Campanha de Natal, Hospital Dr. Luiz Antonio, Hospital Giselda Trigueiro, Hospital Municipal de Natal, Hospital Rio Grande a taxa de ocupação dos leitos em funcionamento era de 100%

Na região Oeste, a taxa média de ocupação (incluindo Mossoró e Pau dos Ferros) era de 98%. Em Mossoró, 100% dos leitos do Hospital São Luiz estavam ocupados; no Hospital Regional Tarcísio Maia, a taxa de ocupação era de 95% dos leitos. Em Pau dos Ferros, o Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade tinha 100% de ocupação.

Na região do Seridó, a taxa de ocupação do Hospital Regional Telecila Freitas Fontes era de 63%.

Em Guamaré, na região do Mato Grande, dois leitos de UTI estão em funcionamento no Hospital Manoel Lucas de Miranda, ambos ocupados.

Já a fila de espera contava com 124 pacientes em unidades hospitalares dos municípios, aguardando regulação para leitos exclusivos para o tratamento do novo coronavírus. Desses, 61 aguardavam por leitos de UTI, sendo oito classificados como ‘prioridade 1’ e 53 como ‘prioridade 2’; 58 pacientes considerados como ‘prioridade 3’ e cinco como ‘prioridade 4’ também aguardavam regulação.

Pressão por leitos continua forte no Rio Grande do Norte (Fonte: RegulaRN – SESAP – LAIS)
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Após feriadaço o Centro de Mossoró está com movimento intenso

O Centro de Mossoró está com alta movimentação nesta segunda-feira, 15, primeiro dia após o feriadaço de cinco dias. A quantidade de gente circulando nas ruas só se diferencia de um dia normal por causa das portas fechadas em alguns estabelecimentos.

A Prefeitura de Mossoró em parceria com a Polícia Militar andou fiscalizando o cumprimento do decreto que fecha o comércio não essencial, mas alguns comerciantes insistem em manter as portas abertas.

Hoje o Município deve anunciar um plano de reabertura gradual do comércio. O Governo do Estado já avisou que só vai flexibilizar quando a ocupação dos leitos estiver em 70%.

No último boletim da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) Mossoró tinha 1.611 casos de covid-19 confirmados e 79 óbitos causados pela doença.

Colaborou para esta matéria o engenheiro e amigo João Alberto.

 

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Brasil está a pouca distância de uma tragédia monstruosa

Por Jânio de Freitas

Com a histórica indiferença por seu destino, o Brasil está a caminho de todos os recordes negativos cabíveis na pandemia, já alcançados alguns deles. Como a rapidez de disseminação e a mais deficiente comunicação/conscientização dos riscos, orientadas por um governante (sic) que se dedica a incitar e encabeçar aglomerações com propostas criminalmente golpistas.

Sepultadores chegam para trabalhar na area do cemitério São Luiz, na zona sul de São Paulo, reservada para as vítimas do Covid-19 Lalo de Almeida/Folhapress

Como consequência lógica, o Brasil está a pouca distância de uma tragédia monstruosa: a população indígena corre o risco de sucumbir a um genocídio. Bolsonaro desconstruiu a sempre mínima rede de setores governamentais voltados, ainda que em parte, para alguma assistência aos remanescentes de brasileiros originais.

Corte de recursos, demissões numerosas, entrega de cargos a militares despreparados e apoio a grileiros, desmatadores, madeireiros e garimpeiros ilegais já compunham as bases da tragédia continuada e agravada.

O descaso por providências emergenciais para a proteção contra a virose mortífera, tratando-se da mais vulnerável população, é o cume da política de crime governamental. Não é novidade, mas nunca foi tão descarada.

Diz o general Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, que Bolsonaro é apenas “reativo”, os outros é que lançam os ataques. Esse ministro não entende que políticas são agressivas ou defensivas, responsáveis ou até criminosas, nas relações de governo e população.

Reativas são as críticas a Bolsonaro, que não precisou chegar ao título de presidente para agredir o país em atos e palavras desumanas, racistas, de violência e uso de armas.

O próprio general Ramos comete agressivas atitudes contra a Constituição, a democracia e os cidadãos em geral. Sua última encenação é uma botinada na legalidade constitucional, com a afirmação de que os militares não pensam em golpe desde que a oposição “não estique a corda”.

E o que foi que o general esticou, ao dizer inverdades para servir a Bolsonaro no depoimento sobre a reunião dos desvairados? Inverdades que o levaram a correr com um pedido para retificá-las, prevenindo-se de processo por falso testemunho.

Mas minha preferência, entre as produções verbais do general Ramos, é sua resposta a certa dúvida sobre uma atitude de Bolsonaro: “Conheço há muito tempo aqueles olhos azuis…”. Só não sei o quanto a resposta clareou alguma dúvida. Ou aumentou-a.

Quaisquer que sejam, os ditos de Bolsonaro e seu grupo são demonstrações de alienação. Autêntica e insolúvel. Não é o caso do que diz, por exemplo, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, diante das realidades brutais trazidas por Bolsonaro e sua tropa. “Algumas atitudes [de Bolsonaro] têm trazido uma certa dubiedade, e essa dubiedade impressiona e assusta a sociedade brasileira.”

Só isso? O ministro do Supremo nada vê além disso?

Esse é um pronunciamento que a nenhum integrante do Supremo deveria ser permitido, em tempo algum. Acovardado, mentiroso, nem ele e seu autor são dúbios, como Bolsonaro não é. Quando todos atentam para as ideias e manifestações antidemocráticas e contrárias à Constituição, de Bolsonaro, filhos & cia., Dias Toffoli desce a dizer-nos que tem “certeza, em todo o relacionamento harmonioso que tenho com sua excelência, com seu governo e com o vice-presidente Hamilton Mourão, […] que eles são democratas. Merecem o nosso respeito”.

Dias Toffoli abre mão do nosso respeito. A que troco, não está claro. Uma carreira política, talvez, uma vice para começar. Com o democrata Bolsonaro, quem sabe, ou alguém entre os vários que veem o retrocesso do país, a invasão dos meios de administração por incapazes e desatinados, riscos entre o de genocídio indígena e o de problemas internacionais perigosos —veem, mas jamais passam de umas poucas palavras de crítica leve, se chegam a isso, para voltar pouco depois às conveniências da ambição.

Que assim é, em nove exemplares sobre dez, a gente importante hoje circulando no Brasil.

Este artigo não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema.