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Allyson repete ditadura militar com “oposição consentida” e empurra o PT para condição de “subversivo”

Quando a ditadura militar instituiu o bipartidarismo em 1966 estabeleceu-se ali uma dicotomia entre o partido do governo, a Arena, e a oposição consentida, o MDB.

Quem ficava no MDB fazia oposição com a “Espada de Dâmocles” sob o seu pescoço travestida em ameaças de cassação que se cumpria periodicamente.

Quem fazia oposição ao regime fora dos limites consentidos era considerado “subversivo”.

Com a popularidade nos píncaros da glória, o prefeito Allyson Bezerra (UB) conseguiu a proeza de ter uma oposição consentida em plena democracia.

Com o fracasso na tentativa de se postar como “bancada independente”, três vereadores que estão super interessados em ingressar na bancada do prefeito tiveram que se adaptar aos rigores do regimento interno para ocupar espaços nas comissões e passaram a se considerar “oposição”.

Trata-se de uma oposição consentida pelo prefeito, que abre as portas da gestão para atendimento de demandas e em troca recebe elogios públicos dos supostos adversários.

Daí não surpreende que o líder da oposição, que ocupou o espaço que seria da vereadora Marleide Cunha (PT), Doutor Cubano (PSDB), tenha dado entrevistas com elogios ao prefeito.

Numa entrevista ao Cenário Político da TCM, Cubano exaltou o prefeito como se fosse líder do governo. “Se o prefeito hoje tem mais de 70% das votações a favor dele, então precisamos melhorar muitas coisas, precisamos. Mas hoje o povo de Mossoró, que é quem fala mais alto, aprova todo o trabalho feito por Allyson Bezerra”, declarou. “Existem coisas que ainda a gente vai ter que melhorar, a gente vai conversar, dialogar e o doutor Cubano está aqui para isso. O povo de Mossoró foi quem falou e deu a resposta no dia 6 de outubro, com mais de 121 mil votos para Allyson”*, afirmou em outro trecho.

Os elogios não param por aí. Cubano também elogiou a manutenção de Edilson Junior a frente da Secretaria Municipal da Fazenda. “A decisão do prefeito Allyson Bezerra de manter o auditor fiscal Edilson Júnior como titular da Secretaria Municipal da Fazenda merece nosso reconhecimento e aplauso”, elogiou em post no Instagram.

Nem parece que a gestão de Allyson tem problemas como a perda de recursos na área da habitação denunciada esta semana pela vereadora Plúvia Oliveira (PT).

Outro que é adepto aos elogios ao prefeito é o vice-líder da oposição Cabo Deyvison (MDB) que fez questão de exaltar o diálogo com o secretário municipal de segurança Coronel Costa e com o secretário de serviços urbanos Miguel Rogério. Ele chegou ameaçar dar uns bofetes nos manifestantes do setor cultural para defender um projeto inconstitucional do prefeito nesta sexta-feira em sessão extraordinária da Câmara Municipal.

Os bolsonaristas Jailson Nogueira e Mazinho do Saci, ambos do PL, são mais discretos, mas não possuem qualquer registro em suas redes de atuação típica de vereadores de oposição.

Jailson, inclusive, votou contra a reforma administrativa junto com Plúvia e Marleide. No caso dele, há sinais de que está esperando os movimentos do senador Rogério Marinho (PL) para se posicionar em Mossoró.

O papel subversivo de fazer oposição de fato ao prefeito ficará com as petistas Plúvia e Marleide, que não terão qualquer poder institucional sobre a bancada por estarem em minoria em relação a oposição consentida.

A dupla acaba cumprindo o papel subversivo de apontar os problemas da gestão de Allyson.

*Aspas retiradas do Portal Agora RN.

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Vereadores bolsonaristas criam “bloco independente” sonhando na dependência da gestão de Allyson

O trio de vereadores bolsonaristas eleitos fora da esfera de influência do prefeito Allyson Bezerra (UB) decidiu formar um “bloco independente” na Câmara Municipal de Mossoró.

Mais do que isolar o PT na oposição, trata-se de uma estratégia para colar na popularidade do prefeito Allyson Bezerra e aos poucos entrar na base dele na Câmara Municipal que hoje conta com 14 vereadores.

Allyson tem se dado ao luxo de escolher quem faz parte do seu grupo de aliados sem pressa em abrir espaços para novos nomes.

O trio bolsonarista que está doido para entrar na base de Allyson é formado por Mazinho do Saci (PL), Jailson Nogueira (PL) e Cabo Deyverson (MDB).

A eles, se junta ao tal bloco, Doutor Cubano (PSDB), que não é bolsonarista, mas está interessado em ser governista.

Num cenário em que Allyson tem 14 vereadores na base e controle total da administração da Câmara, o bloco tem poucas chances de incomodar e se fazer necessário ao prefeito.

Por enquanto, só as petistas Plúvia Oliveira e Marleide Cunha se apresentam como oposição a Allyson.

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Vereador nega integrar bancada de oposição

O vereador Jailson Nogueira (PL) divulgou nota em que nega estar integrando a bancada de oposição ao prefeito Allyson Bezerra (UB).

Ele disse ter respeito pelas vereadoras Marleide Cunha e Plúvia Oliveira, ambas do PT, mas negou que tenha um acordo com elas para integrar a bancada de oposição.

Jailson informou que está integrando o “Bloco Independente” formado por Dr. Cubano (PSDB), Cabo Deyverson (MDB) e Mazinho do Saci (PL). “Este bloco votará a favor de Mossoró. A ideia é de que tenhamos voz ativa e que possamos discutir benefícios para a cidade de maneira mais autônoma”, frisou.

“Este bloco votará a favor de Mossoró. A ideia é de que tenhamos voz ativa e que possamos discutir benefícios para a cidade de maneira mais autônoma”, complementou.

Jailson foi eleito com 3.350 votos. Ele é irmão dos ex-vereadores Jório Nogueira e Omar Nogueira e filho de Aldenor Nogueira, que dá nome a fundação da Câmara Municipal.

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Candidato a vereador derrotado pede perícia em urna

Jailson quer auditoria em urna substituída (Foto: redes sociais)

O candidato a vereador Jailson Nogueira (PODEMOS) que foi derrotado nas eleições do dia 15 por apenas 3 votos entrou com uma reclamação na Justiça Eleitoral pedindo que seja feita uma auditoria na urna 41 da 34ª Zona Eleitoral.

A alegação é de que pode se ter deixado de contabilizar votos por conta da troca de urnas realizada na seção eleitoral localizada no Colégio Pequeno Príncipe, localizado numa das bases eleitorais da família Nogueira.

A alegação é de que podem não ter sido contabilizados os votos da primeira urna que foi substituída por volta das 10h15. “Existindo, como de fato existe, a possibilidade de que essa indevida manipulação das urnas tenha conduzido o resultado das últimas eleições para números diversos dos exprimidos pela vontade genuína do povo, faz-se imperiosa a realização da auditagem ora postulada, como forma de afastar, em caráter definitivo, quaisquer dúvidas acerca da legitimidade do pleito”, afirma a defesa de Jailson que perdeu a vaga na Câmara Municipal por apenas três votos.

A reclamação nega a que esteja insinuando suspeita de fraude. “Saliente-se mais uma vez: por ora, não se está a afirmar a efetiva existência de fraude. Apenas noticia-se a ocorrência de fatos indiscutivelmente incomuns, detectados a partir da análise do relatório geral de apuração da eleição municipal e cujo esclarecimento pressupõe, de modo inarredável, a realização de acurados exames periciais”, explica.

A urna sob questionamento tinha 364 eleitores aptos a votar em 15 de novembro.

O caso será analisado pelo juiz Vagnos Kelly, da 34ª Zona Eleitoral.

Confira a RECLAMAÇÃO de Jailson Nogueira