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Crise da Porcellanati coloca prefeito no limite entre a ousadia e a insanidade

A Porcellanati não tem credibilidade nenhuma. Nos últimos 15 anos não chegou a ficar cinco funcionando em Mossoró e olhe que teve todas as exigências para se instalar na cidade atendidas pela Prefeitura e Governo do RN.

Isso sem contar os subsídios e empréstimos generosos.

De quebra, a empresa ainda foi usada para enganações políticas sobretudo por parte da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP).

A empresa deixou em Mossoró um rastro de calote tanto em fornecedores quanto nos trabalhadores. Com estes últimos a dívida soma R$ 5 milhões.

A nova tentativa de reabertura das atividades merecidamente inspira desconfiança ainda mais em um contexto em que a Prefeitura de Mossoró estava prestes a fazer a reversão do terreno.

Mas por outro lado é preciso analisar o caso de forma racional porque temos uma possibilidade de geração de empregos em um momento em que a falta de oportunidades de trabalho assola o país.

Não é um bom argumento o de que no terreno serão implantadas novas indústrias. Há outros terrenos disponíveis no Distrito Industrial de Mossoró para isso.

As novas empresas se instalando podem gerar empregos que se somem aos da Porcellanati.

Quanto mais gente trabalhando e recebendo os bons salários que a indústria paga, melhor.

O prefeito Allyson Bezerra (SD) tem respaldo da opinião pública para mandar a Porcellanati para o espaço, mas precisa tratar essa delicada situação com pragmatismo sob pena de lá na frente ser cobrado por isso.

É difícil dar um crédito de confiança a Porcellanati e essa crise o coloca no limite entre a ousadia e a insanidade.

A ousadia reside em enfrentar o problema de frente. Ninguém aguenta mais olhar para aquele elefante literalmente branco e improdutivo que simboliza a enganação, mas o prefeito tem em mãos uma oportunidade de ouro de matar dois coelhos numa cajadada só caso seja pragmático tirando proveito do medo da Porcellanati  de perder o terreno.

O prefeito pode forçar um acordo em que garante a permanência do terreno sob as seguinte condição: a empresa apresentar um plano de pagamento das dívidas trabalhistas e com os fornecedores locais e o aviso de que caso descumpra os acordos ou feche as portas novamente o terreno será imediatamente revertido.

O prefeito aí evita o risco de se perder postos de trabalho que estão sendo gerados e protege trabalhadores e empresários prejudicados pela Porcellanati.

Essa ideia eu defendi mais cedo no Foro de Moscow e logo após o programa soube a Prefeitura de Mossoró chegou a sugerir a Porcellanati algo semelhante dentro de um plano de reinstalação, mas a empresa perdeu todos os prazos.

Entendo que apesar de todas as ressalvas à Porcellanati, temos neste momento empregos voltando a ser gerados por lá. Fazer a empresa fechar neste momento é insanidade.

Transformar a desconfiança em ativo numa negociação, neste caso, pode ser a melhor saída.

Precisamos de empregos!

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“A gente não quer impedir que eles reabram, mas queremos uma data pra que eles paguem a gente”, afirma presidente da Associação dos Funcionários da Porcellanati

A promessa de retorno das atividades da Porcellanati em Mossoró é vista com desconfiança pelo presidente da Associação dos Funcionários da empresa, Ronaldo Silva, que há sete anos luta para receber os direitos trabalhistas.

Em conversa com o Blog do Barreto ele explicou que não tem nada contra a reabertura da empresa, mas quer isso venha acompanhado da quitação das dívidas trabalhista. “Eles chamaram a gente para uma conversa e a gente não quer impedir que eles reabram, mas queremos uma data pra que eles paguem a gente. Eles acham que a gente é besta com essas enganações”, avisou

A alegação para não pagar é de que existe um recurso do Banco do Nordeste e enquanto não for julgado em terceira instância não podem pagar. “Não sou inimigo deles. Quero que reabram e gerem os empregos, mas eles têm que nos pagar”, reforçou Ronaldo.

No entando ele enxerga com desconfiança o retorno da Porcellanati somente após a Prefeitura de Mossoró (ver AQUI) tomar medidas para tomar o terreno. “No meu modo de ver é mais uma enganação para não perderem o terreno. Estão trabalhando forte com muita gente terceirizada, mas se tratando deles a gente sempre fica com o pé atrás”, declarou.

São 250 trabalhadores prejudicados pela Porcellanati numa dívida que supera R$ 5 milhões.

Retorno

O radialista Joãozinho GPS gravou uma entrevista com o gerente industrial da Itagrês, dona da Porcellanati, Marcelo Marcon.

Confira:

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Porcellanati retira máquinas de Mossoró

Uma da linhas de montagem da Porcellanati está sendo retirada (Foto: cedida)

A Porcellanati está retirando parte de seu maquinário da unidade de Mossoró. Segundo o Blog do Barreto apurou eles estão retirando uma linha de máquinas por causa de uma decisão judicial que se arrastava há 13 anos por causa de uma dívida não paga.

Em reunião on line com os representantes dos ex-funcionários foi apresentado o seguinte comunicado:

Conforme decisão judicial, serão retirados alguns equipamentos da fábrica unidade do Nordeste para atender um credor não sujeito à RJ (Recuperação Judicial). A empresa estará acompanhando este processo para que nenhum dano seja causado à fábrica e ajustará suas estratégias para garantir a continuidade do seu Planejamento.

Duas das quatro prensas da Porcellanati será retirada (Foto: cedida)

Com isso ficará à disposição da unidade de Mossoró, que está fechada há quatro anos, apenas uma de suas duas linhas de produção. Estão sendo retiradas duas prensas, um secador e um forno. “Metade da fábrica vai embora. O nosso medo é que eles aproveitem para tirar a outra e leve também e fique lá só o galpão”, disse Ronaldo Silva, presidente da Associação dos Ex-funcionários. “O que eles vão ter para pagar a gente?”, questiona.

O desmonte da linha de produção já está em curso.

A manutenção do maquinário em Mossoró sempre foi uma esperança de garantia de pagamento das dívidas da Porcellanati com os ex-funcionários.

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Prefeito eleito recebe donos da Porcellanati, mas ignora pedido de audiência com representação dos trabalhadores

Allyson esteve com o empresário Murilo Bertoluzzi da Porcellanati, mas não recebe trabalhadores (Foto: cedida)

O prefeito eleito Allyson Bezerra (SD) esteve na semana passada com o empresário Murilo Bertoluzzi da Porcellanati para discutir a retomada das atividades da empresa em Mossoró.

A partir da divulgação do encontro a Associação dos Ex-funcionários  da Porcellanati tentou viabilizar um encontro com o prefeito eleito. “Tentei marcar uma audiência para falar com o prefeito eleito é não consegui. Uma pessoa que me atendeu lá no gabinete dele, Carla, disse que não podia porque ele agora estava muito ocupado com a transição. Até argumentei que o diretor da Porcellanati veio passar três dias em Mossoró e conseguiu falar com ele. Aí ela respondeu: ‘foi’”’ disse Ronaldo Garcia que representa os trabalhadores.

“Assim chego a conclusão que o diretor da Porcellanati é mais importante para ele que mas de 250 país de família que estamos esperando a 6 anos para receber nosso direito trabalhista”, reforçou.

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Ex-funcionários da Porcellanati aguardam há quatro meses resposta por pedido audiência com Rosalba

Centenas de pessoas formaram fila em vão (Foto: Jornal De Fato)

A Associação dos Ex-funcionários da Porcellanati solicitou no dia 20 de setembro do ano passado um pedido de audiência com a prefeita Rosalba Ciarlini (PP).

Até hoje aguardam uma resposta.

O presidente da entidade Ronaldo Silva conta ao Blog do Barreto que já fez várias ligações para o Gbainete de Rosalba e sempre alegam que a prefeita está reunida com a assessoria.

Nas vésperas da eleição de 2018, Rosalba tentando promover o filho candidato a vice-governador se posicionou como madrinha do retorno das atividades da empresa. Inclusive chegou a ser divulgada uma arte nas redes sociais (ver abaixo) em que se comemorava uma tal “vitória do diálogo”.

A tal vitória ficou na propaganda. Na realidade a prefeita ignora os mais afetados

Coube a gestão dela fazer um cadastro que supostamente seria para selecionar os novos funcionários.

Não passou de engodo.

Repito: não existe política de geração de empregos na gestão de Rosalba.

Saiba mais sobre essa história lendo:

Caso Porcelanatti: Rosalba pôs digitais no mico ao forçar a barra em propaganda

Caso Porcelanatti vira símbolo da decadência da imagem de Rosalba

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O que restou da Porcellanati será alvo de audiência na Câmara Municipal

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Alex Moacir é o autor da proposição

A Câmara Municipal de Mossoró realiza, nesta quinta-feira, 20 de abril, audiência pública para debater questões trabalhistas da empresa Porcellanati e a reversão do terreno ao município.

O autor da proposta para realização da audiência, vereador Alex Moacir (PMDB), ressalta a necessidade de expor e discutir os problemas ocasionados com a demissão em massa dos funcionários da empresa. “Foram mais de 250 trabalhadores demitidos com o fechamento da Porcellanati há mais de dois anos sem nenhuma garantia trabalhista, seja pelo não pagamento do FGTS ou mesmo da rescisão contratual. É um assunto de grande importância, que merece ser discutido nesta Casa Legislativa, principalmente porque afeta a vida de tantas famílias”, reforçou.

A audiência pública será realizada a partir das 9h, no plenário da Câmara Municipal, e foi aprovada por unanimidade pelos vereadores.

Nota do Blog: a Porcellanati é uma das maiores falácias vendidas ao povo de Mossoró pela nossa “meritória” classe política.

Foto: Edilberto Barros