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Justiça condena Prefeitura de Mossoró a pagar dívida na saúde

A 1ª Câmara Cível do TJRN manteve uma condenação do Município de Mossoró para realização de pagamento a uma empresa representante do ramo hospitalar, no valor de R$ 366.116,00, referente ao fornecimento de material médico-hospitalar (medicamentos injetáveis), sem a respectiva contraprestação.

Conforme consta no processo, originário da 3ª Vara da Fazenda Pública de Mossoró, em abril e maio de 2021, foi celebrado contrato administrativo entre a empresa e o ente municipal, tendo por objeto “a aquisição de equipamentos e materiais necessários ao enfrentamento da pandemia, devidamente assinado pelas partes e duas testemunhas”, mas o Município não fez o pagamento dessas medicações.

Ao analisar o caso, o desembargador Cornélio Alves, relator do acórdão em segunda instância, apontou que o ente público alegou que “o recebimento das mercadorias foi feito por pessoa não identificada como servidor do Município de Mossoró”. Entretanto, apesar disso, as provas documentais produzidas nos autos, “acrescidas dos depoimentos testemunhais colhidos em audiência, subsidiam satisfatoriamente a alegação de inadimplemento afirmada na inicial” pela empresa.

Nesse sentido, o desembargador explicou que uma das testemunhas trazidas ao processo, que assinou a documentação referente ao recebimento das mercadorias, afirmou “ter trabalhado para o Município de Mossoró durante o período de 2020 a 2022, assim como atestou ser legítima a sua assinatura de recebimento dos materiais constantes das notas fiscais”.

Da mesma forma, outra testemunha também declarou “ser servidor do Município de Mossoró e confirmou ter recebido os materiais”. Desse modo, o relator acrescentou que, em tal cenário, é “inevitável concluir que há provas seguras no sentido de que efetivamente houve a entrega dos materiais médico-hospitalares, ao contrário do que é deduzido no apelo” do ente municipal.

Além disso, o julgador ressaltou jurisprudência do TJRN, a qual considera legítima a apresentação de nota fiscal eletrônica, independente da “exigibilidade da assinatura do tomador de serviços”, uma vez que a “autenticidade da nota pode ser aferida nos sítios eletrônicos dos entes tributantes, sendo demonstração suficiente da prestação do serviço”.

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Allyson faz movimento político precipitado e arranha imagem em nível estadual

O prefeito Allyson Bezerra (União) apostou num assunto cansado: a dívida do Governo do Rio Grande do Norte com a Prefeitura de Mossoró. Ele vem batendo no assunto desde fevereiro sempre aumentando o valor da conta a cada manifestação e contando com o silêncio da governadora Fátima Bezerra (PT).

Allyson contava desta vez com o “fato novo” da queda brusca do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) no mês de agosto. Era a chance sacar uma carta de seguro para a campanha eleitoral de se blindar das críticas dos adversários transferindo a culpa para o PT do presidente Lula, da governadora Fátima Bezerra e da deputada estadual Isolda Dantas.

Allyson, cometeu o erro básico de subestimar os fatos.

Os fatos fizeram picadinho na narrativa do prefeito. Primeiro porque ele misturou os números envolvendo contas inexistentes, débitos já negociados e que estão sendo pagos e não contava com uma reação mais dura do Governo do Estado, que finalmente tocou na ferida da dívida de mais de R$ 111 milhões do município com a Caern. Os números também foram duros com o prefeito. Em 2023 os repasses de ICMS e IPVA do Governo para Mossoró subiram 20%, um dado omitido pelos secretários de Allyson na coletiva de terça-feira.

No mesmo dia da coletiva pirotécnica, em que até a possibilidade de atraso da folha de pagamento de setembro foi levantada, a própria Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou dados que apontavam crescimento dos repasses do FPM acima da inflação. No caso de Mossoró foram R$ 3.566.006,75 a mais no acumulado do ano.

Além disso, o FPM não é um dinheiro fundamental na arrecadação do município tanto que o prefeito deu o fundo como garantia para o empréstimo contraído junto à Caixa Econômica Federal para as obras do Mossoró Realiza.

Apesar da coletiva, das portas fechadas em protesto pela queda pontual do FPM e de todo temor, Allyson levou falta no protesto que levou 140 prefeitos a Assembleia Legislativa. O prefeito preferiu ficar em Mossoró para inaugurar um supermercado. A contradição foi alvo de críticas da jornalista Emily Virgílio no RN TV Primeira Edição, um dos programas de maior audiência do Estado, de quarta-feira.

Allyson ficou mal na fita em todo o Rio Grande do Norte pela atitude contraditória, pelo individualismo e pelo exagero dado ao problema que não se ancora nos números. Tanto que na edição do Diário Oficial de Mossoró do dia da fatídica coletiva estava sendo dada a largada para os preparativos para o Auto da Liberdade com a contratação da Companhia Gesto de Dança por R$ 280 mil.

Não há contagem de moedas para pagar a folha como anunciado. É tudo jogo de cena para gerar crispação política com o PT, tanto que o prefeito nem se importou com os votos contrários dos senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (Podemos) a lei que estabelece a volta do voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) que deve garantir, segundo o Instituto Justiça Fiscal R$ 25 milhões a mais de FPM por ano para Mossoró.

O discurso de Allyson não para em pé de tanta contradição nem se ampara nos números. Só serviu para o prefeito se queimar com a opinião pública estadual, não gerou comoção na mídia local e o deixou mal na fita com os colegas que estavam unidos em Natal para aumentar a alíquota do FPM.

É hora de mudar a estratégia e ser mais institucional e menos pirotécnico!

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Allyson faz cobranças públicas ao Governo do Estado, mas omite que Prefeitura de Mossoró deve R$ 36 milhões a Caern

Por Daniela Freire

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Nesta terça-feira, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (SD), esteve entre os prefeitos potiguares que foram ao Centro Administrativo para cobrar do Governo os pagamentos de dívidas que a gestão estadual contabiliza junto às prefeituras do RN.

Apesar de o Executivo ter recebido na última quinta-feira a Femurn, entidade que representa todos os municípios, e de ter negociado os débitos, aceitando proposta apresentada pela própria Federação, conforme mostrou a ata da reunião repassada ao Blog pela Comunicação da Femurn e publicada em primeira mão por aqui, Allyson foi uma das vozes mais indignadas na cobrança dos repasses constitucionais que ainda não foram feitos a contento pela administração Fátima Bezerra.

O gestor mossoroense gravou um vídeo ao lado do atual presidente da Federação, Luciano Santos, afirmando que o Executivo deve “mais de R$ 90 milhões” ao município, “de ICMS, IPVA, Farmácia Básica e Saúde”.

No entanto, há um detalhe que coloca uma lupa sobre a revolta do prefeito de Mossoró contra o Estado. É que a gestão da capital do Oeste também é devedora do Governo. Segundo levantamento ao qual o Blog teve acesso, Mossoró tem um débito de mais de R$ 36 milhões com a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN). A Caern é uma empresa de economia mista estadual, com personalidade jurídica própria, que tem como maior acionista (mais de 90%) o Governo do Estado.

Vale lembrar que Allyson tem, regularmente, feito críticas à respeito da Companhia.

Confira o trecho da planilha com a dívida:

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Prefeitura está devendo aos árbitros dos Jogos Escolares de Mossoró

A Prefeitura de Mossoró ainda não pagou aos árbitros que trabalharam na edição 2022 dos Jogos Escolares de Mossoró.

Os profissionais estão irritados com as seguidas promessas e o não pagamento pelo trabalho realizado.

O Blog do Barreto entrou em contato com a Assessoria de Comunicação do município que ficou de dar um retorno ontem e não apresentou uma reposta.

Os Jogos Escolares de Mossoró ocorreram entre os dias 11 e 24 de novembro do ano passado envolvendo dez modalidades.

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Prefeita faz novo parcelamento do Previ

Rosalba faz novo parcelamento do Previ (Foto: arquivo/Blog do Barreto)

A Prefeita Rosalba Ciarlini (PP) assinou novo parcelamento das obrigações patronais com a previdência municipal. Desta vez serão 60 prestações para pagar uma dívida de 30 milhões referente a 17 meses atrasados.

O novo parcelamento foi assinado no dia 28 de fevereiro, mas não foi dada publicidade aos munícipes. O presidente do Previ Elviro Rebouças informou que o conselho foi comunicado com antecedência. “O Conselho tinha ciência absoluta de que esse parcelamento seria feito”, explicou.

Desta vez a prefeita deu como garantia o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) com autorização do Banco do Brasil e da Secretaria da Previdência do Ministério da Economia. “Não estando em dia o parcelamento, o Banco do Brasil está autorizado a descontar o FPM para a Previ”, garante Elviro.

É preciso lembrar que em outras negociações a atual gestão deu o FPM como garantia e não cumpriu o acordo.

O acordo não precisou passar pela Câmara Municipal nem de chancela do Conselho de Previdência que reúne representantes dos servidores do executivo e do legislativo. “É uma lei da previdência social e não precisava passar pela Câmara. Independe do legislativo”, argumenta.

Elviro Rebouça informa ainda que os repasses descontados dos contracheques dos servidores atualmente se encontram em dia e o atraso é somente das obrigações patronais. “A Prefeitura de Mossoró está em dia com a contribuição dos funcionários e havia um débito do patronal de agosto a dezembro de 2018 e todo o ano de 2019”, acrescentou.

Esse é o terceiro parcelamento celebrado na gestão de Rosalba Ciarlini.