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Os caminhos da oposição

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Dirigente do Solidariedade considera cedo para falar em união das oposições

O ex-prefeito de Almino Afonso e dirigente do Solidariedade Lawrence Amorim considera possível unir as oposições em Mossoró, mas pondera que ainda é cedo para tratar do assunto.

A declaração foi dada em entrevista ao Meio-Dia Mossoró da 95 FM.

No entendimento dele a necessidade de mudar os métodos administrativos da Prefeitura de Mossoró são um fator de interesse comum mesmo entre os contrários. “Estamos insatisfeitos como toda população. Rosalba faz um governo medíocre”, dispara.

Ele disse que a solenidade de posse do deputado estadual Allyson Bezerra como presidente do diretório municipal do Solidariedade teve um efeito simbólico significativo: “Mostramos que em Mossoró tem oposição”.

 

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Vereadores de cidades da Região Oeste estudam se candidatar em Mossoró

Pelo menos dois vereadores de cidades da região de Mossoró se preparam para transferir o domicílio eleitoral para a capital do Oeste e disputar uma vaga para a Câmara Municipal.

São eles Rillen Rocha (MDB) e Bruno Melo (PSDB) que são vereadores respectivamente nas cidades de Riacho da Cruz e Severiano Melo.

Rillem e Guarda Municipal em Mossoró e Bruno é fundador e presidente da União dos Vereadores do Rio Grande do Norte (UVERN).

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O leite está azedando

Francisco Otaviano de Queiroz Filho*

Li a entrevista do ex-candidato a prefeito de Mossoró Gutenberg Dias ao blog do jornalista Bruno Barreto, onde ele chama a atenção de que Rosalba “ainda tem muita força” e conclama a união das forças políticas de Mossoró contra a Rosa.

É verdade, Rosalba AINDA tem muita força, mas já não é mais como antes e a cada dia que passa, o leite fica mais azedo. Tô doido pra ver a pesquisa que o jornalista Carlos Santos diz que foi encomendada pela prefeita sobre a sua aprovação/rejeição. Será que ela vai divulgar?

Já passando da metade do mandato, Rosalba ainda mantém o mesmo discurso do primeiro dia, falando do que foi o desastroso governo Silveira. Ora, prefeita, quem não pode com o pote, não segura na rodilha. Vai me dizer que a senhora não sabia do desastre que era aquela gestão na época em que se candidatou à prefeita?

E digo mais: pelo andar da carruagem, é muito capaz do furacão Rosalba deixar rastros de destruição semelhantes ao que deixou o furacão Silveira. A cidade está um caos em todas as áreas e mal se vê ações concretas para solucionar os problemas que se avolumam a cada dia.

A conversa mole dos secretários e dos vereadores que ela mantém debaixo de suas asas é tão frágil que não convence o mais tolo dos cidadãos, ou, na melhor/pior das hipóteses, só os mais tolos e servos de Rosalba. Esta semana, o também jornalista Carlos Santos deu uma tacada certeira bem na moleira de Rosalba e seus cupinchas “deixem de mentir!” Tome-lhe no quengo!

Não sei o que ganha ou quanto ganha alguém para apoiar uma gestão, mas não deve ser pouco. Tomemos como exemplo a queimação de filme dos vereadores que balançam a cabeça para qualquer mandado do “palhaço da resistência”, deve ter muita coisa boa por trás, porque se sujar com os eleitores como eles fizeram, não deve ser por pouca coisa. Ainda rende a história da votação às cegas no projeto de reajuste pra baixo que eles deram aos servidores municipais e o título de “persona non grata” à sindicalista Marleide Cunha.

Apesar de ter contra si uma oposição atabalhoada, Rosalba tem um sindicato que lhe tira o juízo (o Sindiserpum) e uma imprensa disposta a mostrar as verdades por trás do discurso batido e sem graça em eterna campanha de que “a rosa fez, a rosa sabe fazer”!

Esta semana parece que ela injetou alguns trocados num site já não tão novo, mas que até então era imperceptível, discreto, quase um nada. Do nada o site divulgou o salário da sindicalista “non grata”. Ficou todo mundo querendo saber se viria alguma coisa depois, porque a moça é mestra, então. Qual o problema dela receber mais do Estado que do município? Porque ela não reclama do governo Fátima? Ora, ela não é da diretoria do Sinte, e sim, do Sindiserpum (local, entenderam)?

Coisa de gente miúda, mas não foi da cabecinha dos “editores”, não foi mesmo. Foi coisa mandada. Ora, vão estudar e procurem ganhar mais que ela, ou então fiquem debaixo da saia da Rosa mesmo. Deve ser mais rentável e menos trabalhoso.

Sentou também o pau nos prefeitáveis Isolda Dantas e o menino Alysson. Mas não rendeu muito. A “máquina de destruir reputações”, como bem o disse  o site Mossoró Hoje não está funcionando a contento, mas tem lenha pra queimar e joga sujo, pode acreditar.

O jornal de papel da cidade quase se rendia ao sindicato dos servidores do município esta semana. O editor chegou a dizer que ambos os lados tinham culpa na pendenga da greve e que uma conversa é realmente necessária. Que avanço. Diferente das gestões anteriores, onde eles (jornal e editor) até apoiavam as ações do Sindiserpum, agora eles atacam qualquer tipo de sindicato. Que coincidência, não é?

Enfim, a Rosa realmente AINDA tem força, Gutemberg e Bruno, mas eu já não sei com que força ela chegará ao final do seu mandato.

*É Servidor público aposentado.

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Bolsonarismo pode surgir como alternativa em Mossoró

Bolsonarismo dependerá de popularidade do presidente em 2020 (Foto: web)

Existe um movimento bolsonarista em Mossoró e ele é organizado. Nas eleições do ano passado o grupo conseguiu realizar movimentações significativas e no segundo turno foi importante dentro do projeto rosalbista reforçando carreatas e comícios.

Mas esse grupo ainda se constitui uma força política? Enquanto grupo político diria que ainda não. Enquanto conjunto de ideias diria que sim.

O grupo político que gira em torno do PSL local ainda não tem um nome de maior relevância no contexto político mossoroense.

E o deputado federal General Girão? Ele é um ator político cuja base é Natal mesmo que tenha sido secretário municipal em Mossoró e apesar da boa votação na cidade ficando em quinto lugar com 7.052 sufrágios em 2018.

O nome do PSL de Mossoró testado nas urnas ano passado foi o médico Daniel Sampaio que colou a imagem dele ao então candidato Jair Bolsonaro, mas terminou recebendo 2.881 votos.

Mas o bolsonarismo pode ser visto por uma outra ótica levando em consideração o seu irmão siamês; o antipetismo. Seu sentimento é capaz de ajuntar em torno de si o desejo de evitar que o PT vença a corrida ao Palácio da Resistência e o de evitar que as oligarquias continuem a frente da cidade.

Foi esse sentimento de exclusão que ajudou a pesada candidatura de Carlos Eduardo Alves (PDT) a ganhar 20.92 votos entre o primeiro e o segundo turno. Na capital do Oeste, o ex-prefeito de Natal em conjunto com Rosalba Ciarlini se juntou ao movimento bolsonarista em movimentações políticas com adesão popular.

O líder do bolsonarismo mossoroense, Daniel Sampaio, já declarou que o grupo faz oposição à direita no plano municipal, mas não eu descarto uma aliança pragmática com o rosalbismo indicando um vice com o objetivo de evitar que a deputada estadual Isolda Dantas (PT) seja eleita prefeita, por exemplo. O pleito de 2018 já mostrou que essa hipótese é real.

A importância do grupo bolsonarista em Mossoró em 2020 dependerá do desempenho do presidente da república até lá.

Resumindo: o bolsonarismo existe em Mossoró enquanto movimento e busca se tornar um grupo relevante, mas ainda não tem um nome com apelo popular e depende desempenho do mandatário nacional.

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Rosalba não é Francisco José Junior. Não pode ser subestimada

Francisco José Junior não teve o escudo que Rosalba Ciarlini tem na hora do desgaste (Foto: reprodução)

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) vive o pior momento de suas quatro passagens pela Prefeitura de Mossoró, mas não pode ser subestimada.

Ela não é Francisco José Junior.

Há um grande hiato em termos de musculatura política entre ela e o antecessor.

Rosalba é uma líder consolidada e com o recall de suas três gestões anteriores. Nos últimos dois anos ela foi queimando esse ativo político ao não conseguir dar uma virada na administração municipal.

Ela se limitou a apagar incêndios, quando conseguiu apagar, diga-se.

Mas Rosalba tem um trunfo que poucos políticos possuem no Brasil: militância e base social.

É preciso lembrar que essa militância e base social não tem se renovado com o tempo e isso passa pelo mau desempenho dela como governadora e as dificuldades da atual gestão.

Mas a Rosa ainda provoca paixão e é um trator em campanhas eleitorais. Em 2018 ela fez um esforço hercúleo e mesmo perdendo as disputas majoritárias dentro de Mossoró conseguiu mostrar desenvoltura nas ruas. Não apareceu ninguém, por exemplo, para dizer        que ela era uma “praga do Egito” como aconteceu com Francisco José Junior. Há um respeito maior pela prefeita que passa pela história política dela.

Repito e acrescento: Rosalba tem base social, militância, a caneta na mão, poder de articulação política e liderança. Seu capital político reduzido apenas a própria base social pode lhe garantir a vitória mesmo que o desgaste atual se sustente até outubro de 2020. Sem segundo turno em Mossoró qualquer erro tático da fragmentada e heterogênea oposição pode lhe abrir uma avenida para vitória ainda que seja com baixo percentual de votos.

Não subestimem a Rosa.

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As alternativas para os quatro pilares da oposição em Mossoró e a união impossível

A oposição hoje em Mossoró estaria dividida em quatro pilares que podem se misturar ou se distanciar até 2020. Dependerá da conjuntura da reta final das articulações que ocorrerão daqui a um ano e meio.

A prefeita Rosalba Ciarlini (PP) vive neste momento o auge do desgaste, mas não é Francisco José Junior (explicarei isso em outro texto).

Se a oposição não se organiza, Rosalba vence mesmo que chegue ao pleito ainda com impopularidade.

Não é uma tarefa fácil juntar essa turma.

Em termos de representatividade a oposição mossoroense está dividida em quatro grupos:

Bolsonarismo;

Tião/Jorge;

Esquerda;

Solidariedade.

O bolsonarismo não se mistura com a esquerda. A esquerda não se mistura com o bolsonarismo.

Fato!

Só isso já torna a união das oposições uma tarefa impossível.

O grupo dos empresários Tião Couto e Jorge do Rosário se resume praticamente a eles dois, mas ainda tem recall de 2016 mesmo que bem combalido pelo desastre de 2018. Não é certo que eles tenham musculatura para o próximo ano. Mas eles estão no jogo e Tião anda demostrando nas redes sociais que deseja uma proximidade com o bolsonarismo.

Há alguma afinidade.

O bolsonarismo “ficou” politicamente com Rosalba no segundo turno das eleições de 2018, mas o namoro não engatou. O presidente do PSL municipal, Daniel Sampaio, deixou claro em entrevista ao jornalista Saulo Vale na Rádio Rural que é oposição à direita. O bolsonarismo (será tema para um artigo específico) é uma realidade em Mossoró que não pode ser ignorada.

Ao centro o Solidariedade pode se entender com qualquer dos lados. Tudo passa pela relação do deputado estadual Allyson Bezerra com o governo Fátima Bezerra (PT) e a conjuntura política do próximo ano que certamente não será a mesma de março de 2019. As conversas estão abertas.

A esquerda nunca esteve tão forte em Mossoró. Em 2016 teve com Gutemberg Dias (PC do B) o melhor desempenho de um esquerdista numa corrida ao Palácio da Resistência, Fátima mal fez campanha na cidade e foi a mais votada nos dois turnos em 2018. Além disso, o PT elegeu Isolda Dantas deputada estadual e teve Fernando Mineiro e Natália Bonavides com votações expressivas na capital do Oeste.

Mas, hoje há um distanciamento com o PC do B, o que por si só já tira a condição de homogeneidade desta corrente de pensamento.

Juntar a oposição será praticamente impossível. As conversas estão em aberto, mas diria que três cenários são mais possíveis para estes grupos:

  • Quatro candidaturas fracas;
  • União de três grupos deixando um isolado;
  • Duas candidaturas competitivas.

As conversas estão apenas começando e quem é cocho parte cedo.

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Grupos de oposição começam a se movimentar para 2020

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‘Desunida, a oposição perde’, diz dirigente do PC do B

Gutemberg Dias defende união da oposição (Foto: Blog do Barreto)

O secretário de organização do PC do B, Gutemberg Dias (PC do B) admitiu em entrevista ao Meio-Dia Mossoró (95 FM) que não é fácil unificar a oposição na capital do Oeste para as eleições de 2020 por causa da heterogeneidade, mas faz um alerta:

“É preciso deixar as diferenças ideológicas de lado se realmente querem o bem de Mossoró. Sabemos que essa gestão não vai bem, mas desunida, a oposição perde”, frisa.

As palavras reforçam o que ele mesmo já tinha dito em entrevista ao Cenário Político da TCM.

Gutemberg admitiu ter cometido um erro estratégico em sair candidato a deputado estadual nas eleições do ano passado. “Tinha participado de um processo de escolha para ser candidato a vice-governador e não tive tempo de me organizar”, justifica.

O comunista recebeu 3.190 votos no Estado sendo 2.205 em Mossoró.

Ele ainda analisou que o principal gargalo de Mossoró é a geração de empregos. “Temos uma boa infraestrutura, mas não conseguir atrair indústrias e gerar os empregos necessários para o desenvolvimento. A classe política assiste em silêncio a saída da Petrobras”, acrescentou.

 

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Oposição mossoroense está morta e sem liderança

Oposição mossoroense traz tranquilidade a prefeita (Foto: cedida)

A oposição é uma aliada importante da prefeita Rosalba Ciarlini (PP). Morta e sem liderança, nada poderia ser melhor para uma gestão enrolada com problemas que se acumulam a cada dia.

Não faltam assuntos para a oposição abordar. Problemas para quitar a folha de pagamento dos servidores dentro do mês trabalhado, terceirizados recebendo atrasado, má iluminação, saúde em crise, filas para matrículas de alunos da rede municipal, etc.

A oposição não dorme no ponto. Ela está morta. Aqui não se trata do discurso da “oposição responsável” porque responsabilidade não se pode confundir omissão.

Numa roda de conversa sobre política escutei uma avaliação interessante: “A bancada de oposição se divide entre os que querem aderir a Rosalba e os que se deixam liderar por Izabel Montenegro (presidente da Câmara)”.

Faz sentido.

A bancada de oposição está desunida, de fato. Houve um episódio deprimente entre os vereadores Raério Araújo (PRB) e Alex do Frango (PMB) que certamente deixará sequelas para entendimentos futuro.

Oposição dividida e sem coesão não consegue pautar o noticiário nem instigar mais cobranças ao executivo. Esse papel foi delegado a escassos setores da mídia local e alguns cidadãos indignados nas redes sociais.

Mesmo assim, a prefeita não deixou de ser tragada pela impopularidade.

Nenhum grupo político fora da órbita do rosalbismo se habilitou para liderar a oposição. Tião Couto (PR) e Jorge do Rosário (PR) afundaram junto com o fracasso eleitoral de 7 de outubro. Gutemberg Dias (PC do B) vive situação idêntica.

Os ex-prefeitos Francisco José Junior e Fafá Rosado não existem mais politicamente.

Restam os deputados estaduais Allyson Bezerra (SD) e Isolda Dantas (PT) que viverão um distanciamento político nos próximos anos por causa dos embates dentro da Assembleia Legislativa.

O primeiro é muito jovem, mas está em um partido organizado. A segunda é mais experiente e também está numa agremiação organizada, mas profundamente desgastada. Além disso, a petista depende do desempenho de Fátima Bezerra (PT) como governadora para se impor candidata viável.

Só o tempo dirá se ambos são nomes competitivos.

Derrotar uma lenda da política como Rosalba exige organização, liderança, discurso e capacidade de mobilização nas redes sociais e ruas.

Não é o que acontece agora permitindo que Rosalba governe mal, mas sem alguma alternativa de poder capaz de lhe fazer frente.

Será difícil unir a oposição em 2020. Não há sinais de alguém que assuma com propriedade a função de antirosalbista-mor na cidade. Isso é muito bom para a prefeita que pode conseguir um feito raro nas ciências políticas: ser reeleita mesmo fazendo um governo impopular.

O fato de Mossoró ter menos de 200 mil eleitores e por consequência não ter previsão de segundo turno permite que a prefeita tenha êxito com o capital político que ainda lhe resta.

Rosalba não pode reclamar da oposição.