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Vereadores e ex-vereadores são denunciados por manter servidores fantasmas e praticar rachadinha

Blog Carlos Santos

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) ofereceu três denúncias e quatro ações de improbidade administrativa contra quatro ex-vereadores de Mossoró pela suposta prática dos crimes de corrupção passiva e peculato. Dos quatro, dois estão em novo mandato – Genilson Alves (Pros) e Ricardo de Dodoca (PP) – dois são ex-vereadores – Tassyo Mardonny e José Heronildes Alves da Silva (Heró).

Em texto oficial do MPRN não é revelada a identidade dos denunciados, mas o Canal BCS (Blog Carlos Santos) fez esse levantamento perscrutando cada um dos processos. Dos quatro denunciados, dois o foram este mês.

As demandas contra Ricardo e Heró foram apresentadas dia 8 último. As duas relacionadas a Genilson Alves são ainda de 2019, antes das eleições em que foi reeleito. Já possuem marcha processual com algumas movimentações. Não se tratam de novas denúncias, que se diga. Já a relacionada a Tassyo Mardonny foi dada entrada em 28 de maio do ano passado.

Também são suspeitos do cometimento de atos de improbidade administrativa por enriquecimento ilícito em razão do recebimento em suas contas bancárias e de familiares de valores dos empréstimos consignados realizados pelos assessores parlamentares e repassados a eles.

O MPRN também verificou a existência de servidores que não desempenhavam suas atividades – “servidores fantasmas” – na Câmara Municipal de Mossoró referente à legislatura de 2013 a 2016.

Sigilo bancário

As investigações ocorreram no âmbito de inquéritos civis e procedimentos investigatórios criminais da 19ª Promotoria de Justiça de Mossoró, conduzidos pela promotora de Justiça Patrícia Antunes Martins, além de ação cautelar de quebra de sigilo bancário.

Em decorrência das investigações, foram constatados os fatos e ajuizadas as ações penais e de improbidade pertinentes contra os ex-vereadores, e, contra os respectivos assessores parlamentares perante as Varas Criminais e da Fazenda Pública de Mossoró (processos 0817348-13.2019.8.20.5106, 0104326-88.2019.8.20.0106, 0807761-30.2020.8.20.5106, 0823184-93.2021.8.20.5106, 0823192-70.2021.8.20.5106 e 0823183-11.2021.8.20.5106).

O MPRN requereu, além da condenação pelos crimes de corrupção passiva e peculato, a condenação pela prática de atos de improbidade administrativa por enriquecimento ilícito e violação aos princípios da administração pública.

O outro lado

O vereador Genilson Alves pronuncia-se sobre essas demandas judiciais que o envolvem. Veja abaixo:

NOTA VEREADOR GENILSON ALVES

Dois anos depois, ressurge no noticiário denúncias do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), relativa à suposta improbidade administrativa de fatos que remontam há quase uma década.

Das cinco ações noticiadas, apenas duas (de 2019) têm relação com nosso mandato. Não cometi qualquer irregularidade. Colaborei com as investigações e prestei todos os esclarecimentos.

Na instrução probatória, não foram encontradas provas contra mim. Portanto, estou tranquilo e confiante que a Justiça declarará minha inocência, ao final do processo.

Grato ao povo, sigo exercendo nosso terceiro mandato, com muita seriedade, honestidade, compromisso e força na luta constante por benefícios para a população de Mossoró.

Genilson Alves

 

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Ex-vereador de Mossoró é denunciado por prática de “rachadinha”

Heró Silva é acusado de “rachadinha” (Foto: Web/autor não identificado)

O ex-vereador José Heronildes Alves da Silva, o “Heró”, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) por prática de “rachadinha” por meio do recebimento de dinheiro através de empréstimos consignados feitos por assessores.

A ação civil pública foi movida pela 19ª Promotoria de Justiça Mossoró. A demanda pede a condenação do ex-vereador por ato de improbidade administrativa, em razão do recebimento de vantagem indevida.

A “rachadinha” se dava através do repasse ao ex-vereador dos empréstimos consignados feitos pelos assessores parlamentares lotados em seu gabinete. A operação de crédito foi feita na Caixa Econômica Federal.

A ação, ajuizada nesta quinta-feira (20), foi distribuída para 1ª vara da Fazenda Pública de Mossoró.

Valores

As investigações do MPRN comprovaram que o demandado recebeu em sua conta bancária o total de R$ 74.951,86, decorrente dos repasses dos empréstimos consignados realizados por seus assessores parlamentares no ano de 2013.

A ação destaca que o ex-vereador só recebeu esses valores em razão do seu cargo de vereador, pois tinha o poder de indicar pessoas para trabalharem diretamente com o mesmo. Ou seja, utilizou da prerrogativa do cargo de agente político para auferir mais vantagem econômica, além do seu salário de parlamentar.

O MPRN requereu a condenação do ex-vereador pela prática de improbidade administrativa, decorrente do enriquecimento ilícito e da violação aos princípios da administração pública.

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Heró anuncia apoio a Jório Nogueira

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O vereador Heró Alves (PTC) é o mais novo reforço da campanha à reeleição do vereador Jório Nogueira (PSD). O apoio foi oficializado na noite desta quinta-feira (15), em reunião promovida pelo vereador Heró, na Rua Seis de Janeiro, bairro Santo Antônio.

“Foi uma decisão natural. Consultei familiares, amigos, correligionários, e chegamos ao consenso que Jório merece nosso apoio. E não pela antiga afinidade que meu grupo tem com ele, mas, sobretudo, por acreditar no seu trabalho”, comentou Heró.

Jório Nogueira agradeceu o apoio do colega de Câmara, que há 15 dias anunciou desistência da reeleição, e enalteceu a importância do apoio: “O vereador Heró é uma liderança respeitável e que muito vai contribuir com a nossa candidatura”.

A reunião que oficializou o apoio foi prestigiada por dezenas de pessoas, representantes de vários segmentos populares, que ajudaram na caminhada vitoriosa de Heró à Câmara Municipal, em 2012, e que agora se somam à campanha de Jório Nogueira.

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Heró Silva vai ao Cartório Eleitoral protocolar desistência de candidatura

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O vereador Heró Silva (PTC) finalmente foi ao Cartório Eleitoral protocolar a desistência de disputar a reeleição. O parlamentar nunca deu uma declaração na imprensa. No máximo circulou nos grupos de Whatsapp uma carta com ele informando a decisão.

O parlamentar estava em dificuldades de se reeleger numa coligação pesada em que tinha poucas chances contra nomes como Zé Peixeiro (PTC), Celso Lanches (PSC) e Manoel Bezerra (PRTB).