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Mandato de Sandro Pimentel pode cair no colo de outra coligação

Nunca na história do Rio Grande do Norte um deputado estadual eleito foi impedido de ser diplomado. O que mais chama atenção são as coincidências envolvendo o caso.

Segundo o suplente de vereador de Natal Maurício Gurgel (PSOL), em entrevista ao site Potiguar Notícias, a juíza eleitoral Adriana Cavalcanti que impediu a diplomação de Pimentel é casada com o tio da esposa de Jacó Jácome (PSD, deputado estadual não reeleito e primeiro suplente da coligação Trabalho e Superação.

Como Sandro não foi diplomado, os 19.158 votos que ele recebeu em 7 de outubro poderiam ser anulados fazendo o PSOL perder a vaga que conquistou na Assembleia.

A 24ª vaga cairia no colo de Jacó Jácome.

O Blog consultou alguns especialistas que entenderam que a vaga deve permanecer com o PSOL independente do resultado do processo contra Sandro Pimentel que é suspeito de irregularidade na arrecadação de recursos de campanha.

Nos bastidores o assunto tem uma conotação que ignora a questão técnica.

 

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Deputado eleito rebate TRE

Abaixo nota enviada pelo deputado estadual eleito Sandro Pimentel (PSOL) a respeito da reprovação das suas contas eleitorais.

Nota de esclarecimento do deputado estadual eleito, Sandro Pimentel, sobre desaprovação de contas eleitorais.

Hoje, 14, o Tribunal Regional Eleitoral julgou nossas contas eleitorais, e, sem surpresa, elas foram desaprovadas. Tal reprovação se deu por conta de um erro técnico. Durante o processo eleitoral, foram depositados recursos próprios, em nossa conta de campanha, acima do limite de depósito em espécie previsto na norma eleitoral. 

Para se ter uma ideia, se o mesmo valor tivesse sido transferido para a conta eleitoral ou depositado de maneira fracionada, atenderíamos a norma eleitoral em sua integralidade. Ou seja, o que aconteceu foi um erro formal, algo que poderia ter sido evitado, mas que de forma alguma prejudica a lisura de nossa campanha e eleição.

Assim, sobre a desaprovação das contas é necessário esclarecer 5 pontos:

1 – Ressalto que não usei recursos do fundo público eleitoral durante a campanha, tudo foi bancado com recursos próprios e com algumas doações de apoiadores, tudo devidamente declarado para a justiça eleitoral.

2 – Os valores usados em nossa campanha são muito menores do que de outras campanhas eleitas, e os valores usados são totalmente compatíveis com a minha renda.

3 – Sempre prezando pela legalidade e pela transparência, fizemos passar todos os gastos pela conta eleitoral, para conhecimento e apreciação da justiça e da sociedade.

4 – Acrescento ainda que mesmo sem os órgãos de controle solicitarem, nós adiantamos e abrimos totalmente o nosso sigilo bancário desse ano , numa comprovação inconteste de boa fé e da  certeza da origem dos recursos  utilizados na campanha.

5 – Recorri ao Tribunal Superior Eleitoral, com a certeza de que, os quase 20 mil votos que recebi serão honrados com um mandato compromissado com a transparência, com a defesa dos animais e na luta pelos direitos da classe trabalhadora.

Sandro Pimentel (PSOL)

Deputado estadual eleito

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Partido abre processo para expulsar ex-candidato ao Governo



Agora RN

O diretório do PSOL no Rio Grande do Norte encaminhou para a Comissão de Ética da legenda um pedido de análise de expulsão do professor Carlos Alberto Medeiros, que foi candidato ao Governo do Estado pelo partido, ficou em 5° lugar e agora integra a comissão de transição da governadora eleita, Fátima Bezerra (PT).

O presidente da legenda no Estado, Daniel Morais, esclareceu ao Agora RN que o partido foi procurado pelo PT para fazer parte do governo e discutir propostas de gestão, mas a decisão foi de não participar da transição, nem aceitar cargos.

Segundo Daniel Morais, a postura do PSOL será de independência em relação ao futuro governo. “Não vamos indicar ninguém para fazer parte do governo e não queremos nenhum cargo. Se o professor Carlos Alberto continuar insistindo com essa postura, ele será convidado a se retirar do PSOL e seguir seu caminho. Conquistamos um mandato para deputado estadual [com o vereador de Natal Sandro Pimentel] e vamos honrar o que a sociedade nos deu mediante votação nas eleições”, explicou Morais.

Na opinião do deputado estadual eleito Sandro Pimentel, o professor Carlos Alberto deve pedir desfiliação do PSOL se não quiser aceitar as condições da sigla. “O entendimento do PSOL é que o professor Carlos Alberto está agindo de forma equivocada e que sua atitude vem trazendo desconforto ao que foi deliberado em relação ao Governo do Estado – de não participar e votar apenas no que houver convergência”, disse Sandro Pimentel.

Para o parlamentar, que em janeiro deixará de ser vereador de Natal e vai assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado, neste momento todos no PSOL esperam que o professor Alberto peça para sair do partido, em vez de querer promover uma disputa interna na “mão de ferro” ou na “queda de braços”.

De acordo com Sandro Pimentel, é necessário entender a democracia e verificar que quem não concorda com a maioria deve pedir para sair. “Se ele quer fazer parte do governo, que faça. Porém, terá que sair do PSOL”, expõe Pimentel.

Entenda

Nesta quarta-feira, Carlos Alberto Medeiros disse que não vai pedir desfiliação do PSOL mesmo depois de o partido tê-lo enquadrado publicamente na véspera. O socialista afirmou, ainda, que seguirá na equipe de transição indicada pela governadora eleita do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), contrariando sua legenda.

“Estou compondo a comissão de transição para ajudar o novo governo, de Fátima Bezerra. Torço pelo sucesso e estou contribuindo nesse momento tão delicado que o Rio Grande do Norte enfrenta. A sociedade espera e sabe que precisa da ajuda de todos. O momento exige união”, declarou o professor.

Em nota divulgada nesta terça-feira, o diretório do PSOL no Estado afirmou que, apesar de ter apoiado Fátima Bezerra no 2° turno, nenhum filiado está autorizado pela legenda a integrar a equipe de transição ou qualquer cargo no próximo governo. “O filiado que, por ventura, vier a assumir posição no governo deverá solicitar desfiliação partidária. Em caso de descumprimento, a situação será remetida para avaliação das instâncias partidárias”, informou o partido.

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PSOL pede cassação da candidatura de Robinson



Obra inacabada é objeto de ação

O Tribunal Regional do Estado (TRE/RN) vai julgar uma ação de investigação judicial eleitoral contra o governador Robinson Faria (PSD), candidato à reeleição. A ação é movida pelo diretório estadual do PSOL e acusa o governador, bem como seu companheiro de chapa, Tião Couto (PR), por abuso de poder econômico. O fator que motiva o pedido de investigação é a inauguração do inacabado Complexo Viário da Redinha, em Natal. O caso pode levar à cassação da candidatura da chapa encabeçada por Robinson, caso o TRE atenda à solicitação do PSOL.

Segundo a peça formulada pelos advogados do PSOL, Kennedy Diógenes e Sanderson Mafra, o governador Robinson Faria cometeu abuso de poder político ao inaugurar, em 5 de julho passado, o complexo viário da Redinha, uma obra que está apenas parcialmente finalizada. Das três etapas do projeto, apenas uma está pronta: a construção do viaduto, com a liberação inicial do trecho da avenida Conselheiro Tristão. Ficaram faltando as outras duas etapas: a ligação do acesso a Genipabu até a avenida Tocantínea, devidamente asfaltada e sinalizada, e a ligação da avenida Tocantínea, passando pela avenida Rio Doce, seguindo na avenida das Fronteiras, até o acesso à BR-101, igualmente com vias asfaltadas e sinalizadas.

A ação de investigação judicial eleitoral relata ainda que a decisão de liberar a obra sem concluí-la gerou prejuízos imediatos para a população. Após a inauguração, houve ocorrência de acidentes automobilísticos, alagamentos de vias e danos a veículos, já que ainda não havia sinalização, drenagem e recapeamento das vias que compõem o entorno do Complexo Viário da Redinha.

Para o PSOL, a inauguração precipitada liderada pelo governador contraria a legislação em duas frentes ao mesmo tempo. Primeiramente, afronta a Lei das Eleições (9.504/97), por ter Robinson entregue deliberadamente uma obra inconclusa dois dias antes de iniciar o prazo que veda a participação de candidatos em cerimônias públicas de inaugurações. Da mesma forma, os advogados Kennedy Diógenes e Sanderson Mafra apontam que a inauguração comandada por Robinson desobedeceu a Lei Estadual 10.164/2017, que “veda realização de despesa pública em inaugurações de obras ou serviços públicos, sem que estas estejam em condições de pleno funcionamento”.

Reunidas essas irregularidades, o PSOL pede ao TRE que reconheça a responsabilidade do governador no cometimento delas e casse as candidaturas de Robinson Faria e de seu companheiro na chapa com a qual ele tenta a reeleição, por terem se beneficiado do abuso. Pede ainda que, na hipótese de serem eleitos, que a Justiça Eleitoral casse os seus diplomas. Se a ação for julgada procedente, Robinson e seu candidato a vice-governador também podem ficar oito anos inelegíveis, o que também é requerido pelos advogados do PSOL.

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Primeiro a registrar candidatura ao Governo apresenta patrimônio milionário


O professor Carlos Alberto Medeiros (PSOL) foi o primeiro postulante ao Governo do Estado a registrar candidatura no Sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ele apresentou um patrimônio de R$ 3.913.623,67, quase quatro milhões de reais.

Carlos Alberto já atuou como empresário e atualmente é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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Entrevista

“As pessoas estão procurando um terceiro campo e não é Bolsonaro e o fascismo”, diz Robério Paulino


Cumprindo agenda em Mossoró, o professor Robério Paulino (PSOL) foi entrevistado pelo Blog do Barreto. Surpresa das eleições de 2014 quando ficou em terceiro lugar, ele agora é candidato a deputado estadual utilizando o discurso de combate ao fascismo e aos grupos tradicionais da política potiguar.

Confira o bate-papo.

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Entrevista

“Sem investir em educação ficaremos condenados à miséria”, afirma pré-candidato ao Governo


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Empresário e professor universitário, Carlos Alberto Medeiros é o candidato do PSOL ao Governo do Estado. Ele vem com a missão de superar a surpreendente votação de Robério Paulino nas eleições de 2014. Conheça um pouco das propostas de mais um pré-candidato ao Governo do Estado.

 

Blog do Barreto: O senhor foi vice de Fernando Mineiro em 2012. O que te levou a deixar o PT?

Carlos Alberto: Venho sendo convidado para ingressar no PSOL há algum tempo. Desde então, procurei estudar profundamente sobre o partido. Analisei o programa de fundação do PSOL, um programa com visão de futuro e coerência. Impressionante a capacidade do PSOL em antever que a política de alianças com partidos de centro e até de direita ia dar errado. A aliança dos partidos de esquerda tem que ser com os anseios da população e com a busca da justiça social, isso é inegociável.

Blog do Barreto: O PSOL teve um desempenho surpreendente em 2014 na eleição de governador do RN, inclusive forçou o segundo turno. Como o senhor pretende ir além disso?

Carlos Alberto: O PSOL teve um bom desempenho na eleição para o governo do estado em 2014. O professor Robério Paulino, meu colega de UFRN, obteve 130.000 votos, chegando a quase 9% dos votos no Rio Grande do Norte e a 22,5% em Natal. Nesta eleição, acredito que a possibilidade de mudança é grande, as pessoas querem um candidato novo que busque fazer uma política diferente da que vem sendo feita no Rio Grande do Norte. Se o eleitor se identificar com a possibilidade de mudança a chance de vitória é real.

Blog do Barreto: O senhor é empresário. Como ser candidato ao Governo em um partido de orientação socialista?

Carlos Alberto: Como sempre fui um militante de esquerda, não me vejo em um partido com orientação diferente do PSOL, que busca o fim da miséria e da exploração. Deixei a condição de empresário há 20 anos quando ingressei como professor da UFRN no Departamento de Ciências Administrativas, desde então fiquei apenas como sócio da pequena empresa que fundei. Nesses 20 anos coordenei o Programa de Pós-Graduação em Administração de 2005 a 2007 e o Curso de Graduação em Administração de 2014 a 2017. Sou professor nos cursos de graduação em Administração e em Turismo, e também na pós-graduação desses dois cursos.  Além disso, me considero um pesquisador bem-sucedido na academia pois já fui citado por mais de 1.300 trabalhos científicos. Essa experiência no estudo da gestão é que desejo levar para o governo do Rio Grande do Norte.

Blog do Barreto: Como o senhor pretende se apresentar ao eleitorado potiguar?

Carlos Alberto: Pretendo me apresentar como um professor e administrador que quer fazer uma gestão diferente no Governo do Rio Grande do Norte. Um governador que perseguirá a meta de colocar todas as crianças e jovens na escola. Como disse Nelson Mandela, “a educação é a arma mais poderosa para mudar o Mundo”. Não existe outra saída para o Rio Grande do Norte que não seja a educação, só ela liberta as pessoas. Nos últimos 10 anos as matrículas das crianças e adolescentes vem caindo no Rio Grande do Norte, o IBGE aponta uma redução de aproximadamente 91.000 matrículas a menos do que em 2009. Temos o segundo pior ensino médio do Brasil, o terceiro pior ensino fundamental, uma enorme falta de vagas nas creches, como vamos crescer com uma educação tão desprezada?

Blog do Barreto: O PSOL tem chances de finalmente eleger um deputado estadual no Rio Grande do Norte. Esse projeto atrapalha ou ajuda sua candidatura?

Carlos Alberto: A ampla nominata de pré-candidatos do PSOL vai fortalecer bastante a campanha, serão mais de 50 candidatos nessas eleições. Mossoró terá a ex-vereadora professora Telma Gurgel como candidata ao Senado e o sindicalista Audiclésio Maia como candidato a deputado federal.  Acredito que o PSOL pode eleger dois ou até três deputados estaduais, já temos mais de 30 pré-candidaturas apresentadas. O professor Zacarias Marinho da UERN é um deles. A nominata para estadual vem com muita força, o vereador de Natal Sandro Pimentel, que está fazendo um grande mandato, os ex-vereadores Maurício Gurgel, com raízes no Seridó, e o Prof. Luis Carlos, que possui bases na região do Apodi. Temos o ex-prefeito de Janduís Dr. Salomão Gurgel; o professor Robério Paulino, que foi o candidato do PSOL a govenador em 2014; um importante líder comunitário do maior bairro de Natal que é o Milklei Leite; o professor Walker Francis, que tem um excelente trabalho como educador em Felipe Camarão. Além desses, candidaturas importantes em Currais Novos, com Solange Medeiros, Tibau do Sul e agreste com Suzane de Paula. Será uma campanha em que o PSOL apresentará uma nominata muito qualificada.

O senhor sendo governador qual seria prioridade principal?

Carlos Alberto: Os países que conseguiram vencer a luta contra a miséria foram os que investiram fortemente na educação. A prioridade do governo será a educação, por ela se atinge e se soluciona outros problemas graves como a segurança pública e o desenvolvimento. Não há mais como ficar se tapando o sol com a peneira, sem investir em educação ficaremos condenados à miséria. Quase 10% da população do Rio Grande do Norte vive na extrema pobreza, são quase 350.000 pessoas. 17% da população é analfabeta, em alguns municípios o número beira os 40%. Nosso governo executará as políticas públicas que estarão em nosso Programa de Governo e que serão extraídas dos anseios da sociedade.

Blog do Barreto: O senhor é do ramo empresarial deve compreender bem o quanto o modelo econômico do Estado carece de inovações. O senhor pensa em alterar os rumos da economia potiguar?

Carlos Alberto: Fui aluno do ex-governador Cortez Pereira, uma pessoa brilhante, o melhor governador que o Rio Grande do Norte já teve. Cortez Pereira foi o único governador com perfil socialista, isso em plena ditadura militar. Cortez trouxe a CEPAL para ajudar a planejar o Rio Grande do Norte. Concebeu e implantou o projeto Serra do Mel, um exemplo de sucesso de colonização e reforma agrária; apoiou o início da carcinicultura em nosso estado, hoje colhemos esses frutos; o plantio do coco; a fruticultura; o turismo. Cortez sabia identificar as atividades econômicas que tínhamos vantagem competitiva. Gostaria muito de fazer um governo nos mesmos moldes que ele fez, sem dúvida ele alterou para melhor os rumos da economia potiguar.

Blog do Barreto: O PSOL passou por algumas turbulências como a filiação rejeitada do advogado Fábio Holanda. Esses problemas atrapalham a disputa majoritária?

Carlos Alberto: Acredito que não.

Blog do Barreto: Como o senhor analisa a UERN?

Carlos Alberto: O desenvolvimento social e econômico do Rio Grande do Norte passa pela UERN, pois ela está presente em quase todas as regiões do estado, atuando fortemente na Graduação e na Pós-graduação. Vejo a UERN como a executora de uma política governamental abrangente no ensino e na pesquisa aplicada. A UERN deve assumir um papel preponderante em nossa gestão, pois tendo a educação como prioridade a UERN será um braço de atuação do governo para a elevação de nossos indicadores educacionais.

Blog do Barreto: Quais as propostas para Mossoró?

Carlos Alberto: Mossoró é a capital industrial do estado. Sou impressionado com a pujança econômica da região mossoroense e acredito que Mossoró será a líder do desenvolvimento do estado no médio prazo. O desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte tem que crescer do campo para as cidades. Só reverteremos o atual cenário de empobrecimento que o estado atravessa apoiando a agricultura familiar, as cooperativas, agregando valor aos produtos em nosso território com a industrialização. Quero estimular fortemente a produção de alimentos e a industrialização no território potiguar. Mossoró e região lideram a produção agrícola e a extração mineral em nosso estado e contará com o apoio do governo para instalar a infraestrutura necessária para continuar com seu forte crescimento.

 

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O caso Mariele e os “cidadãos de bem” à brasileira



Meme fascista expõe segunda morte de Mariele Franco via linchamento moral
Meme fascista expõe segunda morte de Mariele Franco via linchamento moral

Mariele Franco era uma vereadora do Rio de Janeiro, a quinta mais votada no último pleito na capital fluminense. Negra, mãe aos 17 anos, feminista, homossexual, militante dos direitos humanos e filiada ao PSOL. Simbolizava tudo que rejeita a crescente onda fascistóide, que corrói nossa sociedade.

A morte dela precisa ser investigada e esclarecida. Por mais que existam algumas suspeitas óbvias qualquer julgamento de valor nesse momento é precipitado.

Mas nada, absolutamente, nada justifica uma segunda morte de Mariele Franco. Antes mesmo de seu corpo ser sepultado imbecis sob o manto da moral e dos bons costumes estão fazendo um verdadeiro linchamento que massacra a imagem da jovem vereadora.

Nas redes sociais vi o absurdo de gente compartilhando memes e postagens que “celebram” a morte de Mariele numa morbidez que não combina com quem diz professar a fé cristã e/ou se coloca como um “cidadão de bem”. É uma constrangedora falta de empatia com o sofrimento de uma família.

A morte de nenhum ser humano pode ser comemorada. Mas o caso de Mariele carrega consigo uma carga simbólica que resume muito bem setores mais idiotizados de nossa sociedade que se deixam iludir por “salvadores da pátria” e embarcam nos chiliques estridentes de apresentadores de programas policiais.

Não é hora para misturar ideologia, politicagem de quinta categoria e sentimentos rancorosos. É um momento para se pensar o tipo de sociedade que temos e o quanto a liberdade que temos não pode servir de pretexto para expressar sentimentos odientos.

A morte de Mariele não é como a de tantos negros, mulheres, homossexuais e militantes de causas justas. A tragédia mistura num caixão toda a carga de preconceito que cada dia tem saído mais e mais dos porões do inconsciente de setores autoritários e violentos de nossa sociedade nada cordial como apregoou Sérgio Buarque de Holanda. Não somos cordiais. Somos violentos e celebramos a desgraça alheia com a indiferença de que é incapaz de se colocar no lugar do outro.

Essa tragédia provoca comoção de quem possui empatia com o próximo porque a jovem reunia em si toda a carga dos oprimidos desse país, mas também expões a hipocrisia nossa de cada dia do racismo velado, machismo “cavalheiro”, homofobia de pé de ouvido e do preconceito de quem diz não ter preconceito, “mas…”.

Poucos dias antes de ser vítima de uma emboscada ela tinha denunciado abusos da Polícia Militar. Dizer que ela estava defendendo bandidos é um reducionismo pobre e desonesto. É colocar no mesmo caldeirão bandidos e pessoas pobres/honestas que são maioria nas comunidades carentes.

Do mesmo jeito que ninguém pode dizer que foram membros da Polícia Militar que mataram Mariele Franco não se pode espalhar memes fascistas tornando a vítima culpada pela própria morte trágica.

Precisamos refletir sobre que “cidadãos de bem” são esses. São de “Bem” por serem honrados ou a moral deles é mera hipocrisia?

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Cinquentinha faz guinada ideológica e agora é do PSDC



Cinquentinha PSDC

O polêmico Cinquentinha não é mais do PSOL, legenda que ajudou a fundar em Mossoró. Ele troca o partido de extrema esquerda pelo PSDC, identificado com a democracia cristã vertente da direita. Claro que tudo isso é apenas no plano teórico.

Por obra de Cinquentinha PSDC e PSOL se uniram em torno de Josué Moreira nas eleições do ano passado em Mossoró. Foi apenas uma transição. A chapa, cuja vice era a odontóloga Karliana Nonato, teve 1.370 votos.

Cinquentinha concluiu sua guinada ideológica. O professor levou consigo vários filiados entre eles o sub-oficial Nildo, que era o presidente da agremiação.

O PSOL mossoroense sem a presença da turma de Cinquentinha fica agora sob o comando do jornalista Cláudio Palheta, que vinha na vice-presidência.

Nas eleições de 2016 Cinquentinha foi candidato a vereador e recebeu 69 votos.