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Secretário de tributação apresenta lista de incentivos fiscais do Governo ao turismo no RN

Carlos Eduardo Xavier explica ações do Governo para socorrer o setor do turismo (Foto: divulgação)

O secretário estadual de tributação Carlos Eduardo Xavier usou as redes sociais para mostrar as ações do Governo do Estado para minimizar a crise do turismo em Natal.

Ele listou as medidas. Confira:

1 –  redução do ICMS do querosene de aviação para companhias aéreas mediante metas de incremento de voos;

2 – redução de ICMS da energia elétrica para hotéis e pousadas até 12/21;

3 – prorrogação do ICMS Normal de abril por 90 dias para Bares e Restaurantes;

4 – prorrogação do IPVA para empresas do setor de turismo em geral, inclusive eventos;

5 – desburocratização de linha de crédito especificamente para bares e restaurantes;

6 – Campanhas nacionais como Band Verão e a realização do Rally dos Sertões;

7 – criação do Turismo Cidadão que visa estimular o turismo regional no período de retomada;

8 – concessão de isenção da tarifa de água para bares e restaurantes por 3 meses;

9 – Super Refis para parcelamento de débitos tributários com o Governo do Estado.

Sobre as medidas o secretário comentou:

“Isso pode não resolver o problema mas é muito distinto de somente discurso. O Governo do RN trata o turismo como prioridade desde que a governadora Fatima Bezerra assumiu a gestão estadual, no entanto é preciso entender que a pandemia em TODO O MUNDO atinge este setor de forma brutal”.

Ele disse ainda que as medidas de restrição serão flexibilizadas na medida em que os números melhorem. “O Governo do RN seguirá agindo com prudência, visando salvar o maior número de vidas possíveis, e mitigando dentro das suas possibilidades os efeitos econômicos e sociais desta doença. Seguiremos evoluindo nas flexibilizações de forma gradual sempre que os indicadores permitirem”, comentou.

Ontem foi divulgado um estudo da Universidade de São Paulo (USP) apontando que em Natal 39% das demissões em 2020 foram no setor de turismo.

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Ministro do Turismo diz que Brasil receberá US$ 30 bi quando legalizar cassinos

Diante a uma persistente crise econômica que já atinge muito tempo, que foi potencializada e agravada com todos os problemas ocasionados pela pandemia, a regulamentação dos cassinos apresenta uma possibilidade positiva de investimento estrangeiro para diversos setores que atualmente estão prejudicados.

Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, o ministro do Turismo, Gilson Machado, comentou sobre os aspectos positivos que a aprovação de um dos projetos que tramita no Congresso agrada do ponto de vista financeiro: “Tem vários projetos no Congresso Nacional. Um deles é o do Senador Irajá Abreu, muito semelhante ao dos americanos. Agora, a hora que o Brasil abrir para isso, nós temos já dados que vão vir mais de US$ 30 bilhões para serem investidos no Brasil assim… automaticamente”.

Este projeto que o ministro se refere prevê a implementação de cassino associados à resorts, com uma estrutura voltada para o turismo, um modelo que já existe nos Estados Unidos com resultados positivos, como, por exemplo, o The Venetian, do grupo Las Vegas Sands, que foi citado por Machado durante a entrevista: “Eles têm um centro de convenções que roda por semana 180 mil pessoas. No hotelzinho dele não cabe porque só tem onze mil quartos. Mas ele lota todos os hotéis no entorno. Fora isso, há mais de 200 lojas, restaurantes e dois teatros que fazem shows ao mesmo tempo. Quando a gente estava lá, tinha dois shows, ao mesmo tempo, do Willie Nelson e do Rod Stewart na mesma hora e todos os dois lotados. Sem contar as piscinas… E tem a parte dos resorts dos cassinos, que representa 24% do faturamento de um resort integrado”.

Relacionado a preocupação de boa parte dos que são contra a regulamentação dos cassinos no Brasil, sob o argumento da possibilidade do vício em jogos se alastrar, o ministro voltou a citar o exemplo do The Venetian: “Aquele que é viciado em jogo não consegue jogar lá. Eles identificam e o tiram. Então se montarem um cassino aqui ou na Argentina e fizerem uma coisa errada aqui, ele perde a concessão lá por causa do compliance. Ele montou cassino em Cingapura e o governo americano fiscaliza o mundo todo essa parte”.

Um dos questionamentos ao ministro foi sobre a possibilidade de seguir o exemplo de Las Vegas, onde uma região pobre e desértica foi transformada em um dos maiores polos turísticos do mundo, devido ao atrativo gerado pelas estruturas dos cassinos, algo que muitos acreditam que seria benéfico para as regiões mais pobres do Brasil.

No entanto, segundo Gilson Machado, o principal entrave para essa transformação seria o tempo necessário para o retorno do investimento: “A região hoje que os donos dos cassinos escolheriam seria aqui em São Paulo e no Rio de Janeiro porque estão perto de aeroportos. Las Vegas passou 90 anos para virar “Las Vegas”. Não é você chegar hoje em uma região pobre do Brasil, como no Nordeste, que não tem estrutura e não tem nada. Você vai demorar 20 anos pelo menos para poder construir um aeroporto e construir tudo”.

É importante salientar que diversas empresas consolidadas em outros mercados internacionais já demonstraram interesse em explorar o setor de jogos no Brasil, como a Melbet, fundada em 2012 como uma subsidiária do gigante conglomerado cypriota 1X Corp N.V., que possui atividades em 134 países.

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Governo e Azul discutem retomada de voos comerciais em Mossoró

CEO da Azul John Rodgerson recebe equipe do Governo do RN (Foto: Guia Dantas)

O Governo do Estado e a Azul Azul Linhas Aéreas firmaram um compromisso de realizar uma força-tarefa com o objetivo de solucionar os entraves para possibilitar a retomada brevemente dos voos comerciais a partir do Aeroporto Dix-sept Rosado.

A governadora Fátima Bezerra (PT) em reunião com os dirigentes da empresa pleiteou a criação de uma nova rota ligando Mossoró, Natal e Recife.

Ela foi recebida pelo CEO da companhia, John Rodgerson, que anunciou o incremento na oferta de voos para o Rio Grande do Norte.

A Azul Linha Aéreas anunciou o retorno de voos regulares para o Aeroporto Aluízio Alves vindos de Campinas-SP e Belo Horizonte-MG, que são dois grandes polos emissores de turistas para o Estado, além de melhorar substancialmente a conectividade com as regiões Sul e Sudeste. A governadora Fátima reforçou junto à diretoria da companhia, a importância da manutenção dessas operações após o período de alta temporada, devido ao papel estratégico que  representam para o turismo. Também foi confirmado o aumento da frequência com o aeroporto de Recife-PE que atingirá o número de cinco voos diários, a partir de novembro.

“O turismo é uma das principais atividades econômicas do RN. E notícias como essa que recebemos da Azul, que vai aumentar o número de voos para o nosso estado, nos deixa satisfeitos enquanto Governo. Não medimos esforços para criar medidas para mitigar os impactos causados pela pandemia e estamos aqui dialogando com as empresas para trilharmos juntos um caminho seguro nesta retomada”, destacou Fátima.

A Azul representa, hoje, 16% da oferta de assentos no Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves.

Estiveram na reunião os secretários Estado Carlos Eduardo Xavier (Tributação), Ana Maria Costa (turismo), Guia Dantas (Comunicação), Bruno Reis (diretor-presidente da Emprotur), a assessora especial do Gabinete Civil, Luciana Daltro e o gerente de negócios Aéreos da Inframerica, Roberto de Oliveira Luiz.

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Malha aérea do RN cresce 169% entre julho e outubro

Movimento no Aeroporto de São Gonçalo do Amarante sobe (Foto: Rayane Mainara)

O turismo no Rio Grande do Norte apresenta sinais positivos de retomada. De acordo com dados da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), a malha aérea do estado apresenta um crescimento de 169%, analisando os meses de julho a outubro. A oferta atual de voos potiguar já corresponde a 63% da malha aérea planejada pré-pandemia para o mês de outubro, considerando apenas os voos domésticos. Os números apresentam um aumento expressivo para o setor e mostram que o Rio Grande do Norte se consolida como destino seguro, em resposta ao trabalho realizado desde o início da pandemia, com a criação do Plano de Retomada do Turismo, os protocolos de biossegurança e aquisição do Selo Safe Travel, chancela internacional do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC).

A partir de outubro, o Rio Grande do Norte estará conectado aos principais aeroportos do sudeste, centro-oeste e nordeste do Brasil, com ligações diretas de Fortaleza, Salvador, Recife, Rio de Janeiro (Galeão), São Paulo (Guarulhos) e Brasília. As principais companhias aéreas nacionais (GOL, LATAM e AZUL) retornaram e ampliaram as operações no estado. O Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves também volta a receber o voo Natal/Lisboa/Natal, com aproximadamente 50% da malha programada, para este período, antes a pandemia.

Para a secretária de turismo do Estado, Ana Maria da Costa, este é o momento de investir em promoção do destino. “Destinar recursos para a divulgação do Rio Grande do Norte é fundamental, no governo da professora Fátima Bezerra, foi possível incluir o turismo no orçamento estadual. Estamos confiantes na retomada deste setor que movimenta uma cadeia de 52 segmentos e emprega milhares de pessoas”, ressaltou.

Ações de promoção

O Governo do Estado por meio da secretaria de Turismo (Setur) e da Empresa de Promoção Turística Potiguar (Emprotur) lançaram nesta terça-feira (22) a campanha Visite o Rio Grande do Norte, voltada para o fortalecimento do turismo regional. A ação de marketing abrange onze estados: RN, PB, PE, CE, AL, BA, SE (RJ, SP, MG e DF). Pesquisas apontam que a atividade turística, neste momento de retomada, ocorrerá primeiramente em viagens curtas, feitas de carro, com uma média de até 600 km de distância da residência, principalmente aos finais de semana e feriados.

Os meios de hospedagem dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Norte, também apresentam números positivos de ocupação. De acordo com o Departamento de Inteligência e Pesquisas da Emprotur, o estado registrou 91%, a taxa de ocupação média, durante o último feriado prolongado (07 de setembro). Foram analisados hotéis das cidades de Natal, Mossoró, Tibau do Sul/Pipa, São Miguel do Gostoso, Galinhos, Touros, Maxaranguape, Baía Formosa e Martins.

O turista local é predominante, seguido dos estados de Pernambuco, Paraíba e Ceará, com tempo médio de dois dias de permanência. Esse movimento confirma algumas expectativas sobre a retomada do turismo, itinerários mais curtos (distância e permanência) e mercados de proximidade. Outro fator positivo na pesquisa é a presença de turistas de São Paulo e Minas Gerais, que mesmo em menor volume, indicam que o turismo nacional dá sinais de retomada.

Entre as ações de promoção e marketing planejadas para o último trimestre de 2020 e para 2021, destacam-se ações promocionais com companhias aéreas, campanhas nos canais de vendas das maiores operadoras do país, participação em feiras de turismo, captação de voos charters, ações promocionais nos shoppings das cidades de Mossoró/RN e Campina Grande/PB. Está prevista ainda a vinda de jornalistas, fotógrafos e influenciadores nacionais para viverem a experiência potiguar. E para fomentar o mercado de eventos, outro importante segmento dentro da cadeia do turismo, a Setur preparou um tarifário promocional de comercialização do Centro de Convenções de Natal com até 40% de desconto.

Eventos

Mais um impulso à economia e ao turismo potiguar, foi o anúncio da retomada gradual para o setor de eventos corporativos e de convenções, autorizado pelo Governo do Estado a partir desta terça-feira (22). A portaria publicada em edição extraordinária do Diário Oficial do Estado, na segunda-feira (21), estabelece um cronograma com cinco fases para a retomada.

A primeira fase libera uma frequência máxima simultânea de até 100 pessoas nos eventos. A fase seguinte permite, a partir de 06 de outubro, que os eventos possam ter até 400 pessoas; a fase três, no dia 20 de outubro, permite até 700 pessoas. Já no dia 03 de novembro, a fase quatro alcança até mil pessoas. E a última fase do cronograma, no dia 17 de novembro, permitirá até três mil pessoas, mas apenas para eventos em ambientes abertos.

O cumprimento do cronograma de retomada está condicionado aos indicadores da pandemia do coronavírus no RN. Caso a Secretaria de Saúde detecte uma tendência de crescimento da doença, após a liberação das atividades, as fases podem ser adiadas ou reestabelecidas fases anteriores.

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Mossoró para as pessoas: cultura e turismo por identidade e oportunidades

Foto: Divulgação/Prefeitura de Mossoró

Por Isolda Dantas*

Semana passada demos início a nossa série de artigos “Mossoró para as pessoas” com base no resultado de discussões levantadas nos seminários Mossoró que o povo quer (que estamos realizando desde o início do ano debatendo problemáticas e soluções para Mossoró). Tratamos da mobilidade pública no domingo que passou, e neste, trazemos dois temas super importantes para Mossoró: cultura e turismo.

Primeiro partimos da ideia de que cultura e turismo não são necessariamente temas inerentes um ao outro. Ambos existem, e por si só, são importantes para a identidade do nosso povo e oportunidade geração de emprego renda para as pessoas fazendo a economia girar na nossa cidade.

Conversando com Rutilo Coelho, presidente da Mossoró Convention Visitors Bureau, ele nos alerta para uma questão interessante de que uma cidade de quase 300 mil habitantes com tantos recursos históricos, culturais e naturais tem um potencial turístico subutilizado. Ou seja, a nossa cidade guarda riquezas e potencialidades que podem se transformar em renda e oportunidade para as pessoas mas não há uma vontade política para desenvolver os potenciais turísticos da cidade, embora saibamos que há recurso destinado para se aplicar no setor.

Feiras de negócio, de ciência, festivais de cultura, passeios turísticos… Quem aí conhece a Furna feia? E as salinas? Mossoró tem uma localização que dá acesso a diversos lugares bonitos, ricos de história.

Mossoró tem sido uma cidade contada por uma versão só. Mas são muitos os olhares sobre Mossoró. A história e a cultura do nosso povo são muito maiores do que o que está posto nos grandes eventos e o que circula no corredor cultural. Há aspectos importantes e necessários que precisamos observar e que, infelizmente, ficam escondidos e não se considera que nosso povo produz cultura todos os dias, o ano todo.

A cultura existe e resiste nos bairros, nos grupos de teatro, nos circos, no audiovisual, nas artes plásticas, nos cordelistas. E todas as expressões nos contam muitas outras as histórias sob os mais diversos panoramas da Mossoró. Todos nós temos um ponto de vista, ou seja, um olhar específico da cidade que amamos. E este olhar precisa ser compartilhado. É disso que estamos falando: oferecer a oportunidade de apresentar novos olhares de Mossoró. A promoção da democratização da cultura é o fortalecimento da identidade da nossa gente.

A cultura é tão diversa, múltipla! As gestões públicas precisam estar atentas às diversas manifestações culturais que povoam a cidade. Inclusive Ninho (como gosta de ser chamado), do Limas Circus, nos faz um grande apelo para que o circo não seja tão marginalizado. Já pensou um espaço próprio na cidade para receber os circos?

É preciso fomentar os elementos culturais, o público e os fazedores de cultura da nossa cidade. Sim, a cultura se amplia quando olhamos para os nossos costumes, quando preservamos valores do mossoroense, quando fomentamos expressões artísticas e valorizamos o talento de cada uma e cada um. Cabe ao poder público estimular todos estes elementos em toda a cidade, da artesã aos grandes espetáculos, do ator aos grupos de dança, das artes plásticas ao universo literário, da nossa culinária à nossa memória.

É preciso conclamar toda a cidade: chamar os artistas – com base no que disse nosso querido Crispiniano, da Fundação José Augusto, que a cultura não é feita para os artistas mas são os artistas que produzem e são centrais para o que de fato é cultura da nossa cidade – construir um plano de cultura buscando descentralizar e democratizar o acesso e o fazer cultural na zona urbana e rural. Lembrando também da importância unir cultura e educação como bem colocou Felipe Caetano, professor aposentado e grande entusiasta da cultura mossoroense.

Além disso, chamar as universidades, para desenvolvemos planos que conectam a cultura e o turismo em favor da nossa Mossoró. E em diálogo com o setor hoteleiro, gastronômico, turístico, econômico, cultural, de transporte, de eventos e ambulantes, havendo incentivo, é possível que Mossoró tenha um calendário turístico bem estruturado em torno de uma economia criativa que gere emprego, renda e desenvolvimento econômico para nossa cidade.

Por fim, não menos importante, reunir todos aqueles e aquelas dispostos a apresentar os variados olhares de um povo pronto para trabalhar e ser feliz. Uma Mossoró de toda gente precisa ser assim: de identidade fortalecida e de oportunidades para melhorar a vida de todas as pessoas.

*É deputada estadual e pré-candidata a prefeita de Mossoró

Este artigo não representa a mesma opinião do blog. Se não concordar, faça um rebatendo que publique como uma segunda opinião sobre o tema.

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Hotel Thermas demite todos os funcionários e fecha temporariamente

Thermas já estava sem funcionar há 45 dias (Web/autor não identificado)

O Hotel Thermas, um dos mais tradicionais do Rio Grande do Norte, fechou suas portas temporariamente. Hoje foram demitidos 200 funcionários. A previsão é de que eles sejam readmitidos nos próximos meses quando as atividades retornarem.

“Fechamos temporariamente diante desse cenário do coronavírus. A expectativa é de reabrir assim que o problema for solucionado”, explica a diretora do Hotel Thermas Patrícia Matoso.

Patrícia esclarece que a decisão de demitir mais de 200 funcionários foi uma forma de preservar os direitos deles.  “Tivemos que demitir para garantir todos os direitos num cenário em que parou de entrar dinheiro no hotel. Até agosto não tínhamos nenhum hospede”, explica.

O hotel já estava sem funcionar há 45 dias.

O setor do turismo é um dos mais afetados no cenário de pandemia.

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O passageiro Corona

Governo destina recursos para combater COVID-19

Por Julio Gavinho*

Eu não era nascido quando o fluxo de viagens de passageiros entre continentes foi interrompido durante as duas grandes guerras. Todo mundo viajava de navio e, principalmente no Atlântico Norte, a interrupção do trafego entre continentes foi devastadora para as companhias de navegação – que já haviam tomado uma surra do crack de 1930. Mas é claro, haviam exceções.O Serpa Pinto, um “paquete” comprado dos ingleses pela Angolana Companhia Colonial de Navegação foi um navio de passageiros que operou em duas frentes entre 1940 e 1955: trazendo judeus e outros perseguidos pelos Alemães da Europa para a América e levando de volta Alemães expulsos daqui para sua terrinha.

Foi o Vessel que mais viagens fez entre Lisboa, NYC e Rio, parando ali pelo Caribe e também pelo porto de Santos, ficando conhecido pelos epítetos de “Navio da Amizade”, “Navio Herói” e “Navio do Destino”. Adoro epítetos! Alguns navios de grande porte de empresas como a Cunard (requisitados pelo governo britânicos) conseguiram ultrapassar as águas da guerra e com isso, depois de seu término votaram como toda a força para as linhas comerciais – como foi o caso de Queen Mary e Queen Elizabeth. Porém foram apenas alguns: a maioria ficou ancorada nos portos europeus, escondidos dos torpedos germânicos.

Observando entretanto o nosso corajoso Serpa Pinto, em todas as suas viagens, ele sofreu apenas 3 baixas e todas de uma única vez: foi abordado por um U-boat alemão que aguardava ordens de Berlin para torpedeá-lo. As ordens vieram em contrário, reconhecendo sua neutralidade mas, que ironia, o seu médico morreu do coração; o cozinheiro Angolano do navio jogou-se ao mar e foi esmagado entre os dois barcos e um neném com poucos meses, desapareceu. E foi isso. Protegido por uma imensa bandeira lusa pintada em seu casco, tal e qual um amuleto contra o mal; com suas chaminés listradas de verde e vermelho e a bandeira portuguesa ao mastro, recém abraçada pelo povo e sua assembléia em 1910, o Serpa Pinto passou incólume sem apertar mãos, sem máscaras cirúrgicas, sem álcool gel e sem fugir de aglomerações.

Para ele tudo bem, mas para as outras companhias de navegação domiciliadas na própria guerra, o mundo parou por 5 anos. No nosso mundo moderno, uns 90 dias de aeroportos fechados seriam equivalentes a este 5 anos: sabe-se lá quem sobreviveria economicamente, ainda mais com as bolsas caindo a dois dígitos diariamente.

O setor de viagens e turismo, e em particular a hotelaria, inacreditavelmente louvada pelo superministro Paulo Guedes dia 12 de março, terá dificuldades monumentais para se recuperar desta recém declarada pandemia. Aeroportos fechados, congressos e eventos agendados para as Calendas Gregas, voos cancelados em P.A. e para mim, o sinal da besta: a Disney fechando seus parques sem programação de abertura. Tudo isso nos afeta como setor produtivo no meio da testa. É aquele tiro de sniper que nos imobiliza instantaneamente. Claro que nosso clima (em oposição ao fim do inverno europeu) nos ajuda assim como nossa predileção por atividades outdoors como parques, praias e cachoeiras. O calo doído é que nossas viagens internacionais, como diria o Cazuza, “agora é risco de vida!”. Sobra o que então?

Ora, ora! Sobra a extraordinária oportunidade de jogar brasileiros pelo Brasil ou por todo o cone sul. Vai de lua de mel para França? Não, não vai: vá lá no Vale do Maipo e deguste alguns dos melhores vinhos do mundo a preço de Corona… Vai de aniversário para a Italia? Não, não.

Vai! Vá para Mendoza e prove o que o Francis Mallman faz de melhor. O que mais? Jalapão, Deserto de Sal, Lençóis (maranhenses ou baianos), Atacama, Amazonia e o maior arquipélago fluvial do mundo, etc, etc. E por favor, dê uma chance ao Rio de Janeiro que, independente do prefeito cruz-credo, merece nossa visita.

Agora é a hora do super-ministro mostrar a que veio e determinar a ajuda financeira dos bancos de fomento (BNDES, BNB, BASA e BB) a bem precisa ser fomentado: hotéis, pequenas pousadas, transportadores, atrações e MEIs (guias, bares, etc). Não sou nem os convido a ser avestruzes que enfiam a cabeça na terra para não ver ameaças. O Covid-19 é muito grave e tomou proporções mundiais muito rapidamente. Através de poderosos algoritmos chineses, podemos ser informados a tempo da atual situação e do que se avizinha propondo soluções sociais, clinicas e anti-pânico. Mas é obvio que seremos muito menos atingidos aqui do que os irmãos do hemisfério norte que nem tempo de organização tiveram. Não se trata da peste bubônica, mas não podemos descuidar.

E se enquanto isso, nosso setor puder se beneficiar economicamente sem prejuízo de nenhum outro nem de outro destino, vamos lá. Ganhar uns cobres extras é sempre bem vindo.

*É executivo da área de hotelaria com 30 anos de experiência.

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Organizadora do Fest Bossa & Jazz afirma que secretário deixou claro que o evento não era importante para Mossoró

Juçara relata desinteresse de secretário (Foto: Youtube)

Não acabou a polêmica entre a Prefeitura de Mossoró e a organização do Fest Bossa & Jaz. Em conversa com o Blog do Barreto, a organizadora do evento Juçara Figueredo explicou que nas reuniões realizadas para tratar do evento o secretário municipal de turismo desenvolvimento econômico Lahyre Rosado Neto deixou claro que a iniciativa não era importante para a cidade.

O episódio se deu em reunião no dia 8 de agosto na Biblioteca Municipal de Mossoró em que contou com a presença de representantes da Acim, CDL, Convetion Bureau, Hotel Thermas, TCM, secretários de turismo de Mossoró e do Estado.

“Pelo discurso que o Secretário de Turismo municipal teve nesta reunião, ficou muito claro para todos presentes que o evento não era importante pra cidade, segundo ele mesmo disse, Mossoró tem eventos o ano todo e que a prefeitura investe em todos eles, enfim, não houve interesse da prefeitura e sem o envolvimento deles ficou inviável”, relata.

Ficou acertado retorno da Prefeitura de Mossoró no dia 16 de agosto, mas a resposta não foi dada levando ao cancelamento do evento na semana passada sob alegação de “falta de retorno”.

Ela conta ainda que por entender a situação difícil de todas as prefeituras nos dias atuais, foi articulado parcerias com o setor privado sobre local estruturas e segurança acertado desde o ano passado. “Então solicitamos que a prefeitura arcasse com uma atração que fosse nos mesmos valores que ela aportasse com as estruturas e segurança, mas que não foram aceitos, onde alegaram que o evento sairia de um espaço público para um espaço privado mesmo a gente deixando claro que continuaria gratuito ao público”, explica Juçara.

Sem acordo em relação a atração ficou acertado a solicitação de um apoio estrutural com estruturas de palco, camarins, camarotes, banheiros químicos, cadeiras para plateia e segurança para evento. Era esse o material ignorado em e-mail. “O evento nestes 3 anos foi realizado em Mossoró foi através de recursos do Governo do Estado através do projeto Governo Cidadão com recursos do Banco Mundial e teve a parceria da prefeitura de Mossoró cedendo o local e as estruturas que solicitei por e-mail por último, quando fomos formalizar a participação da prefeitura”, lembrou.

Juçara reforça que a realização do Fest Bossa & Jazz prioriza Mossoró em reconhecimento a importância cultural da cidade. “Sempre primamos realizar em Mossoró, por termos um celeiro artístico muito forte, não é à toa considerada a capital cultural do estado, todos perdem, mas enfim, esperamos poder voltar um dia pra Mossoró”, disse.

O evento foi realizado este mês em Pipa e acontece em outubro em São Miguel do Gostoso.

O secretário Lahyre Rosado Neto foi contatado via Whatsapp, mas ainda não se manifestou.

 

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Mitos e verdades sobre a polêmica que envolve visto americano e redes sociais

Resultado de imagem para visto americano

Por Daniel Toledo*

No ano passado, várias notícias de que, não a imigração propriamente dita, mas os órgãos ligados a este departamento, fiscalizaria as redes sociais do solicitante ao visto americano vieram à tona. Muito se falou sobre o assunto, gerando inclusive uma polêmica desnecessária, sem falar no exagero.

Mas esse burburinho aflige principalmente quem vai solicitar algum visto mais básico como o de turismo ou de estudante. Alguns consulados solicitam que as pessoas forneçam quais são as suas redes sociais, e não login e senha como muitos estão espalhando por aí. Caso encontrem o perfil, sem que o solicitante tenha informado, é caracterizado como mentira na aplicação de visto, que como consequência será negado.

Como punição, o pretendente é impedido, por um determinado tempo, de requisitar qualquer outra permissão para entrar legalmente nos Estados Unidos. Pense nisso e tome um pouco de cuidado.

É proibido você seguir alguém que more nos Estados Unidos ou siga algum canal no YouTube com dicas sobre o assunto? Ou alguma rede social, seja Facebook, Instagram de alguém que esteja dentro dos EUA? Claro que não. É proibido você ter no seu WhatsApp conversas com alguém que more nos EUA, parente, amigo, quem quer que seja? Também não. O problema é omitir e mentir quando solicitar o visto ou for entrar no país. Na entrada, o oficial tem pedido para as pessoas colocarem a digital nos celulares e acessarem as redes sociais. Ele pede para ligar o telefone e desbloquear, na sequência, ocorre a checagem dos perfis. E isso tem ocorrido muito.

Mas é bom lembrar que seguir alguém em suas redes sociais que incentive a imigração ilegal, que ofereça trabalho também ilegal, ou que faça headhunting enquanto você está dentro dos Estados Unidos com visto de turismo passeando pela Disney, por exemplo, pode causar sérios problemas porque isso é mentira e pode ser caracterizado como crime. Afinal, você declarou no consulado que iria a passeio, mas na verdade a intenção da viagem é se candidatar ou aplicar para uma situação de emprego.

É isso que eles estão buscando. Redes sociais ou indícios que caracterizem uma segunda intenção diversa daquela que você está efetivamente informando para as autoridades americanas. Seria uma hipocrisia muito grande se eu dissesse para ter cuidado com as suas redes. Simplesmente livre-se do que não presta, não antes de aplicar o visto, mas desde sempre. Se você pretende entrar na casa de alguém, chegue com os pés limpos, deixe transparente para quais são as suas verdadeiras intenções. “Quero trabalhar nos Estados Unidos”, “Quero estudar” ou “Quero morar nos EUA, trazer a minha família, eu não preciso fazer nada, eu tenho renda de outros lugares, quero vir para cá, ficar uns três ou quatro meses, depois eu volto para o meu país”. Há algum problema nisso? De forma alguma, desde que você não trabalhe, não procure emprego, não faça nenhuma atividade remunerada e seja compatível com o visto solicitado.

Há uma fiscalização muito maior e até mais rígida do que antes, principalmente por uma questão de segurança, porque é preciso identificar quem está mal-intencionado e que pode praticar outros atos ilegais. Por isso, toda checagem desde a aplicação do visto até a hora que a pessoa chega nos EUA é detalha e completa.

*É Advogado especializado em direito internacional.

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Beto cobra explicações a ministro sobre exclusão da Rota da Falésias de programa de investimentos

Projeto é excluído de programa de investimentos (Foto: cedida)

O deputado federal Beto Rosado (Progressistas) apresentou nesta sexta-feira (28) um requerimento de informação ao Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio solicitando esclarecimentos a respeito da exclusão da Rota das Falésias, que abrange boa parte da costa norte do estado, do Programa Investe Turismo.

O Programa do Governo Federal foi lançado em maio de 2019 e propõe um pacote de investimentos, incentivos a novos negócios, acesso ao crédito, melhoria de serviços, inovação e marketing, voltados ao Turismo. As rotas selecionadas pelo programa excluíram o roteiro denominado Rota das Falésias, que abrange as cidades de Areia Branca, Porto do Mangue, Tibau, Grossos e Mossoró. “Temos um potencial enorme a ser explorado e divulgado para o país e para o exterior, mas para isso, precisamos incluir esses roteiros nos programas do governo federal. As praias paradisíacas com morros de areais coloridos e águas termais, os paredões avermelhados e as pirâmides de sal, localizados na região da Rota das Falésias, precisam ser incluídos neste programa”, solicitou o parlamentar.

Programa

Cento e cinquenta e oito municípios brasileiros, sendo cinquenta e seis municípios no Nordeste, serão contemplados pelo Programa Investe Turismo, desenvolvido conjuntamente pelo Ministério do Turismo, Sebrae e Embratur. O pacote de investimentos está orçado em R$ 200 milhões. Destinos como Fernando de Noronha; Maragogi, em Alagoas; Canindé de São Francisco, em Sergipe; Porto Seguro, na Bahia; Jericoacoara, no Ceará; Luís Correia, no Piauí; Barreirinhas, no Maranhão; Cabedelo, na Paraíba e Parnamirim, no Rio Grande do Norte, estão na lista dos beneficiados.

Texto: Assessoria de Beto Rosado.