A advogada Anny Morais, autora da ação que tenta anular a municipalização do Estádio Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, explicou que o prefeito Allyson Bezerra (UB) passou por cima das exigências da legislação ao tornar a praça esportiva patrimônio do munícipio.
Ela explica em conversa com o Blog do Barreto que a Allyson precisaria seguir o rito previsto nas Leis Municipais n.º 33/1961 e n.º 3265/2014. A primeira prevê a extinção da Liga Desportiva Mossoroense (LDM) para a reversão do imóvel. A segunda exige lavratura de escritura pública autorizando a municipalização, mas o documento não existe.
“A possibilidade de reversão do imóvel e a incorporação municipal deveria ter seguido condições, a Lei Municipal n.º 33/1961, a Lei n.º 3265/2014 e a escritura pública registrada em 02/01/1962 determinam que o bem imóvel ora doado só poderia ser revertido se houvesse o ‘desaparecimento’ da Liga Desportiva Mossoroense, bem como a lavratura da escritura pública, o que nunca ocorreu. Dessa forma, não há o que se falar em municipalização sem a extinção da liga ou ao menos a sua autorização”, afirmou.
Apesar das ilegalidades reveladas pelo Blog do Barreto no último sábado (leia AQUI), nada impede, na atual conjuntura, que a Prefeitura de Mossoró negocie o imóvel. “Hoje, o estádio encontra-se na responsabilidade da Prefeita do Município, dessa forma todo recurso é viável, até que a reversão seja devidamente anulada nos termos apresentados judicialmente, podendo, sim, ser coletado qualquer recurso enviado para o município e que seja direcionado ao Nogueirão. A LDM com esse processo, tem o único intuito a melhoria do estado que se encontra o Nogueirão, inclusive um exemplo é o gramado do estádio, que precisará ser possivelmente retirado em sua totalidade e colocado outro, além das mais diversas reformas necessárias na estrutura, sendo de conhecimento público”, analisou.
Por isso a necessidade de que seja concedida uma liminar devolvendo o estádio à LDM. “Hoje a prefeitura pode, sim, fazer permuta, ou outros procedimentos. Uma vez que até alguma decisão vinculativa, diante da análise de documentos comprobatórios e fatos, o procedimento de reversão do Nogueirão, retornando para a Prefeitura de Mossoró ainda é válido”, afirma. “Apesar das inúmeras irregularidades demonstradas no processo que gerariam consequentemente uma anulação na reversão, e esperamos isso, ainda não existe decisão ou determinação judicial que proíba. Tendo em vista que o processo ainda está em fase inicial”, complementa.
“A liminar requerida, é exatamente para impossibilitar que a Prefeitura Municipal faça procedimentos como permuta, venda, reformas que possam prejudicar a estrutura do Nogueirão, entre outros”, finaliza.
A municipalização do Nogueirão não encontra respaldo na lei, inclusive o processo que resultou no ato administrativo encontra-se desaparecido.
O juiz da fazenda pública Pedro Cordeiro determinou um prazo de cinco dias para que a Prefeitura de Mossoró explique com base em quais fundamentos da Lei Municipal n.º 3.265/2014 realizou a municipalização do Estádio Nogueirão.
O despacho foi assinado após ação judicial da Liga Desportiva Mossoroense (LDM) que pede liminar para suspender a municipalização da praça esportiva sob a alegação de que há uma série de irregularidades cometidas pela gestão do prefeito Allyson Bezerra (UB) ao assumir o controle do estádio no início de 2021.
No último sábado o Blog do Barreto revelou em primeira mão como a municipalização se baseia em uma série de ilegalidades como a ausência de escritura pública exigida na lei de 2014, necessidade da LDM ser extinta como exige a lei da doação do terreno em 1961 e as assinaturas duvidosas de documentos.
No dia 11 de março de 2021, com pouco mais de dois meses de gestão, o prefeito Allyson Bezerra (ainda no Solidariedade, hoje no União Brasil) posou para uma foto ao lado do então secretário de esportes Junior Xavier, para anunciar a municipalização do Estádio Leonardo Nogueira, o Nogueirão.
Nas mãos um documento que não comprova nada nem tinha lastro legal que o sustentasse. A partir daí iniciou-se uma disputa silenciosa entre o prefeito a comunidade desportista de Mossoró que muito explica porque o Nogueirão chegou ao ponto de ter as portas fechadas por decisão judicial após vários incidentes constrangedores ao longo dos últimos anos.
A história não começa com Allyson, mas ele escolheu se tornar protagonista dela na atualidade.
Mas voltado àquele 11 de março, ficou registrado na história o discurso com a promessa de dias melhores para a ruína que um dia foi uma praça esportiva. “Um momento histórico. Nós assumimos a Prefeitura e de cara abraçamos essa responsabilidade de devolver ao povo de Mossoró, de fato e de direito, o estádio Nogueirão. Era uma demanda histórica, de décadas, que a população queria que o Município pudesse cuidar do estádio”, disse Allyson em declaração oficial.
Mas o tempo mostrou que a gestão entregaria dias piores para o futebol de Mossoró e, três anos depois, o estádio está interditado por decisão judicial que o prefeito escondeu na última entrevista à Intertv com o argumento mentiroso de que a interdição foi por causa da queda do teto das cadeiras.
A verdade é que a decisão judicial foi antes do incidente do último sábado de carnaval.
Mas a história da municipalização do Nogueirão não acaba nem começa com a desastrosa gestão de Allyson sobre o estádio. Há uma série de irregularidades que o Blog do Barreto passará a detalhar na sequência desta reportagem especial.
Para isso é necessário voltar ao ano de 1961 quando outro jovem prefeito administrava Mossoró após ser eleito deputado estadual, numa trajetória parecida com a de Allyson.
Ao assinar em 7 de dezembro daquele ano a Lei 33/1961, Antônio Rodrigues de Carvalho determinou a doação do terreno na então desabitada área do atual Nova Betânia para construir o estádio. A Liga Desportiva Mossoroense (LDM) ganhou um prazo de cinco anos para construir a praça esportiva a contar de 2 de janeiro de 1962. Caso a promessa não fosse cumprida, o terreno seria devolvido ao Munícipio.
O Estádio foi inaugurado oficialmente em 4 de junho de 1967 num amistoso entre a Seleção Mossoroense e o Ceará Sporting Club. O time alencarino venceu por 2×0.
Apesar do atraso de 6 meses, nunca houve contestação e a LDM ficou por quase 54 anos a frente do Nogueirão, salvo um curto período que você vai conhecer ao longo desta reportagem.
Na medida em que o estádio começou a definhar, se iniciou o debate sobre a municipalização. Afinal de contas, a praça esportiva pertencia a LDM, mas eram os recursos públicos que faziam a manutenção.
O primeiro prefeito a tentar assumir o controle do Nogueirão foi Francisco José Junior, em 2014, no auge da sua efêmera popularidade. No segundo semestre daquele ano ele enviou para a Câmara Municipal um projeto de lei aprovado pelo legislativo que se tornaria lei em 30 de dezembro daquele ano.
A Lei Municipal 3.265 de 30 de dezembro de 2014 estabelecia que para a reversão do patrimônio para o município seria necessária escritura pública lavrada em cartório. Mas é preciso entender que essa lei dependia da anterior para se efetivada e o dispositivo fundamental nunca se concretizou.
Ironicamente, coube a Rosalba Ciarlini (PP) logo no início do seu quarto mandato de prefeita entender que a lei não tinha sustentação porque o estádio foi construído e devolveu a praça para a LDM.
O ironicamente fica por conta pelo fato dela, em 2011, ter melado o processo de permuta em que o terreno do que restou do Nogueirão seria trocado por uma nova praça esportiva. Rosalba lançou uma maquete e prometeu uma reforma que nunca aconteceu.
O caso até hoje é piada entre os desportistas de Mossoró.
Já a devolução à LDM se deu pelo entendimento de que a Lei de 2014 não revoga a de 1961 que exigia a construção do Estádio, que ficou pronto pelas mãos da LDM, ou a extinção da entidade para a reversão do imóvel.
Uma é continuidade da outra como deixa claro o parágrafo único entre o primeiro e o segundo artigo da segunda lei. Como o estádio foi construído pela LDM o acerto se deu pelo caminho da extinção da LDM, o que nunca aconteceu. O atraso de seis meses na entrega do estádio nunca esteve em questão.
Por isso, Rosalba devolveu o estádio a LDM.
Nas negociações em 19 de agosto de 2014, o então presidente Francisco José Junior acertou com José Carlos Rodrigues, na função de representante da LDM, que a entidade seria extinta. A ata da reunião deixa bem claro que a lei dependeria da extinção LDM conforme previa a legislação de 1961. A lei de 2014 menciona a de 1961 sem entrar neste detalhe, fundamental para garantir o lastro legal para a reversão do imóvel.
O problema é que naquela data o presidente da entidade era Francisco de Assis Freire cujo mandato terminou em 19 de novembro daquele ano sendo sucedido por Francisco Braz em 20 de novembro.
Os problemas não param aí. No dia 20 de agosto, um dia após a reunião que selou um acordo por meio de uma pessoa que não era a representante legal da LDM, foi realizada uma reunião extraordinária da LDM para tratar da carta de admissão de reversão do terreno.
Aí surgiu uma série de esquisitices.
Primeiro é que Francisco Braz, assina como presidente da entidade antes mesmo de ter tomado posse, o que só aconteceu em 20 de novembro. Rocelito Miranda assinou como representante do Baraúnas sem estar habilitado para isso. Em 20 de agosto de 2014, o Mossoró Esporte Clube não poderia estar filiado a LDM por estar inscrito no CNAE tendo como atividade principal “Atividades de Associações de Defesa de Direitos Sociais”, o que não tem a ver com a prática esportiva. Além disso, há indícios de que assinatura do presidente do clube, João Dehon, teria sido falsificada.
Outra assinatura duvidosa é a de Antônio Correa Junior, que não era o representante legal da Associação Desportiva do Bairro IPE. Quem tinha essa função era Mário César Mendes dos Anjos.
Já o Cantareira Esporte Clube tinha dado baixa na Receita Federal em 31 de dezembro de 2008 e, por tanto, Francisco Leandro Medeiros Segundo, não poderia ter assinado a carta em nome do clube. O CNPJ usado é o da Seleção Baraunense.
Até mesmo uma entidade inexistente, a Associação Cultural Baraúna Esporte Clube assinou o documento.
A extinção de uma entidade só ocorre de duas formas: decisão judicial ou decisão voluntária dos associados como prevê o Capítulo XIX do artigo 5º da Constituição Federal. Só com a extinção da LDM seria possível reversão do imóvel.
A própria gestão de Francisco José Junior se comprometeu a só enviar o projeto à Câmara Municipal com a dissolução da LDM, o que nunca aconteceu. Ainda assim a lei foi aprovada, sancionada e o decreto assinado. Rosalba percebeu a ilegalidade e devolveu o estádio, Allyson preferiu passar por cima dos acordos.
Mas como, após o interregno de quatro anos, o Nogueirão voltou para o controle da Prefeitura de Mossoró? É aí que Allyson assume o protagonismo da história.
O prefeito utilizou do Decreto Municipal 4.434/2014 que realizou a reversão do imóvel com base na lei 3.265/2014 além da ata da assinatura do termo de compromisso (como a reportagem mostra assinada por uma pessoa que não era representante da LDM) e a carta de admissão da reversão cheia de assinaturas suspeitas. Tudo isso sem o principal: a extinção da LDM que nunca se concretizou.
A alegação na certidão que Allyson aparece segurando na foto é que a LDM descumpriu condicionantes da carta de admissão. As condicionantes descumpridas não são detalhadas, além da carta ter assinaturas no mínimo duvidosas.
O documento da foto foi lavrado no 6º Ofício de Notas. Ele foi usado para consumar a reversão do Nogueirão para o Município através do processo administrativo 0122/21.
O Blog apurou que a LDM solicitou ao 6º Ofício de Notas informações sobre o processo e o cartório avisou que não possui a escritura pública da reversão do Estádio para o município nem o próprio processo.
A LDM chegou a pedir informações à Prefeitura de Mossoró que não respondeu a respeito do processo administrativo.
Em síntese: oficialmente ninguém sabe onde está o processo.
Allyson desfez a correção de rumo de Rosalba sem lastro na legal porque a LDM não foi extinta como previa a lei da doação do terreno (que não foi revogada com a de 2014), há um processo cujo paradeiro é desconhecido e uma carta cheia de suspeitas sobre as assinaturas.
O fechamento do estádio Manoel Leonardo Nogueira, o “Nogueirão”, em Mossoró, durante a gestão de Allyson Bezerra (UB), continua sendo muito mal recebido por torcedores, que permanecem realizando críticas severas nas redes sociais ao chefe do executivo municipal.
Os principais times de Mossoró, Potiguar e Baraúnas, inclusive já ameaçaram não jogar o estadual de 2025 por falta de um estádio na cidade.
Ao invés de abrir um diálogo permanente com as torcidas, times e pessoas envolvidas com o futebol local, Allyson optou pela perseguição aos críticos.
Segundo Boletim de Ocorrência obtido com exclusividade pelo Blog do Barreto, o prefeito prestou queixa-crime contra representantes da torcida do Baraúnas, alegando ameaça. A denúncia anexa postagens supostamente violentas em relação à Allyson.
Os prints, na verdade, revelam a indignação dos torcedores em relação ao fechamento do espaço e reforçam a importância das torcidas organizadas no processo eleitoral que está em andamento. O teor supostamente agressivo das mensagens, em suma, trata da possibilidade de mobilizações coletivas das agremiações em espaços com a presença do prefeito.
Confira as imagens.
O Nogueirão está fechado desde fevereiro quando tempestade provocou a queda do teto da área das cadeiras.
Em pronunciamento na Câmara Municipal de Mossoró, hoje (4), o vereador Isaac da Casca (MDB) denunciou que “o prefeito (Allyson Bezerra) quer vender no Nogueirão”. Ele se referiu ao estádio Manoel Leonardo Nogueira, que hoje completa 67 anos.
“Existem especulações imobiliárias, haja vista que o Nogueirão está na melhor localização da cidade. O metro quadrado chega a R$ 2.500, e o Nogueirão tem quatro mil metros quadrados. Os números chegam a assustar”, disse, na tribuna da Câmara.
Ao dizer que o estádio está abandonado, Isaac da Casca lembrou de audiência pública no Legislativo, em abril deste ano, por iniciativa do seu mandato, com a presença de desportistas e de diversos outros defensores do Nogueirão.
“Mas a gestão municipal esteve ausente e optou por uma consulta pública, que é uma cortina de fumaça, uma ilusão. Nosso mandato tem cobrado melhorias para o Nogueirão. Mas a gestão nada contribui para o esporte. Pelo contrário, a gestão quer vender no Nogueirão, mas não será vendido porque é um patrimônio da cidade de Mossoró. E é uma unanimidade dos torcedores, dos desportistas de que o Nogueirão tem que permanecer no mesmo local”, disse.
Ele reforçou que o estádio precisa ser revitalizado no endereço atual, no bairro Nova Betânia.
“Defendemos isso, os clubes defendem isso, e precisamos fazer com que as coisas aconteçam no estádio. Chegou emenda do deputado federal General Girão (PL), do deputado estadual Coronel Azevedo (PL), em torno de R$ 1 milhão para revitalização do Nogueirão. E o que foi feito? Nada. O Nogueirão está fechado, o mato tomando de conta. Isso é o retrato do que essa gestão vem fazendo com os desportistas”, concluiu.
A Câmara Municipal de Mossoró realizou, na manhã de hoje, 18, uma audiência pública para debater a situação do Estádio Manoel Leonardo Nogueira, conhecido popularmente como Nogueirão. A audiência, de iniciativa do vereado Isaac da Casca (MDB), trouxe à tona questões críticas sobre o estado do equipamento esportivo e enfatizou a necessidade imediata manutenção.
Ninguém da Prefeitura de Mossoró compareceu.
Na composição da mesa, estiveram presentes o vereador Isaac da Casca, a vereadora Marleide Cunha, Hieraldo Santos, professor de educação física da UERN, Hermeson Pinheiro, presidente da OAB/Mossoró, o representante do Baraúnas Lima Neto, Lenilton, do Mossoró Esporte Público e o ex-vereador Genivan Vale. Também participaram da audiência os vereadores Tony Fernandes, Paulo Igo e Omar Nogueira, além de representantes de setores ligados ao esporte.
Desabamento e apelo
Em fevereiro deste ano, uma parte significativa do Estádio Nogueirão desabou. Para o presidente da OAB, Hemerson Pinheiro, o incidente é um reflexo da falta de manutenção do Nogueirão ao longo dos anos. “Em 2016, a UNI-RN apresentou um estudo que já apontava a precariedade das instalações”, explicou. Hemerson pontuou ainda o perigo da falta de manutenção da estrutura para as pessoas que residem ou frequentam o entorno do Estádio. “Todos os dias pessoas fazem caminhadas ali. Passam pelo local. E correm riscos”, alertou.
Além do perigo a segurança das pessoas, a estrutura precária do Estádio também causa preocupação por causa do impacto social e econômico e falta de preservação da história de Mossoró. O professor de educação física da UERN Hieraldo Santos destacou os efeitos que a paralização das atividades no Estádio provoca na comunidade local. “As atividades que deixam de ser desenvolvidas ali impactam na geração de emprego e renda para uma série de trabalhadores que vivem direta ou indiretamente de eventos esportivos”.
Lima Neto, que representou o time de futebol Baraúnas, fez um apelo para a recuperação parcial do estádio, citando o abandono do gramado e os custos proibitivos de realizar jogos em outras cidades. “Estamos quase perdendo o gramado dali, que está abandonado. Temos que realizar os jogos na cidade de Assu, porque Mossoró não tem estádio adequado para eventos oficiais de futebol. Torcedores gastam com deslocamento e nós gastamos com a estrutura de outros estádios, quando estes valores poderiam está sendo investidos no Nogueirão”, disse.
Reforçando o apelo para a recuperação do Nogueirão, o vereador Isaac da Casca revelou que Mossoró é a única cidade brasileira, com uma população com mais de 250 mil habitantes, que não possui estádio de futebol habilitado para receber um jogo oficial de futebol.
Ausência
Para a vereadora Marleide Cunha, a falta de representantes da Prefeitura de Mossoró e de outros vereadores da situação na audiência é problemática. “Observo aqui que não há representantes da Prefeitura e nem vereadores de situação. Não há desculpa para a ausência, temos obrigação de vir aqui debater assuntos importantes para a população”, disse.
Os vereadores Tony Fernandes, Omar Nogueira e Paulo Igo reforçaram a crítica da vereadora e condenaram a ausência da Secretaria Municipal de Esportes. “A audiência pública deixa claro que a situação do Estádio Nogueirão é uma questão urgente que requer atenção imediata. A comunidade de Mossoró e os representantes do esporte local estão clamando por ações concretas para restaurar o estádio e garantir a segurança e o bem-estar das famílias que vivem no entorno. E é um espanto que a Secretaria Municipal de Esportes não envie representantes”, disse Tony.
Nota da Prefeitura
Em contrapartida, a Prefeitura de Mossoró, por meio da Comissão de Projeto Estratégico de Gestão, enviou uma nota à Câmara, sobre um projeto técnico e a possibilidade de permuta para um novo estádio na cidade.
De acordo com a nota, assinada pelo secretário de programas e projetos estratégicos, Almir Mariano, a ideia é construir um novo estádio. A ideia, ainda de acordo com a nota, surgiu após debates e análises de diversas secretarias e representantes dos clubes mossoroenses Potiguar e Baraúnas.
Haverá uma consulta pública para que a população possa opinar. Posteriormente, o documento será enviado à Câmara Municipal de Mossoró para aprovação do edital de permuta para construção do estádio.
Ofício
Ao final da audiência, um ofício com demandas e sugestões feitas pelos participantes do debate, e com o objetivo para minimizar os impactos que a paralização do Estágio Nogueirão, será encaminhado para a Prefeitura de Mossoró.
A Câmara Municipal de Mossoró vai realizar uma audiência pública para debater a situação atual do estádio Nogueirão. A audiência está agendada para quinta-feira, 18 de abril, às 9h, no plenário da Câmara. A proposição é do vereador Isaac da Casca (MDB).
O Estádio Manoel Leonardo Nogueira, mais conhecido como Nogueirão, vem enfrentando problemas estruturais há anos. Para o vereador Isaac da Casca, providências precisam ser tomadas. “O Nogueirão é um patrimônio de Mossoró. Marca e marcou a história do esporte no município e merece atenção”, declarou.
A audiência pública deve contar com a presença de representantes de entidades ligadas ao esporte, prefeitura e da sociedade civil organizada. O evento também é aberto ao público em geral. A TV Câmara fará a transmissão ao vivo pela TV Câmara Mossoró (canal 23.2 TCM) e pelo site www.mossoro.rn.leg.br.
A Prefeitura Municipal de Mossoró realizou nesta terça-feira (30), a primeira reunião da comissão de projetos estratégicos sobre o plano de necessidade para um novo estádio em Mossoró. O objetivo é que seja construído um estádio a partir da permuta do Estádio Municipal Manoel Leonardo Nogueira, o Nogueirão.
O encontro entre técnicos do município e representantes dos clubes Potiguar e Baraúnas teve como finalidade avançar nas discussões acerca das demandas do novo estádio multiúso.
Para avançar e chegar à fase da elaboração do projeto é preciso entender as necessidades dos desportistas mossoroenses. Durante o encontro, foram apresentadas algumas sugestões quanto às estruturas essenciais para o novo equipamento esportivo. A ideia é que a nova arena esportiva possa atender, além do futebol, atividades físicas, esportivas, recreativas e de lazer.
Alexandro Tavares, presidente do Potiguar, destacou o novo momento que vive o futebol da cidade com atenção especial e grande apoio da Prefeitura de Mossoró. “Um encontro para ficar na história. A gente agradece demais pelo convite aos clubes para participarem desse momento histórico do futebol do Rio Grande do Norte. O futebol de Mossoró está marcado em todo o RN, com o novo estádio esperamos o público de volta ao futebol. A Prefeitura municipalizou o estádio, agora outro grande passo é a permuta. Estamos aqui para ajudar, dar nossa opinião no que é melhor para os desportistas”, disse ele.
“É muito importante consultar os clubes de Mossoró. A reunião foi muito produtiva, a ideia que temos quanto clube de futebol casa com a ideia da secretaria e da Prefeitura”, pontuou Bárbara Freitas, representante do Baraúnas.
“Este é mais um passo importante para o caminho da permuta do nosso estádio. Ouvir os clubes e suas sugestões foi essencial para continuarmos construindo o plano de necessidades. Nossa ideia é em breve apresentar à população, com transparência, com seriedade, pelo que será o futuro do esporte de Mossoró”, frisou Larissa Maciel, secretária de Esporte e Juventude.
Estiveram presentes à reunião Larissa Maciel, secretária de Esporte; Alexandro Tavares, presidente do Potiguar; Bárbara Freitas, representante do Baraúnas; Thiago Marques, secretário de Governo; Kadson Eduardo, secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão; Luana Lorena, secretária de Administração; e Almir Mariano, secretário de Programas e Projetos Estratégicos.
O prefeito Allyson Bezerra (União) já deu uma entrevista dizendo que a solução para o Nogueirão é uma permuta com a iniciativa privada em que em troca do terreno um novo estádio seja construído em uma outra área e a empresa ficaria com o espaço valorizado.
Eu concordo com a ideia, é o melhor caminho.
Até aqui, o prefeito caminha para o fim do terceiro ano de gestão sem mover uma palha para aplicar a boa ideia.
Ano que vem Mossoró voltará a ter dois representantes no Campeonato Estado da primeira divisão (resta saber se Baraúnas ou MEC) e não há um plano do prefeito.
O gramado neste segundo semestre se mostrou sofrível.
O prefeito vibrou com a emenda de R$ 500 mil do deputado estadual Coronel Azevedo (PL) que vai servir para paliativos, será dinheiro público desperdiçado tendo em vista que o plano do prefeito é permutar o estádio que seria demolido e construído em outro local.
A Prefeitura Municipal de Mossoró conseguiu nesta quarta-feira (19) laudo técnico do Corpo de Bombeiros garantindo a liberação do Estádio Professor Manoel Leonardo Nogueira, o Nogueirão, permitindo assim sua reabertura para jogos com público a partir da data de hoje.
O estádio foi liberado pela equipe do Corpo de Bombeiros após diversas vistorias e avaliação das estruturas. Com isso, o Corpo de Bombeiros garantiu a liberação do estádio para 1.294 pessoas em três áreas distintas, atestando a capacidade do equipamento e segurança para todos os presentes.
A equipe técnica da Secretaria Municipal de Infraestrutura participou de todas as avaliações, resultando na homologação da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (CREA-RN), que atesta a capacidade de reabertura para jogos com público.
Desde o início das tratativas, a Secretaria de Infraestrutura realizou todos os reparos solicitados pelo Corpo de Bombeiros. Diariamente apresentou as informações solicitadas e atendeu às diligências do órgão estadual, até que houve nesta quarta a liberação da capacidade e consequentemente atestado de segurança das partes e setores do estádio.
A reabertura do Nogueirão possibilita a realização da partida entre Potiguar e Nacional de Patos, em Mossoró, que acontecerá no próximo domingo, dia 23, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro – Série D.