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Rogério Marinho defende Bolsonaro e aliados golpistas indiciados

O líder da oposição no Senado e do bolsonarismo no Rio Grande do Norte, Rogério Marinho (PL), foi as redes sociais defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua quadrilha de golpistas indiciados pela Polícia Federal através de provas robustas que apontam o planejamento de um golpe de estado com os assassinatos do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Rogério tratou uma trama vastamente documentada com provas como vídeos, diálogos e documentos como “perseguição”. “Diante de todas as narrativas construídas ao longo dos últimos anos, o indiciamento do Presidente Jair Bolsonaro, do Presidente Valdemar Costa Neto, e de outras 35 pessoas, comunicado na presente data pela Polícia Federal, não só era esperado, como representa sequência ao processo de incessante perseguição política ao espectro político que representam”, declarou.

O bolsonarista fez um apelo para que a Procuradoria-geral da República para que não denuncie os golpistas. “Espera-se que a Procuradoria-Geral da República, ao ser acionada pelo Supremo Tribunal Federal, possa cumprir com serenidade, independência e imparcialidade sua missão institucional, debruçando-se efetivamente sobre provas concretas e afastando-se definitivamente de meras ilações”, acrescentou.

Ironicamente, Rogério disse confiar no Estado Democrático de Direito para que os golpistas não sejam punidos. “Ainda, ao reafirmar o compromisso com a manutenção do Estado de Direito, confiamos que o restabelecimento da verdade encerrará longa sequência de narrativas políticas desprovidas de suporte fático, com o restabelecimento da normalidade institucional e o fortalecimento de nossa Democracia”, frisou.

Em outro post, sobre as citações de Alexandre de Moraes, um dos alvos do plano de banho de sangue bolsonarista, Marinho defendeu que o ministro se afaste do caso. “O ministro Alexandre de Moraes não tem nenhuma condição de continuar à frente desse inquérito, ele claramente é parte do processo. Não há nenhuma imparcialidade em quem se afirma vítima!”, disparou.

Em um terceiro post, Marinho manifestou sentir orgulho de ter sido ministro do governo do líder do golpe fracassado Jair Bolsonaro. “Tive o privilégio de servir ao Brasil ao lado do presidente Bolsonaro. Convivi com um grande brasileiro que ama seu país e construiu um extraordinário legado de amor ao Brasil. Ninguém pode matar uma ideia; não será a truculência e a perseguição que apagarão o nosso sentimento”, declarou.

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PF aponta Bolsonaro dando a respaldo e Braga Netto como principal arquiteto do golpe

Blog de Andrea Sadi

A Polícia Federal vê o general Braga Netto como a principal autoridade por trás do golpe de estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder mesmo após a derrota nas urnas em 2022.

Para a PF, Bolsonaro era indubitavelmente o principal beneficiário e comandante da tentativa frustrada, tanto que foi indiciado pelos mesmos crimes que o general – golpe de estado, abolição violenta do estado de direito e organização criminosa.

O planejamento e a execução do plano, entretanto, foram chefiadas por Braga Netto, na visão de dois investigadores ouvidos pelo blog nesta sexta-feira (22). Na expressão de um deles, o general era “a cabeça pensante” responsável pela “operacionalização do golpe.”

Documentos da investigação já tornados públicos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mostraram, por exemplo, que o general abrigou em sua própria residência uma reunião, em 12 de novembro de 2022, na qual investigados discutiram um plano para assassinar, antes da posse, Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), além do ministro Alexandre de Moraes.

Braga Netto, inclusive, integraria o intitulado Gabinete Institucional de Gestão da Crise, a ser criado pelo governo federal após os assassinatos.

O tamanho do poder que o general da reserva concentraria em caso de sucesso do plano golpista leva um investigador da PF a suspeitar que Braga Netto poderia, até mesmo, derrubar Bolsonaro e assumir o comando do futuro governo.

No topo da hierarquia, Braga Netto dava respaldo ao golpe junto a militares

Um outro fator reforça o papel central de Braga Netto na trama golpista: a influência no meio militar.

General-de-exército, o segundo cargo da hierarquia da força (Bolsonaro chegou a capitão, seis postos atrás), Braga Netto era quem dava respaldo e credibilidade ao golpe junto aos oficiais e outros militares que decidiram aderir ao plano.

E não foram poucos: dos 37 indiciados, 25 são das Forças Armadas, incluindo os ex-comandantes do Exército, Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, e da Marinha, Almir Garnier Santos.

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Styvenson condena plano para matar Lula, Alckimin e Moraes: “repúdio total”

O senador Styvenson Valentim (PODE) contrariou o silêncio sepulcral da direita e extrema-direita potiguar sobre o plano de militares bolsonarista de matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes num contexto de golpe de estado.

Em um post nos stories do Instagram na última terça-feira ele criticou os militares envolvidos na trama golpista ao postar print da manchete que trata da impressão do plano para matar dentro do Palácio do Planalto. “Absurdo posturas de militares como esses. Nunca representaram a instituição”, comentou.

Styvenson, que é antipetista e crítico do ministro Alexandre de Moares, defendeu que as mudanças aconteçam seguindo as regras da democracia. “Sempre assinei impeachment do ministro Morais (sic) essa é a forma democrática, legal e constitucional de legitimar o reequilíbrio dos poderes. Nunca pela violência ou plano de matar autoridades. Repúdio total e cadeia é pouca pra esse tipo de militar”, sugeriu.

Hoje foram indiciados o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 nomes por tentativa de golpe de estado.

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PF indicia Bolsonaro e mais 36 por tentativa de golpe de estado com plano de matar Lula, Alckmin e Moraes

Por César Tralli

TV Globo

A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira (21) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-integrantes de seu governo por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa (veja abaixo as penas para cada um desses crimes). Ao todo, a lista tem 37 nomes (veja aqui).

O indiciamento ocorre no inquérito que investiga a tentativa de golpe de estado para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota para Lula (PT) nas eleições de 2022. Desde o ano passado, a PF investiga a tentativa de golpe de Estado e iniciativas nesse sentido que ameaçaram o país entre 2022 e 2023, após Lula ter sido eleito — vencendo Bolsonaro nas urnas — e até pouco depois de ele ter tomado posse.

Além de Bolsonaro, foram indiciados pelos 3 crimes:

– o general da reserva do Exército Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo Bolsonaro e candidato a vice na chapa que perdeu a eleição de 2022;

– o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

– o policial federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin);

– e Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.

Além do inquérito sobre o golpe de estado, Bolsonaro também já foi indiciado neste ano em outras duas investigações da Polícia Federal: o caso das joias sauditas e a fraude no cartão de vacinas.

O relatório final do inquérito, que tem mais de 800 páginas, foi concluído no início da tarde e vai ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Caberá à Procuradoria-geral da República (PGR) denunciar ou não os indiciados ao Supremo. Caso a Corte aceite a denúncia, eles se tornam réus e serão julgados.

Veja as penas previstas:

Golpe de Estado: 4 a 12 anos de prisão;

Abolição violenta do Estado democrático de Direito: 4 a 8 anos de prisão;

Integrar organização criminosa: 3 a 8 anos de prisão.

Veja a lista de todos os indiciados:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros
  • Alexandre Castilho Bitencourt da Silva
  • Alexandre Rodrigues Ramagem
  • Almir Garnier Santos
  • Amauri Feres Saad
  • Anderson Gustavo Torres
  • Anderson Lima de Moura
  • Angelo Martins Denicoli
  • Augusto Heleno Ribeiro Pereira
  • Bernardo Romão Correa Netto
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
  • Carlos Giovani Delevati Pasini
  • Cleverson Ney Magalhães
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
  • Fabrício Moreira de Bastos
  • Filipe Garcia Martins
  • Fernando Cerimedo
  • Giancarlo Gomes Rodrigues
  • Guilherme Marques de Almeida
  • Hélio Ferreira Lima
  • Jair Messias Bolsonaro
  • José Eduardo de Oliveira e Silva
  • Laercio Vergilio
  • Marcelo Bormevet
  • Marcelo Costa Câmara
  • Mario Fernandes
  • Mauro Cesar Barbosa Cid
  • Nilton Diniz Rodrigues
  • Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
  • Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
  • Rafael Martins de Oliveira
  • Ronald Ferreira de Araujo Junior
  • Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
  • Tércio Arnaud Tomaz
  • Valdemar Costa Neto
  • Walter Souza Braga Netto
  • Wladimir Matos Soares
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Foro de Moscow 21 nov 2024 – Bolsonaro prestes a ser indiciado

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O peso ideológico da vitória de Donald Trump

Por Wilson Pedroso*

Donald Trump venceu as eleições presidenciais dos Estados Unidos e voltará a comandar a Casa Branca. A vitória do republicano deverá ter impactos importantes para a economia e a diplomacia mundiais, mas, antes de qualquer outra análise, devemos admitir que ela tem um peso ideológico que não pode ser ignorado. Os americanos mostraram-se mais alinhados à direita, em um movimento que já é observado em outras nações na história mais recente.

No caso da eleição de Donald Trump, chama a atenção o fato de que ele tenha vencido a disputa contra Kamala Harris em duas frentes distintas, tendo conquistado a preferência dos delegados dos colégios eleitorais e também dos eleitores americanos. Segundo noticiou a imprensa, a vitória dupla não acontecia desde a vitória de George W. Bush, há 20 anos.

Esse resultado deixa claro que os americanos apoiam as ideias radicais de direita de Trump. Cenários semelhantes foram observados, por exemplo, na Argentina, com a eleição de Javier Milei, e no Brasil, quando Jair Bolsonaro chegou à presidência.

Donald Trump conquistou os americanos com um discurso protecionista, focado no crescimento econômico do país e no fortalecimento da segurança nacional, com endurecimento das regras de imigração e maior vigilância das fronteiras. Mas ninguém vence eleição apenas com discurso. Ele fez uma campanha agressiva e estratégias complexas em várias frentes.

Entre as principais táticas adotadas por Trump, está o uso de tecnologia de ponta, como as ferramentas de Inteligência Artificial, para aprofundar a comunicação com os eleitores. Ele também apostou na reestruturação do Partido Republicano, garantindo ampliação da base e apoio às suas propostas. E, por fim, fez ataques sistêmicos a Kamala Harris, com divulgação de informações que contribuíram fortemente para desconstrução de sua imagem junto à opinião pública.

Sim, a campanha de Trump foi bem arquitetada e, independentemente de ideologia política ou preferência partidária, merece ser estudada com atenção pela classe política. No Brasil, a vitória do republicano já vem mobilizando esquerda e direita. E todos concordam em uma coisa: as eleições americanas poderão ter reflexos negativos para a economia brasileira.

Ainda é cedo para uma avaliação mais aprofundada sobre o que exatamente está por vir. Mas certamente o governo brasileiro terá desafios pela frente.

*É analista político e consultor eleitoral com MBA nas áreas de Gestão e Marketing.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Fernando Mineiro afirma que aumento do ICMS é causado por leis de Bolsonaro

O deputado federal Fernando Mineiro (PT) usou o Twitter (chamado atualmente de X) para lembrar a origem da necessidade de o Governo do Estado reajustar de 18 para 20% a alíquota modal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Mineiro lembrou das Leis Complementares Federais 192 e 194 aprovadas à pedido do então presidente Jair Bolsonaro (PL) nas vésperas das eleições de 2022 visando baixar o preços dos combustíveis de forma artificial para preservar os lucros dos acionistas da Petrobras através da verticalização do ICMS ao arrepio do pacto federativo.

A constitucionalidade das leis está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal (STF).

“A proposta de voltar o ICMS de 18% (em vigor desde jan/24) pra 20% (como era em 2023) busca recuperar os danos causados pelas Leis Complementares Federais 192 e 194 do governo bolsonaro, que mudou os critérios de arrecadação e já causou prejuízo de mais de R$ 1,7 bi ao RN”, escreveu.

Mineiro ainda lembrou que no ano passado a oposição impediu que a alíquota modal do ICMS continuasse em 20% e as promessas de redução de preços não se confirmaram. “Além das leis do governo bolsonaro que prejudicaram a arrecadação no estado, o RN foi o único estado a reduzir a alíquota do ICMS de 2023 para 2024. A direita local argumentava que menos imposto resultaria em preços mais baixos. E cadê essa redução dos preços?”, indagou.

O deputado destacou que o RN vem acumulando prejuízos por causa da decisão dos parlamentares e do ex-presidente Bolsonaro. “Setembro/24 foi o 5º mês seguido que o RN arrecadou menos no comparativo com 2023. Arrecadando menos, além do prejuízo pras finanças, a população também tá prejudicada, com menos dinheiro pra investir em serviços públicos, obras e infraestrutura”, disse.

“Desde 2022, quando passaram a valer essas leis do governo bolsonaro que modificaram os cálculos de ICMS arrecadado pelos estados, o prejuízo no RN tem sido em torno de R$ 60 milhões/mês. Essa diferença na arrecadação, por exemplo, é próxima aos custos mensais da saúde”, complementou.

Mineiro disse ainda que a governadora Fátima vem fazendo um grande esforço no sentido de equilibrar as contas públicas e que o pacote econômico enviado a Assembleia Legislativa prevê cashback do ICMS para os mais pobres. “Importante demais a iniciativa do governo, sem falar no cashback pra compensar e reduzir o impacto do retorno do ICMS a 20%. Tanto traz ganhos sociais ao criar crédito para o consumo das famílias de baixa renda, como reflete diretamente na arrecadação e estímulo ao comércio”, avaliou.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 7 nov 2024 – Vitória do Trump influencia a direita brasileira?

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Allyson recebe doação de R$ 100 mil de empresário do ramo salineiro do RJ que já ajudou Beto Rosado, articulador do “decreto do sal”

A maior doação de pessoa física para a campanha à reeleição do prefeito Allyson Bezerra (UB) partiu de José Hamilton Mandarino de Mello que doou R$ 100 mil.

Só os repasses do União Brasil (R$ 2.879.232,00) e PSD (R$ 180 mil) foram maiores que a doação de Mandarino, que ficou conhecido na década retrasada como vice-presidente de futebol do Vasco na fracassada gestão de Roberto Dinamite.

Mandarino é dono de uma holding chamada JMM SA ADMINISTRACAO E PARTICIPACOES que é dona de empresas do ramo salineiro que atuam no Rio Grande do Norte, a Navenor e a Intersal Terminal Salineiro. A primeira com sede em Mossoró, a segunda em Areia Branca. Ele é também dono da Salinor Salinas do Nordeste SA, sediada (apesar do nome) no Rio de Janeiro, onde o empresário mora.

Mandarino foi citado em reportagem do The Intercept assinada pelo jornalista Paulo Nascimento em 1º de novembro de 2021 que trata do lobby do sal que resultou no decreto do então presidente Jair Bolsonaro (PL) que facilitou a vida da indústria salineira para se proteger de eventuais processos do Ministério Público Federal por danos ao meio ambiente.

O empresário é apontado como doador de R$ 20 mil para a campanha do então deputado federal Beto Rosado (PP), articulador do conhecido “decreto do sal”.

Hoje, Mandarino doa um valor cinco vezes maior para Allyson.

O que ele espera em troca?

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O Bolsonarismo está vivo, mas Bolsonaro está com o pé na cova

Por Gláucio Tavares Costa*

Um colega que frequenta um grupo de Whatsapp de bosolnaristas paulistano promoveu uma enquete em 30/08/2024, indagando aos 162 membros do grupo se votariam em Ricardo Nunes ou Pablo Marçal. Até ontem às 23 horas aproximadamente, Marçal encontrava-se na preferência de 56 bolsonaristas, enquanto Nunes amargava ainda um zero bem redondinho, mesmo contando com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O denominado pai fundador dos Estados Unidos da América, Bejamim Franklin, cunhou o aforisma que: “os dias felizes dos mentirosos e hipócritas são muito curtos.” Não se pode dizer que ele estava ao todo certo, pois Jair Bolsonaro saiu da escuridão inerente aos deputados do baixo clero e passou a ter a preferência dos votos de mais de 30% do eleitorado brasileiro de 2018 até poucos dias. Certamente, este feito lhe rendeu alguma felicidade, especialmente quando era ovacionado por externar o seu preconceito racial, o seu menosprezo às mulheres, banalizar o cuidado com a saúde dos brasileiros no período da pandemia da COVID-19 e debochar do luto de muitas pessoas.

É muito esquisito, porém depois de tanta falta com o povo brasileiro, depois de ter quebrado as promessas de campanha, juntando-se ao Centrão, encobrir episódios de corrupção com sigilos de cem dias e mais cem demonstrações de mediocridades, Bolsonaro perdeu a eleição, ficou inelegível, mas não perdeu o encanto em face do seu público cativo. O episódio da substração das joias ofuscou só um pouquinho a imagem do Capitão.

Em que pese Bejamim Franklin ter se equivocado sobre a duração dos dias felizes dos mentirosos e hipócritas, o certo é que tudo é passageiro, até o brilho da farda do Capitão, que nesta campanha eleitoral encontra-se desfalecendo. Isto porque, além do prenúncio de que não conseguirá eleger nenhum prefeito nas principais capitais do Brasil, Bolsonaro está assistindo aterrorizado a criatura devorando o criador. Falo agora de Pablo Marçal, o candidato coach, que a despeito de não contar com o apoio de Bolsonaro na disputa da prefeitura de São Paulo, tomou de assalto a tropa do Capitão, promovendo uma campanha marcada por baixaria nível máximo, mentiras, acusações infundadas: campanha tipo Milei.

Tanto quanto outrora fora para o Capitão, os atributos negativos não desfavorecem Marçal, posto que o fato dele ter sido condenado por furto qualificado, encontrar-se sempre acompanhado de pessoas ligadas a organizações criminosas, ostentar uma fortuna de origem inexplicável e promover baixarias nos debates, são pontos de alavancagem de sua campanha eleitoral. Quanto pior e sanguinária a campanha de Marçal, mais rende preferência no eleitorado paulistano de direita e, como dizem por lá, está consagrado com o título do novo condutor da manada. Vai entender!

Em razão da incapacidade de Bolsonaro incutir na cabeça dos seus outrora eleitores que deveriam votar em Ricardo Nunes, Bolsonaro e filho inicialmente enxovalharam o candidato coach e premido pela ascensão de Pablo no eleitorado paulistano, após uma intensa troca de ofensas e acusações nas últimas semanas, Carlos Bolsonaro, o porta-voz do Capitão, disse que teve uma conversa amistosa com Marçal e agora estão na mesma direção, o que veio a confirmar rendição de Bolsonaro e que em que pese o bolsonarismo está vivo, Bolsonaro está com o pé na cova.

*É mestrando em Direito pela Universidad Europea del Atlántico, graduado em Farmácia pela UFRN e cronista.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.